Os ministros da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e do Esporte, Leandro
Cruz, reagiram nesta terça-feira, 12, ao anúncio do governo federal de
que o caixa do Ministério Extraordinário da Segurança Pública será
reforçado com R$ 800 milhões advindos dos concursos de loteria. Hoje,
parte da receita é destinada aos dois ministérios. “O porcentual, que era de 3%, poderá cair a partir de
2019 para 1% e 0,5%, dependendo do caso. Trata-se de uma decisão
equivocada, que não tem o apoio do Ministério da Cultura”, escreveu
Leitão. [ministérios desnecessários, inúteis e que poderiam ser extintos, no caso da Cultura,pela fusão com o Ministério da Educação, voltando ao MEC e transformando o de esportes em uma secretaria do MEC.
É por aceitar que ministros façam críticas públicas a suas decisões que o presidente Temer tem que pedir permissão até para promulgar uma tabela de fretes.] caminhoneiros.] Mais tarde, foi a vez de Cruz: “É muito claro para todos nós que
essa (Segurança Pública) é uma área que merece receber investimentos
urgentes e prioritários do poder público. Mas nunca em detrimento do
esporte, sabidamente um forte aliado no combate à violência”.
Entidades ligadas aos esportes se mobilizaram nesta terça e
informaram que se articularão para tentar barrar a aprovação da medida
provisória, que foi assinada na segunda-feira, 11, pelo presidente
Michel Temer e precisa passar pelo Congresso Nacional.
A diretora executiva da Atletas pelo Brasil, Louise Bezerra, estima
que, com a MP, cerca de R$ 300 milhões deixarão de entrar no orçamento
do Ministério do Esporte e outros R$ 200 milhões não serão mais
repassados para as Secretarias Estaduais de Esporte, que, por sua vez,
faz as transferências para as prefeituras. “São esses recursos que
garantem o acesso ao esporte no País e às políticas públicas”, diz.
Além disso, o Comitê Olímpico do Brasil deve perder R$ 11
milhões e o Comitê Paralímpico Brasileiro, R$ 6,3 milhões. Já o Comitê
Brasileiro de Clubes, que atua na formação de atletas, perderá todo o
orçamento: R$ 60 milhões. O Palácio do Planalto não se manifestou.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário