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domingo, 2 de outubro de 2016

CARANDIRU - VERGONHA NACIONAL: ação enérgica da Polícia MIlitar é tão criticada pelos defensores dos 'direitos umanos' que bandidos resolvem criar organização criminosa

Carandiru: como o massacre de 111 presos levou à criação do PCC

Se fosse uma empresa, a organização criminosa estaria hoje entre as vinte maiores do país

 [antes da ação enérgica da PMSP os motins na Casa de Detenção eram rotineiros. Os presos tinham o controle quase total da prisão.
Quando a PMSP, sob o enérgico comando do coronel Ubiratã, resolve invadir o presídio e conter a rebelião fazendo o que era necessário, a reação dos defensores dos 'direitos humanos' - aquela turma que está sempre do lado dos bandidos e contra polícia - fez tanto barulho condenando os policiais que procederam ao abate de 111 marginais que os demais bandidos se sentiram estimulados a fundar uma organização criminosa, com estrutura empresarial, e que hoje fosse uma empresa estaria entre as vinte maiores do país.
Pessoal dos direitos humanos continuem apoiando direitos humanos para bandidos e esquecendo os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS e logo teremos um Brasil formado por criminosos (mesmo excluindo os petistas) mais poderoso que o Brasil legal, oficial.]
 VEJA
Taubaté, interior de São Paulo, 31 de agosto de 1993. Entre uma partida de futebol e outra, no pátio da Casa de Custódia, um grupo de nove detentos — Antônio Carlos dos Santos, Antonio Carlos Roberto da Paixão, Isaías Moreira do Nascimento, Ademar dos Santos, César Augusto Roris da Silva, Idemir Carlos Ambrósio, Misael Aparecido da Silva, Wander Eduardo Ferreira e José Márcio Felício discute a criação de uma confraria de presos, com um objetivo claro: evitar uma repetição do massacre do Carandiru, ocorrido menos de um ano antes. Os nove fundadores do que viria a se chamar Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam convencidos de que, ao submeterem os criminosos a uma hierarquia dentro da cadeia, poderiam evitar brigas internas como a que serviu de estopim para a rebelião no Carandiru e, ao mesmo tempo, ter força para extrair concessões do Estado. 

Os primeiros protegidos do PCC eram conquistados na marra. Ou pagavam, ou eram mortos ou espancados. Não demorou para os presos entenderem que pertencer ao grupo representava uma elevação de status no mundo do crime. Por não ter surgido em uma favela, bairro ou cidade, o PCC nunca foi uma organização local. Já no embrião apresentou uma capilaridade singular, que lhe permitiu alastrar-se rapidamente por São Paulo e depois para os estados que estão cravados na rota do tráfico da cocaína vinda da Bolívia e do Paraguai.

Pedro Juan Caballero, Paraguai, 15 de junho de 2016. As imagens das câmeras de segurança de uma farmácia na Rua 14 de Mayo registram 18h44. A 70 metros dali, dezenas de fiéis rezam na Paróquia de São Geraldo. Na calçada oposta, jovens frequentam as aulas de uma escola local. Um anoitecer típico dos moradores da cidade, que faz fronteira com o Brasil, em Mato Grosso do Sul. Naquele horário exato, porém, o motorista de uma Toyota Hilux branca para no cruzamento em frente à farmácia e, sorrateiramente, espera até ser alcançado por um Hummer blindado que vem escoltado por três caminhonetes com capangas armados com fuzis e pistolas automáticas. Em seguida, a Hilux acelera. A porta traseira se abre e revela uma metralhadora antiaérea. Uma rajada de balas ilumina a rua e atinge o para-brisa do Hummer

Em seu interior está o brasileiro de origem libanesa Jorge Rafaat. Uma nova sequência de disparos atravessa o vidro blindado do veículo, matando Rafaat. Conhecido como o Rei da Fronteira, ele era o último empecilho para que a organização criminosa PCC alcançasse a hegemonia do tráfico de drogas e armas a partir do Paraguai. “Tirar Rafaat do caminho era o que faltava para o PCC se tornar o primeiro cartel internacional de drogas com sede no Brasil”, diz o procurador de Justiça Márcio Christino, do Ministério Público de São Paulo, um especialista na história e no funcionamento do PCC. “Esse cartel já tem um nome, dado pelos próprios criminosos: Narcossul.”

Em pouco mais de duas décadas, enquanto a Justiça paulista fracassava em punir os responsáveis pela matança de 111 presos desarmados no Carandiru, o PCC deixou de ser apenas uma quadrilha que vende proteção a detentos e consolidou-se como a maior e mais poderosa organização criminosa da história do Brasil. Eis o resultado que o Brasil colheu ao executar presos — coisa que os adversários dos direitos humanos acham que é uma cândida solução — e manter policiais criminosos impunes. [Para acabar com o PCC é necessário que policiais integrantes de unidades especiais da Polícia abatam as principais lideranças do PCC, as que estão presas e são conhecidas, com destaque para Marcola.
Abater Marcola e uma dúzia de outros bandidos da hierarquia do PCC é o suficiente para desarticular a organização.
Mas, matar Marcola, dentro da cadeia, será motivo para que os defensores dos direitos humanos espalhem aos quatro ventos  que Marcola e parceiros foram abatidos desarmados e que estavam sob a proteção do Estado.
É necessário se entender que bandido tem que morrer - começou a crescer, tem que ser eliminado.
Pode não ser politicamente correto mas é a única forma de conter a criminalidade no Brasil. Caco contrário as organizações criminosas se multiplicam e se tornarão incontroláveis.
Atribuir que o PCC foi criado devido uma ação enérgica do PCC é uma teoria que não resiste a uma análise sólida e isenta.
Podem até condenar e considerar não politicamente correto a existência de policiais prontos a matar bandidos, ainda que os bandidos estejam presos e temporariamente sob controle, mas com certeza esses policiais são necessários e devem ser recompensados.]

Se fosse uma empresa, o PCC seria hoje a décima sexta maior do país, à frente de gigantes como a montadora Volkswagen. Trata-se de um império corporativo em que os produtos são as drogas ilícitas. Os clientes são dependentes químicos. Os fornecedores são criminosos paraguaios, bolivianos e colombianos. Os métodos são o assassinato, a extorsão, a propina e a lavagem de dinheiro. As áreas de diversificação são os assaltos a banco, o roubo de cargas e o tráfico de armas. A meta, coerente com as exigências da globalização, é internacionalizar-se, e para chegar lá os líderes do PCC estão selando alianças com quadrilhas africanas e terroristas do Oriente Médio.

O PCC recorre ao tráfico de drogas desde sua fundação. O que no início era apenas uma forma de multiplicar as receitas obtidas com a venda de proteção nas cadeias tornou-se, com o tempo, sua atividade central — o core business, para usar um anglicismo do mundo empresarial. Hoje, a organização controla mais da metade do comércio de entorpecentes no país. A reportagem de VEJA consultou mais de uma dezena de especialistas e policiais no Brasil e em outros seis países para dimensionar a capacidade financeira do PCC. 

Conclusão: apenas com a venda de drogas para consumo no território nacional, a organização alcança um faturamento anual da ordem de 20,3 bilhões de reais, sem incluir as receitas com roubo de carga e assalto a banco. Em 2015, cerca de 3 000 caixas eletrônicos foram explodidos no país. Suspeita-se que o PCC esteja por trás de pelo menos um terço dos ataques.

A fortuna que passa pelas mãos dos narcotraficantes do PCC é pulverizada. Ela é usada para pagar propina a policiais, juízes e políticos, patrocinar execuções e remunerar os milhares de “trabalhadores” envolvidos na operação. Parte significativa é despendida nas operações de lavagem de dinheiro, que obrigam os criminosos a corroer seu capital para esconder a origem ilícita dos recursos por meio de empresas de fachada. Os custos podem ser altos, mas a margem de lucro do tráfico é imbatível. A diferença de preço entre 1 quilo de pasta-base na Bolívia e 1 quilo de cocaína no Brasil é de 1 500%.

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