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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Flamengo trata Brasileiro como lucro em maratona de novembro e ainda tenta ajustes na tabela

Comissão técnica vai preservar atletas de olho em final da Libertadores

A vitória sobre o Atlético-MG deu sobrevida ao Flamengo, mas o clube trata o Brasileiro como lucro na maratona que se inicia antes da final da Libertadores.


 
O jogo de hoje, 16h, contra o Athletico-PR, em Curitiba, válido pela quarta rodada, fará com que o time de Renato Gaúcho dispute uma decisão a cada três dias, frase repetida pelo técnico nas últimas semanas.

Ainda nesta semana, na sexta-feira, contra o Atlético-GO, no Maracanã, o rubro-negro irá igualar o número de jogos do Atlético-MG. Serão sete partidas em 19 dias.

Por isso, a orientação da comissão técnica, em acordo com a diretoria, é só utilizar quem estiver 100% fisicamente e sem riscos de lesão. O zagueiro David Luiz, totalmente recuperado, por exemplo, será preservado da partida em grama sintética.

O Flamengo ainda não terá Arrascaeta, que tem a recuperação no prazo de 30 dias ainda dentro do previsto. Seguem fora também Diego e Filipe Luís, os últimos a se lesionarem, e Rodrigo Caio, com dores no joelho. Sem falar em Pedro, em recuperação da cirurgia no joelho, e Bruno Henrique, suspenso.

Nas contas da diretoria, a briga pelo título com o Atlético-MG acontece em posição desfavorável pela remarcação de jogos em função de convocações. Por isso, o clube tenta ainda adiar o fim do Brasileiro. E quer remanejar o jogo do dia 24 contra o Sport, pois já terá que viajar para o Uruguai para a final. [milhares de torcedores do MENGÃO aproveitam para exigir do 'técnico' Tite, aglomerador de pernas de pau no timinho que desavisados chamam de seleção brasileira, para NÃO CONVOCAR jogadores do Flamengo para o seu timinho. As convocações dos craques do CLUBE DE REGATAS FLAMENGO - MENGÃO, prejudicam os nossos jogadores = convivência com perna de pau contamina. Portanto, senhor Tite convoque jogadores dos times que são adversários do MENGÃO.]

Até o fim do campeonato por pontos corridos, serão 13 partidas do clube carioca em 39 dias, contra 12 dos mineiros em 45 dias. A ideia do Flamengo é que o Brasileiro vá até o dia 15 para equilibrar tudo em 14 datas.  "Temos insistido com a CBF para mudarem o final do Brasileiro para o dia 15/12, pois teríamos 14 datas.Acabando dia 9,favorece ao Atlético MG, porque o Flamengo terá feito 13 jogos em 39 dias e o Atlético 12 em 45 dias", argumentou o vice de relações externas Luiz Eduardo Baptista.

Confira a sequência:

2/11 – Athletico-PR (fora)

5/11 – Atletico-GO (casa)

8/11 – Chapecoense (fora)

11/11 – Bahia (casa)

14/11 – São Paulo (fora)

17/11 – Corinthians (casa)

20/11 – Internacional (fora)

24/11 Sport

27/11 – Palmeiras (neutro)

Diogo Dantas, colunista - O Globo - Esportes


segunda-feira, 7 de junho de 2021

Futebol - A solução da CBF caso os jogadores da seleção se recusem a participar da Copa América - Lauro Jardim

O Globo 

O Palácio do Planalto acompanha com lupa a crise na CBF. [mais uma crise  criada pela mídia;
qualquer idiota sabe que não tem sentido impedir que a seleção jogue pela Copa América em um estádio que no dia anterior ocorreu um jogo pelo Brasileirão e tem outro marcado pela Copa Brasil para dois dias após.
Jogador que não quiser participar, é só sair - tem outros querendo o lugar dele (afinal, o timinho que chamam de seleção brasileira não se destaca por possuir Pelés, Garrinchas,Ronaldos  e outros do mesmo naipe = só tem perna de pau e mercenário);  aproveitem a crise e devolvam os jogadores do MENGÃO - os Flamenguistas não querem que eles andem  más companhias, vão findar estragando nossos craques. 
A saída do Tite já implica na promoção do timinho do tite para Time do Renato Gaúcho.]

O governo foi informado pela entidade que Renato Gaúcho substituirá Tite, que seria demitido logo após a partida de terça-feira contra o Paraguai pelas Eliminatórias.

A CBF também tranquilizou o governo em relação a outro problema: a provável recusa dos jogadores da seleção de participarem da Copa América por questões sanitárias.

Rogério Caboclo já decidiu que, se isso acontecer, serão convocados outros atletas e, assim, acha que resolverá o problema.

Diz um ministro com assento no Palácio do Planalto:

Estamos preparados para essa possibilidade de motim.

[atualizando: Já conseguiram afastar Rogério Caboclo por 30 dias  - se realmente ele tiver assediado  a funcionária,  merece  ser afastado por 30 anos. 

E com Rogério ou seu vice, a tendência é que eventual indisciplina de jogadores, seja punida com afastamento sumário dos indisciplinados.]

Lauro Jardim - Coluna em O Globo


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Análise: Ao golear o Grêmio, Flamengo mostra em campo quem joga o melhor futebol do Brasil



 Guito Moreto / Agência O Globo

 Nem é o caso de dizer que o 5 a 0, talvez escandaloso demais, seja o tamanho exato da diferença. O fato é que não é preciso mais nada para provar quem joga melhor não só no Brasil, mas no continente. Aquela sensação de impotência que tantas vezes sentimos ao ver clubes brasileiros diminuídos em choques com  gigantes europeus se reproduz no Brasil.  


É um nível similar de disparidade que este Flamengo tem imposto a seus concorrentes domésticos - o que, óbvio, não significa dizer que este time tenha o padrão dos europeus. Pela frente virá uma dura final  com o River Plate, de prognóstico impossível. Só é possível cravar que, no que  diz respeito a talento, o Flamengo é melhor.                                      Desabafo do Renato, técnico gremista



Enfim, Flamengo e River Plate fazem o jogo que faltou à Libertadores de 1981



[um único comentário: MARAVILHOSA a atuação do MENGÃO, o placar, a desesperança do falastrão Renato Gaúcho, uma vitória que é mais um passo glorioso a anteceder novas vitórias que virão.

Relacionar os pontos, os detalhes nos quais  que o CLUBE DE REGATAS FLAMENGO está  na frente, é o primeiro tomaria tempo.

Queremos registrar apenas que a vitória teria sido ainda mais deliciosa se a vítima tivesse sido aquele tal de Internacional, o tal de Colorado que até na cor da camisa representa o que não presta, representa uma doutrina maldita = os vermelhos = os comunistas.

Simpatizamos com o Grêmio e até que aceitaríamos de bom grado a redução do placar em um ou dois gols e o Grêmio reduzir a diferença com um 'gol de honra'.


Temos uma simpatia pelo Grêmio, nada exagerada, mas futebol é futebol e aproveitamos para lembrar, encerrando com um agradecimento ao Padroeiro do MENGÃO - SÃO JUDAS TADEU - cuja festa ocorre no próximo dia 28, o dia 28 de outubro é também especial por ser o DIA do FLAMENGUISTA.] 


É possível falar de intensidade, inteligência tática,  qualidade técnica farta. Mas este Flamengo  chega à final com outro traço notável: quando tem a bola, esbanja leveza, seu jogo flui a partir da mobilidade de seus jogadores. Há muito de confiança também. E mais. Jesus devolve ao futebol brasileiro algo que por muito tempo o marcou: as duplas de ataque técnicas,  rápidas, que deixam rivais desnorteados por serem móveis. Gabigol e Bruno Henrique se exibiram, quase sempre posicionados entre zagueiro e lateral, criando dúvidas na marcação e abrindo latifúndios pelo campo. É difícil olhar para Gabriel e não enxergar um atacante de nível internacional. Pela  movimentação ou pela qualidade  técnica.
Renato declara que o Grêmio é o melhor time do Brasil e nem criança acredita








Tudo isso significa que o Grêmio foi mero sparring? Não, o placar tem muito a ver com as virtudes do Flamengo e também com questões de ânimo. Jogos de futebol são uma mistura complexa de  fatores. O plano inicial do Grêmio funcionou, dados os problemas físicos que o fragilizavam. Renato, por 45 minutos, disfarçou a disparidade com um jogo bem pensado. Teve até momentos de superioridade.

Ao colocar Michel como terceiro meio-campista, abriu mão de seu modelo de construção desde a defesa, reforçou o poder de  marcação e apostou em bolas mais longas. Só não abria mão das perseguições defensivas para  marcar. A mobilidade dos jogadores do Flamengo, arrastando seus marcadores e tirando-os do lugar, claramente abria espaços, ora pelos lados, ora à frente da área. Mas este Grêmio camaleônico, muito concentrado e numa versão mais marcadora, ganhava duelos e não permitia escapadas dos rubro-negros nos espaços vazios. Teve até uma excelente chance no início, com Maicon. E ameaçava ganhar as costas da linha defensiva do Flamengo.

Nestas horas, é preciso uma chave para o cadeado. O jogo indicava
 que ela seria Éverton Ribeiro, por sua capacidade de giro, de drible, de livrar-se de marcadores após movê-los do lugar e desequilibrar a marcação rival. Ele criou as duas primeiras chances do Flamengo, que aos poucos se tornava superior.

Jorge Jesus pensara também em outro aspecto do jogo: os volantes do Grêmio, iniciadores de todas as jogadas. A pressão avançada do Flamengo concentrava-se no centro do campo. E  claro ficou que havia um elo fraco: justamente Michel, inseguro nos passes. Deu uma bola mal tocada para Maicon, que, cercado por Gerson e Éverton Ribeiro, autor do bote, permitiu a transição rápida até o gol de Bruno Henrique. Três minutos antes do intervalo, o jogo mudava. A dificuldade imposta pelo Grêmio reforçava a capacidade de  adaptação deste time de Jorge Jesus às situações.

 Meme mostra o técnico Jorge Jesus segurando Renato Gaúcho no colo (Reprodução/Twitter)

Porque para deixar o Flamengo desconfortável, impedir que desse ritmo ao jogo, o custo que o Grêmio assumiu era perder poder ofensivo, apostar em poucas bolas. Ao sofrer o segundo gol na primeira ação da segunda  etapa, e diga-se de passagem um grande gol de Gabigol, o plano gaúcho perdera sentido. Mas houve outro efeito: a concentração nos encaixes de marcação, nas perseguições, já não era o mesmo. O Grêmio perdeu também a fé. E o fez diante de um time impiedoso.
De novo, Éverton  Ribeiro exibiria sua lucidez. Arrastou Cortez da lateral esquerda ao meio-campo, produzindo uma sequência de compensações que deixou Filipe Luís livre no lado oposto, o esquerdo. Éverton iniciou o lance, a bola atravessou o campo e Geromel fez pênalti. Gabigol bateu e o jogo se transformou num monólogo.

Dois gols em bolas paradas, um de Pablo Marí e outro de Rodrigo Caio, são provas de que este Flamengo é insaciável na busca pelo ataque. Outro de tantos paradigmas que Jorge Jesus quebra: intensidade, compactação, inteligência tática, a volta dos dois atacantes, ofensividade... O jogo mostrava outra. Contra um Grêmio que se especializou em privilegiar copas e poupar jogadores no Brasileiro, este Flamengo que trata cada compromisso como decisão sobrava também fisicamente. O rubro-negro pode até não ser campeão da América. Mas Jorge Jesus obriga o futebol brasileiro a pensar. Porque por mais que se argumente que o investimento do Flamengo é alto, que Gabigol é um atacante de nível raro no país, que Rafinha e Filipe Luís há poucos meses jogavam em dois dos principais times da Europa e dominam as laterais com excelência, que Gérson dita o ritmo do jogo, o fato é que os parâmetros de cobrança estão prestes a se transformar.

Um sintoma: encerrado o jogo, enquanto os jogadores permaneciam no campo longos minutos celebrando com a torcida, como numa despedida do Maracanã em noites de Libertadores, a sensação era de um público grato por algo mais do que os resultados. A  torcida vê  no campo um futebol que a representa.



Carlos Eduardo Mansur - Publicado em O Globo, 24 outubro 2019

  Clique aqui para mais memes: Renato Gaúcho, a principal vítima dos memes de Flamengo 5 x 0 Grêmio

Goleada no Maracanã levou o clube rubro-negro à final da Libertadores e inspirou os piadistas das redes sociais

 

sábado, 24 de setembro de 2016

Desastre gaúcho: assassinato em aeroporto expõe crise do RS

Número de homicídios dolosos no estado saltou de 1 668 em 2010 para 2 405 em 2015. E a escalada da criminalidade é só a parte mais visível do problema

O inverossímil atrevimento dos assassinos que agiram no aeroporto de Porto Alegre é de assombrar o mais graduado matador a serviço da máfia, atesta o vídeo transformado em campeão de audiência minutos depois do desembarque na internet. Os carrascos de Marlon Roldão, 18 anos completados no dia em que se cumpriu a sentença de morte emitida por uma organização criminosa ba­sea­da na periferia da capital gaúcha, protagonizaram a erupção do horror com a desenvoltura de quem se julga condenado à perpétua impunidade. 

A despreocupação com as câmeras de segurança é escancarada já na cena de abertura, que mostra em primeiro plano um negro corpulento e um branco franzino dividindo em silêncio a mesa do restaurante no saguão. O bandido gordo está de costas, mas logo exibirá seu perfil. O parceiro nem tenta ocultar o rosto. Às 11 horas, 12 minutos e 17 segundos, ao localizar o jovem marcado para morrer no meio do grupo de amigos que conversam na área de embarque do Terminal 2, a dupla de homicidas se ergue sem pressa. Nenhum deles acha arriscado atacar num local tão movimentado.

A nenhum deles parece sensato abortar a missão, ameaçada pelo inesperado aumento da multidão que costuma circular por lá às segundas-­feiras: minutos antes, dezenas de torcedores do Grêmio haviam irrompido no saguão para recepcionar o ídolo Renato Portaluppi, o Renato Gaúcho, de volta ao clube no papel de técnico. Com passadas displicentes, os parceiros contornam, de armas na mão, a coluna que os separa do alvo, ressurgem na tela próximo de Marlon, avançam 2 metros e, a centímetros da vítima, apertam o gatilho das pistolas 9 milímetros.

Os tiros inaugurais jogam ao chão o corpo já sem vida de Marlon, mas a sequência de dezessete disparos em cinco segundos não é interrompida. Agora mais ágeis, os matadores começam a afastar-se do palco da selvageria ainda mandando chumbo no cadáver. Sempre empunhando as pistolas, saem pela entrada principal e, depois de um último tiro para o alto, embarcam no carro prateado dirigido por um cúmplice que aciona o freio no meio da avenida, afunda o pé no acelerador com os assassinos no banco traseiro e desaparece na selva de veículos.

Passados alguns dias, é provável que os bandidos estejam festejando o sucesso da empreitada sangrenta em algum lugar que a polícia, enquanto não descobre onde fica, qualifica como “incerto e não sabido”. Certo e sabido é que a execução a tiros no saguão do Salgado Filho, o primeiro crime do gênero ocorrido num aeroporto, conferiu dimensões insuportáveis à epidemia de insegurança que grassa há pelo menos dez anos no Rio Grande do Sul e fez transbordar o pote até aqui de medo. A mensagem de grosso calibre foi captada por dez entre dez gaúchos: os bandidos agora agem em qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer dia, até mesmo na véspera da data máxima dos gaúchos, o 20 de Setembro, que celebra o início da Revolução Farroupilha.

Desencadeada em 1835, a mais longa guerra civil da história do Brasil separou do resto do império a província de São Pedro do Rio Grande do Sul, rebatizada de República Rio-­Grandense, e consolidou o orgulho nacionalista com a formidável demonstração de autossuficiência. Durante dez anos, o mundo gaúcho provou que não dependia do poder central para continuar existindo. A declaração de amor à autonomia político-­administrativa, reafirmada a cada 20 de setembro, colidiu neste ano com evidências contundentes de que o Rio Grande do Sul que combateu a bala a dependência do poder central hoje precisa mais do que nunca de socorros federais. 

Reflexos da dramática mudança são visíveis a olho nu sobretudo em Porto Alegre. Na terça-feira, por exemplo, cavaleiros, prendas e trovadores em trajes típicos comemoraram os incontáveis entreveros com tropas do Exército imperial sob o olhar protetor da tropa da Força Nacional de Segurança enviada pelo presidente Michel Temer, no fim de agosto, a pedido do governador José Ivo Sartori, do PMDB. Há mais de três semanas 120 soldados dividem com a Brigada Militar o policiamento preventivo da capital assustada com a escalada da criminalidade, que vai contagiando os grandes centros urbanos do Rio Grande do Sul.

Os 1 418 homicídios dolosos ocorridos no estado em 2006 saltaram para 2 405 em 2015 e, só no primeiro semestre de 2016, bateram em 1 276. Os 351 assassinatos registrados em Porto Alegre entre janeiro e junho deste ano já ultrapassaram os 283 de 2006. “O que acontece por aqui não é muito diferente do que se vê em outros lugares do país”, ressalva Sartori, um desbocado descendente de italianos formado em filosofia que, aos 68 anos, parece ter transferido para o bigode espesso os fios que povoavam a região central do crânio.

É o tipo de consolo que garante a insônia. Com a taxa de 34,73 homicídios por 100 000 habitantes, Porto Alegre ocupou em 2014 o 15º lugar no ranking da criminalidade nas capitais, a uma distância amazônica da líder Fortaleza (60,77). O mesmo índice, contudo, garantiu à metrópole gaúcha a 43ª posição no ranking das cidades mais violentas do mundo. 

Os moradores rejeitam comparações com metrópoles brasileiras historicamente inseguras. Preferem comparar a Porto Alegre de hoje à Porto Alegre que, não faz tanto tempo assim, desfrutava em sossego uma animada vida noturna. Crimes sempre aconteceram, claro. Mas nenhum morador poderia imaginar que, entre 1º de janeiro e 28 de agosto, 25 latrocínios ajudariam a manter a segurança pública no topo da alentada lista de problemas que atormentam o Rio Grande do Sul. O medo de morrer num assalto não é muito maior que o de ver o mundo rio-grandense sucumbir à conjugação de muitos tumores, que incluem a anemia econômica e financeira, o inchaço desvairado da máquina pública, a incompetência administrativa, a ausência de líderes brilhantes e o sumiço da autoestima.

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