Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
Declaração de Lula é erro brutal, histórico, ideológico e diplomático - Merval Pereira
O Globo
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
Pacheco está cheio de dedos para devolver a MP da reoneração - Alexandre Garcia
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O presidente Lula não foi à posse do presidente Daniel Noboa, do Equador, em novembro, e não vai agora à posse do presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, que é de centro-esquerda.
sábado, 9 de abril de 2022
“O STF não pode ser instrumento de partidos de oposição”
Ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello critica decisões de Alexandre de Moraes e diz ter receio da presença dele no TSE
Aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) desde julho de 2021, Marco Aurélio Mello segue atento ao que acontece na Corte que frequentou como ministro por 31 anos. Agora à distância, mostra-se crítico ao espírito de confronto do Judiciário em relação aos demais Poderes, numa animosidade acentuada recentemente pelo episódio do deputado Daniel Silveira — obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, acusado de um crime que não existe na Constituição.
Analisando o cenário de fora, Marco Aurélio usou a palavra “temperança” em diferentes respostas. Abriu e fechou a conversa pregando moderação. O ex-ministro disse olhar com particular preocupação o atual momento de Alexandre de Moraes, a quem um dia se referiu em plenário como ‘xerife’.
Moraes, atual vice do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será um dos responsáveis pela condução das eleições deste ano, ao lado de Edson Fachin, presidente da Corte. Em paralelo, segue à frente como relator do controverso inquérito das fake news, batizado por Marco Aurélio em 2020 como “o inquérito do fim do mundo”, por, supostamente, “não observar o sistema democrático”.
Confira os principais trechos da entrevista.Sobre o caso do deputado Daniel Silveira: depois dos desdobramentos da última semana, com imposição da tornozeleira dentro do Congresso, como o senhor vê a relação do Supremo com os outros Poderes?
É um momento difícil. O que precisamos é de temperança, compreensão, e buscar fortalecer as instituições.
Deveria partir do ministro Alexandre de Moraes um gesto mais diplomático?
Imaginei que o ministro Alexandre, depois que houve aquela intermediação do ex-presidente Michel Temer (depois dos protestos populares de setembro de 2021), fosse tirar o pé do acelerador, como costumo dizer na gíria carioca. Mas ele continua tomando certos atos. Agora mesmo estou lendo um livrinho, que é o Inquérito do Fim do Mundo, que é o inquérito das fake news, vamos dizer assim.
O senhor chegou a se referir ao ministro Alexandre de Moraes como “xerife”, num episódio anterior no STF.
Tenho receio. A presidência do TSE é mais forte do que a presidência do Supremo. O presidente é mais ouvido pelos colegas, são outros seis integrantes. No Supremo, não. No Supremo nós somos iguais. Lá no TSE o presidente e o vice são integrantes do Supremo e estão entre os três ministros do STF que são designados para compor o TSE.
O senhor disse certa vez que o Supremo vinha sendo “acionado para fustigar o Executivo e o Legislativo”. O senhor acredita que a população está vendo com maus olhos esse protagonismo do Supremo?
Sem dúvida alguma. O que ocorre? Certos partidos não figuram no Parlamento, aí buscam o Supremo. Lembro de um diálogo entre o deputado federal Jamil Haddad (PSB), já falecido, e o ministro Sepúlveda Pertence. Pertence disse: ‘O senhor está aqui todo dia’. E Haddad respondeu: ‘Olha, eu presto contas aos meus eleitores’.
“A liberdade de expressão, a liberdade de informação são direitos básicos”
O senhor cunhou a expressão ‘inquérito do fim do mundo’ e foi o único voto contra no inquérito das fake news. Como avalia o recente bloqueio do aplicativo Telegram pelo ministro Alexandre de Moraes?
O caminho não é esse. Acho que ele nem considerou o ato. Você não pode partir para a censura. E quando você cassa um sítio qualquer, o perfil de um cidadão na internet, você censura esse cidadão. Agora, cada qual é responsável cível e penalmente pelos seus atos.
Como o senhor viu a recente resolução do Superior Tribunal de Justiça, que determinou o pagamento de uma indenização no valor de R$ 75 mil pelo ex-procurador Deltan Dallagnol ao ex-presidente Lula?
Outra coisa que não entendi como ocorreu. O desempenho do procurador passou pelo Ministério Público Federal, pela Corregedoria, passou pelo Conselho Federal do Ministério Público. O ex-presidente não ganhou o direito à indenização em primeira nem em segunda instância e veio a ganhar no Superior Tribunal de Justiça.
Recentemente, houve um episódio sobre liberdade de expressão no festival de música Lollapalooza, com decisão do TSE sobre manifestações políticas de artistas e muita repercussão negativa. Como o senhor avalia essa questão?
Cito um grande pensador, Caetano Veloso, eu diria um jurista, entre aspas, que tem um verso: “É proibido proibir”. Foi o que eu disse. A liberdade de expressão, a liberdade de informação são direitos básicos. A própria Constituição vê consequências se houver algum extravasamento. Mas você, a priori, proibir, isso é censura. Está no parágrafo 2º, artigo 220 da Constituição, que não pode haver censura de nenhuma forma.
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Bruno Freitas, colunista - Revista Oeste
sexta-feira, 20 de março de 2020
Coisa de doido - Eliane Cantanhêde
O Estado de S.Paulo
País parado e o vírus matando pessoas e empresas. É hora de o ‘03’ chutar a China?
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Amazônia ‘internacional’ - O Estado de S. Paulo
Denis Lerrer Rosenfield
O presidente Macron, ao responder ao presidente brasileiro, criou um problema geopolítico de dimensão inusitada
Muitas impropriedades foram cometidas a propósito dos debates sobre a questão da Floresta Amazônica, uma celeuma que se tornou um problema geopolítico, diplomático, comercial e militar. Uma questão de comunicação, de pouca eficácia do lado brasileiro ganhou dimensão propriamente amazônica. Note-se que o mundo da política, e também o do comércio exterior e da diplomacia, é o das percepções, muitas vezes os fatos e a verdade ficam a reboque.
Tanto uma percepção falsa quanto uma verdadeira orientam a ação, que se fará numa ou noutra direção. Eis por que o trabalho de comunicação e esclarecimento dos fatos é da máxima importância, pois de sua falta seguirá um tipo ou outro de ação. Ou seja, a comunicação social, tanto a tradicional quanto a digital, faz parte da ação humana e, portanto, dos governos, empresas e entidades de classe. Dela dependerá a orientação do comportamento e da ação humana. Nesse jogo de percepções e de apostas arriscadas, no que tange às impropriedades o presidente francês ganhou o campeonato, embora o brasileiro se tenha referido à primeira-dama da França de forma inadequada e desrespeitosa. Isto é, o presidente Macron, ao responder ao presidente brasileiro, criou um problema geopolítico de dimensão inusitada.
Picado pela boutade imprópria de Bolsonaro, declarou que a Amazônia teria status internacional, não devendo, portanto, estar submetida à soberania brasileira.
O caminho é deveras longo da primeira-dama à ameaça de velada intervenção externa, certamente “comandada” e “inspirada” pela França. É bem verdade que o presidente Macron procura agradar aos agricultores franceses, refratários à competição internacional, vivendo de subsídios e temendo fortemente a concorrência da agropecuária brasileira. Sua intenção é evidente: torpedear o recém-assinado acordo Mercosul-União Europeia. Está à procura de votos e tenta para isso criar uma crise internacional.
Seus colegas europeus não caíram na armadilha, ressaltando, corretamente, que o próprio acordo contém salvaguardas ambientais e a negociação é o melhor caminho. Mas o dano ao Brasil já foi causado e o objetivo, alcançado: queimar a imagem do País e do agronegócio.
Mais de 80% do bioma amazônico é preservado pelas terras indígenas, áreas de preservação ambiental, áreas militares e 80% das propriedades privadas. Ou seja, o coeficiente de preservação ambiental é altíssimo. Não haveria motivo para nenhuma espetacularização, porém, considerando a inação da comunicação governamental, dados desse tipo nem alcançam os meios de comunicação mundiais, em particular na Europa. Paradoxo: um dos países mais conservacionistas é tido como responsável pela poluição planetária!
Veja-se o despropósito. A Amazônia não seria mais exclusivamente brasileira. Amanhã ou depois poderiam alguns governantes lunáticos propor uma intervenção militar em nosso território. Por que não propõem algo semelhante nos cinco países mais poluidores do planeta: Estados Unidos, China, Índia, Rússia e Japão? Ou entre os dez, incluindo Alemanha, Canadá e o Reino Unido?
Estão preocupados com o planeta ou com os seus interesses?
Ademais, o presidente francês, ao afirmar que a França tem extensa fronteira com o Brasil, “esqueceu” um pequeno dado histórico. A Guiana Francesa é, na verdade, uma colônia, resquício do passado colonial francês. Ser hoje denominada “departamento francês ultramarino” não muda a História. A Holanda e o Reino Unido também tiveram suas “Guianas” e levaram a término um trabalho de descolonização. O Brasil não tem “fronteiras” com esses países europeus. Não seria o momento de a França fazer seu dever de casa?
Dito isto, o Brasil deve enfrentar seus próprios problemas. Um dos principais consiste na regularização fundiária, bem assinalada pelo ministro Ricardo Salles. Há uma questão envolvendo terras que não são de ninguém, para utilizar uma expressão corrente, numa confusão entre a titularidade da União e a posse dos que lá vivem e trabalham. Ou seja, não há responsabilidade nenhuma, de tal maneira que, no caso de uma queimada, o crime não tem titular. Se houvesse uma regularização, a lei deveria ser seguida por aquele que detém a propriedade da terra. Assim como está, ninguém é responsável por nada. Os criminosos desaparecem.
Em torno de 74% da área da Amazônia é constituída por terras públicas, cabem apenas 26% à iniciativa privada. E esta deve obedecer ao limite legal de exploração em somente 20% da área. Leve-se também em consideração que, anteriormente à lei em vigor, 50% podiam ser desmatados. Logo, quando se fala em “queimadas”, dever-se-ia determinar se ela ocorreu em área pública ou privada, responsabilizando-se lá quem de direito. A exploração da agricultura e da pecuária no Brasil, atualmente, não utiliza a queimada como instrumento de preparação de cultivo da terra, salvo em casos marginais e sem expressão. Em consequência, não há como responsabilizar a agricultura e a pecuária brasileiras pelo desmatamento, como está sendo feito internacionalmente.
Há uma distinção capital a ser feita entre desmatamento legal e ilegal. O legal corresponde ao direito de cultivo e produção de alimentos relativo aos 20% que podem ser desmatados. Tudo conforme a lei. Outra coisa totalmente diferente é o desmatamento ilegal, que não segue nenhuma regra e nem limites. E é esse que se utiliza de queimadas! Na verdade, trata-se de grilagem de terras, garimpos, exploradores de madeira, que deixam as terras devastadas. Esses casos deveriam ser tratados com todo o rigor da lei, com uso de policiais e, se for o caso, de militares. Ações de repressão aí são fundamentais, pois se não forem realizadas passarão a mensagem de que tudo é permitido e a impunidade faz o crime valer a pena.
Denis Lerrer Rosenfield - Professor de filosofia na UFRGS - O Estado de S. Paulo