Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Michigan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Michigan. Mostrar todas as postagens

domingo, 24 de janeiro de 2016

Nas franjas da sociedade

O mesmo chumbo que paralisa motores de automóveis não poupa nenhum órgão humano quando ingerido ou inalado

Esta semana a Oxfam divulgou o seu relatório global sobre desigualdade, demonstrando, entre outros, que 62 bilionários top detêm bens equivalentes aos da metade da população mundial mais pobre (3,6 bilhões de pessoas). Também esta semana, no seu habitual refúgio montagnard de Davos na Suíça, o atual elenco de cabeças tidas como pensantes marcaram presença na reunião anual para equacionar as grandes questões mundiais.

Poderiam ter ficado em casa e se debruçado a sério sobre o relatório da Oxfam, começando pelo item 1. Boa parte das grandes questões mundiais do século 21, senão a raiz de todas elas, está lá. Que o diga a cidade de Flint — caso exemplar, evitável e por isso tão aterrador. Flint, no estado americano de Michigan, só não permanecia no seu justo anonimato porque dele fora arrancada em 1989 pelo cineasta Michael Moore através do ácido documentário “Roger e eu”, sobre o declínio da cidade. De lá para cá, as coisas só pioraram.

Apelidada de “Murdertown” (algo como Assassinópolis), essa cidade situada a uma centena de quilômetros de Detroit há muito esqueceu os tempos em que reluzentes Buicks saíam das fábricas da GM e empregavam 75 mil trabalhadores. A Flint daqueles tempos dourados tinha 200 mil habitantes e uma das rendas per capita mais altas do país. Como se sabe, tudo isso virou pó com a automação, a desindustrialização, a migração da GM para outras paragens, a mudança do cenário econômico nacional e mundial. A cidade dependente de uma única indústria e de uma única empresa perdeu metade de sua gente e 93% de seus postos de trabalho.

Restaram cem mil almas formando uma população completamente atípica nos Estados Unidos: 57% são negros, 41,5% vivem abaixo da linha de pobreza, contra os 17% e 15% da média nacional americana. As milhares de casas abandonadas na cidade fantasma se transformaram em abrigos de criminosos. Uma das poucas distrações locais, por não custar nada, passou a ser os frequentes incêndios que fazem de cada imóvel vazio um espetáculo à la “E o vento levou”.

Sem recursos, Flint e outras cidades de perfil semelhante passaram então a receber tratamento de choque para evitar a falência. Segundo uma lei de gerenciamento emergencial aprovada no estado de Michigan em 2012, o governador começou a nomear administradores de sua escolha para assumir a gestão das contas públicas em municípios em crise. Com poder maior do que o dos representantes eleitos pelos munícipes.  O receituário do administrador para equilibrar as finanças de Flint foi ortodoxo: cobrou taxas mais altas para saneamento básico e iluminação de rua de uma população já depauperada; encolheu o funcionalismo público numa cidade de poucos empregos e enxugou o efetivo policial do município conhecido como “Assassinópolis”.

Em abril de 2014, adotou medida de corte mais radical, alterando a fonte de captação de água do município. Optou por desconectar Flint do sistema hídrico de Detroit, abençoada por um dos maiores conjuntos de lagos de água doce do planeta, e passou a suprir a cidade com recursos vindos do Rio Flint. Apesar de esse rio ser, há muitas décadas, notório depósito de lixo industrial das fábricas locais. Festejou, assim, uma economia anual de US$ 1 milhão a US$ 2 milhões.

Dois meses depois da nova água amarelada começar a jorrar das torneiras e ser usada na comida, no banho, na bebida diária dos moradores da cidade, a pediatra Mona Hanna-Attisha, do hospital infantil municipal, soou o alarme. Ela notara uma incidência anormal de sintomas ligados a metal no organismo de seus jovens pacientes.  As autoridades não quiseram ouvi-la, mas ela persistiu. Mandou analisar a água e constatou a temida contaminação por chumbo. Embora apresentasse as provas, não lhe deram ouvidos. Pior, foi repreendida por espalhar o pânico sem necessidade. O fato de o pastor da paróquia local ter parado de usar a água malcheirosa para batismos tampouco alterou o quadro.

A General Motors, que mantém em Flint uma fábrica de motores, achou prudente agir por conta própria para salvaguardar a saúde de seus equipamentos. Seis meses depois de operar com a nova fonte hídrica implantada na cidade, a empresa comunicou às autoridades que seus motores estavam sendo danificados pelas propriedades corrosivas da água do rio e, por isso, reverteriam ao sistema anterior. E assim fizeram.
Sorte das máquinas.

O mesmo chumbo que paralisa motores de automóveis não poupa nenhum órgão humano quando ingerido ou inalado cérebro, sistema nervoso, coração, rins, ossos, DNA, tudo. Ademais, é irreversível. E nada há a fazer: ferver a água apenas concentra ainda mais o nível do metal. E como o governador Rick Snyder levou 18 meses para admitir a calamidade, ela agravou-se de forma exponencial, pois quanto mais tempo a água contaminada corrói encanamentos e tubulações, mais tóxica ela se torna. “Tragédias não são apenas furacões e tornados, coisas assim. O que temos aqui em Flint é uma tragédia. Todas as crianças daqui estiveram sob o risco de lesão cerebral irreparável”, desabafou a pediatra em entrevista à CNN.

Foi somente depois que os moradores da cidade se mobilizaram e atraíram especialistas ambientais, ativistas em saúde pública e a grande imprensa dos Estados Unidos que o caso adquiriu a dimensão da catástrofe e está sendo monitorado de todos os ângulos. Simplificações e generalizações costumam ser expedientes fáceis e baratos. Tomar Flint como exemplo de qualquer coisa também é uma simplificação. Mas pior seria não falar em Flint. Até porque tem uma mini-Flint gangrenando em quase toda grande cidade brasileira — seja por ações equivocadas do poder público, seja, sobretudo, por séculos de abandono dos marginalizados a vidas entre esgotos.

Por: Dorrit Harazim,  jornalista - O Globo

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Jeb Bush diz que casamento gay não deve ser direito constitucional

A declaração do republicano traz à tona o primeiro embate entre as agendas de Bush e Hillary Clinton, favoritos a disputar a Casa Branca em 2016

Provável candidato republicano à Casa Branca, o ex-governador da Flórida Jeb Bush declarou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não deve ser um direito garantido pela Constituição dos Estados Unidos. Em entrevista à rede de televisão católica The Brody File, no sábado, Bush disse que as empresas deveriam ter o direito de se recusar a prestar serviços a casais homossexuais por motivos religiosos. "Um grande país, um país tolerante, deveria ser capaz de apontar a diferença entre discriminar alguém por causa de sua orientação sexual e não forçar alguém a participar de um casamento que ela acredita ir contra seus valores morais".  

O político ressaltou que aquela representava apenas a sua opinião sobre o tema. "Não sou advogado", acrescentou. A declaração representa uma divergência significativa entre as agendas de Bush e Hillary Clinton, favoritos nas primárias dos partidos Republicano e Democrata, respectivamente, em uma eventual corrida presidencial em 2016.

Hillary iniciou campanha no Estado americano do Iowa, em abril, e mudou de opinião sobre o casamento gay em apenas 72 horas. Os assessores da candidata afirmaram, na ocasião, que ela defenderá a validade da união de pessoas do mesmo sexo no âmbito federal, contrariando declarações recentes em que havia respaldado a independência de cada Estado para legislar sobre o assunto. A declaração foi feita dias antes de a Suprema Corte americana começar a debater a constitucionalidade do matrimônio entre homossexuais.

O julgamento trata de vetos impostos pelos governos estaduais de Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee. Trinta e seis dos cinquenta Estados americanos permitem o casamento gay. Caso a Suprema Corte decida pela legalidade do matrimônio entre homossexuais, a medida poderá ser aprovada em todo o país. Para Bush, isso não mudará a sua opinião sobre o tema. "Independentemente do veredicto da Suprema Corte e do que eles decidirem, temos que nos manter como fiéis apoiadores do casamento tradicional", afirmou o republicano. Segundo o jornal The Guardian, Bush disse ter formado as suas opiniões com base no catolicismo, e não em fundamentos jurídicos. "Se nós queremos criar o direito de ascender na sociedade, precisamos restaurar o comprometimento em uma vida com uma família amorosa, com uma mãe e um pai cuidando de suas crianças com todo o coração e alma", declarou. Bush também ironizou o atual posicionamento de Hillary, sugerindo que ela declarou apoio ao casamento gay por interesses políticos. "É interessante que, há quatro anos, Barack Obama e Hillary Clinton tinham a mesma opinião que eu acabei de expressar. São milhares de anos de cultura e história que estão sendo transformados em uma velocidade extremamente rápida. É difícil compreender por que isso está acontecendo dessa forma".

Iraque - Jeb Bush, de 61 anos, é filho e irmão de ex-presidentes americanos - George H. W. Bush e George W. Bush. O republicano tem enfrentado pressões nas últimas semanas para distanciar a sua imagem da herança política deixada pelo irmão, fortemente ligada à guerra no Iraque. Pesquisas mostram que a maioria do público já julga que o conflito que matou quase 4.500 americanos e mais de 30.000 iraquianos não deveria ter sido travado. Com o tempo, também os políticos republicanos passaram a considerar que a ausência de armas de destruição em massa prejudicou a incondicional defesa de George W. Bush para justificar a guerra.

Os problemas de Jeb começaram no início da semana passada, quando afirmou à Fox News que também teria iniciado a guerra que seu irmão começou, mesmo sabendo o que se sabe hoje. Ao longo dos dias, ele foi forçado a corrigir sua declaração, dizendo que entendeu a pergunta errado e que não teria iniciado a guerra tendo as informações que tem hoje. Chegando a um jantar republicano em Iowa na noite de sábado, ele admitiu: "respondi errado, todos cometemos erros".

Da redação

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Desarmamento: Povo desarmado é povo submisso! Facilmente se torna povo submetido

Consta da História que, durante os preparativos japoneses para a guerra foi sugerido realizar uma invasão da costa oeste dos EUA antes que este pudesse mobilizar seus recursos, ao que se opôs o Almirante Yamamoto:"Seria impossível!" disse ele. "Encontraríamos um homem com um fuzil atrás de cada árvore"
 
Yamamoto conhecia bem a alma dos Estados Unidos (pelo menos a daquele tempo). Sabia que lá os caçadores e os atiradores esportivos formavam o maior exército mobilizável do mundo, que cada família costumava ter mais de uma arma pronta em casa, um verdadeiro exército sempre de armas na mão, sem necessidades logísticas, conhecedor como ninguém do terreno e que tornaria impossível a ocupação inimiga do território pátrio. 


Ainda hoje, mais de 750 mil caçam nos bosques da Pensilvânia e mais de 700 mil em Michigan. Só no estado de Wisconsin, seus 600 mil caçadores formam o oitavo maior exército do mundo, com mais homens em armas do que tem o Irã. Mais do que o tem a França e a Alemanha somados. Somando mais 250 mil caçadores em West Virginia se percebe que os caçadores desses quatro estados, por si só, já constituem o maior exército do mundo. E acrescentando os atiradores e caçadores de outros estados serão muitos milhões!


Claro, aconteça o que acontecer, os EUA estarão a salvo de uma invasão estrangeira enquanto contarem com esse "exército territorial". Por isso que todos os inimigos, estrangeiros e nacionais, querem vê-los desarmados. O controle de armas é estratégia fundamental para quem quer dominá-los


De forma geral, os caçadores possuem as mesmas habilidades individuais necessárias aos soldados, possuem eficácia de tiro, estratégias de combate, sobrevivência e camuflagem. Mesmo sem contar com as Forças Armadas são um invencível exército no solo de sua pátria, que garante também os direitos dos cidadãos, a liberdade, a ordem pública e até a democracia, mas principalmente a soberania territorial, contra qualquer aventura de invasão:  - Qual o exército invasor por grande que seja gostaria de enfrentar 50, 60 ou 90 milhões de cidadãos armados?

 
Para o bem da sua liberdade, os americanos nunca permitirão o controle ou o confisco de suas armas. Aqui no nosso País quando os cidadãos de bem se desarmaram, as taxas de homicídios cresceram e as organizações criminosas estenderam seus tentáculos e se instalaram no aparelho do Estado. Submetemo-nos ingenuamente, caindo na balela da propaganda oficial de redução da criminalidade, ao devolvermos até nossas armas de autodefesa num desarmamento imposto pelo Governo, aumentando ainda a nossa vulnerabilidade. Claro, com um pouquinho de senso comum usaríamos também a caça e o tiro ao alvo como implemento à segurança nacional. Poderíamos contar com milhares de garimpeiros na Amazônia se não os desarmássemos e se não os hostilizássemos. Ainda bem que no Rio Grande do Sul ainda existem caçadores.

 
Tal como nos EUA, nossos inimigos querem nos desarmar. Só que aqui eles estão conseguindo, e nos convencendo a não resistir para preservar a vida. Quanto a segurança pública, a simples expectativa de reação armada já evitaria grande parte dos crimes comuns.

 
Povo desarmado é povo submisso! Facilmente se torna povo submetido.


Fonte:  Gelio Fregapani - A Verdade Sufocada