[os petistas autores da tal cartilha conseguiram um feito inédito: dar aspecto de papel escrito à m... que expelem quando sentam no vaso sanitário - as vezes também expelem pela boca.
Simplesmente colheram o que expelem quando sentam no vaso sanitário e transformaram em papel escrito e fizeram a tal cartilha.
Já que é pura e simplesmente m... e devaneio mérdico o que eles pretendem. Podem estar prontos para a luta, será apenas mais uma derrota das esquerdas, só que desta vez os vencedores não cometerão os erros cometidos nos embates anteriores.
Agora a guerra será total e sem clemencia com os vencidos..]
Seria um grito de "Golpe"? Logo no começo, o
documento sintetiza os objetivos nesta "guerra": "Ocupar as
ruas, construir uma Frente Democrática e Popular, mudar a estratégia do Partido
e a linha do governo". Os ideólogos petistas fazem uma constatação clara e
ululante: "O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua
história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou
corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT,
mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latino americana. A
crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas
limitações".
Também fala na constituição de "uma frente popular em defesa da democracia e das reformas: "O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a revogação das medidas de ajuste recessivo; o combate à corrupção; a reforma tributária com destaque para o imposto sobre grandes fortunas; a defesa da Petrobrás e da industrialização nacional; a ampliação das políticas públicas universais como saúde e educação; a reforma política e a democratização da mídia. A Frente Democrática e Popular é essencial para derrotar o golpismo e libertar o governo da chantagem peemedebista. Mas o objetivo principal da Frente Democrática e Popular é lutar por transformações estruturais, sendo para isto necessário construir instrumentos de articulação política e de comunicação de massas que nos permitam enfrentar e vencer o oligopólio da mídia".
Outro ponto focal da tese petista é uma mudança radical na estratégia do partido: "Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. Para isto, precisamos de uma aliança estratégica com as forças democrático-populares, com a esquerda política e social. Precisamos, também, combinar luta institucional, luta social e luta cultural. Recuperar o apoio ativo da maioria da classe trabalhadora, 4 ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia, isolando e derrotando o grande capital transnacional financeiro. Isso implica abandonar a conciliação de classe com nossos inimigos".
O texto do documento apela explicitamente para a militância e, implicitamente, para a "meliância" (aquele "exército de Stédile", convocado pelo grande líder $talinácio). Os ideólogos recomendam a imediata reocupação das ruas: "A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contraofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras".
O documento petista propõe, como quarta tarefa urgente, mudar o governo Dilma Rousseff - o que parece ser uma das missões quase impossíveis. Nem a "oposição" seria tão dura quanto a intelectualidade orgânica nazicomunopetralha, sempre apontando um "inimigo" a ser vencido e eliminado: "É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por isto, o 5º Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o “PIG” e contra a especulação financeira".
A "tese" nazicomunopetralha insiste em focar no "inimigo", inclusive tentando descredenciar as livres manifestações de milhões de brasileiros nas ruas: "Não se trata de descontentamento “republicano e pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e entidades populares etc [= bando de criminosos, assassinos, desordeiros, invasores e que só param quando enfrentam uma ação enérgica quanto a realizada pela Gloriosa Policia Militar do Estado do Pará, quando desobstruiu uma rodovia ocupada ilegalmente por sem terras e abateu alguns facínoras.
Desde então, nunca mais a gang dos sem terra ocupou rodovias no Pará.] . Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade".
O documento prossegue com um espetáculo de arrogância
política, agora identificando claramente seus "inimigos" - militares
da ativa e da reserva, junto com os meios de comunicação: "O Partido dos
Trabalhadores defende que a solução para a crise política passa por mais
democracia, não por menos democracia. Por isto reafirmamos nossa defesa da
Assembleia Constituinte, da participação popular e da legitimidade dos
processos eleitorais. Se a oposição de direita quer nos derrotar, que se
organize para disputar as eleições de 2016 e 2018. Por isto mesmo, o PT defende
tolerância zero com a facção golpista da direita. As articulações golpistas,
especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de
comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação
nacional".
Do ponto de vista tático imediato da "guerra", o
receituário nazicomunopetralha define duas ações básicas: é necessário relançar
a campanha pela reforma política e pela mídia democrática, contribuindo para
que o governo possa tomar 8 medidas avançadas nestas áreas e para sustentar a
batalha que travaremos a respeito no Congresso Nacional. O PT precisa exercer
mais do que um papel de figurante na luta pela democratização da mídia: deve
engajar e orientar seus quadros e militantes a ajudar na construção das
mobilizações que os movimentos sociais a duras penas têm construído no país nos
últimos anos. (...) A militância do PT deve ser convocada a participar
ativamente da luta pela reforma política, apoiando as iniciativas do movimento
social e do partido, particularmente a mobilização da campanha do Plebiscito da
Constituinte e a coleta de assinaturas da campanha do PT".
"Para consolidar toda essa ação de guerra, o PT foca
em outra necessidade que eles já têm em andamento há muito tempo, através do
financiamento milionário, com dinheiro público, de uma "mídia de
aluguel": "Faz-se necessário, também, implementar uma política de
comunicação do campo democrático e popular, iniciando pela construção de uma
agência de notícias, articulada a mídias digitais (inclusive rádio e TV web),
com ação permanente nas redes sociais, que sirva de retaguarda e de instrumento
do campo democrático-popular na batalha de ideias, tomando como exemplos o
papel cumprido pelo Muda Mais na campanha eleitoral de 2014 e as diversas
experiências semelhantes existentes nas mídias partidárias, sindicais e sociais
de esquerda. Esta agência de notícias deve estar articulada à produção de um
jornal diário de massas, criando uma rede com o conjunto das publicações do
campo democrático-popular e integrando esta ação de comunicação política com o
amplo movimento cultural que está em curso neste país e que foi tão importante
no segundo turno. A política de comunicação de que necessitamos se integra à
política de cultura e de educação, com o objetivo de criar uma cultura de
massas orientada por valores democrático-populares e socialistas, combatendo a
crescente ofensiva conservadora no terreno das ideias".
Os petistas deixam claro em sua tese que, "para fazer
reformas estruturais, necessitamos de força política e social, já que tais
reformas de caráter democrático-popular contrariarão os interesses das classes
dominantes no plano nacional e internacional". Os petistas também
constatam uma fragilidade estrutural deles: "Por outro lado, chegamos ao
governo, mas não conquistamos o poder. E aqueles setores políticos e sociais
que detêm o poder estão cada vez mais ameaçando nossa continuidade no governo,
como fica claro ao compararmos os resultados das eleições presidenciais desde 2002
até 2014".
Assim, para "seguir adiante", depois de muito
discurso maniqueísta de convencimento da militância, os ideólogos petistas
defendem: "Uma estratégia que reconheça que só é possível continuar
melhorando a vida do povo se fizermos reformas estruturais. Que construa as
condições políticas para fazer reformas estruturais. Que recoloque o socialismo
como objetivo estratégico. Que constate que o grande capital é nosso inimigo
estratégico. Que não acredite nos partidos de centro-direita como aliados. Que
seja baseada na articulação entre luta social, luta institucional, luta
cultural e organização partidária. Que retome a necessidade do partido
dirigente e da organização do campo democrático-popular".
Em resumo, os ideólogos petistas desenham seu próprio
drama existencial do momento, sinalizando com uma necessidade urgentíssima: "Convencer
a nós mesmos, ao PT, de que precisamos sair da situação atual, em que buscamos
melhorar as condições de vida do povo nos marcos do capitalismo, para uma nova
situação, em que melhoraremos as condições de vida do povo através de reformas
estruturais democrático-populares e de medidas de tipo socialista. Só
retomaremos a condição de partido hegemônico no governo, se nos dispusermos a
conquistar/construir as condições para sermos partido hegemônico no poder de
Estado".
Esta fase mais radical das "teses" petistas tem
como autores: Bruno Elias, Jandyra Uehara, Adriano Oliveira, Rosana Ramos,
Valter Pomar e Iole Ilíada, em nome da Direção Nacional da tendência "Articulação
de Esquerda". As demais "teses", na mesma linha de defesa do
"socialismo", defendem exatamente a pregação anti-liberal sempre
adotada no Brasil por ideólogos de direita ou de esquerda: "um Estado
forte e indutor do desenvolvimento".
Desenhando e resumindo a ópera para quem ainda não
entendeu ou não quis compreender: Se o PT for tirado do poder, via impeachment
ou intervenção constitucional, seus militantes e meliantes estão prontos para
partir para a guerra, na base da porrada real e objetiva. Quem pensa que Dilma
possa renunciar, por algum motivo, pode tirar o cavalinho da chuva. O PT quer retomar
a hegemonia e conquistar o poder de fato. Está escrito, para quem quiser e
tiver saco de ler 165 páginas da cartilha nazicomunopetalha.
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
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