Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador 50 anos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 50 anos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Há 50 anos desaparecia Ana Lídia, criança assassinada em Brasília

Um dos assassinatos mais marcantes da história de Brasília ficou marcado pelo desaparecimento de provas, pistas ignoradas e um mistério sem solução: quem matou Ana Lídia?

 Era uma terça-feira normal até o horário em que Ana Lídia sairia da escola. -  (crédito:  Arquivo Pessoal)

Era uma terça-feira normal até o horário em que Ana Lídia sairia da escola. - (crédito: Arquivo Pessoal)

Há 50 anos, em uma tarde de terça-feira, às 13h50, Ana Lídia Braga, de 7 anos, deixava sua casa, na 405 Norte, acompanhada dos pais, e seguia para a escola. A mãe, Eloyza Rossi Braga, a levou até a sala de aula, no colégio Madre Carmen Salles, na 605 Norte, onde cursava 1ª série do ensino fundamental pela manhã e, à tarde, tinha aulas de reforço e de piano. O casal deixou o local rumo ao trabalho.
 

segunda-feira, 1 de julho de 2019

50 anos da conquista da Lua

Foi uma proeza prodigiosa — e no entanto a TV era em preto e branco — e McLuhan ainda tinha o desplante de chamar o mundo de aldeia global



“Ariosto me ensinou que a duvidosa
Lua abriga os sonhos, o inapreensível,
O tempo que se perde, o possível
Ou o impossível, que é a mesma coisa.”

 Jorge Luis Borges, poema “A Lua”, (tradução de Josely Vianna Baptista)

Galileu Galilei apontou para a Lua seu portentoso telescópio, capaz de deixar os objetos trinta vezes mais perto, e assim a descreveu, em 1610: “(…) a superfície não é exatamente lisa, livre de desigualdades, nem exatamente esférica, como considera uma extensa escola de filósofos (….); pelo contrário, está repleta de irregularidades, é desigual, cheia de cavidades e protuberâncias, tal qual a superfície da Terra, diversa por toda parte, com montanhas elevadas e vales profundos”. O astronauta Neil Arm­strong, ao aproximar-­se de seu objetivo, com dois companheiros, a bordo da nave Apollo 11, em 1969, assim o descreveu: “De todas as espetaculares vistas que tivemos, a caminho da Lua, a mais impressionante ocorreu quando voávamos em sua sombra. Estávamos ainda a milhares de milhas de distância, mas próximos o suficiente para que a Lua cobrisse quase inteiramente o círculo de nossa janela. De nossa posição, ela eclipsava o Sol e uma coroa solar era visível em suas bordas, estendendo-se em largas faixas, na forma de um gigantesco pires de luz, ou gigantesca lente. A Lua propriamente dita era ainda mais impressionante. Como estávamos em sua sombra, não havia luz do Sol a iluminá-­la. Só a luz refletida da Terra. Com isso, ficava azul-acinzentada, e a cena toda parecia tridimensional”.

Galileu e Arm­strong têm em comum haver experimentado a um tempo as alegrias da descoberta científica e o deslumbramento pelo maravilhoso. É olhar para o céu, desde que o homem é homem, e não se mede qual a maior das perplexidades: se o espanto diante do mistério ou o desejo de decifrá-lo. “O silêncio eterno dos espaços infinitos me assusta”, escreveu Pascal, no mesmo século das descobertas de Galileu. O alemão Johannes Kepler, que conferiu rigor científico à tese heliocêntrica de Copérnico, descreveu seu trabalho como “uma perseguição suave e ofegante das pegadas do Criador”. Entre todos os corpos celestes, a Lua, o mais próximo de nós, é desde sempre repositório de crenças, motivo de fábulas e fonte de emoções. O quadro A Lua, de Tarsila do Amaral, que recentemente, adquirido por 20 milhões de dólares pelo MoMA, de Nova York, quebrou o recorde de preço de uma obra brasileira, representa nosso satélite com um simples traço de criança. Além da cheia, da nova, da minguante e da crescente, a Lua pode parecer um par de chifres solto no espaço, como a representou a artista. A Lua é inesgotável.
 

CRENÇA - Buzz Aldrin em foto tirada por Neil  Arm­strong, que aparece no visor do capacete: “Deus está conosco” (Foto/Nasa)


Em 20 de julho completam-se cinquenta anos do primeiro pouso do homem na superfície da Lua. Neil Arm­strong foi o primeiro a desembarcar do Eagle, o módulo lunar, e Edwin Aldrin, o segundo; o terceiro integrante da missão, Michael Collins, continuou em órbita, a bordo da nave-­mãe Columbia. Nave-mãe, módulo lunar, Eagle, Columbia: na época esses nomes se tornaram familiares como marcas de automóveis, identificados com uma proeza estrondosa. E no entanto a televisão ainda não era em cores, no Brasil, e os televisores, universalmente, eram de tubo. Computadores pessoais, smartphones, tablets — nem pensar. A nave-mãe e o módulo lunar, acoplados, compunham a Apollo 11.

Uma delicada operação de desacoplamento foi acompanhada pelos técnicos da Nasa, em Houston, no Texas, com a respiração suspensa. O módulo lunar, em vez de águia, mais parecia uma aranha, com suas gigantescas patas metálicas. Arm­strong pronunciou uma ensaiada e pomposa
frase: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade”, e minutos depois fincou uma bandeira americana no solo lunar. Como na Lua não há vento, a bandeira, para ser vista, teve de ser esticada com um arame. No mesmo livro em que descreveu a bola circundada por uma moldura de fogo, deste modo ele relataria as primeiras sensações de estar com os pés no solo lunar:
“O céu é negro, muito negro. Ainda assim, parecia dia ao olharmos pelo nosso visor. É uma coisa muito peculiar, mas a superfície parecia muito quente e convidativa. A situação era como a de sair com um calção de banho para pegar um pouco de sol. Do visor, a superfície parecia bronzeada. Não sei a que atribuir isso, porque mais tarde, quando tive o material nas mãos, não era bronzeado de forma alguma. Era negro, cinza. É por algum tipo de efeito de luz que pelo visor a superfície parecia feita mais de areia do deserto do que de areia negra”.

Da realidade captada por Galileu em sua lente mágica, chegava-se à hiper-­realidade de sentir nas mãos a escura areia da Lua. É tudo tão prodigioso, tão futurista, e no entanto as cenas daqueles homens movendo-se em câmera lenta, em trajes brancos como os fantasmas das caricaturas, soam hoje tão passadistas, tão século XX, quanto as das paradas militares diante da cúpula soviética na Praça Vermelha, as de jovens chineses acenando com o livro de citações de Mao Tsé-tung, as das vítimas esqueléticas da guerra de Biafra e a da menina nua correndo da bomba de napalm no Vietnã. Em favor dos nascidos na virada do milênio, pede-se aos pais ou avós explicar-lhes cada um desses instantâneos. Era um mundo, meus jovens, em que um amador só tiraria fotos em viagem, ou num casamento em família. Uma pessoa não acumularia, na vida inteira, a quantidade de fotos que uma criança acumula hoje em um mês, no bojo copioso do celular da mãe. Escrevia-se em máquinas de escrever, movidas a um teclado barulhento e a um rolo no qual se introduzia uma folha de papel, mensagens escritas eram transmitidas por uma coisa chamada telex, ouvia-se música pondo um long-play na vitrola, liam-­se as notícias em jornais (ainda por cima de papel) e para culminar — pasmem! — ninguém sabia, fora os japoneses, o que era sushi.


                                     
O PASSADO DO FUTURO - O desembarque em solo lunar dos americanos (acima, o trio completo) foi visto pela televisão, em imagens com fantasmas, em preto e branco (Foto/Nasa)




Publicado em VEJA de 3 de julho de 2019, edição nº 2641



domingo, 2 de abril de 2017

Um inventário de crimes

O operador do mensalão quer delatar – dos nomes dos mandantes do assassinato de Celso Daniel ao plano do PT para subornar um ministro do STF

Condenado a 50 anos de cadeia e preso há quatro, o publicitário Marcos Valério quer se transformar em delator na Operação Lava Jato. Em fevereiro, o operador do mensalão apresentou ao Ministério Público um cardápio do que pode contar. São sessenta itens de histórias que presenciou e participou na última década, enquanto esteve à frente de esquemas ilegais para financiar campanhas, pagar propinas e calar desafetos de políticos. 


 (Paulo Filgueiras/EM/D.A Press/VEJA)

A papelada está sob análise em Brasília, porque envolve autoridades com foro privilegiado. As últimas investidas de Valério para conseguir um acordo de colaboração não vingaram. Mas o que ele falou se confirmou. Em 2012, bem antes de vir a público o escândalo do petrolão, Valério revelou num depoimento a procuradores da República que um esquema de corrupção na Petrobras servira como fonte de dinheiro sujo para calar um chantagista que ameaçava envolver o ex-presidente no assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, ocorrido em 2002. Cinco anos depois, a Lava-Jato encontrou provas que corroboravam o que ele dissera e levou à condenação do empresário Ronan Maria Pinto, o tal chantagista que teria recebido 6 milhões de reais de forma fraudulenta, entre outros personagens. 

O publicitário agora promete responder a uma pergunta que permanece um mistério: Quem mandou matar Celso Daniel? VEJA apresenta uma síntese dessa e de outras histórias que Valério ameaça detalhar, como a operação do PT para subornar um ministro do Supremo, mesadas distribuídas aos cabeças do partido e o caixa dois que abasteceu campanhas do PSDB.

Um inventário de crimes

 QUEM MATOU CELSO DANIEL? - Valério diz saber quem foram os mandantes - ATENÇÃO AUTORIDADES Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal! o cotejo de outras informações do publicitário Marcos Valério não deixa dúvidas que ele sabe muito e os mandantes do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel é apenas uma das informações que ele pode soltar. Também é sabido que o cadáver do ex-prefeito ainda assombra a elite petista, começando por Lula, alcançando Gilberto Carvalho e outros ilustres petistas, alguns inclusive já presos por outros crimes.

Assim, garantam,  a qualquer custo e sem vacilações, a segurança e integridade física do publicitário Marcos Valério - ele será o autor, se não for assassinado antes, da MÃE DE TODAS AS DELAÇÕES.

Cabe as autoridades garantir que ele fale

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

 

 

domingo, 7 de agosto de 2016

População apreensiva - Reforma da Previdência deve pegar oito em cada dez trabalhadores

Governo praticamente fechou a proposta de mudanças nas regras do INSS e do regime de aposentadorias de servidores e militares. A expectativa é enviar o projeto para o Congresso em setembro. Mas a aprovação só deve ocorrer em 2017. População está apreensiva

Oito em cada 10 trabalhadores que hoje estão na ativa serão atingidos imediatamente pela reforma da Previdência Social que o governo está preparando e deve ser enviada ao Congresso em setembro, depois que o Senado aprovar o impeachment definitivo de Dilma Rousseff. Todos têm menos de 50 anos. O restante também terá que dar sua colaboração, mas por meio de uma regra de transição que pode durar até 15 anos. As mudanças, assegura o Palácio do Planalto, serão inevitáveis, pois é grande o risco de o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o regime que banca as aposentadorias de servidores e militares caminharem para a falência.

Está praticamente decidido a instituição de uma idade mínima para que as pessoas se retirem do mercado de trabalho:
65 anos para homens e 62 ou 63 anos para as mulheres — ao longo do tempo, a idade será uma só. Os trabalhadores com mais de 50 anos terão que pagar um pedágio de até 50% do tempo que ainda têm para se aposentarem. Ou seja, se, quando a reforma for aprovada, a pessoa ainda tiver que contribuir por mais cinco anos ao INSS, esse prazo subirá para 7,5 anos. O governo pretende ainda unificar as regras de todos os regimes previdenciários em vigor hoje. Isso inclui aqueles que trabalham na iniciativa privada, servidores e militares.

O período para que ocorra a unificação também deverá ser de 15 anos. Nem mesmo professores e policiais, que hoje podem se aposentar depois de 25 anos de trabalho, escaparão. “A nossa meta é acabar com privilégios”, diz um técnico do Ministério da Fazenda. Ele reconhece que não será fácil convencer o Congresso da importância das medidas, mas crê que o bom senso prevalecerá. Neste ano, juntos, o INSS e a previdência de servidores e militares terão rombo próximo de R$ 220 bilhões. Não há, segundo ele, aumento de impostos que consiga cobrir esse buraco sem fundo. [calma pessoal - apesar da manchete ser assustadora, isso é o que o Governo está pensando, o que tem vontade de fazer.
Só que todas propostas envolvem emenda constitucional, o que garante - caso houvesse no Congresso Nacional um consenso favorável ao que o Governo quer e tudo indica vai propor - no mínimo uns seis meses de discussão.
De qualquer modo, convenhamos que 65 anos para homens e mulheres.
O certo é 65 para homens e mulheres já que as mulheres querem ser iguais aos homens, desejo que é justo, justíssimo.
Mas, tem que ser no que é bom e também no que não é tão bom.
65 anos além de uma melhorada nas finanças da Previdência - aumenta, no mínimo mantém, a arrecadação e reduz o crescimento dos valores necessários para pagar aposentadorias.
Já quanto a pretensão de acabar com aposentadoria especial para policiais e militares não irá em frente, se for será pior.
Motivo é simples, igualando policiais civis e militares das Forças Auxiliares aos 30 anos necessários aos militares das FORÇAS ARMADAS, fica de bom tamanho.
Absurdo é pretender que um policial com mais de 60 anos de idade saia correndo atrás de bandidos, trocando tiros, etc.]

Fonte: Correio Braziliense

 

domingo, 31 de julho de 2016

Reforma da Previdência: Governo vai para o TUDO ou NADA

Governo partirá para o tudo ou nada na reforma da Previdência

O Palácio do Planalto já escalou o time que partirá para o vale-tudo na batalha para aprovar a reforma da Previdência Social. O grupo será liderado pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e pelo secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, eles já estão municiado de números para tentar convencer a sociedade de que, do jeito que está hoje, o sistema previdenciário não resistirá muito mais tempo. O lema mais usado pelo governo será o que as futuras gerações poderão ficar sem o suporte do Estado no momento que elas mais precisarem.

“Será uma espécie de catequização”, diz um importante técnico da Fazenda. “A nossa meta será quebrar dogmas e ideias preconcebidas”, acrescenta. Pelos planos do governo, haverá atuação mais forte em grupos organizados, com forte estrutura corporativa e grande poder de manifestação, como os militares. “Sabemos que será uma guerra, mas estamos preparados para vencê-la”, ressalta. “Todos darão sua cota de sacrifício. Uns, mais; outros, menos.”

No caso dos trabalhadores mais jovens, de até 50 anos, as regras, se aprovadas pelo Congresso, valerão de imediato. Ou seja, se a idade mínima para aposentadoria for adotada, os homens só poderão pendurar as chuteiras aos 65 e as mulheres, aos 60. Essa idade aumentará ao longo do tempo, até atingir 70 para homens e mulheres. “Não tem jeito. Esse grupo de trabalhadores mais jovens precisa permanecer mais tempo no mercado de trabalho para sustentar o sistema e garantir os benefícios daqueles que já se retiraram do mercado”, assinala.

Pedágio
 Já para os trabalhadores com mais de 50, haverá um pedágio de até 50% do tempo que ainda falta para a aposentadoria. Quer dizer: um trabalhador que está a cinco anos de se aposentar, terá que contribuir para mais 2,5 anos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Trata-se de um sistema semelhante ao fator previdenciário que está em vigor hoje. Haverá apenas uma espécie de aprimoramento. “Há muito estigma em relação ao fator. Mas vamos explicar tudo, para que não se criem resistências”, afirma o técnico da Fazenda.

O governo está mesmo imbuído do propósito de unificar todos os sistemas de previdência. Mas também haverá regras de transição para servidores públicos, professores, policiais e militares. Tanto na Fazenda quanto na Casa Civil, acredita-se que são esses grupos que criarão mais problemas para a reforma da Previdência. “Eles são organizados, têm acesso à opinião pública, sabem gritar. E são ouvidos”, enfatiza um assessor de Eliseu Padilha. “Mas nós também sabemos falar alto e temos argumentos de sobra para provar o quanto a reforma da Previdência é importante para o país e para o bem-estar das próxima gerações”, emenda.

Um dos argumentos mais usados pelo governo será o de que, sem a reforma da Previdência, o país terá que aumentar, constantemente, a carga tributária. “Não haverá outra saída”, reforça o técnico da Fazenda. “A conta não fecha mais. No próximo ano, apenas o INSS terá rombo de quase R$ 150 bilhões. O buraco do sistema previdenciário dos servidores, incluindo os militares, encostará nos R$ 70 bilhões”, diz. Em 2018, esses números serão ainda maiores. “Para cobrir isso, só elevando impostos. Então, a sociedade que reclama que já paga tributos demais terá de escolher entre transferir mais dinheiro para o governo ou mudar a Previdência e estancar, ao longo do tempo, o aumento do deficit”, destaca. “São escolhas difíceis, mas teremos que fazê-las e aguentar as consequências”, conclui.

Fonte: CB - Blog do Vicente