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sábado, 27 de fevereiro de 2016

O marqueteiro que assustou os pobres com mesas vazias só escapará da comida de cadeia se engolir a delação premiada

Entre tantas outras vigarices, o marqueteiro João Santana pariu na campanha presidencial de 2014 uma invencionice especialmente sórdida.  


Se Dilma Rousseff não fosse reeleita, alertavam comerciais exibidos no horário do PT, a comida sumiria da mesa dos pobres para divertimento dos banqueiros que debochavam da desgraça dos desvalidos. A safadeza terrorista funcionou sobretudo nas urnas dos grotões do Brasil.

Nesta semana, em companhia da mulher e sócia, Mônica Moura, o fabricante de fantasias foi apresentado ao país redesenhado pela Lava Jato. O vendedor de fumaça que só frequentava restaurantes estrelados agora deve contentar-se com as refeições servidas à população carcerária.
[vazou que a Monica Moura, que não conseguiu levar para a cela suas bolsas e perfumes (por pouco ela e o marido não tiveram os celulares apreendidos pela PF; a sorte deles, foi que o advogado conseguiu agarrar os telefones antes que os policiais apreendessem na hora da prisão em Guarulhos) reclama do mau cheiro da cela  - ela está dando sorte, já que a cela que divide com outras presas tem sanitário, uma feliz exceçãom já que a regra é o 'boi' - que equipa a do Santana.] 

Os primeiros depoimentos em Curitiba informam que o casal engaiolado não tem explicações convincentes para os milhões de dólares sujos escondidos nas contas abertas em bancos estrangeiros. É provável que a dupla já tenha entendido que não está lidando com eleitores assustadiços e desinformados, mas com investigadores que sabem quase tudo. Estão apenas completando o mosaico.

Para mudar o cardápio, portanto, Santana e Mônica terão de engolir a delação premiada. Pode parecer amargo, mas é bem melhor que comida de cadeia.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes 

 

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