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sábado, 9 de fevereiro de 2019

PM mata 14 em operação em morro no centro do Rio de Janeiro

Polícia afirma que houve troca de tiros e que agiu após confrontos; moradores dizem que vítimas estavam rendidas 

​Ao menos 14 pessoas foram mortas nesta sexta-feira (8) durante operação da Polícia Militar no morro do Fallet, centro do Rio de Janeiro. A corporação afirma que todos foram mortos em confronto com a polícia. Já moradores da favela dizem que os policiais atiraram mesmo após a rendição dos suspeitos. 

A ação, que também ocorreu nas favelas da Coroa e Fogueteiro, reuniu o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque e começou, segundo a PM, após uma série de confrontos entre as quadrilhas das três comunidades.
A secretaria municipal de saúde informou que 16 suspeitos deram entrada no hospital municipal Souza Aguiar. Segundo a pasta, 13 chegaram sem vida ao local, um morreu no CTI e outros dois permanecem na unidade. No morro dos Prazeres, mais dois suspeitos foram encontrados feridos e levados para a mesma unidade.

Ainda segundo a PM, os policiais do choque foram recebidos a tiros no Fallet, dando início ao confronto —não há informação de agentes feridos ou  mortos. Moradores dizem que os policiais atiraram mesmo após a rendição dos suspeitos.  A reportagem conversou com uma mulher que teve um filho e um sobrinho mortos na operação e que não quis se identificar, com medo de represálias. "Já entraram três vezes na minha casa", disse.  De acordo com ela, os suspeitos foram rendidos dentro de uma casa e mortos em seguida. [neste LINK  está a confirmação em MATÉRIA INSUSPEITA de que a senhora em questão reconhece que os aqui chamados suspeitos, eram bandidos.] "Eles perguntaram: 'não vão fazer nada?'. E os policiais disseram que não", afirmou.

Segundo o relato, quando seu filho virou-se de costas para negociar a rendição com o grupo, agentes atiraram contra ele. "Deram um tiro nas costas. Furaram meu filho todo. Não me respeitaram em momento nenhum, nem meu filho de oito anos. Falou na cara do meu filho: 'bem feito'." [rendição se negocia em guerra; suspeito, ou bandido, abordado, não tem nada a negociar, a regra é: mãos para cima, de joelhos ou cara no muro e OBEDECER (bem diferente de negociar) as ordens da polícia.] 
 
A mãe também disse que os policiais tentaram impedir que familiares entrassem na casa para identificar os corpos. [preservar o local é DEVER da Polícia; a entrada de terceiros na cena do confronto, impede a preservação do local.]  Outro familiar de dois jovens mortos afirmou à Folha que ambos eram envolvidos com o crime. Contudo, declarou que os dois se entregaram e foram mortos pelos policiais ainda assim.  O advogado Rodrigo Mondego, membro da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, esteve na região e ouviu de outros moradores relatos semelhantes.

De acordo com Mondego, foram escutados gritos de rendição na casa onde os suspeitos se refugiaram e, antes do ocorrido, um drone de monitoramento sobrevoou a comunidade.  Além disso, segundo ele, teria havido confronto com balas de borracha e gás lacrimogêneo entre os moradores e os policiais. Isso porque, após as mortes, um grupo de pessoas da comunidade tentou garantir que outros cinco suspeitos, escondidos em outra casa, pudessem se entregar em segurança à polícia. [considerando que balas de borracha e gás são utilizados pela polícia, fica fácil - desde que analise a cena com isenção - deduzir que a polícia só usou armamaneto letal quando foi compelida.]
 
Mondego também afirmou que os agentes levaram os suspeitos para o hospital já sem vida. E, entre os mortos, estavam dois adolescentes de cerca de 15 anos, de acordo com o advogado.  Questionada sobre a idade dos suspeitos, a Polícia Civil afirmou que as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios e que foi realizada perícia no local. Segundo a corporação, os policiais militares envolvidos no confronto estão sendo ouvidos e suas armas foram recolhidas e encaminhadas à perícia.  A corporação também informou que foram apreendidos três fuzis, 12 pistolas, carregadores e granadas.

(...)

Ela critica o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro, que descreve como legítima defesa mortes ocorridas em cenários de “escusável medo, surpresa, ou violenta emoção”  "Está muito claro que a licença para matar entrou em vigor, mesmo antes da legislação do Moro. Simbolicamente isso já está sendo operado na prática. O policial se sente encorajado a matar, com a justificativa de ter sido tomado por violenta emoção”, afirma Lemgruber.

MATÉRIA COMPLETA na Folha de S. Paulo




 

PRIMEIRA PENCA DE CADÁVERES DE MORO 2: Ação da PM no RJ mata 14; familiares dizem que, já rendidos, traficantes foram executados

PRIMEIRA PENCA DE CADÁVERES DE MORO 4: Se aconteceu como disse a Polícia, ninguém vai saber; corpos foram removidos sem a perícia  

[no governo Bolsonaro e com o pacote anticrime do Moro (que precisa sofrer alguns ajustes, está muito brando) os suspeitos vão reaprender e os mais novos aprender uma antiga regra:

- suspeito viu viatura policial, mãos para cima, sendo conveniente de cara para parede e pronto para o 'BACU'.

Reaprendendo esta regra não vão se sentir tentados a reagir e não ocorrerão mortes.

A Polícia tem que poder exercer o DIREITO SOBERANO e também o DEVER de revistar suspeitos.

Perder tempo com perícia para que? todos sabem que houve reação à ação policial e os policiais no estrito cumprimento do dever legal, tiveram que usar os meios necessários.]

Ao menos 14 pessoas foram mortas nesta sexta-feira (8) durante operação da Polícia Militar no morro do Fallet, centro do Rio de Janeiro. [quando toda semana este número for multiplicado por 10, as coisas começam a melhorar para as pessoas de BEM do Rio e do Brasil.] A corporação afirma que todos foram mortos em confronto com a polícia. Já moradores da favela dizem que os policiais atiraram mesmo após a rendição dos suspeitos. [os moradores da favela, parte da imprensa e a turma dos DIREITOS DOS MANOS sempre dizem que os mortos eram pessoas de bem, para eles os bandidos são sempre os policiais. A ação, que também ocorreu nas favelas da Coroa e Fogueteiro, reuniu o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque e começou, segundo a PM, após uma série de confrontos entre as quadrilhas das três comunidades. A secretaria municipal de saúde informou que 16 suspeitos deram entrada no hospital municipal Souza Aguiar. 

Segundo a pasta, 13 chegaram sem vida ao local, um morreu no CTI e outros dois permanecem na unidade. No morro dos Prazeres, mais dois suspeitos foram encontrados feridos e levados para a mesma unidade. Ainda segundo a PM, os policiais do choque foram recebidos a tiros no Fallet, dando início ao confronto —não há informação de agentes feridos ou mortos. [felizmente desta vez os policiais conseguiram cumprir um DEVER e exercer um DIREITO: chegar em csa são e salvo, é DEVER e DIREITO de todo policial.] Moradores dizem que os policiais atiraram mesmo após a rendição dos suspeitos. A reportagem conversou com uma mulher que teve um filho e um sobrinho mortos [qual a credibilidade dessa mulher? - mãe e tia de bandido.] na operação e que não quis se identificar, com medo de represálias. “Já entraram três vezes na minha casa”, disse. De acordo com ela, os suspeitos foram rendidos dentro de uma casa e mortos em seguida. “Eles perguntaram: ‘não vão fazer nada?’. E os policiais disseram que não”, afirmou. Segundo o relato, quando seu filho virou-se de costas para negociar a rendição com o grupo, agentes atiraram contra ele. “Deram um tiro nas costas. Furaram meu filho todo. Não me respeitaram em momento nenhum, nem meu filho de oito anos. Falou na cara do meu filho: ‘bem feito’. 
[as tais testemunhas nunca se identificam: 
sabem que não podem provar o que  afirmam - é impossível provar o que não ocorreu e sempre afirmam o não fato - e estão cientes de que parte da imprensa está sempre pronta a maximizar o que dizem e a narrar como FATO.] 


Blog do Reinaldo Azevedo

LEIA TAMBÉM: PRIMEIRA PENCA DE CADÁVERES DE MORO 5: duas alterações que ministro quer no Código Penal tornarão rotina entregar carne preta


 

terça-feira, 15 de maio de 2018

A tragédia por trás dos casarões do tráfico



As condições encontradas nesses imóveis não são muito diferentes das que levaram ao incêndio e à queda do Edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo

Sabe-se que o Rio, assim como todo o país, tem um déficit habitacional crônico — somente na Região Metropolitana, a demanda é de pelo menos 340 mil moradias, segundo dados da Pnad/IBGE compilados pela Fundação João Pinheiro. Da mesma forma, é de conhecimento público o estrago causado pelo tráfico de drogas no cotidiano da população fluminense. Por isso, não é difícil imaginar o tamanho da dor de cabeça quando esses dois problemas se juntam. É o que está acontecendo no coração da cidade, à vista de todos. Como mostrou reportagem do GLOBO, publicada no último domingo, quadrilhas de traficantes já controlam casarões ocupados por famílias de sem-teto no Centro. Essas construções passaram a funcionar como bocas de fumo, numa espécie de posto avançado dos negócios do tráfico, o chamado “estica”.

Diferentemente do que ocorre nas comunidades, onde bandidos se aproveitam da topografia local e do espaço público desordenado para estabelecerem suas trincheiras, essas bocas estão instaladas na cidade formal. Uma das ocupações, por exemplo, está localizada numa vila da Rua do Lavradio, na Lapa, região boêmia da cidade, frequentada por uma multidão todas as noites. Bem ao lado do Tribunal Regional do Trabalho, perto de duas delegacias policiais e de um Ciep. Os “proprietários”, no caso, são traficantes do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, que escolhem quem pode ou não morar nos imóveis invadidos. Policiais da 5ª DP (Mem de Sá) alegam que já prenderam mais de 80 pessoas no local e recorrem à surrada expressão de “enxugar gelo” para traduzir as ações de repressão ao comércio de drogas.

Essas bocas, em que maconha, cocaína e crack são vendidos livremente, às vezes com fila na porta, se estendem ao entorno de cartões-postais do Rio. Um dos casarões do tráfico fica na Rua Joaquim Silva, próximo aos Arcos da Lapa e à escadaria Selarón. Controlada por traficantes do Morro do Fallet, em Santa Teresa, a venda de drogas no local envolve adolescentes e até crianças.  Em geral, as condições encontradas nesses casarões não são muito diferentes daquelas que levaram ao incêndio e à queda do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro de São Paulo, na madrugada de 1º de maio. Moradores explorados por ditos movimentos de sem-teto, prédios com fiações expostas, feitas ilegalmente, acúmulo de material inflamável como madeira e papelão, inexistência de sistemas contra incêndio etc. E com um agravante: agora tendo o tráfico como síndico.

Na verdade, essa situação é fruto da desordem, do desleixo com as ocupações, da vista grossa para “movimentos sociais" que exploram a miséria e da ineficácia do poder público na busca de soluções para a falta de moradia. Projetos como a demolição do antigo prédio do IBGE, na Mangueira — que chegou a ser ocupado pelo tráfico — para dar lugar a um conjunto habitacional estão no caminho certo, mas ainda são incipientes. Era preciso transformar a exceção em regra.

Editorial - O Globo