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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Fora, Alexandre de Moraes! - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.

"Minhas férias"

Alexandre de Moraes piscada
Depois de ler a crônica “Fora, Alexandre de Moraes!”, ele e os demais ministros do STF botaram a mão na consciência, como se diz.- Foto: EFE


Ai, palavras, ai, palavras
Que estranha potência a vossa!
- Cecília Meireles

Depois de quinze dias de férias, ele estava em crise. “Para que servem todas as minhas palavras? Quaisquer palavras. Inclusive estas?”, perguntava o autor para o escritório vazio, para a Catota e até para os estranhos na rua. Nunca, never-ever, jamé (sic) um artigo de jornal foi capaz de fazer um déspota mudar de ideia. Nem o J’Accuse. Quanto mais uma crônica! Por que agora seria diferente? E, no entanto, ele perseverou. Vai quê.

Era uma questão até de respeito com o leitor. Afinal, havia pessoas indignadas nas ruas.  
Pessoas transbordando impotência e medo diante da injustiça e da arrogância.  
Pessoas tratadas como golpistas e antidemocráticas apenas por questionarem ou discordarem. 
Pessoas engolindo humilhação atrás de humilhação, escárnio atrás de escárnio, menosprezo atrás de - adivinha! - menosprezo.
 
“Fora, Alexandre de Moraes!”, escreveu ele. Só por diversão. Só para ter certeza de que ainda podia. Posso, né?  
E ficou olhando para a tela do computador como se esperasse um aviso do Grande Irmão o alertando para o pecado imperdoável: você está sendo antidemocrático, seu fascista! 
Como nada disso acontecesse, porém, ele se pôs a escrever. E foi então que o milagre começou a ganhar forma:

Aqui é preciso interromper o fluxo natural da narrativa para dizer que os leitores daquele tempo ficaram boquiabertos com os dois pontos que pairavam auspiciosamente no céu azul de primavera. Afinal, o autor falava em milagre, e não em maldição. O que, pensando bem, até fosse um defeito da crônica-que-mudou tudo. De qualquer modo, os leitores ficaram ali admirando o suspense que não tardou a se dissipar.

Assim que os dois pontos cruzaram o lábaro estrelado, o texto prosseguiu como que por encanto. A lógica impecável, as citações cuidadosamente garimpadas (inclusive a epígrafe), os argumentos lapidados, as contextualizações precisas, as análises abissalmente profundas da psique suprema, as metáforas de causar inveja a Shakespeare e, no fim, aquela exortação ao autossacrifício: fora, Alexandre de Moraes! Tudo havia se encaixado mais-do-que-perfeitamente. “Nasceu uma obra-prima!”, disse, na ocasião, um anjo desses que se empolgam demais e depois ficam com as bochechas vermelhas.

A obra-prima, porém, ainda não era milagre. Porque de nada adiantariam aquelas palavras todas se elas caíssem em ouvidos moucos ou, pior!, fossem sugadas pelo grande redemoinho de indiferença das redes sociais. Por sorte, para quem não acredita, ou pela Graça, para quem crê, eis que a crônica chamou a atenção de um assessor do Supremo.  
Que tomou o cuidado de imprimir as palavras e colocá-las cuidadosamente sobre a mesa do déspota, com um bilhetinho no qual, com algum esforço (ê letrinha feia, hein!), lia-se: “Quem esse cara pensa que é?! PRENDE ELE, ALEXANDRE!”.
 
A julgar pelo título, Alexandre de Moraes já estava até assinando o mandado de prisão. 
Mas lhe chamou a atenção a epígrafe com aquela poetisa que o minissenador Randolfe Rodrigues disse que era boa. 
E só por isso o déspota começou a ler. E, caramba!, não é que o cronista tinha razão mesmo? Quando percebeu, Alexandre de Moraes estava na última linha - e em prantos. “Data venia, eu só queria salvar a democracia”, repetia entre soluços, numa última e desesperada tentativa de se convencer disso.

Neste ponto os estudiosos divergem e até se pegam no tapa. Eu, que sou o autor desta joça, digo que o milagre estava na epifania de Alexandre de Moraes. Mas agora uns chatos inventaram de dizer que o milagre se estendeu pelos dias seguintes, abrangendo tudo o que entrou para a história com o nome meio cafona de Primavera Brasileira:

(Olha os dois pontos cruzando a abóboda celeste aí de novo, incréu!).
Alexandre de Moraes fez circular a crônica entre os demais ministros que, tocados por todas as qualidades literárias aqui já mencionadas, convocaram uma coletiva de imprensa para reconhecer os muitos erros cometidos nos últimos anos, pedir desculpas e, já que estavam ali mesmo, anunciar novas eleições. “Mas dessa vez sem candidato ex-presidiário!”, ressaltou um brincalhão Edson Fachin que, não pude deixar de perceber, até raspou o bigode. “E, daqui para frente, sem censura. Mesmo!”, acrescentou Cármen Lúcia, visivelmente constrangida, tadinha.

Assim a paz se fez no Brasil. É bem verdade que um ou outro petista cínico ainda tentou emplacar a narrativa de que tudo não passava de uma fantasia mequetrefe de um cronista de província voltando de férias. Mas de nada adiantou. No final das contas, prevaleceram não só os argumentos, citações, figuras de linguagem e até um ou outro afago pouco sincero que o autor incluiu no texto para apaziguar a ira suprema; prevaleceu sobretudo a exortação final que, apesar da cara jacobina, tinha um quê mesmo de sábio conselho maternal: fora, Alexandre de Moraes!

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

No local da facada, Michelle cita milagre e Bolsonaro fala em ‘dar a vida’

Presidente escolheu Juiz de Fora (MG) para o primeiro ato da campanha; primeira-dama pede a eleitores que não entreguem a nação aos 'nossos inimigos'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o primeiro discurso da campanha nesta terça-feira, 16, no centro de Juiz de Fora (MG), cidade que foi palco de um episódio decisivo na campanha eleitoral de 2018: foi lá que ele foi vítima de uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira quando caminhava com apoiadores nas ruas do centro. “Aqui eu renasci”, disse hoje aos apoiadores.

Bolsonaro discursou em cima de um carro de som, ao lado de seu candidato a vice e ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também estava presente. Em sua fala, o presidente falou sobre Deus e liberdade e fez críticas à esquerda.  “O Brasil é um grande país, mas que até pouco tempo era roubado pela esquerdalha que estava no poder”, afirmou. “Jurei dar a vida pela minha pátria quando militar. Enquanto cidadão, juro de novo dar a vida pela nossa liberdade”, acrescentou ao fim do discurso.

Michelle também pegou o microfone, fez menção à facada e disse que a campanha do marido é um milagre. Peça importante na busca de Bolsonaro pelo voto das mulheres e dos evangélicos, a primeira-dama fez apelos a Deus e falou em “inimigos”. “Deus fez um milagre na vida do meu marido porque aqueles que pregam o amor e a pacificação atentaram contra a vida dele. Mas Deus é maior, e a justiça do senhor será feita. Que Deus dê sabedoria e discernimento ao nosso povo brasileiro para que não entregue a nossa nação aos nossos inimigos”, declarou.

Em Juiz de Fora, Bolsonaro se reuniu com líderes evangélicos e fez uma motociata até o centro. Ele volta para Brasília nesta tarde, onde acompanhará a cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) também estarão presentes.

Coluna Maquiavel - Revista VEJA

 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Não faltou dinheiro para desviar as águas do grande rio

Alexandre Garcia

Com tanto impostos cobrado do brasileiro, o milagre constitui em não deixar que o dinheiro do povo saísse pelo ladrão. Nos ministérios, na Petrobras, nas estatais gerais

Hoje é um dia histórico. A água das chuvas que caíram na Serra da Canastra, quase na divisa de Minas com São Paulo, no início do ano, vão chegar ao Rio Grande do Norte, depois de percorrer mais de 3 mil quilômetros. É o eixo leste da transposição do Rio da Unidade Nacional. Sonho secular, promessa de décadas, finalmente realizado. Águas mineiras naturalizadas potiguares. No estado em que Cabral plantou um marco português, em pedra lioz, com a Cruz da Ordem de Cristo, onde Caminha registrou "águas infinitas". Agora, outro marco, em água, chega ao interior, no Seridó, confirmando a previsão da carta de 522 atrás.
 
Por anos, a transposição, agora chegando, também, ao Ceará, foi promessa eleitoral, com obras que ficaram se deteriorando, consumindo impostos federais, mas mantendo a chantagem populista [chantagem que o 'descondenado petista Lula e o 'coroné' Ciro Gomes,praticaram por anos e anos.]  de um dia a água chegar, se o voto chegar à urna. Serviu para caixa dois, para propinas de empreiteiras, como constatou a anulada Lava-Jato. Muito dinheiro foi para obras em Cuba, Venezuela, Nicarágua, Moçambique e outros países. 
Agora que o dinheiro aqui ficou, as obras estão sendo concluídas e outras começadas, como as pontes ligando Rondônia e Acre, Piauí e Maranhão, como centenas de outras obras de infraestrutura.
 

Bolsonaro denuncia que desvios do PT equivaleram a "50 transposições" do São Francisco

 
 
Com tanto imposto cobrado do brasileiro, o milagre consistiu em não deixar que o dinheiro do povo saísse pelo ladrão. Nos ministérios, na Petrobras, nas estatais em geral. 
A Caixa Econômica, que já teve Geddel como vice-presidente, agora virou banco social, como é de sua natureza; na Petrobras, não se faz mais negócio por recomendação de líder de partido político; no Banco do Brasil, a diretoria é técnica; o BNDES é mesmo banco nacional, e não de financiamento internacional
Sem estatal a serviço de políticos corruptos, a Itaipu Binacional pode ajudar os municípios vizinhos, com máquinas e veículos, transformar o aeroporto de Foz em internacional e erguer uma segunda ponte de ligação com o Paraguai, que vai ser entregue no meio do ano.

Em pouco tempo, todos esses entes públicos se recuperaram dos prejuízos causados por aproveitadores do Estado; e outro milagre se fez: as contas públicas terminaram o ano com superavit primário de R$ 65 bilhões. Assim, foi possível não apenas levar água para o Nordeste, mas resolver dívidas de 1 milhão de estudantes no Fies, aumentar o auxílio Brasil de R$ 190 para R$ 400 e aumentar em 33% a base dos professores, só para citar ações desses últimos dias. Tudo isso durante a pandemia, quando muitos prefeitos e governadores, com aval do Supremo, mandaram fechar tudo, no lockdown agora desmitificado pela Johns Hopkins.

Ontem, em Salgueiro, Pernambuco, o presidente entregou o controle de bombeamento das águas do São Francisco. Depois, foi a Jati, na região do Carioca, Ceará, e acompanhou a liberação das águas da barragem que chegarão à região metropolitana de Fortaleza e outras regiões do estado
Hoje, assistirá ao milagre das águas, em Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte. Assim como o Egito é um presente do Nilo, o São Francisco está sendo um presente milagroso para o Nordeste. Um milagre que se realiza quando o dinheiro do povo brasileiro não é desviado. Por isso, não faltou dinheiro para desviar as águas do grande rio. [o presidente  Bolsonaro faz as obras e as inaugura funcionando... já os outros apenas inauguram a pedra fundamental.]

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense


sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Caminhão pega fogo e imagem de Nossa Senhora Aparecida fica intacta

Acidente ocorreu na terça-feira na BR-158. A informação foi confirmada ao Correio pelo Corpo de Bombeiros do município de Laranjeiras do Sul: "A única explicação é sobrenatural"

A imagem de um caminhão que pegou fogo na BR-158, próximo ao município de Laranjeiras do Sul (PR), viralizou nesta sexta-feira (7/1). Isso porque o baú do veículo acidentado ficou completamente destruído pelo incêndio, exceto pelas portas traseiras onde está impressa uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Na filmagem, um morador da região narra a situação inusitada.
 

 O acidente começou com uma pane no painel e queimou todo o caminhão, mas o motorista não se feriu - (crédito: Redes Sociais/Reprodução)
 
 "A situação que ficou o caminhão na Ponte do (Rio) Xagu aqui. (...) Só um milagre mesmo que o motorista se salvou, mas vou mostrar outro detalhe importante, o que sobrou do caminhão aqui. Para quem não acredita em milagre, em Nossa Senhora, está aí, o resto do caminhão todo destruído. Depois de mais ou menos vinte horas, ainda está saindo fumaça ali embaixo", detalhou o homem não identificado.
 
O Correio confirmou a ocorrência com o Corpo de Bombeiros Militar do município de Laranjeiras do Sul. De acordo com o cabo Carlos de Souza, o acidente foi atendido por uma equipe da corporação na terça-feira (4/1). Ele não estava entre a equipe que atendeu o chamado naquele dia, mas confirmou nos registros e explicou que fatos assim, aparentemente sem explicação, são comuns no dia a dia de um bombeiro.
"O baú do caminhão é todo do mesmo material altamente inflamável. Nós vemos muito esse tipo de coisa, mas não podemos comentar porque tem muita gente que não acredita. Mas aquilo queima muito rápido, a única explicação é sobrenatural mesmo, um milagre", comentou o cabo. De acordo com Souza, o acidente começou após uma pane no painel do veículo. O caminhão pertence à empresa Transmarias e o motorista realmente não se feriu. 
Brasil - Correio Braziliense

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

PROPAGANDA ENGANOSA DA VACINA QUE LEVA À MORTE - Sérgio Alves de Oliveira

As mortes pelo novo coronavírus das cinco irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, de Curitiba/PR, durante seis dias consecutivos, de 28 de agosto a 2 de setembro de 2021, todas devidamente “imunizadas”, mediante aplicação das duas doses da vacina contra o Covid-19,  somado a diversos outros acontecimentos similares,por si já só desmentem o engodo da grande “proteção” prometida pelos laboratórios que as produzem e toda a sua rede de interesses e comercialização mundial,que por sinal movimentam “trilhões” de dólares. [é pública e notória a posição do Blog Prontidão Total FAVORÁVEL às VACINAS -  incluindo,  sem limitar, as contra à Covid-19.
De forma recorrente, já manifestamos nosso entendimento de que grande parte dos nossos colaboradores e leitores gozam de perfeita saúde o que pode ser atribuído a vacinas que recebidas no século passado.
Óbvio que praticamente todas as drogas medicamentosas, preventivas ou curativas, apresentam inconvenientes, falhas, causando até a morte.
Tem sido noticiado a ocorrência de alguns eventos negativos, inclusive letais, com pessoas que receberam imunizantes. Paciência, o único medicamento que não falha é o 'MILAGRE', por ser ministrado pelo único médico que não falha = DEUS. 
Somos e continuamos favoráveis ao uso de vacinas.]

Mas para que não se cometa nenhuma injustiça, e devido à necessidade de se reconhecer que em nenhum momento foi dada uma garantia “total” às ditas imunizações, e de que poderia haver “exceções” pontuais em que a imunização não protegeria a pessoa contra a contaminação, apesar de tudo a imagem incutida na opinião pública, potencializada pela grande mídia, sempre ligada umbilicalmente aos grandes interesses econômicos em jogo, é de que todos os vacinados estariam protegidos satisfatoriamente contra a doença.

Mas o caso da surpreendente contaminação e morte das cinco irmãs de Curitiba, apesar das suas idades avançadas variarem de 78 a 95 anos, dentre as 29 irmãs desse mesmo Convento contaminadas, e de uma população total de 51 irmãs, evidentemente tem força suficiente para reduzir expressivamente o “tamanho” da garantia que os responsáveis pela saúde pública mundial tanto propalaram.  Nessa inversão de “tamanho”, o que diziam que era “muito”, ”quase tudo”, foi transformado em “pouco”, muito pouco, pela realidade cotidiana,tamanha tem sido a repetição de mortes causadas por essa doença em pessoas devidamente “imunizadas”e,por isso, “protegidas”.

São tantas as pessoas principalmente mais idosas que são levadas a óbito por causa dessa “peste”,enganadas pelas vacinas, que quase surge a necessidade de “empilhar” os seus cadáveres, à exemplo dos macabros e de má lembrança horrores que aconteceram durante o holocausto judeu. Efetivamente, talvez não se cometesse nenhuma injustiça em equiparar a eficácia dos imunizantes contra o novo coronavírus a uma “solução” de água com açúcar,comprada no desespero,sem concorrência, por todos os países pelo preço exorbitante imposto pelos fabricantes e rede de comercialização mundial.

Mas essa falsa promessa dos responsáveis pela imunização do novo coronavírus, tanto “lá de fora”, quanto internamente,que já matou e continua matando tanta gente, inclusive por enganadas por essas promessas, em última análise pode ser considerada “quase” o CRIME (no Brasil), tipificado no artigo 122 do Código Penal Brasileiro: “CPB art.122: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se...ou prestar auxílio para que o faça”......Paragrafo Segundo: “Se o suicídio se consumar...: Pena-reclusão de 2 a 6 anos”.

Uma observação que não pode deixar de ser registrada: não sei até que ponto seria, ou não, cumplicidade da grande mídia com esse verdadeiro genocídio de idosos pela Covid-19 o simples fato de geralmente serem omitidas das respectivas notícias a informação, o “detalhe”, de estarem,ou não, IMUNIZADOS os mortos pelo novo coronavírus contra essa doença, o que evidentemente deveria ser a primeira preocupação de qualquer repórter ou jornalista de boa formação que fizesse essa cobertura.

Concluindo, uma coisa é certa:a tendência objetiva de todos os imunizados com as duas ou mais doses recomendadas da vacina, principalmente em virtude da gigantesca propaganda enganosa em curso, certamente resulta em “relaxar”, com a pessoa não tomando todas as cautelas como antes da imunização. Aí reside o possível crime de indução ao suicídio.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


quarta-feira, 22 de julho de 2020

Política do novo normal - Nas entrelinhas

”Guedes propôs a unificação de PIS e Cofins, na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%, para aumentar a base de arrecadação do governo em mais de 40%

Quem acompanha os Três Poderes tem a impressão de que a política está voltando ao normal em plena pandemia. A Operação Lava-Jato aperta o cerco contra o senador José Serra (PSDB-SP), acusado de caixa 2 eleitoral, desmentindo as próprias previsões de que o envio de investigações para a primeira instância e a Justiça eleitoral sepultaria os inquéritos abertos pelas delações premiadas. A Câmara volta a negociar com o governo a aprovação de projetos, ambos foram obrigados a ceder no caso do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Depois de muitas idas e vindas, finalmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou a primeira de suas quatro propostas de reforma tributária. O presidente Jair Bolsonaro aposta no “milagre da cloroquina” e pretende viajar, ainda nesta semana, para o Piauí, de olho nos eleitores do Nordeste.

No seu melhor estilo, a Lava-Jato fez, ontem, mais uma operação de busca e apreensão contra o tucano José Serra. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para suspender as buscas e apreensões determinadas pela primeira instância no gabinete do senador, em Brasília. A operação Paralelo 23, da Polícia Federal, investiga suposto caixa 2 na campanha de José Serra ao Senado em 2014. É uma nova fase da Lava-Jato, que apura crimes eleitorais. Nas residências do parlamentar, a operação foi feita. “Defiro a liminar para suspender a ordem judicial de busca e apreensão proferida em 21 de julho de 2020 pelo Juiz Marcelo Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, nas dependências do Senado Federal, mais especificamente no gabinete do Senador José Serra”, decidiu o presidente do STF. Como o ex-governador Geraldo Alckmin é outro envolvido na Lava-Jato, o desgaste do PSDB em São Paulo é enorme, embora ambos aleguem inocência. Dor de cabeça para o prefeito de São Paulo, o tucano Bruno Covas, que luta contra um câncer e pela reeleição.

Fundeb e impostos
Na Câmara, finalmente, saiu um acordo majoritário para aprovar renovação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica. O governo tentou tirar uma fatia dos recursos do fundo e adiar sua implantação para 2022, mas não conseguiu o apoio do Centrão, que agora é o eixo de sua base parlamentar. Teve que negociar. A deputada Dorinha Seabra (DEM-TO), relatora da emenda constitucional, apresentou um novo parecer no qual a participação da União passará de 10% para 23%, em 2026, destinando 5% à educação infantil. O aumento da participação será escalonado: 12% em 2021; 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; e 23% em 2026. Propõe, ainda, piso de 70% para o pagamento de salário de profissionais da educação. O governo defendia que esse percentual fosse o limite máximo para pagar a folha de pessoal, mas desistiu. O novo relatório é um “meio-termo”: limite de 85%, garantindo 15% para investimento.


Na reforma tributária, não há consenso. O ministro Guedes propôs a unificação de PIS e Cofins, os dois tributos federais sobre o consumo, para criar uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%, o que corresponde a aproximadamente 29% da base de consumo. Os críticos dizem que isso aumentará a base de arrecadação em mais de 40%. Ou seja, a reforma quer matar a fome do leão e, não, adotar um sistema tributário mais equilibrado e justo. A CBS incidirá sobre a receita de venda de bens e serviço; igrejas, partidos políticos, sindicatos, fundações, entidades representativas de classe, serviços sociais autônomos, instituições de assistência social ficarão isentas. Em 2016, no Brasil, 48% da arrecadação incidiu sobre o consumo, contra 33% na média da OCDE, grupo que reúne as nações mais desenvolvidas do planeta, e 18% nos Estados Unidos. Em 2018, o PIS-Pasep e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) arrecadaram R$ 310 bilhões, de um total de R$ 1,54 trilhão de provenientes de tributos federais.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo ,jornalista - Correio Braziliense



quinta-feira, 7 de maio de 2020

Covid -19: faltam coveiros? Ou inteligência? - Sérgio Alves de Oliveira


Emergencialmente, em virtude de não haverem disponíveis no mundo  remédios específicos para a cura, o combate,e  nem mesmo  vacina preventiva contra o  novo coronavírus, a “peste chinesa”,autoridades sanitárias e  da saúde  em todo o mundo têm ”improvisado”  receitar  o uso da Hidroxicloroquina,Cloroquina,ou Remdevisir, remédios baratos utilizados  como antivirais no combate a outras doenças, mas que   têm dado alguns resultados satisfatórios contra o Covid-19.

Mas particularmente no Brasil parece que o desastre  e a incompetência das autoridades responsáveis pela administração dessa crise têm sido o maior responsável pelo acúmulo de cadáveres, não só nos cemitérios, mas antes na porta de entrada, nos corredores, e nas UTIs do hospitais, bem como  nos necrotérios, que não mais estão dando conta de  guardar  tantos corpos.  Os cemitérios nem mais conseguem sepultar com a rapidez recomendável a grande quantidade dos corpos que chegam às suas  portas As pás cederam  lugar às máquinas para cavar túmulos.

Mas o  problema maior reside na “burrice” das autoridades responsáveis pela  administração  dessa questão. A burocracia infernal para que se comece  o uso dos únicos remédios disponíveis, antes citados, certamente será a responsável pelo maior número de mortes. Quando o sujeito consegue finalmente vencer todas as etapas da infernal  burocracia para começar a tomar o remédio, a última das quais a de conseguir o “milagre” de uma vaga no hospital, ou diretamente  na sua UTI, com aparelhos “respiradores” e tudo o mais, o “cara” certamente  já estará com um pé “na cova”, onde poderá  chegará  rapidinho para ser enterrado numa vala comum.

Porém,o que mais vai matar  gente  nesses “trâmites” será a  extrema demora em obter autorização para começar a usar os remédios mais apropriados. A primeira dificuldade será  conseguir uma  consulta  com algum profissional que possa  avaliar o paciente e  encaminhá-lo a um hospital, se for o caso.   Mas para isso, mesmo que o sujeito possa pagar uma consulta, ou algum plano de saúde, essa consulta  terá de  ser agendada ,e dificilmente ocorrerá de “uma hora para outra”. Após isso  vem a “maratona” de obter vaga em algum hospital, quase todos com lotação  máxima. E ao que parece esses remédios só poderiam ser usados a partir dos hospitais. E isso é “sinistro”. A luta “mortal”, portanto, será mais contra o “tempo”. É o tempo quem mais mata.

O próximo passo dessa  via crucis” do  paciente vai ser a coleta de material para avaliação  em laboratório habilitado ao exame de covid-19, o que geralmente demora alguns  dias. E o paciente deverá  dar “graças a Deus” se não tiver  morrido antes da chegada do exame de laboratório.
Finalmente, quando o resultado chega, é que os remédios apropriados começarão a ser ministrados. Mas em face da demora de toda essa burocracia infernal, com quase certeza o paciente já estará dentro, ou quase dentro, de uma UTI, ou já dentro, ou  bem “pertinho”, de um  cemitério. E tudo isso por causa da “burrice” burocrática que matou o paciente.

Urge, portanto, que se apresse  na utilização dos remédios mais apropriados, logo no início da doença, ou aparecimento dos primeiros “sintomas”, que já foram detectados, e  que se resumem em “tosse seca”,”cansaço”,”febre”,”tremores/calafrios”,”dor muscular”,”dor de cabeça”,”dor de garganta” e “perda do olfato/paladar”.  E que se desburocratize ao máximo  a possibilidade de aquisição e uso dos remédios, como se fosse uma “aspirina”, por exemplo, a não ser, evidentemente, que possa haver efeitos colaterais graves na administração desses remédios - o que parece não ser o caso-  sem os requisitos “formais” ainda exigidos (receitas médicas, hospitais, exames laboratoriais  positivos de Covid-19,etc).     
      
Mas que para não se “invadam” os “direitos”,”prerrogativas”,e privilégios corporativos das casas e profissionais da saúde habilitados,  , tradicionalmente, é evidente que essa “simplificação” dos trâmites burocráticos para adquirir e usar remédios, poderia ser provisória, enquanto perdurasse essa  demoníaca pandemia. Portanto, o que queremos   deixar bem claro  ,a tudo resumindo,é que os maiores  “assassinos” dos que  morreram,  morrem, e  ainda morrerão ,em decorrência do Covid-19, são exatamente a “dupla bu-bu”,ou seja a “(bu)rrice”, combinada com a “(bu)rocracia”.
Trocando tudo em miúdos: MUITO MELHOR SERÁ TOMAR O REMÉDIO  SEM PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO TOMAR A TEMPO...

[dois renomados médicos contraíram a Covid-19 e se recuperaram em tempo recorde - tudo indica que utilizaram um dos remédios citados no inicio. Não confirmaram, mas a veemência de um deles ao desmentir resultou em quase confirmação.] 

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


sexta-feira, 3 de abril de 2020

"LulaDoria" - Os mais novos namorados da esquerda nacional - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

Até muito pouco atrás o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), era tratado como uma espécie inferior de bactéria pelo ex-presidente Lula, por toda a esquerda nacional e pela mídia – para não falar das classes intelectuais, filosóficas e sociológicas do país. Poucos políticos brasileiros, em tempos recentes, foram desprezados com tanto empenho e rancor como Doria. A aversão começou quando ele derrotou o PT e Fernando Haddad na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 2016.

Piorou muito dois anos depois, quando se grudou desesperadamente a Jair Bolsonaro após ter abandonado a prefeitura e se ver ameaçado de perder a eleição ao governo do estado para um ex-prefeito de São Vicente. Na ocasião, inventou um negócio chamado “Bolsodoria”, e só por isso, na última hora, conseguiu se eleger. Sua imagem junto à esquerda chegou, então, ao ponto mais baixo que alguém pode alcançar.

Mas nada é tão fácil de se arrumar na política brasileira de hoje quanto um milagre. Basta se exibir como um adversário do presidente da República e pronto: a imagem de qualquer um, até mesmo de Doria, é imediatamente retirada do lixo e promovida pela esquerda e pelos meios de comunicação ao grau de estadista responsável, equilibrado, sereno, patriota e quem sabe quanta coisa mais. Seu ponto culminante nessa virada de casaca acaba de ser atingido: ninguém menos que Lula, em pessoa, nomeou Doria, pelo Twitter, como um grande homem, na categoria de salvador do Brasil. Doria devolveu a puxada de ego. Eis aí, quem diria, os dois mais novos namorados da esquerda nacional.

Doria começou a aparecer em público como um destemido opositor de Bolsonaro assim que fez as contas e chegou a duas conclusões. A primeira é que não precisava mais da ajuda do presidente. A segunda é que a elite mais subdesenvolvida do Brasil, e que mais faz a pose de “civilizada”, não consegue admitir a hipótese de que Bolsonaro seja eleito para mais um mandato. Já não aceitam que ganhou as eleições de 2018. Não podem nem pensar em 2022. Como essa gente anda órfã de candidatos (chegam a pensar, até, num apresentador de programa de auditório para resolver o seu problema), Doria se ofereceu: “Alô, antibolsonaristas do Brasil, que tal eu?”. Desde então, não pensa em outra coisa. Com a chance do coronavírus que lhe caiu de graça no colo, se animou de vez.

Doria se meteu agora com Lula, na suposição de que o ex-presidente já é um defunto político mal enterrado, e não será mais nada, nunca, na política brasileira; poderia, então, já que não será candidato a coisa nenhuma, passar para o governador os votos e os apoios que tem hoje, em troca de vantagens em sua eventual e futura presidência. O grau de confiança que Lula tem em Doria, pelo que se sabe da mentalidade do ex-presidente, oscila entre zero e menos um. Doria, pelo seu histórico, tem o mesmo tipo de consideração pelo novo amigo. Mas política é dia a dia. Os abraços de hoje são os abraços de hoje. Amanhã é amanhã.

J. R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Napoleão, traduzido pelo Planalto - William Waack

O Estado de S.Paulo

Na desordem institucional, Bolsonaro sente mais oportunidades do que perigos

Não há dúvidas de que Jair Bolsonaro é um personagem político transparente. Goste-se ou não, ele não esconde de ninguém o que percebe como sendo a realidade política à sua volta. O que permite antecipar com razoável segurança como ele vai proceder.

Cada ser humano tem no fundo da sua alma uma pequena história sobre si mesmo, e a que Bolsonaro acalenta está bem condensada no vídeo que – segundo ele – quis compartilhar durante o carnaval apenas com alguns amigos. É a saga do homem que sobreviveu à facada, graças a um milagre produzido para que possa levar o povo a algo como uma terra prometida.

Adversários da sua missão são “os políticos de sempre” (texto que acompanha o tal vídeo). Aqueles que, na percepção que Bolsonaro tem da realidade, se uniram no Congresso não só para chantagear o governo, mas, principalmente, no incansável esforço de levar o desprotegido presidente a cometer erros pelos quais possa ser alvo de impeachment.

Um erro óbvio Bolsonaro tratou de contornar ao dizer que era de natureza exclusivamente privada o compartilhamento do vídeo conclamando o público a participar de uma manifestação convocada por seus seguidores – mas não explicitamente por ele – para atacar o Poder Legislativo. “Oficialmente”, o chefe do Poder Executivo não está chamando ninguém a acuar, atacar ou destruir um outro Poder da ordem constitucional brasileira. [A clareza impõe destacar: 
em nenhum momento, em nenhum trecho, os vídeos convidando para a manifestação, ou o compartilhamento efetuado pelo Presidente da República,  citam o CONGRESSO NACIONAL (Poder Legislativo) ou o STF (Poder Judiciário), mencionado apenas acontecimentos do governo do Presidente Bolsonaro, e com o próprio, e que justificam o ato público de apoio ao Chefe do Poder Executivo.
Qualquer interpretação é fruto do entendimento do intérprete de que a atuação dos Poderes Judiciário e Legislativo justificam uma manifestação contra os dois poderes.]

Mas, por ser Bolsonaro tão transparente, ninguém no mundo político brasileiro acredita que o presidente pense ou sinta diferente do que o vídeo expõe. Nesse ponto, a pergunta é se funciona a tática política da convocação das ruas para se libertar da “incessante chantagem”, isto é, do Congresso. Intuitivo como é e, ao mesmo tempo, disperso, errático e desconfiado de qualquer um fora do mais íntimo círculo familiar, Bolsonaro talvez tenha “sentido” que, em 14 meses de governo, o Legislativo de fato o cercou – enquanto sua dependência do Judiciário só aumentou por variadas razões, algumas familiares.

De novo, por ser tão transparente, Bolsonaro demonstra que não age seguindo um rumo estratégico (a não ser o de ganhar a reeleição) e que tanto suas convicções no campo da economia quanto sua postura no da política obedecem ao que ele percebe como momento mais imediato. É um tipo de conduta que funcionou no curto espaço de tempo de uma campanha eleitoral.

Desde Sarney, todos os chefes do Executivo brasileiro conheciam muito bem (a exceção é Dilma) as entranhas do Legislativo sem a menor ilusão sobre sua composição nem como os interesses mais diversos (lícitos e ilícitos) ali se organizam. Mas só Bolsonaro lida com o sistema de governo que vem desde 88, numa era marcada pelo descrédito de parte relevante da chamada “mídia tradicional”, dentro da grande disrupção política e o forte abalo de todas as instituições.

É o ponto no qual a percepção da realidade transmitida pelo transparente Bolsonaro evidencia uma disposição ao risco que não é resultado de cálculo ou frio raciocínio político. Esse apetite pelo risco vem em boa parte da noção de que milhões de seguidores em mídias sociais possam ser manobrados em efetivo apoio nas ruas contra instituições (como Congresso e STF) que os sentidos do presidente identificam como adversárias. E – este é o aspecto central – que a bagunça institucional daí resultante traria mais oportunidades do que perigos.

A área militar, tão cara a Bolsonaro, tradicionalmente inspira o vocabulário da política. A Napoleão Bonaparte, um dos maiores gênios nesse campo, atribui-se uma frase muito citada. Indagado como fazia para vencer batalhas, ele teria dito: “On s’engage et puis on voit” “a gente se engaja (na luta) e depois vê”. Ou, na moderna linguagem militar no Planalto: “Foda-se”.

Mas Napoleão sempre tinha um plano.

William Waack, jornalista - O Estado de S. Paulo


domingo, 29 de dezembro de 2019

JUIZ DE GARANTIAS: os magistrados serão julgados pelos 'advogados' do PT - Sérgio Alves de Oliveira



“Fechando o círculo” da corrupção dos valores hoje vivenciada na política brasileira, finalmente chegou o “esperado” momento  dos  urubus que  navegam em nível de vôo mais baixo “acertarem” com as suas fezes os outros urubus  que voam mais alto, num verdadeiro “milagre” de inversão da  lei da gravidade. Parece não ser difícil perceber que  estou  querendo me referir  exatamente à AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE-ADI, promovida pela Associação dos Juízes  Federais do Brasil - AJUFE, e  pela Associação dos Magistrados Brasileiros  -AMB, junto ao Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto a declaração de inconstitucionalidade  de parte da  Lei Nº 13.964,de 24.12.2019, que determina, entre  outras questões, a criação do “Juiz de Garantias”, praticamente “revolucionando”, ou “anarquizando” (?), os Juízos Criminais de primeira instância. [salvo o entendimento, até agora monocrático, do presidente do STF, o instituto do juiz de garantias não alcança o STF,mas, a Lei citada deixa dúvidas quanto ao alcance do tal juizado.
Quanto à intromissão citada pelo ilustre articulista no parágrafo que segue, temos que considerar que o STF costuma desconhecer com frequência a independência dos Poderes - o que se percebe está fazendo escola.]


Em primeiro lugar, não resta qualquer dúvida que a criação do “juiz de garantias”, pelo Poder Legislativo, trata-se de flagrante intromissão de um Poder, o Legislativo, sobre outro Poder, o Judiciário, ou seja de  nítida “invasão  de competência”. O judiciário respeita e não interfere no funcionamento do Poder legislativo, mas a recíproca não tem sido verdadeira.  Essa absurda medida do Poder Legislativo foi como dar um tiro no coração do sistema de tripartição dos poderes, com harmonia, independência e equilíbrio entre eles, desenvolvido a partir  de Montesquieu, em que o Estado passa a contar com três poderes constitucionais, o Executivo,o Legislativo, e o Judiciário, numa espécie de balanço de freios e contrapesos, segundo os melhores constitucionalistas norte-americanos.


Qual a capacitação que teriam os legisladores do Senado e da Câmara Federal  para ditarem normas operacionais para a  Justiça, se não são, nem nunca foram, ”juízes de direito”?.  Isso não seria “meter o bedelho em seara alheia” ?  Essa interferência do Legislativo no Judiciário é tão absurda que daria no mesmo que os deputados e senadores terem a ousadia de ditar regras de procedimento  para os médicos e hospitais atenderem os   pacientes.  Talvez essa “ousadia”  dos legisladores federais de interferirem  no funcionamento da Justiça conte com a certeza de uma certa “cumplicidade”, dentro do  Supremo Tribunal Federal, eis que são enormes as “afinidades” entre eles, e que terá a “única e  última” palavra nessa  “quaestio juris”, e cuja composição, de 11 Ministros, conta   somente  com um Juiz de Direito de Carreira, “concursado”, ou seja, o Ministro Luiz Fux,  embora outros já tenham atuado em  outras Justiças especializadas, como juízes concursados, ou integrado tribunais por nomeações, como  advogados ou membros do Ministério Público.


Tudo isso significa dizer, que tanto os parlamentares federais que aprovaram o  tal ”juiz de garantias”, quanto a quase totalidade dos Ministros  do STF, que julgarão a referida demanda, NÃO TÊM A CAPACITAÇÃO, nem a vivência requeridas para decidir sobre  questões  que lhes são absolutamente  alheias.  Ocorre que   os componentes  das duas  entidades autoras da ADI são TODOS Juízes, ou Magistrados,de Direito, enquanto  o tribunal que julgará a ação, o Supremo Tribunal Federal, tem uma imensa maioria de não-juízes de direito, portanto sem a qualificação requerida  para o deslinde da questão. [atualizando: a Constituição Federal não exige para ser ministro do Supremo que o indicado seja bacharel em direito, juiz, sendo necessário - no tocante ao conhecimento é exigido o 'notório saber jurídico',  que é apreciado pelo Senado Federal em decisão política.]

Em toda essa “história”, o que mais se salienta  é que os únicos apoiadores incondicionais do “juiz de garantias”, são justamente os políticos e  autoridades públicas  “chegadinhas” na corrupção. [a expressão óbvio ululante é insuficiente para definir que o juiz de garantias, se implantado', tem o condão de enrolar todo e qualquer processo, especialmente quando somado à decisão do STF de, salvo poucas exceções, não permitir a prisão após decisão de segunda instância, só ocorrendo o encarceramento após o trânsito em julgado da sentença - que não ocorre mais em segundo grau.]

Será que não estariam satisfeitos em “só” mandar nos Tribunais Superiores de Brasilia, julgando necessário  dominar desde  a primeira instância ? Com os tais “juízes de garantia”? [o presidente Bolsonaro ao não vetar o 'juiz de garantias' seguiu dois pontos:
- se vetasse, o veto seria derrubado pelo Congresso e uma nova frente de atritos seria aberta entre o Executivo e o Legislativo;
-  o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli,  assegurou que tudo estava okey com o assunto.]


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo