Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Jornal do Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jornal do Brasil. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de julho de 2022

PIB do Brasil pode crescer 5% ainda neste ano - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Cenário econômico

Que tal se eu disser que o PIB vai crescer, neste ano, 5%, sendo que o Itaú disse que vai crescer 1,6%, o Bradesco disse que vai crescer 1,8%? Os Estados Unidos não vão crescer mais do que 1,8%
E se eu dissesse que o Brasil vai crescer o triplo dos Estados Unidos? 
E lembro que o Brasil já cresceu 14%. Eu cobri isso. Trabalhava no Jornal do Brasil cobrindo economia. Foi por entusiasmo e otimismo do povo brasileiro. Não foi ministro da economia, não foi presidente. Foi o milagre brasileiro.

E eu vou contar a razão. No segundo semestre tem o 13º salário, vai ser liberado o fundo de garantia, tem desconto do IPI para linha branca e veículos de até 30%, tem liberação do Pronampe com até R$ 50 bilhões. A gente está vendo aí que quase todos os estados já reduziram o ICMS do combustível, que o governo federal já reduziu impostos federais sobre combustíveis, o etanol já está desligado da gasolina. Além disso saiu o Plano Safra. Os mais otimistas do agro esperavam R$ 300 bilhões e deu mais de R$ 340 bilhões, com juros abaixo da taxa Selic.

E agora tem esse pacote, que já foi aprovado no Senado e está na Câmara, de voucher para motorista de caminhão e de táxi, o Auxílio Brasil, que aumentou de R$ 400 para R$ 600, e o vale-gás. Isso vai ser um combustível incrível na economia. O analista paranaense Ossami Takamoto é que tem essa tese e eu acho que ele vai estar com a razão. A gente vai dar um salto. E se crescermos 5%, talvez o Brasil chegue perto da China e ganhe do resto do mundo. São projeções.

O depoimento de Marcos Valério
No depoimento do Marcos Valério, que foi o operador do Mensalão, quando o governo do PT comprava voto na Câmara e no Senado, ele mostra que lá em Santo André, o prefeito Celso Daniel, que foi assassinado, tinha um dossiê mostrando ligações gravíssimas. Eram sobre a contribuição dos ônibus, perueiros, bingos e sistemas de lavagem de dinheiro do crime organizado para comprar vereadores para trabalhar pelo crime organizado.

Uma ligação gravíssima. Vamos ver qual vai ser a repercussão disso. O Carlos Sampaio, que foi líder do PSDB, disse que vai pedir uma investigação sobre isso.

Ontem fez aniversário a liberação da senadora colombiana Íngrid Betancourt, em 2008, depois de seis anos de cativeiro com as Farc
As Farc é essa outra ligação com o PT através do Foro de São Paulo, que tem por objetivo fazer um bloco latino-americano com moeda única. Um bloco bolivariano, marxista ou socialista.

Bolsonaro lembra Biden sobre a importância de se aliar ao Brasil
Esse foi o ponto alto da entrevista do presidente Bolsonaro na Fox News. Nela, ele lembra o presidente Biden que o Brasil é a grande potência alimentar da América. E pode ser aliada dos Estados Unidos, desde que os EUA deem atenção. Parece que Biden está começando a acordar. [Presidente Bolsonaro! Sugerimos uma cuidadosa avaliação se vale a pena aproximação com os Estados Unidos governado por Biden; lembre-se que logo após assumir a presidência aquele presidente, juntamente com o francês, cogitaram da internacionalização da NOSSA Amazônia.]

AlexandrE Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Enquanto militares se calam, diplomatas vão da perplexidade à indignação - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Combater o bom combate

De um lado, militares são tidos como corajosos e durões e, de outro, diplomatas carregam a fama de medrosos e melífluos, mas esses preconceitos estão sendo colocados à prova no governo Jair Bolsonaro. Enquanto generais resmungam em privado contra humilhações impostas aos seus pares, embaixadores engrossam a crítica à política externa e aos delírios do chanceler Ernesto Araújo.

Militares e diplomatas são carreiras de Estado, com provas de acesso e cursos que vão deixando muita gente boa para trás, até afunilar nos melhores dos melhores. Ambas são baseadas em hierarquia, disciplina e... cuidado ao falar. O que mais se espera de militares e diplomatas, porém, é paixão pelo Brasil e prioridade ao interesse nacional, porque governos vêm e vão, o Estado fica.

São conhecidos a explicação dos militares de alta patente e o interesse dos de baixa patente ao apoiar o capitão para presidente. Uns, por ideologia. Os outros, pela expectativa de ter no poder quem passou a vida, na caserna e no Congresso, cuidando de privilégios corporativos. Agora, Bolsonaro humilha [sic] o general da ativa Eduardo Pazuello, que se submete candidamente: “um manda, o outro obedece”. Muito se lê que os militares ficaram indignados, mas só Santos Cruz lembrou, ou advertiu, que hierarquia e disciplina “não significam subserviência” e tudo não se resume a “mandar varrer a entrada do quartel”. O general da reserva Paulo Chagas fez coro, ensinando que a ética militar entre superiores e subordinados não pode ser o simples “um manda e o outro obedece”.

E como assimilar que Ricardo Salles chame o general da reserva Luiz Eduardo Ramos de “Maria Fofoca” e seja apoiado pelo filho do presidente? No fim, Salles pediu desculpas “pelo excesso”, ao que Ramos prontamente aquiesceu: “as diferenças estão apaziguadas”. “Diferenças”?
[queriam  uma guerra entre os dois? hierarquia e disciplina são palavras que não devem ser consideradas apenas pelo que consta dos dicionários; interpretá-las pelos dicionários é, para dizer o mínimo, falta de noção.] 
Com Pazuello, bastou uma visitinha do presidente. Com Ramos, uma volta de moto pelo DF. Assim, coube aos políticos, à frente Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, tomar as dores de Ramos e, por tabela, dos militares: “Não satisfeito em destruir o meio ambiente, (Salles) resolveu destruir o próprio governo”, desferiu Maia.[a sensatez e a aversão à traição recomendam: é preferível ser inimigo de um militar do que ter a amizade de um político;
- os dois parlamentares citados são arautos de que a Consituição deve ser cumprida e tentam a todo custo uma reeleição que a mesma Constituição proíbe - claro uma interpretação criativa resolve tudo.]

Assim como nas Forças Armadas, há no Itamaraty, ao lado da hierarquia e da disciplina, o instinto de sobrevivência e a disputa por postos e promoções. Mas cresce a fila de embaixadores “da reserva” dizendo o que precisa ser dito. No artigo “O grande despautério”, no Jornal do Brasil, o ex-embaixador na Itália Adhemar Bahadian resumiu o discurso do chanceler para os novos diplomatas: “as palavras foram como pedras mal-educadas, rudes e tingidas de ódio” e “a diplomacia brasileira (...) foi chicoteada como em navio negreiro”. 

(........)

O tom vai da perplexidade à indignação diante da subserviência ao governo Trump, a opção por um lado na guerra entre EUA e China, as caneladas em parceiros tradicionais, a prevalência da ideologia sobre o interesse nacional e o retrocesso em foros internacionais. Ao combater o bom combate, esses nossos embaixadores trazem luz e realidade não só para os diplomatas, mas para todos os corajosos e durões na defesa do Brasil.

Eliane Cantanhêde, jornalista - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Força do campo - Brasil é país agrícola: aceita que dói menos - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo 

Produtos do agronegócio do Brasil alimentam um bilhão e meio de pessoas no planeta.

Meu primeiro prémio no jornalismo foi resultado da cobertura do escoamento da safra de soja para o porto de Rio Grande, na boleia de um Fenemê. Foi em 1972. De lá até hoje, a área plantada não chegou sequer a dobrar, mas a colheita quintuplicou, numa invejável produtividade, que compete com o meio-oeste americano. Um bilhão e meio de habitantes do planeta podem ser alimentados pelo trabalho e tecnologia de 5 milhões de produtores rurais brasileiro. Produzem quase uma quarta parte do PIB e respondem por metade das exportações. Somos campeões mundiais em açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes. A produção da terra passa de 1 bilhão de toneladas. O agro, com toda sua cadeia econômica, gera 40% dos empregos no Brasil. Um sucesso absoluto. [e ainda tem brasileiros que defendem reservas indígenas, intocáveis, na razão de milhares de hectares por indígena.
Os indígenas tem direitos a reservas, enquanto indígenas, dentro de limites razoáveis, mas não os exageros defendidos e que os tornam os índios os maiores latifundiários do Brasil.
A agricultura precisa de terra... a pecuária também... a mineração, idem..... os amigos do Macron, da pirralha estão entre os que acreditam que o leite é provém de fábrica, os cereais são plantados no ar.......etc.... Aterra, incluindo a Floresta Amazônica precisa ser explorada com equilíbrio...... e a SOBERANIA do Brasil inclui aquela Floresta. ] 

Naqueles anos em que eu iniciava o jornalismo nas páginas de economia do Jornal do Brasil, a ênfase era para o sonho de o Brasil tornar-se um país industrializado. O mundo desenvolvido tinha por sinônimo a industrialização. A agricultura e pecuária pareciam atividades do passado. Hoje a indústria patina nos números, na renovação, na atualização. Vai bem a indústria voltada para o campo e lavoura – moderna, digitalizada.

Veja Também: Quanto você pagou para Lula visitar o papa em Roma – e viajar livremente pelo Brasil
[só para que tenham um ideia ele levou na viagem três assessores = ASPONES. Imagine quem pagou as despesas dele e dos aspones = nós e todos os babacas brasileiros = contribuintes.
Quer mais... ele foi para Paraty, relaxar e levou oito aspones. Nós também bancamos esta e outras.]
Mas o setor industrial foi ultrapassado pela agropecuária na participação do PIB. Enquanto os produtores rurais pensam para o futuro e vivem o futuro, com todas as dificuldades de escoamento e embargos tributários e trabalhistas, a indústria parece presa a um ritmo discreto e lento.

O mundo urbano parece não se dar conta da riqueza do agro. Há quem pense que o alimento aparece na prateleira do supermercado vindo de alguma indústria. Já ouvi uma repórter falar em “fábrica de leite”. Esclareci a ela que fábrica de leite se chama vaca. Já fui visitado por um menino carioca que nunca havia visto uma galinha com penas e cacarejando no galinheiro; só o frango depenado e limpo no balcão frigorífico. E há os que combatem os que produzem no campo, sem saber que seu prato farto e acessível a cada refeição é produto do entusiasmo dos produtores rurais. O agro foi o que nos fez respirar, equilibrando nossas contas externas, quando os anos Dilma nos afogavam em recessão.

Hoje no campo, insumos essenciais já são o computador e a conectividade. O campo está digitalizado. Há milhares de produtores trabalhando com defensivos naturais e buscando fertilizantes que diminuam a dependência dos importados. E tudo isso ocupando apenas uns 8% do território nacional. Os ruralistas do brasilzão real estão dando exemplo de desenvolvimento e progresso, mesmo com o emaranhando de normas, que parecem ser de um país masoquista, que quer ser pobre mas tem um tremendo potencial para ser riquíssimo. O potencial de produzir cada vez mais o mais essencial dos produtos, que é o alimento.

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo


quinta-feira, 11 de julho de 2019

Claro que a Lava-Jato exagera

Os ‘recursos não contabilizados’ viraram lavagem de dinheiro. Caixa 2 passou de infração eleitoral para crime grave

Coluna publicada em O Globo

A palavra “mensalão” apareceu na imprensa em setembro de 2004, utilizada pelo então deputado Miro Teixeira, para explicar aquilo mesmo que seria provado mais adiante: que o PT montara um sistema para remunerar aliados. Miro repercutia, para o “Jornal do Brasil”, uma reportagem de capa da revista “Veja”, na qual se dizia que o PT comprara o apoio do PTB por R$ 150 milhões. O assunto, aliás, circulava no Congresso.  Pois parece que os próprios deputados sérios não colocaram muita fé no caso. Meio que deixaram para lá. Políticos e jornalistas tiveram comportamento semelhante. Eis o que se dizia: isso não vai dar em nada, corrupção sempre ocorreu, é coisa pequena, um problema moral, não político, muito menos econômico.

Talvez tivesse ficado mesmo por aí se um empresário de bronca com sua situação não tivesse filmado um diretor dos Correios embolsando a mixaria de três mil reais, mas contando que o esquema funcionava sob o comando de Roberto Jefferson, então deputado federal e presidente do PTB. A revista “Veja” publicou a história em maio de 2005. Seguiram-se alguns meses de embates políticos, com a oposição tentando instalar uma CPI, e o governo Lula tentando abafar o escândalo. Lá pelas tantas, Roberto Jefferson, como ele mesmo disse, desconfiou que o PT estava armando contra ele.

A jornalista Renata Lo Prete, então na “Folha”, sabendo do que se passava nesses bastidores, conseguiu a entrevista que mudou tudo. Jefferson contou como Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, pagava 30 mil mensais a deputados, em troca de votos para o governo. Isso foi em junho de 2005. O mensalão era, digamos, oficializado nesse valor — R$ 30 mil/mês. Também era mixaria, como se saberia depois, mas Jefferson apresentou o operador do esquema, o publicitário Marcos Valério, dono de agências em Belo Horizonte.

Tudo apareceu como o “escândalo dos Correios”, objeto de inquérito na Justiça Federal de Minas e de uma CPI no Congresso. Políticos e empresários apanhados, quando perceberam que não havia como negar a distribuição de dinheiro, contrataram os mais conhecidos advogados criminalistas, liderados por Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça de Lula. Estes definiram uma linha de defesa: o dinheiro era para campanhas eleitorais, o famoso caixa 2 ou, como inventou Bastos, “recursos não contabilizados”. Ou seja, uma pequena infração eleitoral, a ser resolvida com uma revisão da contabilidade dos partidos e, talvez, algumas multas.

Da CPI resultaram as cassações de José Dirceu e Jefferson — e o Congresso queria parar por aí. Na Justiça, em julho de 2005, o processo foi para o Supremo Tribunal Federal, por causa do envolvimento de pessoas com foro privilegiado. Ainda se dizia: não vai dar em nada. E como o inquérito se arrastava, parecia mesmo que seria mais um daqueles casos que morreriam nas gavetas do tribunal. Demorou sete anos nisso, mas em agosto de 2012 o Pleno do STF começou o julgamento, sob a liderança do então presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. Terminou em março de 2014, com a derrota fragorosa das grandes bancas de advocacia.

Os “recursos não contabilizados” viraram lavagem de dinheiro. Caixa 2 passou de infração eleitoral para crime grave. A distribuição de dinheiro foi atribuída a uma quadrilha. Em resumo, sofisticado roubo de dinheiro público. Ainda era pouco. Nesse mesmo março de 2014, a Lava-Jato se mostrava ao país, com a primeira operação de vulto. Foi preso Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que viria a ser o primeiro delator. Aparecia o instituto da delação premiada, tão contestado, de novo, pelas grandes bancas.

Não era mais coisa de R$ 30 mil/mês, mas de bilhões de dólares. Mas por que estamos contando isso tudo? Porque, de novo, estão dizendo que a Lava-Jato é uma armação para tirar Lula da política. Que a Lava-Jato exagerou, é óbvio, mas como poderia pegar esse bando de ladrões ilustres e poderosos? Pensando bem, não é a Lava-Jato que exagera. “Eles” exageraram, continuam tentando derrubar a operação.
 
Carlos Alberto Sardenberg, jornalista
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Batistti na Itália, armas, Trump e Davos: Talento à moda Bolsonaro

Presidente embarca para participar do Fórum Econômico Mundial


É inevitável reconhecer, frente ao recente episódio e as repercussões da prisão de Cesare Battisti – o condenado fugitivo precariamente disfarçado, apanhado durante prosaico passeio de fim de tarde na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra: Bolsonaro e seu governo, à moda e seu jeito próprios, têm demonstrado Talento (com maiúscula mesmo) e senso de direção, em seguida à largada mambembe e o bate-cabeça inicial dos novos donos do poder. Destaques exemplares, além do caso Batistti: a assinatura do decreto da posse de armas e o encontro com o colega argentino, Maurício Macri, de forte impacto político continental, que balançou o inerte Mercosul e fez tocar o alarme no regime de Maduro, na Venezuela.

E a cereja do bolo pode estar ainda à espera do mandatário brasileiro, semana que vem, na distante e fria Suíça. Neste domingo, Bolsonaro embarca para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, onde fará sua estréia internacional. Na comitiva leva estrelas de primeira grandeza: os superministros Paulo Guedes, da Economia; Sérgio Moro, da Justiça e Segurança; e o agitador chanceler Ernesto Araújo, de polêmicas garantidas com “as esquerdas” .  Sem as presenças dos presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos (declarado fã do capitão) e da França, Emmanuel Macron, a expectativa é que o mandatário do Brasil se transforme em uma das principais atrações de Davos 2019.

Sei que muita gente – principalmente a turma ligada aos donos do poder nos últimos quase 15 anos, ou deles beneficiária em seus interesses, mamatas e falcatruas – vai torcer o nariz, mas cito fatos jornalísticos. Faço também um esclarecimento de ordem política, conceitual e de princípios, retirado do livro “Rompendo o Cerco”, cujo exemplar recebi pessoalmente das mãos de Ulysses Guimarães – com honrosa e inestimável dedicatória -, depois da cobertura pelo Jornal do Brasil (cuja redação da sucursal eu chefiava então em Salvador), na “noite dos cães selvagens” açulados pelas tropas de elite da PM contra o presidente do MDB, em dramático e insano 1º de Maio, na Bahia, nos Anos 70 de embates contra a ditadura e de quase todas as loucuras.

Talento é o terceiro mandamento do Estatuto do Estadista, cujo enunciado diz: Não há estadista burro. Há de ser talentoso, embora possa não ter cultura. Tiradentes e Juarez não tiveram cultura, mas foram estadistas porque tiveram talento político. Talento é o dom de acertar”…

Fatos
É disso que se trata aqui e agora. Goste-se ou não do que pensa, diz e faz o capitão da reserva do Exército, eleito com mais de 57 milhões votos para mandar no Palácio do Planalto, nos próximos quatro anos (pelo menos). O caso Batistti é exemplo cabal de visão em perspectiva política e histórica, atributo em falta na maioria dos políticos e governantes do País.

Com negociações diplomáticas ágeis e objetivas dos três governos diretamente envolvidos no caso, desde a prisão, no sábado, até o embarque do criminoso, em vôo direto, Santa Cruz de La Sierra/Roma, patrocinado pelo governo italiano, para – depois de 37 anos de fugas e estranhos benefícios, – o condenado pela justiça da Itália começar efetivamente a cumprir pena de prisão perpétua, em penitenciária de máxima segurança, numa ilha na Sicília, de onde ninguém até agora conseguiu fugir.

É isto, por enquanto, e não é pouco. Agora esperemos o que virá em Davos, e depois. A conferir.

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitor_soares1@terra.com.br
Blog do Noblat - Veja
 

domingo, 30 de dezembro de 2018

Saída de Alexandre Garcia da Globo tem relação com Bolsonaro

Alexandre Garcia deixará a Globo após apoio público a Jair Bolsonaro

Alexandre Garcia finalizou o seu contrato com a Globo após mais de 30 anos. O anúncio foi feito pelo diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel, conforme informou o RD1, nesta sexta-feira (28). Mas a motivação, diferente do que fora divulgado no comunicado, pode ter relação com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

BOLSONARO DESCOBRE E MANDA ALEXANDRE GARCIA SAIR DA GLOBO

Segundo a jornalista Cristina Padiglione, o comentarista político quebrou uma das regras internas do canal após a vitória do novo presidente da República. Alexandre Garcia manifestou, publicamente, apoio ao novo governo.  Em comunicado, no entanto, Kamel informou que a decisão de saída da empresa partiu do próprio profissional. “Em decisão muito refletida, depois de quase 31 anos de trabalho aqui na Globo, Alexandre decidiu deixar a emissora para amenizar um pouco o seu ritmo frenético de trabalho. Diante do trabalho exemplar ao longo de todos esses anos, é uma decisão que respeito. Ele deixa um legado de realizações que ajudaram o jornalismo da Globo a construir sua sólida credibilidade junto ao público. O trabalho na Globo foi a sequência de uma vida profissional que poucos podem ostentar”, declarou o executivo.

Apoio ao presidente
Ativo nas redes sociais, Alexandre Garcia sempre compartilha artigos que publica em jornais como colunista. No final de novembro, ele chamou a atenção com uma coluna divulgada no Twitter. Na publicação, o jornalista fala das últimas eleições presidenciais e afirma que a vitória de Jair Bolsonaro “representou a reação da maioria que não quer aquelas ideias que fracassaram no mundo inteiro, que mataram milhões para se impor e ainda assim não se impuseram”. Em resposta, Bolsonaro agradeceu “pela menção e reflexão”.

Antes de ir para a Globo, o apresentador passou pelo “Jornal do Brasil” e pela TV Manchete. Em seguida, durante a época da ditadura militar brasileira, ele afastou-se das redações para atuar como secretário de imprensa do governo João Baptista Figueiredo, o último militar a presidir o país. Garcia entrou para o Grupo Globo no fim dos anos 1980, cobriu a promulgação da Constituição de 1988 e as eleições presidenciais de 1989. Em seguida, se tornou um dos mais reconhecidos comentaristas políticos e passou a fazer parte do rodízio de apresentadores do “Jornal Nacional”.


A Verdade Sufocada
 

sábado, 1 de dezembro de 2018

Indicação de militares é polêmica desnecessária

Polêmica desnecessária


O complexo de vira-lata de que falava o grande escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues nos ataca com freqüência, e sua mais recente representação é a “continência” do presidente eleito Jair Bolsonaro para John Bolton, o Conselheiro do presidente dos Estados Unidos Donald Trump.  A continência é um tipo de “saudação” quando um militar encontra qualquer civil ou autoridade, e tem o significado de um “olá”, um bom-dia, representando apenas a cortesia de um cumprimento. Bolsonaro, ainda na campanha, encontrou-se com o juiz Sérgio Moro por acaso, num aeroporto, e cumprimentou-o batendo continência.

Seu gesto não representou subserviência, assim como também o então chanceler brasileiro Celso Lafer não foi subserviente ao aceitar tirar os sapatos para uma vistoria de segurança em um aeroporto dos Estados Unidos, logo depois dos ataques terroristas de 2001.  Lafer, como explicou depois, foi apenas republicano, entendendo que, naquele momento específico, “havia uma legislação aplicável a todas as pessoas. Achei que era natural essa preocupação com segurança. Não criei problemas, assim como não criaram nesta mesma ocasião o ministro das Relações Exteriores da Rússia e a ministra do Chile”.
Não foi, porém, por isso que o governo brasileiro deixou de registrar a inconveniência política de exigir do chanceler uma vistoria igual à das demais pessoas. Sem “complexo de vira-lata” que justificasse um escândalo diplomático.

Mas esse nosso complexo tem uma marca antecedente emblemática, quando, em 1958, o secretário de Estado americano John Foster Dulles visitou o Brasil. Antes de iniciar as conversações oficiais, JK e Dulles aguardavam que os fotógrafos terminassem seu trabalho. Com cara fechada, o americano sentou-se antes do fim da sessão, e quando Juscelino curvou-se para também sentar, o fotógrafo Antônio Andrade fez um flagrante que foi parar na primeira página do Jornal do Brasil e até em jornais como o New York Times.
A imagem ganhou uma versão carnavalesca: “Me dá um dinheiro aí”, como se a pose significasse a subserviência do Brasil diante dos Estados Unidos. Também a indicação de vários militares para postos importantes no governo Bolsonaro está causando rebuliço desnecessário.

Todos, ou quase todos, ocupam posições de suas especialidades, ou de que já tiveram experiência. E vários deles participaram de forças de Paz da ONU. Bolsonaro colocou no Gabinete de Segurança Institucional o general Augusto Heleno, primeiro comandante da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah), entre 2004 e 2005.
Na Secretaria de Governo o General Carlos Alberto dos Santos Cruz, que esteve no Haiti de 2007 a 2009;  indicou para o comando do Exército Edson Leal Pujol, líder da força de paz entre 2013 e 2014. O general Fernando Azevedo e Silva será o ministro da Defesa. O General Floriano Peixoto Vieira Neto, que coordenou a missão entre 2009 e 2010, supervisionará a gestão dos contratos de publicidade do governo, na Secretaria-Geral da Presidência. O general integrou a equipe do Centro de Comunicação Social do Exército.

O general Maynard Marques Santa Rosa será responsável pelo Programa de Parceria de Investimentos (PPI), que centralizará as privatizações e concessões.O mais recente indicado foi o almirante de esquadra Bento Costa Lima, futuro ministro de Minas e Energia. Atuou na Força de Paz da ONU em Sarajevo, representa a prioridade da Marinha, que é o projeto do submarino nuclear.
A explicação é simples: hoje, no Exército, uma grande parte dos oficiais e praças tem experiências em missões de paz. O Haiti foi a maior operação sob a égide da ONU, com uma característica especial de que o Force Commander era sempre brasileiro, o que deu destaque a muitos deles, e experiência na negociação direta com os diversos militares envolvidos nas operações.

Assim como o ex-presidente Lula se cercou de sindicalistas, e o ex-presidente Fernando Henrique de intelectuais e acadêmicos, é natural que Bolsonaro se cerque de militares. Só que precisa incorporar a institucionalidade civil do cargo. (Amanhã: a alma barroca brasileira e o complexo de vira-latas) [está explicada uma certa afinidade entre FHC e o presidiário do PT - quando na presidência, ambos se cercaram de nulidades.]

Merval Pereira - O Globo

quinta-feira, 24 de maio de 2018

“Gasolina no incêndio” e outras notas de Carlos Brickmann

Não é por falta de erros que Temer está em baixa. Mas cai até quando não é sua culpa. A alta do diesel e da gasolina tem vários pais. E uma mãe

Temer já sabia que ganhar as eleições seria tarefa impossível. E, com a parada dos caminhões e a alta do combustível, é bom nem falar em votos.  Não é por falta de erros que Temer está em baixa. Mas cai até quando não é sua culpa. A alta do diesel e da gasolina tem vários pais. E uma mãe.   A mãe é Dilma: ao segurar o preço dos combustíveis no país abaixo do custo do petróleo, quebrou as usinas de álcool e endividou a Petrobras. Hoje, a Petrobras vende combustíveis a preços que cobrem o custo do petróleo, do prejuízo que teve, dos juros que paga. O preço varia dia a dia, conforme a cotação do petróleo. Em 12 meses, a gasolina subiu 17,96% (a inflação esteve por volta de 2%). Aí aparece o primeiro pai da alta: o dono dos postos. Quando a Petrobras baixa o preço (e isso aconteceu algumas vezes), o posto o segura lá em cima. Concorrência entre postos? Então tá!

E vai subir mais: o dólar se valoriza e o petróleo marcha para US$ 90 o barril. É o outro pai da crise: a Venezuela já reduziu a produção à metade, por desorganização. O Irã está mais preocupado em mandar na Síria e sofre com as sanções americanas. Menos petróleo, mais preço. Há quem estime que a gasolina chegue a R$ 5,10 se câmbio e petróleo mantiverem o rumo.  Outro pai é o Governo, em todos os níveis: os vários impostos são mais de 40% do preço do litro. Resultado: o litro, para os americanos, custa menos de R$ 2; no Brasil, o custo é de R$ 4,75. E Temer paga em votos.

Temer fora
Ou não paga mais. Deixou a conta para seu ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que disputará o voto de centro com Geraldo Alckmin. Dado o carisma de ambos, pode parecer engraçada a frase seguinte: existe a possibilidade de que um deles seja eleito: basta chegar ao segundo turno, e beneficiar-se do radicalismo do adversário, seja Bolsonaro, seja o poste que Lula escolher. Alckmin, que conhece o jogo faz tempo, tem mais chances que Meirelles, cuja força é a capacidade de pagar sozinho a campanha. O MDB de Meirelles é forte, mas desde 1994 não disputa a Presidência. Se sempre se deram bem aderindo ao vitorioso, por que mudar justo agora?

Pedra no caminho
Há um grupo de parlamentares que tenta convencer Josué Alencar (cujo nome é Josué Gomes da Silva, mas resolveu se lembrar da herança política do pai, José Alencar) a sair para a Presidência, pelo centro – desde que pague sua própria campanha. O líder do grupo é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Se der certo, Alckmin e Meirelles terão mais dificuldades.

O olímpico
Rodrigo Maia tenta também lançar Eduardo Paes para o Governo do Rio. Ele era o prefeito do Rio na época dos Jogos Olímpicos, lembra?

Perdemos todos
Um dos grandes jornalistas brasileiros, Alberto Dines, morreu ontem aos 86 anos. Dines foi repórter, editor, diretor (mandava mais no Jornal do Brasil do que o dono – e merecia), escritor, professor em Princeton, criador do Observatório da Imprensa em TV e site. Foi um dos mestres deste colunista, que escreve sobre ele para a Folha de S.Paulo (só para assinantes); e, com leitura livre, neste link.
O Tribunal de Justiça de Minas rejeitou os recursos do ex-governador Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, e ordenou sua prisão. Azeredo foi condenado a 20 anos e 1 mês por participação no Mensalão mineiro, uma espécie de ensaio do que viria a ser o Mensalão petista, e que incluiu até a participação do publicitário Marcos Valério. Azeredo pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, mas não em liberdade.

Onde está o dinheiro?
A servidora Mirella Menezes Celestino pediu aposentadoria voluntária do Tribunal de Justiça da Bahia. Com a aposentadoria, a funcionária terá “proventos integrais de R$ 39.936,17”, segundo despacho do presidente do TJ baiano, desembargador Gesivaldo Brito. O salário propriamente dito (o nome oficial é “vencimento básico”) é de R$ 8.276,67. O restante, que põe seu salário acima dos pagos aos ministros do Supremo, são penduricalhos: “vantagem pessoal AFI símbolo”, R$ 17.802,72; “vantagem art. 263”, R$ 7.127,57. O desembargador determina que, na implantação dos proventos, deverá ser observado “o limite do teto constitucional – R$ 30.471,10”. Ou seja, com redução e tudo, uma economista de um Tribunal de Justiça estadual tem direito a ganhar quase tanto quanto um ministro do STF; mais de 90% dos vencimentos dos onze magistrados mais importantes do país – e, não esqueçamos, dentro da lei. Há algum risco de o país dar certo?

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann 

 

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Começar é preciso

Sob o eco da repressão militar, o poder civil se retrai na luta contra o crime

É fato testado, comprovado (e lamentado) que nenhum dos governos desde a reinstituição do poder civil no país enfrentou a questão da segurança pública. Por motivos variados: covardia, indiferença, cálculo político e, no caso das autoridades oriundas da esquerda, constrangimento para o exercício do uso da força do Estado contra o crime. Princípio equivocado de rejeição a qualquer tipo de repressão.  Uma visão herdada da ditadura. Obviamente torta, pois não leva em conta que a defesa da liberdade e dos direitos do cidadão implica a preservação da ordem como fator essencial da garantia de ir e vir sem o risco permanente e iminente de morrer. Tal inépcia nos levou ao descalabro atual.

O caos é nacional, mas o Rio de Janeiro viveu peculiaridades. Entre elas, a mais grave foi o acolhimento da bandidagem como parte do cenário de glamour e maravilha da cidade. Conto duas histórias que vi de perto: uma na década dos 90, a outra anos antes de consolidada a redemocratização no Brasil, em 1985. Nenhuma delas de violência pessoal, embora ambas conceitualmente violentas do ponto de vista geral.
Em 31 de dezembro de 1985, o traficante José Carlos dos Reis Encina (chamado “Escadinha”) foi resgatado do presídio da Ilha Grande por comparsas num helicóptero. Na hora, a fuga foi celebrada com aplausos e muito regozijo na redação do Jornal do Brasil, composta na quase totalidade do “pessoal Zona Sul”, os descolados, como um grande feito. A polícia, naquela concepção, era o inimigo a ser combatido e, como foi o caso, ludibriado.

A comemoração assustava a quem não concordava e, por isso, era classificado como “de direita”. Aos de “esquerda” parecia normal, tanto que “Chileno”, pai do bandido Escadinha, era, em 1986, festejado cabo eleitoral do então candidato ao governo do Rio Fernando Gabeira, hoje uma das cabeças mais lúcidas sobre o Brasil e suas novas circunstâncias; tanto que saiu do PT ainda no primeiro governo, quando Luiz Inácio da Silva estava no auge.

Mais de uma década depois, já no governo Fernando Henrique, numa conversa com o general Alberto Cardoso, ele, então chefe do Gabinete de Segurança da Presidência, alertou sobre a existência de “territórios dominados” pelo tráfico no Rio. Isso há quase vinte anos.

Publiquei a conversa com o general, e o mundo caiu. Marcello Alencar reagiu indignado, exigiu do presidente uma atitude, e o general me ligou constrangido: “Mantenho o que disse, mas vou precisar desmentir por exigência do governador”.

Forçado pela circunstância do cargo, o general desmentiu, e a vida prosseguiu. Levou-nos, rendidos, ao lugar de reféns da bandidagem em que hoje nos encontramos. Ambiente do qual qualquer candidato(a) a presidente na próxima eleição está obrigado(a) desde já a dizer como pretende nos livrar. De modo rápido e de maneira nada rasteira, a fim de nos assegurar uma necessária e indispensável consistência no ato coletivo de resistência.

Publicado em VEJA de 28 de fevereiro de 2018, edição nº 2571
 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

FOI UM TROTE; TIRIRICA AGORA DIZ QUE NÃO RENUNCIOU "video"

TIRIRICA PASSA TROTE; AGORA DIZ QUE NÃO RENUNCIOU

Tiririca armou pegadinha ao dizer que deixava política?

Um curioso caso de "fake news" baseada apenas em informações verdadeiras

Desde que anunciou que não se candidataria à reeleição na Câmara dos Deputados, Tiririca tem sido o novo “muso” das notícias falsas – ou fake news, como os embustes noticiosos têm sido chamados.
Já circulou o boato de que José Genoíno é o suplente do palhaço no parlamento e também que a desistência da política é um golpe para ganhar aposentadoria. Ambas “notícias” inverídicas.

Há um vídeo no qual Tiririca comenta com um colega que não vai renunciar – apenas não vai se candidatar a um novo mandato.
Pois bem, mas onde está a surpresa? Ele sempre disse isso. Nunca sugeriu que não cumpriria seu mandato até o fim. O texto, porém, trata o fato como um grande “trote”.
*
Uma técnica comum de fake news usada no post: para conferir credibilidade diante das leituras mais apressadas, o site usa nomes sonoros da imprensa profissional: “Jornal 21 Brasil”, que lembra o Jornal do Brasil, e IstoÉ Notícia, que lembra a revista IstoÉ.

O deputado tiririca enganou todo mundo e diz que não renunciou


O deputado Tiririca (PR-SP) fez no dia (6) o primeiro e último discurso na Câmara. Ele anunciou que não concorrerá à reeleição.
Tiririca diz que não renunciou - piadas de um

NA COLIGAÇÃO ONDE ESTAVA JOSÉ GENOÍNO E OUTROS MENSALEIROS, QUE CORRIAM O RISCO DA FICHA SUJA.  ENTÃO, PROVIDENCIALMENTE, DESCOBREM
QUE O TIRIRICA É ANALFABETO.

 
ELE SAI, GENOÍNO ENTRA!  CRIME PERFEITO, NÃO ?
MAS O POVO QUE VOTOU NESSE MENSALEIRO GENOÍNO SAFADO MERECE MESMO O QUE HOUVER DE PIOR NA POLÍTICA, NO CONGRESSO.
NEM HAVERIA NECESSIDADE DE LEI FICHA LIMPA

 Veja OnLine