Força Nacional que, teoricamente, pode combater até terroristas, não consegue proteger seus efetivos do ataque de traficantes
Força Nacional é atacada por traficantes - militares foram atacados ao entrarem por engano na comunidade
Força Nacional faz cerco na Vila do João, no Complexo da Maré
Agentes da Força Nacional foram baleados nesta quarta-feira - Leitor
[só uma ação enérgica, que torne a Força Nacional temida, será capaz de recuperar o prestígio daquela Corporação Militar, criada originalmente para ser a milícia do Lula;
não deu certo, a Força Nacional de Segurança perdeu prestígio antes mesmo de se tornar conhecida por alguém ação de importância e agora estão como 'tropa de elite' do esquema de segurança das Olimpíadas 2016, mas, seus soldados são proibidos de usar uniformes e portar identidade militar na região em que estão alojados.
Uniforme e identidade militar só quando em serviço, em grupo. Ou a FNS recebe ordens para entrar em algumas favelas e proceder uma limpeza geral, pesada - algumas mortes por 'efeito colateral' terão que ser previstas e toleradas - ou sai desmoralizada.
Qualquer operação de segurança com as Forças Armadas, Força Nacional e unidades de elite da Polícia Militar é válida, desde que se aceite a ocorrência de mortes por 'efeito colateral'.
Ou se admite os resultados do 'efeito colateral' ou a tropa vira alvo.
Esse desejo das autoridades de 'precisão cirúrgica' é que desmoralizou a PM e se persistir desmoraliza também as FF AA.]
A segurança na Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio,
amanheceu reforçada por integrantes da Força Nacional. No local, os
agentes fizeram um cerco nos acessos à comunidade, onde três militares foram
atacados por traficantes, após errarem o caminho nesta quarta-feira. Não há
registros de tiroteios na região. Conforme mostrou o Bom Dia Rio, da TV Globo, os integrantes da Força Nacional
revistam os veículos que passam pelos acessos à comunidade e também moradores.
Próximo à região da favela, a Linha Amarela já apresenta pontos de retenção.
Na tarde desta quarta-feira, dois agentes foram baleados quando entraram, por
engano, na Vila do João, que integra o Complexo da Maré. Eles estavam usando um
aplicativo de celular durante o deslocamento, erraram o caminho e, ao tentar
retornar para a Avenida Brasil, ficaram próximos da comunidade e foram atacados
com um disparo, segundo informações da Polícia Civil.
Os outros ferimentos foram causados por estilhaços de vidros. Na ação, o
soldado Hélio Vieira, que veio de Roraima, levou um tiro na cabeça e foi operado
no Hospital Salgado Filho, no Méier. Levado para o hospital em estado muito
grave, ele passou por cirurgia de quatro horas e segue internado. Segundo o blog Panorama Esportivo, são
mínimas as chances de sobrevivência do soldados. Fontes médicas do Hospital
Salgado Filho dizem que a situação é gravíssima, e o risco de morte é iminente.
Vieira foi atingido na testa, e a bala saiu por trás.
Carro da Força Nacional foi atacado nesta quarta-feira. Em junho, o GPS indicou o caminho errado
Por estar cercada de vias expressas, a Maré registra vários casos de
ataques a motoristas que erram o caminho e entram na favela. O caso mais
recente aconteceu em junho, quando Maria Lucila Barbosa de Araújo, de
49 anos, foi baleada na coxa direita. O motorista do carro em que ela
estava seguiu as instruções de um GPS e, por engano, pegou o acesso para
a Vila do João. No ataque, a passageira de um ônibus que passava pela
Avenida Brasil foi ferida numa mão.
Em junho de 2013, o engenheiro Gil Augusto Barbosa, de 53 anos,
morreu após ser baleado na cabeça ao também entrar por engano na Vila do
João, no mesmo caminho feito ontem pelos agentes da Força Nacional. O
engenheiro buscaria sua mulher no Aeroporto Tom Jobim, mas, como ela
telefonou dizendo que havia tomado um táxi para casa, ele tentou fazer
um retorno e acabou entrando na comunidade. A sinalização inadequada na
Linha Amarela pode ter sido um dos motivos que fizeram o engenheiro
cometer o erro. O acesso à comunidade não estava indicado na época do
crime.
Mas o problema naquela região é ainda mais antigo. Em dezembro de
1995, o motorista de um ônibus com torcedores do Santos, que procurava o
caminho para São Paulo, entrou na favela sem perceber e o veículo foi
metralhado. Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas. O grupo tinha
acabado de sair do Maracanã, onde o time havia jogado contra o Botafogo.
A Vila do João é um conjunto habitacional erguido em 1982 no Projeto
Rio, do governo federal, para receber famílias que viviam em palafitas
na região. Em abril de 2014, mais de dois mil homens do Exército
ocuparam a Maré, com o apoio de soldados da Marinha e policiais civis e
militares. O objetivo era preparar as comunidades para receber UPPs.
Quinze meses depois, as tropas entregaram o controle das favelas à PM,
que, aos poucos, abandonou o patrulhamento, deixando o tráfico retomar o
território. A Secretaria estadual de Segurança chegou a anunciar a
primeira UPP da região para julho de 2015, o que não aconteceu.
Fonte: O Globo
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