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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Greve dos caminhoneiros: presidente do Senado cancela viagem e marca reunião de líderes para discutir crise e vice pede cabeça de Parente



Eunício Oliveira (MDB-CE) havia sido criticado por ir para seu estado natal

Em meio à crise por causa da greve dos caminhoneiros e às críticas por ter deixado Brasilía, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) decidir retornar de seu estado natal, o Ceará, e convocou, para às 19h desta quinta-feira, uma reunião extraordinária de líderes para debater a situação. Na sexta-feira, ele irá convocar uma sessão deliberativa extraordinária, ainda sem horário definido para tratar da crise. Os caminhoneiros afirmam que só irão suspender a greve após o Senado votar o projeto que zera as alíquotas das contribuições do PIS/Cofins sobre o diesel, aprovado na quarta-feira na Câmara dos Deputados. Eunício havia declarado que a matéria teria que passar por debate nas comissões da Casa antes de ir ao plenário.

O presidente do Senado alegou que medidas provisórias trancam a pauta e impediu que o líder do governo, Romero Jucá (MDB-RR), iniciasse ainda na quarta-feira a discussão. Ele é aliado do governador Camilo Santana (PT-CE), que, como outros governadores, são contra a redução do PIS/Cofins.  Mais cedo, Eunício havia dito que teria agenda no Ceará com o governador e com o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Entretanto, pelo Twitter, o senador comunicou que suspendeu o compromisso.  “Decidi voltar a Brasília, suspendendo agenda c/o governador, onde anunciaríamos investimentos p/ combater a seca no meu Ceará que já vive uma grave crise de falta d’água há 6 anos. Em Brasília, retomaremos as negociações em torno das saídas possíveis p/ a greve dos caminhoneiros”, disse Eunício.


O vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima, disse que está ligando pessoalmente para os líderes e para os senadores voltarem a Brasília.  Uma das alternativas poderia ser uma desoneração menor do PIS/Cofins, mas Cássio não sabe ainda qual a saída. — Vamos nos reunir para arredondar esse tijolo que veio da Câmara. Mas é o governo quem tem que negociar com os caminhoneiros para ver o que querem e o que pode ser feito para acabar essa greve — disse Cássio.

Sobre o obstáculo das medidas provisórias trancando a pauta de votações, ele disse que um acordo pode contornar essas dificuldades.  — O momento que vivemos não suporta preciosismos regimentais. O regimento já foi tantas vexes violado. Com acordo se encontra solução para tudo — disse Cássio.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disse que nesse momento ninguém pode se omitir, e que já está a caminho de Brasília para a reunião hoje a noite. — Não podemos nos omitir nesse momento. Temos que votar os projetos que diminuam impostos dos combustíveis e ajudar a resolver a crise. Porque a incompetência desse governo virou ingovernabilidade — disse Caiado.


Antes do anúncio do cancelamento da viagem do presidente do Senado, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, criticou a falta de preocupaçao do Congresso com a questão, ao ser questionado sobre a possibilidade de o Senado só aprovar na próxima semana o projeto de lei que, junto com a reoneração da folha de pagamento, prevê a redução do PIS/Cofins sobre combustíveis:

— Isso é uma demonstração da representação que nós temos no país do Parlamento e a preocupação que eles têm com o país.



Vice-presidente do Senado diz que presidente de Petrobras deve rever política de preços ou pedir demissão

Cássio Cunha Lima afirmou que governo está 'derretendo'



Em um discurso inflamado no plenário, o primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez pesadas críticas à condução do presidente Michel Temer da crise provocada pela greve dos caminhoneiros, em função da política de reajustes dos combustíveis da Petrobras. O tucano disse que o governo está "derretendo" e cobrou uma posição urgente de Temer para demitir o presidente da empresa, Pedro Parente, que resiste em alterar a política de preços dos combustíveis da companhia.


— O governo está acéfalo, derretendo, e vivemos uma crise sem precedentes que não pode entrar pelo final de semana a dentro. Ou o senhor Pedro Parente aceita rever a política de reajustes dos combustíveis, ou pede demissão ou é demitido. E isso tem que ser para ontem. A Petrobras não é maior que o Brasil — cobrou Cássio Cunha Lima.

Pedindo ainda uma reforma tributária  urgente, Cunha Lima disse ser insustentável a política de fazer reajustes diários. Ele reclamou que Temer e o ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, não se dispuseram a dar um telefonema para os senadores para buscar uma saída para a crise.  — Não há como ter previsibilidade, sobretudo num país continental como o Brasil. E se o presidente da Petrobras insiste em manter essa politica, que o presidente da República exerça a sua autoridade, se é que ainda tem alguma autoridade, e demita o presidente da Petrobras — repetiu, protestando contra a “arrogância” com que o presidente da Petrobras trata o país não pode ser aceita.


Em reação a Cunha Lima, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) disse que a responsabilidade da crise é também do Congresso. O Congresso Nacional também falhou. Essa reforma tributária depende de nós — disse Ataídes.  A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (PT-PR), discursou e disse que de novo o Congresso pode dar o remédio errado para solucionar a crise dos combustíveis, já que a retirada da Cide e ICMS pode impactar negativamente estados e municípios. A petista disse que Parente está "louco".  Dizer que a crise da Petrobras foi provocada pela corrupção? Tem que ser investigado sim, mas o impacto da corrupção é de R$6 bilhões e o faturamento anual da empresa é de R$500 bilhões. O problema é de gestão na política de paridade de preços. Estão cometendo crime de lesa pátria — discursou Gleisi, apelando que a reforma tributária não seja aprovada no calor da crise.

O senador Jorge Viana (PT-AC) apresentou requerimento para convocar Pedro Parente, o ministro Moreira Franco e representantes dos caminhoneiros para serem ouvidos em uma comissão do Senado. Em meio às críticas contra Parente, Moreira defendeu o presidente da Petrobras e disse que ele merece confiança:— Pedro Parente merece toda a confiança do governo — disse.


O Globo

“Gasolina no incêndio” e outras notas de Carlos Brickmann

Não é por falta de erros que Temer está em baixa. Mas cai até quando não é sua culpa. A alta do diesel e da gasolina tem vários pais. E uma mãe

Temer já sabia que ganhar as eleições seria tarefa impossível. E, com a parada dos caminhões e a alta do combustível, é bom nem falar em votos.  Não é por falta de erros que Temer está em baixa. Mas cai até quando não é sua culpa. A alta do diesel e da gasolina tem vários pais. E uma mãe.   A mãe é Dilma: ao segurar o preço dos combustíveis no país abaixo do custo do petróleo, quebrou as usinas de álcool e endividou a Petrobras. Hoje, a Petrobras vende combustíveis a preços que cobrem o custo do petróleo, do prejuízo que teve, dos juros que paga. O preço varia dia a dia, conforme a cotação do petróleo. Em 12 meses, a gasolina subiu 17,96% (a inflação esteve por volta de 2%). Aí aparece o primeiro pai da alta: o dono dos postos. Quando a Petrobras baixa o preço (e isso aconteceu algumas vezes), o posto o segura lá em cima. Concorrência entre postos? Então tá!

E vai subir mais: o dólar se valoriza e o petróleo marcha para US$ 90 o barril. É o outro pai da crise: a Venezuela já reduziu a produção à metade, por desorganização. O Irã está mais preocupado em mandar na Síria e sofre com as sanções americanas. Menos petróleo, mais preço. Há quem estime que a gasolina chegue a R$ 5,10 se câmbio e petróleo mantiverem o rumo.  Outro pai é o Governo, em todos os níveis: os vários impostos são mais de 40% do preço do litro. Resultado: o litro, para os americanos, custa menos de R$ 2; no Brasil, o custo é de R$ 4,75. E Temer paga em votos.

Temer fora
Ou não paga mais. Deixou a conta para seu ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que disputará o voto de centro com Geraldo Alckmin. Dado o carisma de ambos, pode parecer engraçada a frase seguinte: existe a possibilidade de que um deles seja eleito: basta chegar ao segundo turno, e beneficiar-se do radicalismo do adversário, seja Bolsonaro, seja o poste que Lula escolher. Alckmin, que conhece o jogo faz tempo, tem mais chances que Meirelles, cuja força é a capacidade de pagar sozinho a campanha. O MDB de Meirelles é forte, mas desde 1994 não disputa a Presidência. Se sempre se deram bem aderindo ao vitorioso, por que mudar justo agora?

Pedra no caminho
Há um grupo de parlamentares que tenta convencer Josué Alencar (cujo nome é Josué Gomes da Silva, mas resolveu se lembrar da herança política do pai, José Alencar) a sair para a Presidência, pelo centro – desde que pague sua própria campanha. O líder do grupo é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Se der certo, Alckmin e Meirelles terão mais dificuldades.

O olímpico
Rodrigo Maia tenta também lançar Eduardo Paes para o Governo do Rio. Ele era o prefeito do Rio na época dos Jogos Olímpicos, lembra?

Perdemos todos
Um dos grandes jornalistas brasileiros, Alberto Dines, morreu ontem aos 86 anos. Dines foi repórter, editor, diretor (mandava mais no Jornal do Brasil do que o dono – e merecia), escritor, professor em Princeton, criador do Observatório da Imprensa em TV e site. Foi um dos mestres deste colunista, que escreve sobre ele para a Folha de S.Paulo (só para assinantes); e, com leitura livre, neste link.
O Tribunal de Justiça de Minas rejeitou os recursos do ex-governador Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, e ordenou sua prisão. Azeredo foi condenado a 20 anos e 1 mês por participação no Mensalão mineiro, uma espécie de ensaio do que viria a ser o Mensalão petista, e que incluiu até a participação do publicitário Marcos Valério. Azeredo pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, mas não em liberdade.

Onde está o dinheiro?
A servidora Mirella Menezes Celestino pediu aposentadoria voluntária do Tribunal de Justiça da Bahia. Com a aposentadoria, a funcionária terá “proventos integrais de R$ 39.936,17”, segundo despacho do presidente do TJ baiano, desembargador Gesivaldo Brito. O salário propriamente dito (o nome oficial é “vencimento básico”) é de R$ 8.276,67. O restante, que põe seu salário acima dos pagos aos ministros do Supremo, são penduricalhos: “vantagem pessoal AFI símbolo”, R$ 17.802,72; “vantagem art. 263”, R$ 7.127,57. O desembargador determina que, na implantação dos proventos, deverá ser observado “o limite do teto constitucional – R$ 30.471,10”. Ou seja, com redução e tudo, uma economista de um Tribunal de Justiça estadual tem direito a ganhar quase tanto quanto um ministro do STF; mais de 90% dos vencimentos dos onze magistrados mais importantes do país – e, não esqueçamos, dentro da lei. Há algum risco de o país dar certo?

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann 

 

Collor torra quase R$ 1 milhão em segurança particular



Isso porque como ex-presidente ele já tem direito a escolta de quatro policiais

O ilustríssimo ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), [atualmente senador da República] outrora autointitulado “caçador de marajás”, lidera o gasto com segurança particular entre os senadores. Inédito, o levantamento foi feito pela ONG Ranking dos Políticos.

Desde o início do mandato, em 2015, Collor torrou R$ 879.672,41 em sua proteção. Mensalmente, isso custa R$ 24.435,34 aos cofres públicos.  Só que há um importante detalhe.  Como ex-presidente da República, Collor já tem direito a quatro servidores para sua segurança pessoal. Também conta com dois motoristas e dois assessores.

Collor também fica bem à frente do segundo colocado no ranking, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Rocha gastou, no mesmo período, R$ 232.510,51.
Quase quatro vezes menos.

Coluna Radar - Veja