Além do chanceler Carlos Alberto França, estão na lista os principais integrantes da ala militar do Palácio do Planalto, como os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Braga Netto (Defesa) e o secretário de Assuntos Estratégicos, o almirante Flávio Rocha. Os três comandantes das Forças Armadas também integrarão o grupo.
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Funcionários do Itamaraty afirmaram à coluna que um dos principais focos da viagem é discutir uma cooperação de tecnologia militar entre os governos brasileiro e russo e que, por isso, a comitiva será formada majoritariamente por militares. Nomes que estavam previstos na viagem, como o do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Anderson Torres, não devem mais fazer parte da agenda. Há, porém, a possibilidade de que a chefe da pasta da Agricultura, Tereza Cristina, seja mantida.
Uma das justificativas apresentadas pelos russos para pedir a redução da comitiva brasileira é a diminuição dos riscos de contaminação do presidente Vladimir Putin pela Covid-19. Está marcada uma agenda dele com o presidente Bolsonaro. Os brasileiros terão que se submeter a alguns testes antes do encontro com Putin.
A viagem de Bolsonaro ocorre em um momento de alta tensão entre a Rússia e a Ucrânia. Os Estados Unidos acionaram o governo brasileiro para tentar adiar a agenda. [Bolsonaro age corretamente quando ignora as interferências indevidas dos EUA em assuntos do Brasil - NAÇÃO SOBERANA. O senhor que atualmente preside os Estados Unidos deve ser lembrado que aquele país foi, passado, pretendente a ser a polícia do mundo. Quem foi não é mais.] Como informou a coluna, Bolsonaro quis mantê-la pois avalia que suspender o compromisso mostraria uma imagem de “submissão” aos americanos.
Bela Megale, jornalista - O Globo
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