Crise hídrica pode ser superada até o fim do ano, afirma Rollemberg
Em seminário promovido pelo Correio e pela Adasa, Rollemberg diz que, com obras de infraestrutura e aumento das chuvas a partir de outubro, a falta de água pode ser superada no fim de 2017
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse que o Distrito Federal terá de enfrentar o racionamento de água, ao menos, até o fim do ano. “Sabemos que não teremos chuva suficiente para encher os reservatórios, e as obras de infraestrutura que vão ampliar a capacidade de abastecimento do DF ainda demorarão alguns meses para serem concluídas”, adiantou nesta terça-feira, durante o seminário O desafio hídrico e as preparações para 8º Fórum Mundial da Água.
Rollemberg abriu o evento, realizado, em parceria, pelo Correio e pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Ele ressaltou que a ameaça de falta de abastecimento do DF é antiga, durando décadas, e que a seca mais forte acabou por revelar o problema. “A nossa expectativa é que uma boa estação de chuvas, a partir de outubro, aliada aos investimentos que o governo está fazendo para a ampliação da capacidade de abastecimento do DF, consigamos superar esta crise no fim deste ano”, detalhou.
Em sua fala, o governador defendeu que o Distrito Federal precisa enfrentar o mau uso dos recursos hídricos. “Essa questão da água diz respeito a todos nós. Só vamos construir formas mais sustentáveis de nos relacionarmos com a água, garantindo eficiência nos múltiplos usos do recurso, se tivermos consciência coletiva”, frisou.
Ocupação desordenada do solo
Ele citou também como uma das principais causas da falta de abastecimento a ocupação desordenada do solo, uma característica da formação de Brasília que trouxe graves consequências para o DF. “A ocupação desordenada, além de ser feita sem o processo adequado de drenagem e preservação ambiental, produz outro fenômeno: o furto de água, que leva a 35% de perda de água da Caesb”, disse. [furto que pode ser coibido facilmente; os ladrões de água só conseguem furtar água fazendo ligações facilmente detectáveis e que podem ser desmanchadas pela Caesb e se Rollemberg quiser é fácil identificar os imóveis beneficiados com o produto do crime.
O roubo de água é um tipo de crime facilmente identificado por exigir tubulação, conexão à rede pública e à residência do ladrão, etc.
Ironicamente, o ladrão de água tem que usar ligação clandestina que é visível e facilmente localizada.]
Entre as medidas que vêm sendo adotadas pelo GDF para que a situação se normalize no fim do ano, Rollemberg destacou o avanço nas obras da Usina Corumbá IV e o uso de água do Lago Paranoá para abastecer áreas como Lago Norte e Varjão. Esse último projeto conta com apoio do governo federal, que disponibilizou R$ 55 milhões para sua realização. [governador pare de enrolar; o senhor e o povo sabe que, exceto por um milagre, o racionamento TRÊS DIAS SEM ÁGUA e UM COM começa em setembro próximo e a obra do Paranoá só foi iniciado no papel.]
8º Fórum Mundial de Água
Além do governador, o seminário contará com a participação dos ministros do Meio Ambiente, José Sarney Filho, e da Integração Nacional, Hélder Barbalho, além da do diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles, e outros 12 especialistas sobre o assunto.
O encontro é uma preparação para o 8º Fórum Mundial da Água, realizado pelo Conselho Mundial da Água e mais importante evento internacional sobre o tema. Em 2018, Brasília será a sede do fórum, que vai promover o diálogo sobre o uso global dos recursos hídricos. “Nós estamos com ações de mobilização das escolas e do setor produtivo, buscando fazer com que o conjunto da sociedade brasiliense perceba a grande oportunidade que o fórum traz, de conhecer boas práticas desenvolvidas em vários países do mundo e avançar no sentido de garantir o uso sustentável da água”, concluiu o governador.
Fonte: Correio Braziliense
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