'É preciso agir com rapidez para que nada afete uma decisão que é fruto de anos de lutas', diz cantora que enviou carta ao ministro Luiz Fux, pleiteando reunião após pedido da AGU para que decisão do STF que criminalizou homofobia seja revista
A cantora Daniela Mercury enviou, nesta sexta-feira, uma
carta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, solicitando uma
reunião para debater a criminalização da LGBTfobia no Brasil. No texto endereçado ao ministro, que também é presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ela demonstra especial preocupação com o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) ao STF, na última semana, para responder se a decisão da Corte que permitiu a
criminalização da homofobia e da transfobia, reconhecendo-as como crime de racismo,
atinge o princípio da "liberdade religiosa".
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Abrimos uma exceção pelo que consideramos atrevimento, falta de noção, de conhecimento da liturgia do cargo de ministro e presidente do STF, da cantora Daniela Mercury, ao acalentar a pretensão de convocar uma reunião para discutir com o presidente da mais alta instância de um dos Poderes da República, para discussão de um assunto que deve ser resolvido no âmbito STF x AGU.
Seria absurda, incabível, até mesmo a pretensão de ser amicus curiae na questão.
As ponderações de Daniela Mercury são baseadas justamente na decisão tomada pelo STF, no ano passado, considerada histórica, pois uem ofender ou discriminar gays ou transgêneros está sujeito a punição de um a três anos de prisão e, assim como no caso de racismo, o crime é inafiançável e imprescritível.
Leia: Autor de ação no STF que criminalizou homofobia reage à AGU: 'querem carta em branco para discriminar'
Na ocasião, ela e a mulher, a empresária Malu Verçosa, acompanharam pessoalmente os debates na casa. "A petição da AGU é vaga, não explica a que tipo de situações de fato se refere, mas visa a legitimar condutas discriminatórias", escreveu a cantora. Em entrevista na tarde deste deste sábado, a artista contou que Fux já recebeu a carta e disse acreditar que "o diálogo será estabelecido em breve". Ela também disse estar interessada em saber o posicionamento do indicado para o STF por Bolsonaro após a aposentadoria do decano da Corte, Celso de Mello, sobre o assunto. Celso de Mello foi o relator do caso. A resposta ao pedido da AGU poderá ser direcionada ao seu substituto. O desembargador Kássio Marques foi indicado pelo presidente Bolsonaro e será sabatinado pelo Senado Federal na próxima semana. Ele pode rejeitar o embargo ou levar o tema para debate em plenário.
Embora o Supremo tenha julgado o caso em junho de 2019, a decisão só foi publicada no último dia 6, e o advogado-geral da União, José Levi, protocolou o embargo declaratório após cinco dias úteis. ou redistribuída. — Acho bem importante que a gente consiga essa resposta, para entendermos um pouco sobre como vai ser a continuidade desse processo — afirmou, na entrevista a seguir.
[é notório que o STF decidiu sobre o tema alegando que o Poder Legislativo estava sendo omisso em legislar sobre o assunto;
Antes do julgamento, o presidente do Senado enviou Ofício ao STF informando que o assunto estava tramitando naquela Casa, mas a Corte Suprema decidiu deliberar sobre a matéria.
A cantora Daniela, chega ao abuso de questionar a competência da AGU para apresentar embargos.
O ministro Fux tem o direito de aceitar questionamentos, receber quem lhe aprouver, mas um risco não pode ser desconsiderado: 'quanto mais ele aceitar receber pessoas não credenciadas, para apresentar questionamentos, mais complicado ficará o clima no Supremo Tribunal Federal.]
O GLOBO — Por que decidiu mandar a carta ao ministro Fux?
Em O Globo, MATÉRIA COMPLETA
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