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quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Os bispos se levantam contra a legalização do aborto pelo STF - Marcio Antonio Campos
Gazeta do Povo - VOZES
Vaticano, CNBB e Igreja Católica em geral.
ADPF 442
O presidente da CNBB, dom Jaime Spengler (à direita) e o secretário-geral da conferência, dom Ricardo Hoepers (à esquerda).| Foto: CNBB/Flickr
Como eu imaginei, logo a ADPF 442 estará na pauta do Supremo.
No último dia 12, a ação que pretende legalizar o aborto no Brasil até a 12.ª semana de gestação foi liberada para julgamento pela relatora, Rosa Weber,
que também é presidente do STF. [a
ilustre ministra está exercendo uma faculdade do seu cargo e que
certamente não a ajudará espiritualmente nem a isentará de eterna pesada
punição - pessoalmente, defendemos que TODOS e TODAS,
independentemente do que sejam no mundo religioso ou profano, que
defendem o aborto (assassinato covarde e vil de seres humanos inocentes e
indefesos) sejam sumariamente EXCOMUNGADOS.]
Como ela se aposenta daqui a alguns
dias, impossível que ela não quisesse iniciar logo o julgamento, para
poder dar seu voto certo a favor do genocídio de pequenos seres humanos
indefesos e inocentes. Felizmente, desde que a notícia da liberação da
ADPF para julgamento veio a público, o episcopado brasileiro tem reagido
de uma forma que vem dando gosto de ver.
A CNBB chamou a ação de “pauta antidemocrática”, porque é exatamente
isso:um partido político nanico, incapaz de convencer o eleitor a
endossar suas plataformas, resultando em uma bancada minúscula,deixa de
lado a arena legislativa e quer vencer no tapetão.
Além disso, a CNBB
ainda publicou um vídeo em que seu assessor jurídico aponta vários erros
da ADPF:
Bispos em todo o Brasil também já se manifestaram pelos mais
diversos meios. O cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, tem usado
bastante o X (ex-Twitter) a esse respeito.
Trago aqui apenas três exemplos,mas temos bispos no país inteiro fazendo o mesmo.
Sem falar nos sacerdotes e leigos católicos com
enorme audiência na internet, e que também estão fazendo a sua parte.
Como a data exata para início do julgamento ainda não foi divulgada, ao
menos até esta tarde de terça-feira, ainda há tempo para a CNBB e os
bispos adotarem uma série de outras iniciativas.
Eu sugeriria retomar
imediatamente as orações nas missas, seguindo a sugestão que a CNBB fizera para o segundo domingo de agosto.
Durante a semana não temos a oração dos fiéis, mas a Oração do
Nascituro cabe perfeitamente antes da bênção final; aos domingos, quando
o rito prevê a oração dos fiéis, que também seja incluída a prece:
“Está
tramitando no STF – Supremo Tribunal Federal a ADPF 442 (Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental) que tem como objetivo
descriminalizar quem provoca ou consente com o aborto.
Os deputados,
representantes do povo, disseram não ao aborto, porém há uma força muito
forte para que o STF paute este assunto para descriminalizar o aborto.
Rezemos por aqueles que têm a missão de promover e defender a vida, para
que não se deixem intimidar pelo poder da morte e por ideologias de
exploração dos mais vulneráveis. V: Rezemos ao senhor.”
Ainda há tempo para a CNBB e os bispos adotarem uma série de outras iniciativas antes que comece o julgamento da ADPF 442
Dá
para os bispos fazerem mais que isso? Como já afirmei outro dia, tenho
certeza de que a CNBB está realizando intenso trabalho de bastidores.
Mas eu não descartaria um uso educativo das penas canônicas. O bispo de
Caruaru (PE), dom José Ruy Gonçalves Lopes, pediu explicitamente aos padres de sua diocese que não deem a comunhão a abortistas,
e tem toda a razão, pois é exatamente o que está previsto no cânone 915
do Código de Direito Canônico: “Não sejam admitidos à sagrada comunhão
os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da
pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto” –
a defesa do aborto se encaixa direitinho no conceito de “pecado grave
manifesto”. Se alguém tiver dúvida,vejam o que o então cardeal Joseph Ratzinger escreveu aos bispos norte-americanos em 2000,a respeito de políticos abortistas:
“Quando a cooperação formal de uma pessoa se torna
evidente (entenda-se, no caso de um político católico, sua consistente defesa e
votos em favor de leis permissivas sobre aborto e eutanásia), seu Pastor deve
procurá-lo, instruí-lo sobre o ensinamento da Igreja, informá-lo de que ele não
deve se apresentar para receber a Sagrada Comunhão até que encerre essa
situação objetiva de pecado, e avisá-lo de que ele terá negada a Eucaristia.
‘Quando, porém, se apresentarem situações em que tais precauções não tenham
obtido efeito (...), o ministro da distribuição da Comunhão deve recusar-se a
dá-la’”.
Mais que isso, acho que só a
excomunhão. [que é automática para a mãe assassina - aborto é assassinato de ser humano inocente e indefeso - e para todos que agirem diretamente no processo de assassinato.] - Quem age diretamente em um aborto (gestante, médicos etc.)
está excomungado automaticamente(cânone 1.398); não é nem mesmo
necessário que o bispo local faça algum tipo de declaração, embora
alguns, como dom José Cardoso Sobrinho, tivessem esse hábito para
reforçar que havia uma pena canônica prevista para o aborto.
Eu tenho
minhas dúvidas quanto à excomunhão automática de um político ou
juiz que votasse, no parlamento ou no tribunal, pela legalização do
aborto ou pelo aumento das circunstâncias em que ele seria legal, mas
absolutamente nada impede que neste caso ocorra a excomunhão ferendae sententiae,
aquela que não é automática, mas ocorre por decisão da autoridade
eclesiástica.
Antes de terminar, quero lembrar que muito cruzadinho de internet já se apressou a dizer algo como “é, mas bispo Fulano fez o L,
não fez?” ou coisa parecida.
Sim, provavelmente ao menos alguns bispos
que agora estão defendendo enfaticamente a vida deram seu apoio, explícito ou
implícito, à eleição deste governo, que já tomou uma série de ações em
favor do aborto, por exemplo no âmbito do Ministério da Saúde, com a
revogação de uma boa Norma Técnica elaborada no governo anterior, ou no
âmbito das relações exteriores, ao retirar o Brasil do Consenso de Genebra(ambas as atitudes, aliás, foram criticadas pela CNBB).
Rezo para que um dia esses bispos se deem conta da colaboração que deram para a ascensão de um governo iníquo.
Mas agora eles estão cobertos de razão.
Guarde a crítica – que sempre tem de ser respeitosa – para depois; este
é o momento de cerrar fileiras em torno dos nossos pastores.
[imperioso destacar que o atual governo está repleto de comunistas e que COMUNISMO e SATANISMO, COMUNISTA e SATANISTA se completam, precisam estar unidos para melhor servir a satanás, o senhor das trevas.
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