Continuará tramitando no Senado o projeto de lei – já aprovado pelos deputados – que procura superar essa insegurança fundiária nacional criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), contra o artigo 231 da Constituição.
É incrível que uma suprema corte, que não tem um voto sequer –
portanto, não tem poder constituinte, nem legislativo –, ao interpretar a
Constituição, derrube algo importante, uma frase posta pelos
constituintes para garantir a paz no campo e a segurança jurídica,
dizendo que são indígenas as terras que as tribos “tradicionalmente ocupam”
(não que “ocupavam”, nem que “vierem a ocupar”) no dia da promulgação
da Constituição, 5 de outubro de 1988, o chamado “marco temporal”. Foi
isso que o Supremo derrubou.
Os únicos votos a favor do marco temporal foram dos ministros Nunes Marques e André Mendonça.
Votaram contra a maioria dos ministros, mas a favor da Constituição, a
favor da paz no campo, como disse a ex-ministra da Agricultura e hoje
senadora Tereza Cristina,
lá na comissão do Senado que continua tocando esse projeto de lei.
Proposta que vai à votação no Senado e vai estabelecer que é dono da
terra aquele que comprovar que, no dia 5 de outubro de 1988, estava
naquela terra.
O indígena tem mil formas de comprovar.
O não indígena
comprova com documentos.
Se tiver documento passado em cartório, com
comprovante, vai fazer o quê? Já são indígenas 13% das terras
brasileiras, para 466 mil índios.
Isso é mais que as terras destinadas
para a agricultura, que são 8%; é mais que o território de muitos países
por aí.
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Copom manda recado para o governoO Conselho de Política Monetária do Banco Central reduziu em meio ponto porcentual, de 13,25% para 12,75%, a taxa básica de juros, a taxa Selic, que é uma espécie de piso sobre o qual se movimenta o mercado financeiro. Mas o Copom deu um recado para o Poder Executivo: Olha, vocês têm de fazer o trabalho de vocês, porque está sendo um fiasco. Olha só os números:
A despesa nos primeiros sete meses do ano cresceu 8,7% em números reais.
E a receita caiu 5,3%. Só aí já temos uma diferença, um abismo de 14%.
E a dívida pública está subindo. Nesse período, passou de 72,6% para 74,1% do PIB.
As pesquisas estão mostrando que os operadores de mercado consideram
que o principal problema brasileiro hoje é o desequilíbrio fiscal.
Ontem, por exemplo, eu mostrei que nos primeiros sete meses do ano
passado, no governo anterior, houve superávit de R$ 73 bilhões e agora,
no mesmo período, há déficit de R$ 78 bilhões.
A diferença entre a
arrecadação cadente e a despesa crescente é um problema econômico muito
sério.
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Queria registrar o trabalho de todos aqueles voluntários que estão refazendo o que foi destruído pela maior catástrofe hídrica de toda a história no Vale do Taquari.
Estudantes, agremiações, clubes de futebol, Exército, está todo mundo envolvido lá. E vejam só, prenderam um biólogo da Secretaria de Agricultura do município de Roca Salles (RS) que estava mandando guardar os donativos na casa dele.
Também registro meu agradecimento à Câmara de Vereadores da minha cidade natal, da minha Cachoeira do Sul (RS), que por 14 votos a 1 aprovou moção de solidariedade por causa da reação do governo federal ao que eu disse a respeito da necessidade de se investigar bem o que aconteceu rio acima, com as barragens que lá existem.
Também registro meu agradecimento à Câmara de Vereadores da minha cidade natal, da minha Cachoeira do Sul (RS), que por 14 votos a 1 aprovou moção de solidariedade por causa da reação do governo federal ao que eu disse a respeito da necessidade de se investigar bem o que aconteceu rio acima, com as barragens que lá existem.
Apenas uma vereadora do PT foi contrária.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
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