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sexta-feira, 12 de março de 2021

Jair Bolsonaro divulga carta de suicídio nas redes para criticar medidas de restrição contra a Covid-19 - O Globo

Sonar - Filipe Vidon

Divulgação de carta de suicídio gera movimento para excluir Bolsonaro e Eduardo das redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro, durante a live semanal que costuma fazer no Facebook, leu uma carta de um suposto suicídio de um feirante baiano para criticar medidas de restrição contra a Covid-19 impostas por prefeitos e governadores. Segundo ele, a carta foi escrita para a mãe do rapaz e relaciona a morte com as dificuldades econômicas provocadas pelo fechamento de estabelecimentos comerciais.
 
[VAMOS POR PARTES:   
1) noticiar um suicídio está entre o que pode ser considerado normal. Mas, divulgar correspondência de um suicida é prática não recomendável, especialmente em redes sociais. Ao que consta da matéria ocorreu a leitura da carta e menções a fatos com interpretação de que podem gerar suicídios. O que foi publicado na matéria do SONAR, não constitui  nenhuma das violações que a mesma cita.
Porém, considerando que as redes estão entre os 'supremos julgadores' que decidem o que pode e o que não pode, sempre em caráter irrecorrível, vamos aguardar. Vale registrar que o nosso presidente, quando as impropriedades praticadas contra ele diminuem, procura aumentá-las e para ter êxito total convoca um dos filhos. 
2) AOS inimigos do Brasil. DESISTAM, você perderam e vão continuar perdendo!!! 
- Tentaram impedir que o capitão e deputado Bolsonaro fosse candidato = perderam;
- DEUS salvou o então candidato Bolsonaro da morte, decorrente daquela facada = perderam; 
- As  eleições 2018, perderam, nos dois turnos;  
- Após a posse do presidente em janeiro 2019, vocês tentaram por todos os meios emplacar  um impeachment = perderam. 
Agora já se contentam em 'impedi-lo de frequentar as redes sociais = VÃO PERDER.São PERDEDORES NATOS.]

 


 
O mesmo conteúdo também foi publicado por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No Twitter, ele postou uma foto da carta e expôs imagens do corpo do feirante que teria cometido suicídio na Bahia. Usuários das redes sociais estão cobrando as plataformas para que as postagens sejam removidas “Carta antes do suicídio na Bahia… Minhas condolências a família. A crise de 1929 nos EUA é famosa não só pelo "crash" da bolsa de Nova York, mas também por ter mostrado ao mundo que dificuldades econômicas levam ao suicídio”, postou Eduardo.
 
Bolsonaro faz críticas frequentes sobre políticas de enfrentamento à pandemia como as medidas restritivas que exigem o fechamento do comércio. Nesta quinta, ele comparou as medidas decretadas por prefeitos e governadores a um "estado de sítio" e disse que as ações demonstram “como é fácil impor uma ditadura” no Brasil. “O efeito colateral do lockdown está sendo mais danoso que o vírus. (...) Não tem como deixar o povo em casa mais. Não é questão de paciência, é questão de sobrevivência”, afirmou o presidente.
 
As postagens geraram uma comoção imediata dos usuários, que estão cobrando uma resposta das empresas para que as postagens sejam removidas. Entre as regras e políticas de uso da rede social há um tópico que se dedica especialmenta à políticas de automutilação e suicídio. Segundo o Twitter, não é permitido promover nem incentivar o suicídio ou a automutilação. Além disso, também é proibido compartilhar mídias que apresentem conteúdo com violência gratuita.“Pela política, não é permitido promover nem incentivar o suicídio ou a automutilação. Definimos como promoção e incentivo o uso de declarações como "o mais eficiente", "o mais fácil", "o melhor", "o mais bem-sucedido", "você deve", "por que você não faz tal coisa". "Violações dessa política podem ocorrer via Tweets, imagens ou vídeos, inclusive ao vivo", diz a rede social.
 
O Twitter entende como violência gratuita “qualquer forma de mídia que retrate de modo excessivo ou repugnante conteúdo relacionado a cenas de morte, violência ou lesões corporais graves, ou conteúdo violento que é compartilhado com motivos sádicos”. Segundo as regras da plataforma, em caso de violação a empresa pode exigir que o conteúdo seja removido e impedir o acesso ao Twitter temporariamente. Em caso de reincidência, a conta pode ser permanentemente suspensa.
 
Sonar - Filipe  Vidon -O Globo

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