Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Jorge Jesus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jorge Jesus. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de dezembro de 2021

Flamengo já tem novo técnico [que não é Jorge Jesus, e sim ... Paulo Sousa]

Lauro Jardim - Diogo Dantas
 

Acabou a busca do Flamengo por seu novo técnico. O contrato já foi assinado.

O nome do treinador será anunciado oficialmente em breve. Mais do que o técnico, foi  contratada toda a comissão técnica que o acompanhará para o Rio de Janeiro.

O anúncio oficial do nome só não será hoje por que o escolhido — que não é Jorge Jesus — ainda está se desligando da equipe da qual é treinador.

Justiça manda Flamengo pagar famílias pela morte de jogadores no incêndio do Ninho do Urubu

LEIA MAIS O que deu errado nas negociações do Fla com Jesus

Paulo Sousa no Fla

Conclui-se, assim, o planejamento prometido por Marcus Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo. Braz vinha afirmando em entrevistas nos últimos dias que até o dia 30 de dezembro sua missão em Portugal estaria finalizada com a contratação de um novo treinador e de uma comissão técnica.

Flamengo: com contrato encaminhado, português Paulo Sousa será o novo treinador

Após tentativa frustrada de contratar Jorge Jesus, treinador da seleção da Polônia foi o escolhido; anúncio oficial será em breve
Paulo Sousa se encontrou em cenários alternativos do futebol Foto: Divulgação/Polônia
Paulo Sousa se encontrou em cenários alternativos do futebol Foto: Divulgação/Polônia

O jornal Record publicou neste domingo que o treinador da seleção da Polônia será o novo comandante do Flamengo. O Globo apurou que há "um contrato encaminhado entre clube e treinador" e que o anúncio do novo treinador será em breve.

O clube, oficialmente, ainda não confirmou o acerto.

Via redes sociais, o presidente da Federação Polonesa de Futebol confirmou que Sousa gostaria de rescindir seu contrato "de comum acordo" para que ele pudesse aceitar a oferta de um clube.

Paulo Sousa, de 51 anos, que estaria numa lista de possíveis alvos para o Flamengo ao lado de Carlos Carvalhal, Rui Vitória, Paulo Fonseca e Vitor Pereira, também era sondado pelo Internacional. Uma comitiva de diretores do Inter chegaria em Portugal neste domingo para tratar diretamente com ele.

Sousa foi o primeiro treinador procurado pessoalmente, em Portugal, por Bruno Spindel e Marcos Braz, diretor executivo e vice-presidente de futebol do Flamengo. Na ocasião, ele teria reiterado interesse em deixar a seleção polonesa para trabalhar no Brasil.

Os dirigentes do Flamengo viajaram para Portugal com a missão de fechar com um novo treinador. E também visitaram Jorge Jesus em sua residência. O encontro foi bastante noticiado pela imprensa portuguesa. Falava-se em "assédio".

O Benfica, clube de Jesus, chegou a divulgar nota oficial negando que o treinador estaria de saída e com destino ao Brasil. Sousa, ex-volante se aventurou muito no futebol, tanto como jogador, quanto como técnico. Seus principais títulos da carreira fora dos gramados vieram em dois cenários alternativos: em Israel e na Suíça.

Flamengo:Após reunião, Benfica decide manter Jorge Jesus no cargo, diz imprensa portuguesa

Sousa começou a treinar nas categorias de base da seleção portuguesa e rumou ao futebol inglês: rodou por Queens Park Rangers, Swansea e Leicester, sem muito sucesso e com baixo aproveitamento. Mas o cenário mudou no Videoton, da Hungria, em passagem vitoriosa, que se sucedeu depois por conquistas da liga nacional em Israel, pelo Maccabi Tel Aviv e na Suíça, pelo Basel.

Itinerante do futebol, Sousa começou a ganhar mais chances nos principais cenários europeus. O melhor momento da carreira nas grandes ligas foi seu início na Fiorentina, em 2015.

Retrospectiva O GLOBO: Os 7 melhores atletas olímpicos de 2021

Em 2019, Paulo Sousa falou ao site português "Tribuna Expresso" e destacou que considera dois jogadores essenciais para o seu modelo de jogo:— Sou um romântico, gosto que as minhas equipes sejam muito poéticas. Há dois jogadores determinantes numa primeira fase de construção: o goleiro e o primeiro volante. Esse volante é realmente um jogador fundamental.


O Globo -   Lauro Jardim - Diogo Dantas

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Assim não dá - Mesmo assim vamos tratorar o palmeiras e o atlético mineiro

 Peçamos a DEUS que o 'aglomerador' de pernas de pau, vulgo  Tite - que alguns chamam de técnico do 'timinho' que,  em passado distante era a SELEÇÃO BRASILEIRA, NÃO CONVOQUE MAIS NENHUM JOGADOR DO FLAMENGO. 
Estraga os jogadores. Um exemplo: quando questionado sobre o 'jejum' de gols no Flamengo, Gabigol, inocentemente,disse que tinha feito um gol jogando no timinho do aglomerador.
Com as Bênçãos de e a proteção de São Judas Tadeu, padroeiro do MENGÃO,vamos triturar o porco e o galo
 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

'Hoje, qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre sinal de racismo', diz Jorge Jesus: 'Está na moda'

O Globo

Técnico do Benfica falou sobre o caso que paralisou partida da Champions entre PSG e Basaksehir na última terça-feira

Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se diz, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão tenho direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta se souber o que se disse naquele momento. Porque hoje qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre sinal de racismo. A mesma coisa dita contra um branco já não é sinal de racismo. Está se implantando essa onda no mundo. Se calhar, até houve algum sinal de racismo com esse treinador, mas eu não sei o que disseram disse o português em entrevista coletiva.

Uma fala do quarto árbitro da partida mobilizou as duas equipes a sairem de campo e obrigou o adiamento do jogo, além de gerar um onda de manifestações antirracistas fora dele. O confronto válido pela última rodada da fase de grupos da competição europeia foi remarcado para esta quarta-feira, às 14h55, no Parque dos Príncipes.

Entenda o caso
A situação ocorreu aos 13 minutos do primeiro tempo, quando o senegalês Demba Ba, do Basaksehir, reclamou de uma ofensa racista feita pelo quarto árbitro. Segundo relatos de vários veículos da imprensa francesa, espanhola e italiana, Sebastian Coltescu falou "vai embora, preto" para Webó.

Webó se revoltou e questionou Coltescu: "O que você falou? Por que você falou preto?". O árbitro principal, Ovidiu Hategan, se aproximou e deu um cartão vermelho em direção ao camaronês. Demba Ba fez gestos para os companheiros deixarem o gramado.

A partida será retomada nesta quarta com outra equipe de arbitragem. A Uefa afirmou que "está ciente de um incidente ocorrido durante o jogo desta noite da Liga dos Campeões entre o Paris Saint-Germain e o Istambul Basaksehir e vai conduzir uma investigação aprofundada. O racismo e a discriminação em todas as suas formas não têm lugar no futebol".

O Globo - Esportes


domingo, 22 de dezembro de 2019

Flamengo renova com BS2 - Landim, exclusivo: 'Flamengo terá que participar da elite europeia de algum jeito'


Flamengo renova com BS2

Flamengo no Mundial
O contrato de patrocínio do BS2 com o Flamengo só expirava no fim de 2020. Mas, dada a campanha do clube neste ano e independentemente do resultado do jogo de ontem, as partes já negociaram e reajustaram os valores deste último ano de contrato.
Blog Lauro Jardim 


Landim, exclusivo: 'Flamengo terá que participar da elite europeia de algum jeito'

Presidente do Flamengo, que falou ao GLOBO antes da final do Mundial, diz ter plano B no caso de Gabigol e que ninguém esqueceu o episódio do Ninho


Rodolfo Landim, campeão da Libertadores e do Brasileiro no primeiro ano de gestão Foto: Ricardo Moreira/Zimel Press/Agência O Globo
Rodolfo Landim, campeão da Libertadores e do Brasileiro no primeiro ano de gestão Foto: Ricardo Moreira/Zimel Press/Agência O Globo

Rodolfo Landim recebeu a reportagem do GLOBO para uma entrevista exclusiva no lobby do Hotel Grand Hyatt, em Doha, poucas horas antes da final do Mundial. Uniformizado com a camisa branca do clube, o presidente do Flamengo estava otimista, mas manteve sua atitude de não transferir peso demais ao Mundial, onde o Liverpool era favorito desde sempre. Satisfeito com as realizações de 2019, preferiu olhar para os próximos passos do projeto. 
Mansur:Cabeça erguida de jogadores e torcida dá dimensão do quão grande foi o Flamengo

Aonde este Flamengo pode chegar? Qual é o futuro?
A gente queria fazer o Flamengo atingir o nível que poderia ter dentro do cenário brasileiro e sul-americano. Entendíamos que o clube tinha condição de ser protagonista, líder deste mercado da América do Sul, pelo tamanho da torcida, pela importância no mercado brasileiro e também pelo tamanho das receitas que tínhamos. Acho que montamos um time qualificado e chegamos esportivamente no topo deste mercado. Mas para a gente chegar onde quer, ser uma primeira superpotência sul-americana, com nível de Europa, há condições externas que envolvem o crescimento do negócio futebol brasileiro e sul-americano, para que a gente possa ter receitas de TV e patrocínio que nos permitam orçamento para competir com os europeus e deixar de ser exportador de mão de obra.

Final do Mundial: Jesus se diz orgulhoso do time do Flamengo e explica saídas de Arrascaeta e Everton Ribeiro

Mas há fatores limitantes para isso, não?
A TV é um exemplo. O futebol brasileiro não é visto fora do país. É um produto de qualidade, com excelentes atletas, mas não atinge a Ásia, onde os europeus brigam. Para ser global precisa ser visto no mundo todo. O Mundial com 24 clubes me parece tentativa de globalizar e fazer os grandes da América do Sul estarem, de fato, participando de competições mundiais.

Mas será quadrienal. O embate com europeus se tornará mais esparso ainda.
Acho que começa quadrienal. Mas a Fifa terá que discutir com as confederações continentais, que vão tentar proteger seus produtos. A Uefa vai preservar a Champions League como grande torneio de clubes do mundo. A Conmebol, mesmo com as limitações, pode proteger a Libertadores. E o papel da Fifa é enxergar o futebol global, criando mecanismos para outros clubes entrarem na disputa de elite. Aconteceu isso com a expansão da Copa do Mundo.

O objetivo é se relacionar mais com a elite europeia?
É o que estou dizendo. Vamos ter que participar de algum jeito. Como atuamos no cenário regional, teremos que ter um espaço, em algum pedaço do ano, para ter a exposição em outros continentes.

A tendência é desacelerar o investimento em contratações em 2020?
Será bem menor do que em 2019, mas há uma razão clara. Ao chegarmos, sentimos necessidade de qualificar nosso elenco em várias posições. O volume de recursos que estava orçado era muito pequeno para este objetivo. Gastamos mais do que o orçado: eram R$ 108 milhões e gastamos R$ 280 milhões, amortizando estes custos ao longo de três anos. Isto compromete o investimento nos dois próximos anos. E não podíamos errar, senão teríamos que nos desfazer do jogador, perdendo dinheiro e tendo que comprar outro. Acertamos muito, porque teve análise de dados e, como futebol não é ciência exata, uma dose de sorte. Mas o departamento de scout do Flamengo teve forte investimento. Hoje são 15 profissionais. Além disso, criamos processos de tomadas de decisão, como uma empresa. Por exemplo, quem avalia não contrata. Antes, um diretor de futebol decidia tudo: jogamos dinheiro fora com jogadores sem condição física de jogar aqui.

Mas o desempenho de 2019 não melhorou a projeção de receitas para 2020?
Criamos um ciclo virtuoso. Temos melhores resultados, mais demanda, sócio-torcedor cresce em receitas. A projeção de patrocínio também para o ano que vem é maior. Teremos um pouco menos de investimento em relação a 2018, mas numa situação em que o time está muito mais qualificado.

E prêmios por desempenho em competição também, não?
Esta foi outra grande mudança. Antes, os bônus eram proporcionais ao desempenho. Hoje, é um sistema muito agressivo, que depende muito mais de o time ser campeão. Fui criado numa casa em que meu pai falava que o segundo colocado está mais perto do último do que do primeiro. Não estou preocupado em distribuir meu prêmio se o time ganhar. Em grande parte, ou quase totalidade, esta premiação é distribuída para a comissão técnica.

Caso não seja possível comprar Gabigol, vão buscar alguém com este peso?
Há um pré-acordo com a Inter. Falta o jogador, que pediu para discutir após a temporada, e a gente concorda. Se ele não ficar, a avaliação do departamento de scout é contínua. O Flamengo precisa ter plano B para todas as coisas.

Qual o futuro do Jorge Jesus?
Não posso dizer o que ele pensa. Mas como tenho afinidade com ele, digo o que passaria na minha: “Estou no Brasil, onde sou adorado, num clube estruturado, onde há investimento alto, com uns € 200 milhões de faturamento, alto até para padrão europeu. Enfim, tentaria criar raízes no Flamengo e uma hegemonia”. Ele quer ganhar tudo. Se no primeiro ano já ganhou muito, isso deve motivá-lo a permanecer.

Como você avalia o mercado brasileiro de treinadores?

Minha melhor resposta é que, quando precisamos, fomos contratar fora. Quando a gente precisou, as duas alternativas que tínhamos eram de fora.

Você concorda com a crítica de que o tratamento ao episódio do Ninho do Urubu foi mais técnico do que humano?
Não é verdade. Humanitariamente, tudo o que pôde ser feito, na hora da dor, foi feito. Toda a estrutura do clube foi dada às famílias, eu fui lá conversar com todas. Havia assistentes sociais, gente ligando para eles todos. Vai passando o período do luto, e a discussão passa a ser a reparação do dano moral, do sofrimento das pessoas, ainda que nada trouxesse as crianças de volta. A gente paga um valor às famílias que ninguém mandou a gente pagar. Nunca vi um episódio destes na história em que a instituição ficou preocupada, pagando. De bolsas de R$ 800 aos garotos, passamos a pagar R$ 5 mil às famílias. Mas há estratégias que advogados montam com as famílias que por vezes colocam barreiras no seu contato com as famílias. Dizem "Você tem que falar comigo". O Flamengo continua querendo contato, conversar com as famílias.

Por vezes parece que o Flamengo foi tentando colocar o episódio em segundo plano, como se não tivesse acontecido. O símbolo de luto foi movido para baixo na camisa, o memorial no Ninho não foi erguido.
O fato de você, num momento de felicidade, comemorar conquista, eu acho natural. Lembrar dos meninos a gente vai continuar lembrando. Você entra no Ninho do Urubu a bandeira está a meio pau há um ano. A FlaTV tem um símbolo de luto desde então. Não é verdade [esse segundo plano]. Mas a gente não pode se sentir culpado por estar comemorando um título que é um sonho que a gente tinha. Mães de garotos me disseram: "Ganhem pelo Flamengo porque meu filho era Flamengo. Onde ele estiver, ele vai estar feliz". Eu não posso me privar de ter meus momentos de felicidade porque a vida continua. Isso não significa que a gente se esqueceu das pessoas.

O futebol no Brasil cumpre um papel social, supre questões em que o estado é falho. Mas não passou na cabeça de vocês que este episódio pudesse ser o ponto de partida na reformulação do diálogo do Flamengo com a sociedade, com grandes projetos de assistência, fincando bandeira como um marco de responsabilidade social?
O Flamengo neste ano, e antes do episódio do Ninho, tinha proposto ao conselho a criação de três novas vice-presidências. Uma delas, de responsabilidade social. Até para fomentar uma série de iniciativas voltadas ao aspecto social. Mas, em boa parte, para mostrar à sociedade o que o Flamengo já faz. Além de iniciativas isoladas, como doação de sangue, natal em comunidades carentes, o Flamengo forma atletas, dá chances a jovens, tira a possibilidade de eles estarem entregues ao crime. Poderíamos ter tido até mais resultados, mas uma pessoa que colocamos ali teve um problema de saúde. Mas queremos mostrar à sociedade o que fazemos. E é independente do Ninho. É porque o Flamengo é um clube cidadão e precisa sinalizar isso à sociedade. A gente já pensava assim antes do Ninho. Foi um acidente doloroso, uma tragédia histórica na vida do Flamengo. E ninguém esqueceu e ninguém quer varrer para baixo do tapete.

O Globo
 
 


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A lição do Flamengo: brigar por todos os títulos - O Tempo

Equipe de Jorge Jesus não priorizou um campeonato específico e festeja conquista da Libertadores e do Brasileirão, um feito raro

A passagem do técnico português Jorge Jesus pelo futebol brasileiro já serviu para mexer com muitas questões arraigadas no esporte do país e uma das principais foi deixar claro que é importante - e pelo menos possível - brigar por todos os títulos possíveis. O Flamengo foi campeão da Copa Libertadores sem deixar o Campeonato Brasileiro de lado. Levou os dois - e chegou a ir longe na Copa do Brasil.

O estabelecido no futebol brasileiro é priorizar uma competição, o que nem sempre é garantia de títulos. Imaginem se o Flamengo tivesse deixado de lado o Brasileirão para focar na Libertadores, que estava sendo vencida pelo River Plate até os 43 minutos do segundo tempo? Poderia ter ficado sem nenhum dos dois títulos.
Claro que a receita do Flamengo é superior e que o clube carioca montou uma equipe de alto nível e muitos poderão argumentar que é difícil competir, que realmente é necessário escolher apenas um alvo. Eu tenho minhas dúvidas e, mesmo com o calendário maluco do futebol brasileiro, o Flamengo usou a maioria absoluta de seus titulares em todas as competições - até pelo fato de o elenco rubro-negro não ter peças do mesmo nível para reposição em praticamente todas as posições.

Nos acostumamos, especialmente quando a Libertadores era decidida no meio do ano, em ver clubes campeões continentais arrastando no restante do Brasileiro, usando reservas e, paradoxalmente, perdendo ritmo para a disputa do Mundial no final do ano. Ou clubes em fases mais avançadas da Copa do Brasil que simplesmente ignoram o Brasileirão. O Grêmio optou por brigar pelas copas apenas nos últimos dois anos e não ganhou nenhuma delas. Neste ano, depois que saiu da Libertadores, emendou uma série de vitórias que praticamente o garantiu no G-4. E quem garante que o Cruzeiro não disputaria o Brasileirão lá em cima nos dois últimos anos, quando venceu a Copa do Brasil?

Por isso, o feito de disputar em ritmo intenso e com foco em todas as competições é louvável. Certamente, as conquistas do Flamengo vão deixar uma pulga atrás da orelha de muitos clubes e comissões técnicas que abrem mão de torneios importantes no Brasil.  Vale lembrar que, se considerar a unificação dos títulos da Taça Brasil, a última equipe que tinha vencido os dois torneios no mesmo ano foi o Santos, em 1962 e em 1963, mas a realidade era completamente diferente. O Santos disputou 5 jogos para levantar a taça nacional em 1962 e 4 em 1963. Já a Libertadores de 1962 foi conquistada após 9 jogos e o troféu de 1963 chegou após apenas 4 partidas. O feito deste ano, portanto, em um Brasileirão de 38 jogos e uma Libertadores com 13, é muito diferente.

PS 1: As conquistas do Flamengo ainda não apagam a mancha em relação às indenizações devidas para as famílias que perderam de forma trágica dez crianças no início do ano, no Ninho do Urubu. Com ainda mais grana no bolso, é um bom momento de o clube quitar essa pendência e ficar de bem com todos.
PS 2: A postura de torcedores e jogadores do River Plate no estádio em Lima foi exemplar. Os fãs não deixaram as arquibancadas enquanto os atletas não receberam as medalhas do vice-campeonato. E todos esperaram o Flamengo receber seus prêmios. Fica também esse exemplo - além da estratégia de Gallardo. O River fez uma partida bem equilibrada e anulou jogadores-chave do Flamengo na maioria do jogo. Segue forte. 

 O TEMPO - Frederico Jota




quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Adendos aos “jesuítas” do Mengão do Bilhâo - Blog Alerta Total

Historicamente, os poderosos sempre deram o circo e o pão para a massa  (ignara ou pretensamente culta). Futebol é considerado um dos ópios do povo – junto com a religião, a ideologia e por aí vai... No caso esportivo, o culto à competição serve como válvula de escape para compensar tragédias e ansiedades do cotidiano. Uns perdem, outros têm a ilusão da glória, e o escravizante controle social segue adiante.

O fato concreto é que o Esporte Profissional, além de mexer com as massas, movimenta somas impressionantes de dinheiro. O Clube de Regatas do Flamengo se prepara para ganhar um “campeonato” inédito
Depois de vencer, sábado passado, a Copa Libertadores da América e, no domingo, sem entrar em campo, o título do Campeonato Brasileiro com cinco rodadas de antecedência, o Mengão está prestes a comemorar o primeiro título de faturamento acima de R$ 1 bilhão em um ano.

A equipe do site Bons Investimentos (https://bonsinvestimentos.com.br/) acaba de concluir um estudo que acompanha essa conquista inédita do Flamengo – que até três anos atrás era um clube com perigoso endividamento. Cálculos da Somoggi mostram que, chegando à final do campeonato mundial interclubes, o Flamengo pode atingir um patamar de receita próximo a US$ 250 milhões, cifra que se aproxima de R$ 1 bilhão (considerando a cotação atual do dólar acima de R$ 4,00).

Até o fim de setembro de 2019 (segundo balancete trimestral), o Flamengo tem um excelente valor apurado de receita: Venda de atletas (Paquetá, Uribe, Jean Lucas, Léo Duarte, Trauco e Cuéllar): R$ 295,0 milhões; TV: R$ 161,3 milhões; Bilheteria / Sócio-Torcedor: R$ 105,4 milhões; Publicidade: R$ 52,0 milhões; Social: R$ 29,0 milhões; Outras: R$ 12,7 milhões.

Os triunfos do Flamengo refletem no lado financeiro. Títulos rendem muita grana: Taça Guanabara – R$ 1 milhão; Campeonato Carioca – R$ 3,5 milhões; Libertadores – R$ 85 milhões; Copa do Brasil – R$ 2,4 milhões (até as quartas de final); Brasileiro – R$ 33 milhões; Mundial Interclubes – R$ 20 milhões (se vencer).

O desempenho econômico do Flamengo é tímido se comparado ao de outros grandes times europeus, tais como o principal rival no Mundial Interclubes, Liverpool, que fatura cerca de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões). O clube inglês tem elenco oito vezes mais caro que o “Mais Querido do Brasil”. Mesmo assim, vale celebrar que o Flamengo tem receitas superiores a alguns times da Premier League, como, por exemplo, o inglês West Ham, que fatura cerca de US$ 200 milhões.

A Nação Rubro-Negra pergunta, apostando na resposta positiva: o Flamengo continuará vencendo? Em entrevista à Fox Sports, Jorge Jesus se definiu como “nem melhor nem pior, que outros treinadores brasileiros: “Sou diferenciado”. Apenas isto. Jesus usou corretamente a estrutura para transformar o time em uma máquina de vitórias, a partir de postulados táticos ofensivos, porém com marcação no campo de ataque e velocidade na retomada de bola do adversário.
Jesus tem contrato com Flamengo até 31 de maio de 2020, mas tem uma cláusula que permite, em dezembro, ou o Clube demiti-lo ou ele pedir para sair. A janela de saída é improvável. Ainda mais se conquistar o Mundial de Clubes da Fifa. O Mengão tem boas chances, mas é bom ressalvar que o futebol europeu tem consistência tática para dobrar o jeito sulamericano de atuar em 4-4-2.

Os “jesuítas” não deixam de ter razão: Jesus revolucionou no jeito de jogar do Flamengo? Muitos avaliam que sim. No entanto, os adversários do Brasileirão não chegaram ao pé do Mengão. O próprio River Plate, que chegou a promover um nó tático no jogo derradeiro da Libertadores, demonstrou fraqueza defensiva no final da partida. Não soube segurar o resultado favorável, psicologicamente.

O bom senso recomenda cautela sobre a força do time campeão do Flamengo. Pragmaticamente, o elenco é vencedor. No entanto, em termos de efetiva qualidade futebolística, o Flamengo tem algumas falhas perigosas. A defesa erra além do normal, e costuma dar muito trabalho do goleiraço Diego. Falta mais toque rasteiro de bola, com objetividade ofensiva, e não com passes inúteis para o lado ou para trás.

Outra deficiência que incomoda (e vale para a quase totalidade do futebol brasileiro): são poucos (muito raros) os chutes a gol à média e longa distâncias. O time quase não gera chances para cobranças de falta perto e diante da grande área. Há demasiado exagero nos toques, em detrimento do foco em finalizações. Assim, os triunfos do Flamengo devem ser comemorados com toda intensidade, mas a torcida “jesuíta” não pode se iludir: o time ainda tem muito a melhorar tecnicamente para encarar outros grandes times do mundo. A sorte é que o jeito massacrante de buscar o gol ainda pode surpreender muitos adversários... No jogo da taça e das faixas contra o Ceará, foi assim... Faltando três rodadas para o fim do Brasileirão, o Mengão acumula impressionantes 77 gols a favor e 31 contra...

Quase no fim, uma galhofinha divina: Deus só dá título ao Flamengo, por milagre ou merecimento, porque Jesus é o treinador, e ainda tem João de Deus como auxiliar técnico. Assim é demais para os infernais adversários ou inimigos da Nação Rubro-Negra... Por fim, uma cobrança ética e moral. Por que, com um faturamento perto do bilionário, o Flamengo não separa um dinheiro e paga uma indenização justa (se é que isto é possível) às famílias dos 10 meninos mortos no incêndio do Ninho do Urubu? [cobrança que endossamos e reforçamos;
agora um alerta sobre as aves agourentas, que torcem pelos times adversários ou são inimigos da Nação Rubro Negra, começam a agourar com insinuações que o MENGÃO não vai resistir ao assédio financeiro dos inimigos de outros continentes.
Grandes vitórias são possíveis, mas, DEUS só ajuda a quem se ajuda, títulos só são conquistados por times com grandes jogadores.] 
Transcrito do ALERTA TOTAL - Jorge Serrão, jornalista

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Análise: Ao golear o Grêmio, Flamengo mostra em campo quem joga o melhor futebol do Brasil



 Guito Moreto / Agência O Globo

 Nem é o caso de dizer que o 5 a 0, talvez escandaloso demais, seja o tamanho exato da diferença. O fato é que não é preciso mais nada para provar quem joga melhor não só no Brasil, mas no continente. Aquela sensação de impotência que tantas vezes sentimos ao ver clubes brasileiros diminuídos em choques com  gigantes europeus se reproduz no Brasil.  


É um nível similar de disparidade que este Flamengo tem imposto a seus concorrentes domésticos - o que, óbvio, não significa dizer que este time tenha o padrão dos europeus. Pela frente virá uma dura final  com o River Plate, de prognóstico impossível. Só é possível cravar que, no que  diz respeito a talento, o Flamengo é melhor.                                      Desabafo do Renato, técnico gremista



Enfim, Flamengo e River Plate fazem o jogo que faltou à Libertadores de 1981



[um único comentário: MARAVILHOSA a atuação do MENGÃO, o placar, a desesperança do falastrão Renato Gaúcho, uma vitória que é mais um passo glorioso a anteceder novas vitórias que virão.

Relacionar os pontos, os detalhes nos quais  que o CLUBE DE REGATAS FLAMENGO está  na frente, é o primeiro tomaria tempo.

Queremos registrar apenas que a vitória teria sido ainda mais deliciosa se a vítima tivesse sido aquele tal de Internacional, o tal de Colorado que até na cor da camisa representa o que não presta, representa uma doutrina maldita = os vermelhos = os comunistas.

Simpatizamos com o Grêmio e até que aceitaríamos de bom grado a redução do placar em um ou dois gols e o Grêmio reduzir a diferença com um 'gol de honra'.


Temos uma simpatia pelo Grêmio, nada exagerada, mas futebol é futebol e aproveitamos para lembrar, encerrando com um agradecimento ao Padroeiro do MENGÃO - SÃO JUDAS TADEU - cuja festa ocorre no próximo dia 28, o dia 28 de outubro é também especial por ser o DIA do FLAMENGUISTA.] 


É possível falar de intensidade, inteligência tática,  qualidade técnica farta. Mas este Flamengo  chega à final com outro traço notável: quando tem a bola, esbanja leveza, seu jogo flui a partir da mobilidade de seus jogadores. Há muito de confiança também. E mais. Jesus devolve ao futebol brasileiro algo que por muito tempo o marcou: as duplas de ataque técnicas,  rápidas, que deixam rivais desnorteados por serem móveis. Gabigol e Bruno Henrique se exibiram, quase sempre posicionados entre zagueiro e lateral, criando dúvidas na marcação e abrindo latifúndios pelo campo. É difícil olhar para Gabriel e não enxergar um atacante de nível internacional. Pela  movimentação ou pela qualidade  técnica.
Renato declara que o Grêmio é o melhor time do Brasil e nem criança acredita








Tudo isso significa que o Grêmio foi mero sparring? Não, o placar tem muito a ver com as virtudes do Flamengo e também com questões de ânimo. Jogos de futebol são uma mistura complexa de  fatores. O plano inicial do Grêmio funcionou, dados os problemas físicos que o fragilizavam. Renato, por 45 minutos, disfarçou a disparidade com um jogo bem pensado. Teve até momentos de superioridade.

Ao colocar Michel como terceiro meio-campista, abriu mão de seu modelo de construção desde a defesa, reforçou o poder de  marcação e apostou em bolas mais longas. Só não abria mão das perseguições defensivas para  marcar. A mobilidade dos jogadores do Flamengo, arrastando seus marcadores e tirando-os do lugar, claramente abria espaços, ora pelos lados, ora à frente da área. Mas este Grêmio camaleônico, muito concentrado e numa versão mais marcadora, ganhava duelos e não permitia escapadas dos rubro-negros nos espaços vazios. Teve até uma excelente chance no início, com Maicon. E ameaçava ganhar as costas da linha defensiva do Flamengo.

Nestas horas, é preciso uma chave para o cadeado. O jogo indicava
 que ela seria Éverton Ribeiro, por sua capacidade de giro, de drible, de livrar-se de marcadores após movê-los do lugar e desequilibrar a marcação rival. Ele criou as duas primeiras chances do Flamengo, que aos poucos se tornava superior.

Jorge Jesus pensara também em outro aspecto do jogo: os volantes do Grêmio, iniciadores de todas as jogadas. A pressão avançada do Flamengo concentrava-se no centro do campo. E  claro ficou que havia um elo fraco: justamente Michel, inseguro nos passes. Deu uma bola mal tocada para Maicon, que, cercado por Gerson e Éverton Ribeiro, autor do bote, permitiu a transição rápida até o gol de Bruno Henrique. Três minutos antes do intervalo, o jogo mudava. A dificuldade imposta pelo Grêmio reforçava a capacidade de  adaptação deste time de Jorge Jesus às situações.

 Meme mostra o técnico Jorge Jesus segurando Renato Gaúcho no colo (Reprodução/Twitter)

Porque para deixar o Flamengo desconfortável, impedir que desse ritmo ao jogo, o custo que o Grêmio assumiu era perder poder ofensivo, apostar em poucas bolas. Ao sofrer o segundo gol na primeira ação da segunda  etapa, e diga-se de passagem um grande gol de Gabigol, o plano gaúcho perdera sentido. Mas houve outro efeito: a concentração nos encaixes de marcação, nas perseguições, já não era o mesmo. O Grêmio perdeu também a fé. E o fez diante de um time impiedoso.
De novo, Éverton  Ribeiro exibiria sua lucidez. Arrastou Cortez da lateral esquerda ao meio-campo, produzindo uma sequência de compensações que deixou Filipe Luís livre no lado oposto, o esquerdo. Éverton iniciou o lance, a bola atravessou o campo e Geromel fez pênalti. Gabigol bateu e o jogo se transformou num monólogo.

Dois gols em bolas paradas, um de Pablo Marí e outro de Rodrigo Caio, são provas de que este Flamengo é insaciável na busca pelo ataque. Outro de tantos paradigmas que Jorge Jesus quebra: intensidade, compactação, inteligência tática, a volta dos dois atacantes, ofensividade... O jogo mostrava outra. Contra um Grêmio que se especializou em privilegiar copas e poupar jogadores no Brasileiro, este Flamengo que trata cada compromisso como decisão sobrava também fisicamente. O rubro-negro pode até não ser campeão da América. Mas Jorge Jesus obriga o futebol brasileiro a pensar. Porque por mais que se argumente que o investimento do Flamengo é alto, que Gabigol é um atacante de nível raro no país, que Rafinha e Filipe Luís há poucos meses jogavam em dois dos principais times da Europa e dominam as laterais com excelência, que Gérson dita o ritmo do jogo, o fato é que os parâmetros de cobrança estão prestes a se transformar.

Um sintoma: encerrado o jogo, enquanto os jogadores permaneciam no campo longos minutos celebrando com a torcida, como numa despedida do Maracanã em noites de Libertadores, a sensação era de um público grato por algo mais do que os resultados. A  torcida vê  no campo um futebol que a representa.



Carlos Eduardo Mansur - Publicado em O Globo, 24 outubro 2019

  Clique aqui para mais memes: Renato Gaúcho, a principal vítima dos memes de Flamengo 5 x 0 Grêmio

Goleada no Maracanã levou o clube rubro-negro à final da Libertadores e inspirou os piadistas das redes sociais