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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Teste das urnas: o que o ministro Alexandre quis dizer? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

"Vaidade de vaidades, diz o Pregador. Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade". Além do Eclesiastes, temos também a fala final do Diabo, personagem de Al Pacino, no filme "O advogado do Diabo": "Vaidade, definitivamente meu pecado favorito".

Alguém com o poder de Alexandre de Moraes acaba se cercando só de bajuladores, pois todos têm medo de fazer críticas duras, de "tocar a real". A própria imprensa tem aplaudido seu abuso de poder, pois mira basicamente em "bolsonaristas". Alexandre se fechou numa bolha.

Quando
, então, o desembargador aposentado Sebastião Coelho, homem de coragem, disse em sua cara - e na cara do Brasil todo - que os ministros do STF eram "as pessoas mais odiadas do país", isso foi uma bomba. E Alexandre parece ter reagido com o fígado mais do que com a cabeça.

Rebatendo o desembargador, que atuava como advogado do réu, Alexandre disse que uma minoria extremista odeia o STF, enquanto a maioria defendia a atuação dos ministros supremos, e deu a seguinte "prova" disso: basta ver o resultado das urnas! [vamos mais no popular: o 'teste das ruas', que são evitadas pelo maligno petista e pelos ministros da Suprema Corte.]

Não vou entrar na questão da transparência desses resultados, se são ou não confiáveis, até porque o tema virou tabu imposto pelo TSE, ou sequer no aspecto do 7 de setembro lulista totalmente às moscas, esvaziado, enquanto Bolsonaro arrastava multidões. 
O que o ministro quis dizer com isso?
 
Ora, Alexandre confessa, como fez seu colega Barroso, que o STF tinha um candidato, um partido preferido? 
O STF, como sabemos, não recebe votos. 
Logo, os votos recebidos por Lula são sinônimo de votos de confiança na atuação do Supremo?
 
Essa confissão é simplesmente bizarra! Os ministros supremos admitem à luz do dia que tinham um candidato, que "derrotaram Bolsonaro". Deixando de lado a insanidade de tal confissão e a consequente cara de paisagem da mídia e dos nossos juristas ou da OAB, cabe perguntar: 
- então os quase 60 milhões de votos que Bolsonaro recebeu foram dos que não confiam no STF? 
Se for o caso, isso está longe de ser uma minoria insignificante, não é mesmo? 
A matemática alexandrina é um tanto esquisita...
 
A democracia brasileira está morta, eis a triste realidade. 
E certamente não é a ampla maioria que aprova essa transformação do STF num partido político. 
Tanto que nem o presidente nem os ministros supremos aceitariam o "teste das ruas", preferindo se proteger atrás do "jornalismo" alinhado ou das urnas eletrônicas.

Na "democracia relativa" do lulismo, só não há espaço mesmo para o povo. Esse tem que aceitar calado essas narrativas estranhas, ou arcar com as consequências que nem marginais perigosos enfrentam. Afinal, Alexandre condenou um manifestante a 17 anos de prisão, enquanto traficantes acabam soltos pelo mesmo STF. 

Está tudo invertido no Brasil hoje...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 


segunda-feira, 16 de março de 2020

Reação aos Canalhavírus - Jorge Serrão

Reação aos Canalhavírus


O coração leviano trai quem não cuida dele. A regra valeu para Gustavo Bebbiano. Não é à toa que até meu rigoroso cardiologista peruano também vai ao médico – coisa que só faço obrigado por ele. Acontece que a vida e a glória são transitórias. Nem precisava que o velho ditado latino nos ensinasse... Do pó viemos, ao pó retornaremos. E o Eclesiastes ainda nos lembra que “vaidade das vaidades, tudo é vaidade”.


Nestes tempos apocalípticos de pandemia com histeria é recomendável darmos aquele freada de arrumação para reequilibrar a relação entre ação, emoção e razão que dirige o ser humano. Nossa fragilidade é tão real quanto o ciclo natural de nascer, (sobre)viver e morrer. A regrinha básica vale para os que se consideram poderosos ou não. O começo e o fim são democráticos. O problema é que muitos só lembram disto ou constatam a obviedade na hora do juízo final – ou no prenúncio daquele “último suspiro”.

A politicagem profissional prefere não admitir que um dia vira pó. Os parasitas estatais agem deste “jeitinho”. Os oligarcas (acima ou abaixo da nossa zelite) jogam no mesmo time. Sem perceber – ou fingindo não constatar - igualam-se à massa ignara na hora das crises. Embarcam na histeria coletiva, a partir de uma hedionda empáfia egoísta. Eis o momento mágico em que o ouro tem a mesma cotação da merda. As coisas e as pessoas se nivelam por baixo. A corrupção de valores festeja o enterro vivo dos idiotas. Sic transit gloria mundi...

O sofisticado Capimunismo chinês pariu o coronavírus e a crise dele decorrente. A economia mundial sofre uma violenta sacudida. Bolsas sobem, bolsas descem, rentistas ganham e perdem. O cassino econômico do Al Capone não para. Os já fragilizados europeus sentiram o baque. Os EUA ensaiam uma reação forte, com injeção pesada de grana. O Brasil entrou na paranóia, porém pode faturar ainda mais alto na produção alimentar. No final das contas, pode haver mais falidos que falecidos pela gripe fortíssima, com febre alta, e que detona quem perde a imunidade...

Muita coisa vai mudar. A China já propagandeia que retomou o controle da pandamia, depois que lucrou com a crise providencial. Os comunistas na política, mas ultracapitalistas na economia, foram pragmáticos, espertos e oportunistas. Tudo previsível. O negócio agora é aguardar qual será a reação dos capimunistas russos... A tendência é que o pós-COVID-19 produza, no curto prazo, muita depressão nos jovens e nos idosos. Este é o perigo real, objetivo e concreto, no mundo todo.

Conselho no meio dessa crise: reagir positivamente, com sabedoria, realismo e bom senso, sem embarcar em paranóias e histerias. Dica boa também vem da China, desde os tempos medievais. O I Ching sempre ensinou que crise significa perigo e oportunidade. Por isso que Sun Tzu (não sei se morreu de alguma gripe), ensinava, por volta de 500 antes de Cristo: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”.

Tem muito FDP se aproveitando e faturando com a Crise do Coronavírus... Por isso, só temos o dever moral e estratégico de combater os Canalhavírus! Esta é a doença mais grave do mundo e, especialmente, do Brasil. No mais, apesar das dificuldades, não podemos cair em depressão. O entusiasmo é a kriptonita contra os canalhas.

Vamos seguir na luta, no plano real e no virtual... Nos bastidores, na rua e na Internet... Democracia, Liberdade e Responsabilidade!  Coragem... Porque quem tem medo não merece viver...

No mais: Audi, Vide, Tace, si vis vivere in pace.

Fala sério...
Globonews anuncia seis horas de coronavírus, a partir das 18 horas, para tentar conter a audiência natural com a estreia da CNN Brasil...
A Rede Globo, com Fantástico, também fará a mesma coisa...


Melhor tomar cuidado para não tomarem um tombo de audiência – a exemplo do que ocorreu quinta-feira passada, no lançamento do documentário sobre Mariele..

Transcrito do Alerta Total – 

Jorge Serrão - Editor do Alerta Total




quarta-feira, 13 de maio de 2015

A campanha de Fachin mostra que é ótimo ser ministro do Supremo



O advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma para o Supremo Tribunal Federal, tem o posto em alta conta. Para alcançar a honra de integrar a mais alta corte do país, recebendo muito menos do que profissionais tão bem sucedidos quanto ele, investiu com força em imagem. Para apoiar sua candidatura, contratou Renato Rojas da Cruz, que foi, pela empresa Pepper, o chefe dos marqueteiros digitais na campanha de Dilma (segundo seu currículo, comandava a equipe de criação de redes sociais). Rojas montou um site de apoio a Fachin, www.fachincom.br. Sua participação era desconhecida, mas o segredo foi escancarado pelo blog https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/, do jornalista Cláudio Tognolli. A campanha “Fachin sim” utiliza também o Facebook, o twitter e o You Tube. Preço? Não se conhece o número exato; mas Rojas já trabalhou na cúpula de uma campanha presidencial e é professor da Universidade de Brasília. É bem cotado no mercado de campanhas.

 Sabatina de Luiz Edson Fachin no Senado – Para tirar os companheiros da cadeia

Fachin preferiu não deixar nenhuma brecha em sua luta para chegar ao Supremo. Já que havia contratado um marqueteiro de Dilma, e ainda dispunha de verba, fez questão de se abrir também aos tucanos. E contratou a Medialogue, que trabalhou na campanha de Aécio Neves, para fazer o monitoramento do que é divulgado nas redes sociais. O preço também não foi divulgado, mas uma empresa que já trabalhou em campanha presidencial coloca o currículo na conta.

Por que Joaquim Barbosa se aposentou, afinal? O cargo deve ser ótimo!

Sabedoria clássica
Não, não pensem mal do candidato Fachin. Pode estar manifestando uma característica demasiadamente humana. Como advogado de renome, ele é certamente douto em Latim e sabe que vanitas vanitatum et omnia vanitas. Está no Eclesiastes, um dos mais belos livros da Bíblia: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”.
Segue a frase: “que proveito tem o homem de todo o seu trabalho (…)? ”

Jogo de sombras
Nárcio Rodrigues, ligadíssimo a Aécio Neves, ex-presidente do PSDB mineiro, agora integra o governo de Fernando Pimentel, do PT, adversário de Aécio. Álvaro Dias e Beto Richa, líderes tucanos, apoiam a indicação de Luiz Eduardo Fachin para o STF. Tasso Jereissati, Aécio Neves, José Serra, que deveriam estar no Senado votando pela oposição, preferiram ir a Nova York assistir à milésima primeira homenagem a Fernando Henrique Cardoso nos últimos anos.

Não há dúvida: o PSDB é a melhor oposição que o PT jamais poderia conseguir.
Guerra contra Moro
Atenção: o comando das atividades virtuais do PT determinou ataques maciços contra o juiz Sérgio Moro, que julga os processos da Operação Lava-Jato. É acusado de cometer excessos; ressuscitaram procedimentos abertos contra ele há uns 15 anos (e nos quais foi inocentado faz muito tempo); é alvejado até por ter recebido a estatueta Faz Diferença do Grupo Globo, que a entregou a diversas personalidades cujo trabalho faz diferença.

Exemplos do nível dos ataques: “Como atestar credibilidade a um juiz que recebe presentinhos do capo Marinho e seus asseclas?”; e “O novo garoto-propaganda da Globo a serviço não da Justiça, mas de um bando de jagunços da direita brasileira sob a chancela da mídia”.

A decisão de atacar o juiz provavelmente se deve à conclusão de que há forte possibilidade de que réus petistas envolvidos no Petrolão sejam condenados, e é preciso transformá-los urgentemente em “guerreiros do povo brasileiro”.

Dias movimentados
Quem acha que o debate sobre o novo ministro do Supremo foi travado em baixíssimo nível que se prepare: agora é que as coisas começam a pegar fogo. De um lado, houve a operação policial, autorizada pela Justiça, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e se multiplicam notícias sobre a possibilidade de envolvimento do presidente do Senado, Renan Calheiros, na Operação Lava-Jato; de outro, há as CPIs sobre fundos de pensão estatais e o BNDES

O senador Reguffe, do PDT de Brasília, pediu cópias de todos os contratos do BNDES, desde 2003, com empreiteiras que trabalham no Exterior. E há fundos de pensão com problemas: o Postalis, do Correio, cobra um pesado extra dos associados para cobrir um grande buraco; o Serpros, do pessoal de processamento de dados, está há dias sob intervenção do Serviço Nacional de Previdência Complementar.

É muito dinheiro, muita gente prejudicada, muita coisa a explicar. É dinamite.

Fonte: Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/