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sábado, 31 de outubro de 2020

Segunda onda – Folha de S. Paulo

Opinião

Retomada de pandemia na Europa abala mercados e ameaça recuperação do Brasil

Outubro termina com a notícia de que a Europa cresceu bem mais do que o esperado no terceiro trimestre do ano. Quase ao mesmo tempo, as maiores economias da zona do euro anunciam a volta de medidas sanitárias estritas a fim de evitar aglomerações e um descontrole ainda maior da pandemia — agora em sua segunda onda. [antes que queiram fechar tudo no Brasil, devem considerar que as eleições municipais estão gerando grandes aglomerações, estas sim, podem provocar um 'suspiro' da peste, com aumento do caso de contágios.
Duas coisas difíceis de entender:
1 - o que motiva um país em situação econômica dificil, há mais de vinte  anos   - realizar eleições a cada dois anos?
Eleições gerais a cada quatro anos, reduziriam substancialmente despesas que influem negativamente na contenção dos gastos públicos, e atenderiam perfeitamente as necessidades democráticas de eleições livres.
2 - qual o motivo de em uma situação excepcional  de pandemia, uma peste que só agora começa a ceder no Brasil, manter as eleições municipais em 2020?
O adiamento para 2022 além de reduzir os gastos públicos, auxiliariam na contenção de aglomerações advindas de comícios e ajudariam a consolidar o fim da contaminação pelo coronavírus = queiram ou não, ainda não existe uma vacina para conter a peste.]

O Produto Interno Bruto conjunto dos países que adotam a moeda comum elevou-se em 12,7% do segundo para o terceiro trimestre, embora siga 4,3% menor que no mesmo período do ano passado. Segundo as previsões de governos e bancos centrais da região, ademais, haverá nova recessão no quarto trimestre deste 2020. O Banco Central Europeu já indicou que vai promover nova rodada de estímulo à economia no final do ano. Resta agora apenas esperar que a segunda onda e a recaída na recessão sejam tão breves e brandas quanto possível.

Os sinais da retomada do contágio apareceram no início de setembro, e o aumento do número de mortes ganhou velocidade desde então. Na União Europeia, o número de óbitos por milhão de habitantes era de 0,82 no início de outubro, de 1,23 em meados do mês e de 2,86 nesta sexta (30) — acima da taxa brasileira, de 2 por milhão, e da americana, de 2,43.
Ainda no mês, um indicador econômico que antecipa o desempenho do PIB já mostrava contração, pois o declínio do setor de serviços —o maior em qualquer economia moderna— apagou o ainda bom resultado da indústria. Com os novos lockdowns, o resultado será notavelmente pior em novembro.
A situação da atividade nos Estados Unidos é ligeiramente melhor que na Europa, com queda do PIB de 2,9% em relação ao ano passado (dados do terceiro trimestre).

Já a situação epidêmica é algo incomparável —no conjunto, o país vive uma espécie de terceira onda, sem que tenha jamais controlado a doença de modo que os europeus o fizeram em julho e agosto. Os mercados financeiros, em parte também estressados por causa da eleição americana, refletem o medo de grave recaída recessiva. Na média mundial, as Bolsas tiveram a pior semana desde março. Como seria de esperar, o Brasil sofre o contágio, por ora, nos mercados. Fragilizado pela epidemia e pela paralisia da política econômica, pode ver sua recuperação abalada, ao menos em parte, pela retração nos EUA e na Europa.

O aperto das condições financeiras, refletido em altas do dólar e das taxas de juros de longo prazo, pode ser maior, dada a tensão mundial renovada. A turbulência é agravada pela incerteza quanto ao Orçamento e as reformas —enquanto da política sanitária de Jair Bolsonaro nada se pode esperar.

Opinião - Folha de S. Paulo



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