Ministério Público investiga estaleiro alvo da 'Resta Um' e doação clandestina feita pela empresa ao caixa 2 da campanha do ex-presidente em 2006
Ao deflagrar a Operação Resta Um, a 33 fase da Lava-Jato, a Polícia Federal procura documentos para comprovar pagamento de caixa dois do Consórcio QUIP para a campanha da reeleição do ex-presidente Lula, em 2006. O dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, confirmou em depoimento ao juiz Sério Moro que o Consórcio QUIP repassou 2,4 milhões de caixa dois para a campanha de Lula, por intermédio do então tesoureiro do PT, José de Filippi Junior.
O Consórcio QUIP, integrado pela
UTC, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, pagou propina para funcionários da Diretoria de
Serviços da Petrobras na contratação da Plataforma P-53. Com base nos
depoimentos dos delatores, a PF
descobriu que o Consócio QUIP repassou dinheiro clandestinamente ao PT, por
meio de caixa dois na campanha presidencial de 2006, quando Lula foi reeleito.
Não por coincidência, acreditam os investigadores, uma das empreiteiras que contrataram as
palestras de Lula foi justamente a QUIP. A empresa deu a Lula
378 209 reais por uma “palestra motivacional”. O
Consórcio QUIP nasceu como o objetivo de construir plataformas para a Petrobras
e Lula foi o principal patrocinador do projeto, que recebeu incentivos do
governo. Veja a “palestra motivacional” do ex-presidente que custou 13 000 reais o minuto.
Relatório de órgão de fiscalização do governo
mostra que a empresa de Lula faturou 27 milhões de
reais — sendo 10 milhões apenas das empreiteiras envolvidas no escândalo
de corrupção da Petrobras
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