Prévia da inflação tem a maior taxa para outubro em 13 anos – IPCA-15
alcança 8,49% no ano
Aumento
no preço da
gasolina, do botijão de gás e dos alimentos levou o IPCA-15 a subir 0,66% neste
mês, chegando a 8,49% no acumulado do ano
O reajuste de 6% no
preço da gasolina nas refinarias já começou a entrar no cálculo da inflação. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial,
registrou um aumento de 0,66% em outubro, segundo dados divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Esse é o maior porcentual para um mês de outubro desde 2002,
quando variou 0,90%. Em setembro,
a taxa subiu 0,39%, e em igual mês do ano passado, 0,48%.
Individualmente, o peso maior veio do botijão de gás, cujo preço aumentou 10,22% em outubro depois de subir 5,34% em setembro. "Este foi o reflexo, nos pontos de distribuição ao consumidor, do reajuste de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 1º de setembro", informou, em nota, o instituto.
Já em relação aos alimentos, subiram o preço dos produtos consumidos dentro e fora de casa - 0,39% e 1,06%, respectivamente. Os destaques foram para o frango inteiro (5,11%), batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%), carnes (0,97%) e a refeição fora do domicílio (1,15%).
Na comparação regional, Brasília, São Paulo e Goiânia tiveram as maiores variações em outubro, com altas de 1,28%, 0,85% e 0,78%, respectivamente. A capital federal encabeça a lista devido ao reajuste pontual de 33,34% na tarifa de ônibus, que passou a valer a partir de 20 de setembro. "Se os preços livres continuarem pressionando o indicador, é possível que o IPCA chegue a 10% este ano. E deve continuar o quadro bastante pressionado, uma vez que serviços não mostra sinal de arrefecimento a despeito da recessão", avaliou o analista de inflação da Tendências Consultoria, Marcio Milan, que calcula alta do IPCA de 9,6% neste ano e de 6,5% em 2016.
Para chegar ao cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015 e comparados com os obtidos de 14 de agosto a 14 de setembro de 2015. O IPCA-15 corresponde às famílias com rendimento de um a quarenta salários mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, com a diferença no tempo de coleta dos preços.
Fonte: VEJA – On Line
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