'Brasil é maior que sua nota', diz Dilma sobre
rebaixamento
‘É
fundamental muita calma nessa hora’, pediu a presidente; ela classifica como ‘versão moderna de golpe’ usar crise como mecanismo para
se chegar ao poder
Em entrevista a uma rádio de Presidente Prudente, cidade do interior de São Paulo que ela visita nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse ser “fundamental ter muita calma nessa hora” para enfrentar a crise política e econômica e classificou como uma “versão moderna de golpe” usar a crise como mecanismo para se chegar ao poder. Questionada se o rebaixamento da nota do Brasil a preocupa, Dilma não respondeu. Disse apenas que o Brasil “é muito maior do que sua nota” e lembrou que países como Estados Unidos e França conseguiram voltar a crescer após suas notas também serem rebaixadas. [só que os Estados Unidos e França não foram vítimas da desgraça de serem presididos por uma Dilma Rousseff.] Segundo ela, o país honra todos os seus compromissos e contratos e não tem problemas de crédito internacional para atrair investimentos. Dilma entregou 2.343 moradias do Minha Casa, Minha Vida em Presidente Prudente (SP). Durante a cerimônia, voltou a falar que qualquer tentativa de “encurtar o caminho da rotatividade democrática” é golpe.
- Aconteceu com os
EUA em 2011, como também com França, Itália e Espanha em 2012, e agora conosco.
Todos os países foram muito maiores que suas notas. E o Brasil é muito maior
que sua nota. Todos voltaram a crescer e vai ser assim com o Brasil.
Questionada pelo apresentador da rádio Comercial 1440 AM sobre a
estabilidade de seu governo, Dilma disse acreditar que ainda haja, “infelizmente no Brasil”, pessoas que
não “se conformam que nós sejamos uma
democracia sólida cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto
popular”. [faltou ao gênio que
governa os pensamentos da doutora Dilma destacar que “A DEMOCRACIA não pode ser
usada para manter governos medíocres” e que o voto popular, que permitiu a tragédia da Dilma ser
reeleita, representou pouco mais de 40% do total do eleitorado brasileiro.]
— Essas pessoas geralmente torcem
para o quanto pior, melhor. Na área da economia, da política. Todas elas
esperando uma oportunidade para navegar em águas turvas — falou a
presidente, salientando ter certeza de que o Brasil tem uma solidez
institucional e que em nenhum país do mundo que passou por dificuldades
semelhantes às do Brasil “você viu alguém
propondo uma ruptura democrática como forma de saída da crise”. [todos os países em dificuldades semelhantes as do Brasil querem se
livrar da crise e a crise
no Brasil tem nome: Dilma Vana Rousseff.]
— Esse método de querer usar a crise como um mecanismo para você querer chegar ao poder é uma versão moderna do golpe. Atualmente, o que nós temos fazer é nos unir e mais rapidamente, independente de nossas posições e interesses pessoais ou partidários, formamos o “Partido do Brasil”, que levará a mudanças da nossa situação. Por isso é e fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade — disse Dilma, garantindo estar trabalhando pelas estabilidades econômica e politica.
A presidente salientou que, como
forma de sair da crise, seu governo vem adotando medidas de controle da inflação e de equilíbrio
fiscal, além de pacotes para estimular o crescimento, como de investimentos na
agricultura.
— Vamos atravessar esse período
de crise — disse
Dilma, que não falou sobre CPMF.
Na
cerimônia de entrega das casas, Dilma voltou a falar que qualquer tentativa de “encurtar o caminho da rotatividade
democrática” é golpe. Afirmou, ainda, que o governo está dando uma "apertada no cinto" para
assegurar os programas que vão garantir “o
futuro das pessoas”. — Qualquer forma de
encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. Principalmente
quando é feito só de atalhos questionáveis — disse a presidente, que
continuou: — Conquistamos a democracia
com imenso esforço. Qual a base da democracia? É a legalidade e a legitimidade
dada pelo voto de cada um dos brasileiros e brasileiras.
Em uma
crítica indireta à oposição, a presidente voltou a falar que tem muita gente no
Brasil que aposta no "quanto pior,
melhor". — Tem muita gente que acha que se piorar na política é melhor pra
eles, E se piorar na economia, é melhor pra eles. Eles acham que beneficia
eles. Não olham se o quanto pior melhor prejudica a população.
A
presidente comparou a crise econômica a dificuldades enfrentadas diariamente
por famílias. Segundo ela, os cortes de gastos não vão afetar programas
importantes, como o Minha Casa, Minha Vida: —
A gente dá uma apertada no cinto e a gente preserva aquilo que é melhor pro
futuro das pessoas. É pra isso que a gente está fazendo aperto no cinto. Não é
para acabar com tudo, é para manter o que é mais importante. [o Minha Casa Minha Vida já se transformou no Minha Casa Minha Dívida e
a Caixa Economica Federal triplicou as exigências que apresentava aos beneficiários
daquele programa.
Pessoas que esperavam assinar o
contrato e pagar a primeira prestação do financiamento estão sendo chamadas
para apresentar nova documentação.]
Dilma
disse que “temos que ter tranquilidade
para reconhecer onde está o problema”. —
Queremos fazer coisas importantes: controlar inflação, que corrói a renda do
trabalhador e o lucro do empresário; queremos equilibrar nosso orçamento, e
ainda por cima fazer uma pequena poupança pro ano que vem. Outra coisa é
continuar assegurando tanto programas sociais quanto investimentos. Enquanto no centro da cidade, cerca de 200 pessoas protestavam contra a
presidente Dilma, com um boneco gigante do
ex-presidente Lula vestido de presidiário e uma carreata, Dilma foi
ovacionada no local da entrega do Minha
Casa, Minha Vida.
Fonte: O Globo
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