Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Bolsonaro se dedicou muito mais nesses primeiros cem dias a defender sua pauta de costumes e valores
Temos dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa
Nos cem primeiros dias do governo Bolsonaro, já dá para ver que temos
dois governos, um que funciona, outro que parece uma seita religiosa sem
um líder ou, pior, com líderes atrapalhados, que às vezes pode ser o
próprio presidente, outras é o guru dele, o professor on-line Olavo de
Carvalho, que vem acumulando poder na mesma proporção que provoca
confusão. Seus seguidores,especialmente os filhos de Bolsonaro, ouvem seus
conselhos e nomeiam e desnomeiam ministros baseados neles, com
facilidade assustadora. São uma fonte de incertezas, e muitos, entre
eles membros do núcleo militar que Olavo vem inutilmente chamando para
um bate-boca virtual, consideram que estão atrapalhando a recuperação da
economia.
A escolha de Abraham Weintraub para o Ministério da Educação tem muito
mais importância do que parece. Evidencia que Jair Bolsonaro decidiu, ou a
tanto está sendo aconselhado por seus estrategistas (quais?), a ampliar a
distância, que já não é pequena, com o chamado "núcleo militar" do
governo. O problema de uma mentalidade que se deixa capturar por teorias
conspiratórias é que passa a ver inimigos na própria sombra.
Bolsonaro e alguns
fanáticos estão convencidos, seguindo as teorias de Olavo de Carvalho, o guru,
que também os militares foram tocados pelo espírito do Mal — no caso, o
comunismo. Não é que eles tenham se convertido ao dito-cujo ou façam de forma
diligente e e deliberada a vontade dos comunistas. Seriam seus instrumentos
passivos.
Notaram? Por essa formulação, será comunista todo mundo que Olavo
decidir que é. Para tanto, basta que não lhe façam a vontade ou que sua leitura
do mundo seja contestada. É claro que vai dar errado. Weintraub, o escolhido
para o cargo, já disse em palestra que os comunistas estão no comando de
organizações financeiras, empresas e imprensa.
Continua aqui... - Veja
mais em
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/radicalizando-1-indicacao-para-educacao-hostiliza-os-militares-do-governo/?cmpid=copiaecola
Uma das
características que Jair Bolsonaro mais admira em Abraham Weintraub, o novo
ministro da Educação, é o seu "viés ideológico" e a forma rude como
ele trata o petismo.Ele se refere a Lula como "Nove Dedos". Xinga o
ex-presidente petista de "sicofanta"(patife, impostor). Em setembro
de 2018, numa transmissão ao vivo pela internet, o agora ministro da Educação
insinuou que o programa de governo de Bolsonaro romperia paradigmas. Para
enfatizar seu ponto de vista, evocou Lula: "Como diria o Nove Dedos, nunca
antes na história republicana se discutiu esse tipo de coisa."
Nessa
exposição, conforme já noticiado aqui, Weintraub sustentou a tese segundo a
qual universidades do Nordeste não deveriam oferecer cursos de disciplinas como
sociologia e filosofia. Acha que a prioridade deveria ser o ensino de
agronomia, em parceria com Israel. "Em Israel, o Jair Bolsonaro tem um
monte de parcerias para trazer tecnologia aqui para o Brasil", declarou.
"Em vez de as universidades do Nordeste ficarem aí fazendo sociologia,
fazendo filosofia no agreste, [devem] fazer agronomia, em parceria com Israel.
Acabar com esse ódio de Israel. Israel, nas faculdades federais, é loucura o
que você escuta, né?"
Em
dezembro de 2018, quando Bolsonaro já havia prevalecido nas urnas sobre o rival
petista Fernando Haddad, Weintraub participou de uma "Cúpula Conservadora"
idealizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Dividiu o palco com seu
irmão, o advogado Arthur Weintraub, hoje assessor de Bolsonaro. Numa palestra
em que defendeu o expurgo do "marxismo cultural" nas universidades
por meio de uma adaptação das teses do autoproclamado filósofo Olavo de
Carvalho, o agora ministro perguntou ao irmão a certa altura: "Não posso
xingar o Lula, né Arthur?". E emendou: "O sicofanta do Lula… Ele
nunca vai saber o que é sicofanta…"
No mesmo
evento, Abraham Weintraub revelou-se obcecado pelo comunismo. Ao responder sobre
reforma da Previdência, tema do qual se ocupava na equipe de transição de
governo, ele declarou: "A reforma está sendo propositalmente escondida,
para evitar tiroteio desnecessário antes. Mas ela está bem avançada…"
Nesse ponto, o orador emendou, do nada, uma teoria que acomoda
"comunistas" nos locais mais insuspeitados: "A gente não chegou
nessa situação porque os comunistas são pobres. Os comunistas estão no topo do
país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos
jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos
monopólios…"
Abraham
Weintraub prosseguiu: "Os monopolistas apoiaram Lula, estavam dando
dinheiro para o Haddad. A gente não conseguiu ter um apoio de qualquer grande
instituição durante a campanha. E qual foi a sacada? Desintermediar. Houve uma
comunicação do Jair Bolsonaro e toda a campanha diretamente com o povo através
das mídias sociais." O novo titular da Educação talvez enfrente
dificuldades se precisar submeter alguma proposta à apreciação do Congresso. Na
palestra à plateia conservadora, Weintraub falou em voz alta sobre o desprezo
que o governo Bolsonaro dedica à oligarquia que controla os principais partidos
políticos no Legislativo.
O economista e professor Abraham Weintraub futuro secretário-executivo
da Casa Civil do governo Bolsonaro, explicou durante a primeira Cúpula
Conservadora das Américas a estratégia adotada pela equipe do governo
Bolsonaro para aprovar a reforma da previdência em 2019.
"Acho que agora, capitaneado pelo Onyx Lorenzoni [chefe da Casa
Civil], está se tentando fazer a mesma coisa [a desintermediação] no Congresso.
Os antigos parlamentares, que eram donos de grupos, grupelhos, estão sendo
atravessados, para chegar diretamente à base de apoio, para conversar
republicanamente com a base de congressistas. A Estimativa é que a gente vai
ter 350 [deputados] na base [de apoio ao governo]. Mais do que suficiente para
passar tudo o que for necessário." Depois dessa palestra, Weintraub
tornou-se o número dois da Casa Civil. Deve ter percebido nos primeiros 100
dias de governo que a pretensão de Bolsonaro e Lorenzoni de "atravessar"
os caciques do Legislativo para "conversar republicanamente com a base de
congressistas"resultou em fiasco. No momento, Bolsonaro dedica-se
justamente a receber os velhos tecelões dos partidos.
[comentário: o grande risco do novo nomeado é usar para se livrar do Vélez um outro Araújo.]