Na terça o dia inteiro foi de trabalho para Rodrigo Pacheco,
presidente do Senado, em reuniões com lideranças para saber o que fazer
com a medida provisória do governo que afrontou o Congresso. [a dificuldade do Pacheco é que ele possui um enorme talento: "o de não criar problemas para ninguém, especialmente para ele." - o exercício de tal talento impõe: falta de coragem para decidir.] O
Legislativo tinha promulgado a validade da desoneração da folha de
pagamento dos 17 setores que mais empregam no país, que foi mantida
depois que 438 deputados e senadores se uniram para derrubar os vetos de
Lula.
No dia seguinte, o presidente emitiu uma medida provisória derrubando a
lei promulgada.
A ideia é devolver, mas Rodrigo Pacheco está cheio de
dedos, todo diplomático, quer primeiro falar com Fernando Haddad
para ver se ele retira a MP – mas não é um ministro que retira MPs, é o
presidente da República, que é o autor –, ou se refaz, publica outra.
Pacheco
disse algo que eu queria comentar: que é preciso construir uma solução
para uma arrecadação sustentável.
Arrecadação de quem? Do Estado
brasileiro.
Mas qual é a “arrecadação sustentável” para a nação
brasileira, dos pagadores de impostos?
O quanto podemos suportar?
Porque nós estamos sendo tratados não como
cidadãos, mas apenas como contribuintes, que pagamos impostos todos os
dias para sustentar um Estado grande, pesado, inchado, que presta
serviços públicos ruins. Vocês já imaginaram a nação brasileira livre
para produzir, plantar, fazer, vender, comprar, empregar, abrir empresa,
exportar, importar, pagando uma taxa para sustentar a Justiça, a segurança pública, o saneamento e
o ensino público e a saúde pública?
Mas sustentamos um Estado grande
demais, pesadão, em plena era digital, quando o Estado deveria ter
diminuído, mas aumentou.
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Punição não pode ser só para o 8 de janeiro, mas para todos os que cometem crimes
A maioria dos governadores não compareceu ao evento do governo sobre o 8 de janeiro.
Nem o mesmo o presidente da Câmara foi – alegou doença na família, mas os seguidores dele não foram também.
Uma pesquisa Atlas Intel afirma que só 18,8% dos brasileiros acreditam que tenha sido tentativa de golpe de Estado. Ou seja, mais de 80% dos brasileiros não acreditam na narrativa da grande mídia, que está completamente desacreditada em consequência disso.
No evento, o presidente Lula disse que “não há perdão para quem atenta contra a democracia”. Mas ele próprio foi perdoado pelo Supremo; não teve a grandeza, a gratidão de retribuir, acenando com anistia, esquecimento, perdão.
Mas Lula não diz isso sozinho. Alexandre de Moraes e a governadora do Rio Grande do Norte
também disseram que não pode haver impunidade, que tem de punir.
Eu
gostaria que isso fosse generalizado. Não pode haver impunidade para que
não se repita o 8 de janeiro, mas também para que não se repitam todos
os atos de corrupção,
de lavagem de dinheiro, de desvios, de abuso de poder.
Não poderia
haver impunidade para ninguém, mas no Brasil só quem tem a certeza de ir
preso é quem não paga pensão alimentícia.
Agora mesmo um ex-jogador do Figueirense e do Palmeiras foi preso no
interior de Alagoas.
Está cheio de corrupto solto, de homicida ganhando
saidinha, mas quem não paga pensão, como o Cleiton Xavier, coitado, está
lá, preso, e vai ter de pagar a pensão.
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O presidente Lula não foi à posse do presidente Daniel Noboa, do Equador, em novembro, e não vai agora à posse do presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, que é de centro-esquerda.
Lula vai à China, vai ao Oriente Médio, a Roma, a Londres, mas quando a viagem é para a Guatemala, o Equador, ele manda o vice, Geraldo Alckmin.
Aliás, Lula também não foi a Buenos Aires, nosso vizinho maior, argentino, para a posse de Javier Milei.
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