Companhia
de Luís Cláudio Lula da Silva recebeu dinheiro da Marcondes & Mautoni, consultoria investigada por atuar
na "compra" de medidas provisórias nos
governos Lula e Dilma
O juiz responsável pela
Lava Jato, Sergio Moro,
disse nesta terça-feira (27) em palestra que a Lava Jato não é mais uma exceção. E exemplificou com a decisão da juíza federal Célia Regina Orly Bernardes, que aceitou os argumentos do Ministério
Público e permitiu as buscas nas empresas do filho do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Luís Claudio Lula da Silva, além de prisões de lobistas e condução coercitiva de alvos da Operação
Zelotes. As empresas são: LFT Marketing esportivo,
Touchdown Promoção de Eventos Esportivos e Silva Cassaro Corretora de Seguros.
"Esses casos (investigações da Lava Jato) influenciam positivamente. Ontem mesmo tem a decisão de uma colega juíza que pareceu importante", disse.
A operação investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Segundo a PF, esta nova etapa investiga incentivos fiscais em favor de empresas do setor de automóveis.
"Muito suspeito"
O Ministério Público Federal alega ser "muito suspeito" a LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, receber valores "expressivos" de uma firma que mantém "contatos" com o governo. Relatório da investigação diz que, apesar dos dividendos milionários, a empresa não tem funcionários, tampouco pagou salários ou recolheu contribuição previdenciária nos últimos anos, indicativo de que seria de fachada.
Os documentos da Operação Zelotes mostram que a Marcondes & Mautoni recebeu R$ 16,8 milhões da MMC Automotores, que fabrica veículos Mitsubishi, e da CAOA, que monta modelos Hyundai, para viabilizar a MP 627, de 2013. Em 2014, 97% do faturamento da Marcondes veio desses negócios. Naquele mesmo ano, o escritório repassou, além de recursos para seus sócios, R$ 1,5 milhão para a LFT. São esses os únicos beneficiários.
"Tem razão o MPF ao afirmar ser 'muito suspeito uma empresa de marketing esportivo receber valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes & Mautoni)', o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa", escreveu a juíza Célia Regina Ody Bernardes, da 10ª Vara Federal em Brasília, em sua decisão.
Carvalho
Um dos nomes mais próximos ao ex-presidente Lula no PT, o ex-ministro Gilberto Carvalho foi ouvido nesta segunda-feira, 26, pela PF sobre suposto envolvimento com a compra da MP 471. Ele é mencionado em agendas e e-mails dos lobistas envolvidos no esquema, entre eles Mauro Marcondes, com quem manteria relação "estreita". Os investigadores ainda não têm dados que comprovem pagamento de propina para o petista, razão pela qual ele não foi alvo da terceira fase da Zelotes, mas apenas intimado a se explicar.
Uma das anotações de APS menciona um "café" com "Gilberto Carvalho" em 16 de novembro de 2009, quatro dias antes de a MP 471 ser editada pelo ex-presidente Lula. Para os investigadores, "café" pode ser interpretado como propina ou mesmo um encontro com o ex-ministro.
Há mensagens mostrando, ainda, em que Marcondes encaminha um assunto para o petista e pede para ele tratar do tema com Lula "informalmente".
Na época da edição da MP 471, Carvalho era o chefe de gabinete de Lula. Documentos apreendidos com outro lobista, citam ainda o ex-ministro Nelson Machado, número dois da Fazenda na época da MP. Ele não foi alvo da nova fase da operação realizada ontem.
"Esses casos (investigações da Lava Jato) influenciam positivamente. Ontem mesmo tem a decisão de uma colega juíza que pareceu importante", disse.
A operação investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Segundo a PF, esta nova etapa investiga incentivos fiscais em favor de empresas do setor de automóveis.
"Muito suspeito"
O Ministério Público Federal alega ser "muito suspeito" a LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, receber valores "expressivos" de uma firma que mantém "contatos" com o governo. Relatório da investigação diz que, apesar dos dividendos milionários, a empresa não tem funcionários, tampouco pagou salários ou recolheu contribuição previdenciária nos últimos anos, indicativo de que seria de fachada.
Os documentos da Operação Zelotes mostram que a Marcondes & Mautoni recebeu R$ 16,8 milhões da MMC Automotores, que fabrica veículos Mitsubishi, e da CAOA, que monta modelos Hyundai, para viabilizar a MP 627, de 2013. Em 2014, 97% do faturamento da Marcondes veio desses negócios. Naquele mesmo ano, o escritório repassou, além de recursos para seus sócios, R$ 1,5 milhão para a LFT. São esses os únicos beneficiários.
"Tem razão o MPF ao afirmar ser 'muito suspeito uma empresa de marketing esportivo receber valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes & Mautoni)', o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa", escreveu a juíza Célia Regina Ody Bernardes, da 10ª Vara Federal em Brasília, em sua decisão.
Carvalho
Um dos nomes mais próximos ao ex-presidente Lula no PT, o ex-ministro Gilberto Carvalho foi ouvido nesta segunda-feira, 26, pela PF sobre suposto envolvimento com a compra da MP 471. Ele é mencionado em agendas e e-mails dos lobistas envolvidos no esquema, entre eles Mauro Marcondes, com quem manteria relação "estreita". Os investigadores ainda não têm dados que comprovem pagamento de propina para o petista, razão pela qual ele não foi alvo da terceira fase da Zelotes, mas apenas intimado a se explicar.
Uma das anotações de APS menciona um "café" com "Gilberto Carvalho" em 16 de novembro de 2009, quatro dias antes de a MP 471 ser editada pelo ex-presidente Lula. Para os investigadores, "café" pode ser interpretado como propina ou mesmo um encontro com o ex-ministro.
Há mensagens mostrando, ainda, em que Marcondes encaminha um assunto para o petista e pede para ele tratar do tema com Lula "informalmente".
Na época da edição da MP 471, Carvalho era o chefe de gabinete de Lula. Documentos apreendidos com outro lobista, citam ainda o ex-ministro Nelson Machado, número dois da Fazenda na época da MP. Ele não foi alvo da nova fase da operação realizada ontem.
As informações são do
jornal O
Estado de S. Paulo.
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