Sindicato dos Rodoviários optou pela paralisação das operações da Marechal por atraso no salário de colaboradores da empresa
Em nota enviada à imprensa, a Marechal não negou os atrasos de 18% do quadro de colaboradores e disse que "a crise causada pelo novo coronavírus reduziu em cerca de 60% o número de passageiros transportados, mas a empresa continuou operando com 100% da frota desde o início da pandemia, não reduziu salários ou suspendeu contratos, mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão."
A empresa ainda explica que "isso fez com que os custos permanecessem os mesmos, porém a receita da empresa passou a ser apenas 40% do que era antes da pandemia, levando à insustentabilidade da operação. A queda na arrecadação e o desequilíbrio financeiro do sistema, causaram o atraso no pagamento de parte dos salários." Ainda na nota, a Marechal argumenta que apresentou ao GDF pedidos de revisão tarifária, uma das medidas que, segundo a empresa, poderiam ter evitado os atrasos. [revisão de tarifas agora é inaceitável, já que os usuários do transporte coletivo também sofreram e continuam sofrendo os efeitos da pandemia.
Os empregados das empresas de transporte coletivo estão entre os poucos assalariados que não sofreram demissão, redução salarial, etc.
MENOS INSTRANSIGÊNCIA e ESPIRITO DE COLABORAÇÃO são essenciais no momento]
Confira a nota da empresa na íntegra:
"O Sindicato dos Rodoviários paralisou as operações da
Auto Viação Marechal, nesta terça-feira (06), após a empresa não quitar o
salário dos colaboradores, sendo pago até o momento 82% da remuneração.
A
crise causada pelo novo coronavirus reduziu em cerca de 60% o número de
passageiros transportados, mas a empresa continuou operando com 100% da
frota desde o início da pandemia, não reduziu salários ou suspendeu
contratos, mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão.
Isso fez com que os custos permanecessem os mesmos, porém a receita da
empresa passou a ser apenas 40% do que era antes da pandemia, levando à
insustentabilidade da operação. A queda na arrecadação e o desequilíbrio
financeiro do sistema, causaram o atraso no pagamento de parte dos
salários.
A Marechal apresentou ao GDF vários pleitos de revisão
tarifária para o reequilíbrio econômico financeiro do contrato de
concessão, que encontra-se em desequilíbrio financeiro, pois o projeto
básico do Edital de Licitação ST 001/2011 – Reabertura, não foi
implantado. As restrições de circulação impostas pela pandemia vieram a
agravar ainda mais um quadro que já era crítico.
A Marechal
continuará fazendo todos os esforços para cumprir os compromissos com
seus colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço, além do
pagamento de todos os impostos, porém ainda não foi encontrada solução
definitiva para a sustentabilidade do Sistema de Transporte Público
Coletivo do DF - STPC/DF."
Correio Braziliense
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