Depois
de assinar os documentos, Bicudo rebateu a fala de Dilma
Os juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT,
e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
se reuniram nesta quarta-feira, 16, com líderes dos grupos anti-Dilma, num
cartório de São Paulo, para fazer os reconhecimentos de firmas do pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff que será protocolado nesta
quinta-feira, 17, na Câmara dos Deputados.
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha
devolvido o pedido apresentado por Bicudo para que fosse adequado aos padrões
exigidos pelo Regimento Interno da Casa. Diante disso, os grupos
anti-Dilma aproveitaram a ocasião para articular que o parecer de Reale Júnior
e o dos movimentos fosse juntado ao de Bicudo. O objetivo dos grupos é
"dar simbolismo" ao ato.
Reale Júnior, por sua vez, disse hoje já existe ambiente político para o pedido de impeachment. Ambos, Reale e Bicudo, defenderam o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. "Assinei em 1992, sou doutor em impeachment", brincou Bicudo, que naquele ano era deputado federal pelo PT.
O ex-ministro tucano foi inclusive o relator do pedido que foi protocolado na Câmara na época. Questionado sobre um eventual governo Michel Temer, Hélio Bicudo disse inicialmente que preferiria a opção de novas eleições. "Temos que ter eleições livres e gerais para escolher o novo presidente." Em seguida, porém, reconheceu que esse é o cenário mais improvável. "Temer terá a nossa vigilância", disse. Terminado o ato, os manifestantes dos grupos anti-Dilma entoaram palavras de ordem contra o PT e receberam aplausos de Bicudo, que recebeu uma Bandeira do Brasil. [prevalecendo a situação que impõe eleições livres que o resultado seja apurado em condições de total transparência – inaceitável que um grupelho se reúna sob a coordenação de um ministro petista e procedam a totalização dos votos sem acesso livre da impensa.]
Fonte: O Estadão
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