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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Governo e seita

Bolsonaro se dedicou muito mais nesses primeiros cem dias a defender sua pauta de costumes e valores

Temos dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa

Nos cem primeiros dias do governo Bolsonaro, já dá para ver que temos dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa sem um líder ou, pior, com líderes atrapalhados, que às vezes pode ser o próprio presidente, outras é o guru dele, o professor on-line Olavo de Carvalho, que vem acumulando poder na mesma proporção que provoca confusão. Seus seguidores, especialmente os filhos de Bolsonaro, ouvem seus conselhos e nomeiam e desnomeiam ministros baseados neles, com facilidade assustadora. São uma fonte de incertezas, e muitos, entre eles membros do núcleo militar que Olavo vem inutilmente chamando para um bate-boca virtual, consideram que estão atrapalhando a recuperação da economia.

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terça-feira, 9 de abril de 2019

RADICALIZANDO 1: Indicação para Educação hostiliza os militares do governo




A escolha de Abraham Weintraub para o Ministério da Educação tem muito mais importância do que parece. Evidencia que Jair Bolsonaro decidiu, ou a tanto está sendo aconselhado por seus estrategistas (quais?), a ampliar a distância, que já não é pequena, com o chamado "núcleo militar" do governo. O problema de uma mentalidade que se deixa capturar por teorias conspiratórias é que passa a ver inimigos na própria sombra. 

Bolsonaro e alguns fanáticos estão convencidos, seguindo as teorias de Olavo de Carvalho, o guru, que também os militares foram tocados pelo espírito do Mal — no caso, o comunismo. Não é que eles tenham se convertido ao dito-cujo ou façam de forma diligente e e deliberada a vontade dos comunistas. Seriam seus instrumentos passivos. 

Notaram? Por essa formulação, será comunista todo mundo que Olavo decidir que é. Para tanto, basta que não lhe façam a vontade ou que sua leitura do mundo seja contestada. É claro que vai dar errado. Weintraub, o escolhido para o cargo, já disse em palestra que os comunistas estão no comando de organizações financeiras, empresas e imprensa.


Continua aqui... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/radicalizando-1-indicacao-para-educacao-hostiliza-os-militares-do-governo/?cmpid=copiaecola


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Weintraub chama Lula de ‘9 dedos’ e ‘sicofanta’



Uma das características que Jair Bolsonaro mais admira em Abraham Weintraub, o novo ministro da Educação, é o seu "viés ideológico" e a forma rude como ele trata o petismo. Ele se refere a Lula como "Nove Dedos". Xinga o ex-presidente petista de "sicofanta" (patife, impostor). Em setembro de 2018, numa transmissão ao vivo pela internet, o agora ministro da Educação insinuou que o programa de governo de Bolsonaro romperia paradigmas. Para enfatizar seu ponto de vista, evocou Lula: "Como diria o Nove Dedos, nunca antes na história republicana se discutiu esse tipo de coisa."

Nessa exposição, conforme já noticiado aqui, Weintraub sustentou a tese segundo a qual universidades do Nordeste não deveriam oferecer cursos de disciplinas como sociologia e filosofia. Acha que a prioridade deveria ser o ensino de agronomia, em parceria com Israel. "Em Israel, o Jair Bolsonaro tem um monte de parcerias para trazer tecnologia aqui para o Brasil", declarou. "Em vez de as universidades do Nordeste ficarem aí fazendo sociologia, fazendo filosofia no agreste, [devem] fazer agronomia, em parceria com Israel. Acabar com esse ódio de Israel. Israel, nas faculdades federais, é loucura o que você escuta, né?"

Em dezembro de 2018, quando Bolsonaro já havia prevalecido nas urnas sobre o rival petista Fernando Haddad, Weintraub participou de uma "Cúpula Conservadora" idealizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Dividiu o palco com seu irmão, o advogado Arthur Weintraub, hoje assessor de Bolsonaro. Numa palestra em que defendeu o expurgo do "marxismo cultural" nas universidades por meio de uma adaptação das teses do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, o agora ministro perguntou ao irmão a certa altura: "Não posso xingar o Lula, né Arthur?". E emendou: "O sicofanta do Lula… Ele nunca vai saber o que é sicofanta…"

No mesmo evento, Abraham Weintraub revelou-se obcecado pelo comunismo. Ao responder sobre reforma da Previdência, tema do qual se ocupava na equipe de transição de governo, ele declarou: "A reforma está sendo propositalmente escondida, para evitar tiroteio desnecessário antes. Mas ela está bem avançada…" Nesse ponto, o orador emendou, do nada, uma teoria que acomoda "comunistas" nos locais mais insuspeitados: "A gente não chegou nessa situação porque os comunistas são pobres. Os comunistas estão no topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…"

Abraham Weintraub prosseguiu: "Os monopolistas apoiaram Lula, estavam dando dinheiro para o Haddad. A gente não conseguiu ter um apoio de qualquer grande instituição durante a campanha. E qual foi a sacada? Desintermediar. Houve uma comunicação do Jair Bolsonaro e toda a campanha diretamente com o povo através das mídias sociais." O novo titular da Educação talvez enfrente dificuldades se precisar submeter alguma proposta à apreciação do Congresso. Na palestra à plateia conservadora, Weintraub falou em voz alta sobre o desprezo que o governo Bolsonaro dedica à oligarquia que controla os principais partidos políticos no Legislativo.

 

O economista e professor Abraham Weintraub futuro secretário-executivo da Casa Civil do governo Bolsonaro, explicou durante a primeira Cúpula Conservadora das Américas a estratégia adotada pela equipe do governo Bolsonaro para aprovar a reforma da previdência em 2019.


"Acho que agora, capitaneado pelo Onyx Lorenzoni [chefe da Casa Civil], está se tentando fazer a mesma coisa [a desintermediação] no Congresso. Os antigos parlamentares, que eram donos de grupos, grupelhos, estão sendo atravessados, para chegar diretamente à base de apoio, para conversar republicanamente com a base de congressistas. A Estimativa é que a gente vai ter 350 [deputados] na base [de apoio ao governo]. Mais do que suficiente para passar tudo o que for necessário." Depois dessa palestra, Weintraub tornou-se o número dois da Casa Civil. Deve ter percebido nos primeiros 100 dias de governo que a pretensão de Bolsonaro e Lorenzoni de "atravessar" os caciques do Legislativo para "conversar republicanamente com a base de congressistas" resultou em fiasco. No momento, Bolsonaro dedica-se justamente a receber os velhos tecelões dos partidos.
[comentário: o grande risco do novo nomeado é usar para  se livrar do Vélez um outro Araújo.]