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segunda-feira, 27 de abril de 2015

UMA MEDALHA SEM BRILHO



“A Medalha dos Inconfidentes é uma honraria especial direcionada a cidadãos que prestam serviços de extrema relevância à sociedade, e exemplo para os demais, inspirados nas virtudes ensinadas pelo herói nacional Tiradentes”, 
é o que informa o Instituto Tiradentes em seu site

Hoje, 21/04/2015, em cerimônia realizada em Ouro Preto o Governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, outorgará tal honraria a João Pedro Stédile, líder do Movimento Sem Terra e “comandante” do exército citado por Lula, sempre que este quer intimidar a população, principalmente em tempos de rejeição batendo na casa dos 70% contra a sua pupila presidente.

Confesso que tentei descobrir a relação completa dos demais agraciados desde que tal medalha foi criada em 1952. Não consegui. Queria ter um parâmetro de comparação entre os demais agraciados e o líder do MST. Parece-me que tal lista não fica disponível em um arquivo único. É uma pena. Mas, sei, por exemplo, que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa já foi agraciado com tal honraria. Difícil comparar Joaquim e João.

Aliás, já que estamos falando em comparações, vamos recordar um pouco quem foi Tiradentes, que inspirou a criação de tal honraria. O Alferes Joaquim José da Silva Xavier foi o Mártir da nossa Inconfidência (o primeiro movimento que lutou contra o jugo português, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal), patrono cívico do Brasil, patrono das policias militares (que o PT pretende extinguir), seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria desde 1992. Traído por Joaquim Silvério dos Reis, Tiradentes (que tinha esse apelido porque era dentista prático) foi enforcado, esquartejado, teve pedaços de seu corpo exposto em via pública (para servir de exemplo a outros possíveis conspiradores), sua casa foi destruída e sal grosso foi jogado em seus alicerces para que ali nunca mais se edificasse nada.
 
E João Pedro Stédile? Além do óbvio, líder do MST, ele também é membro da Via Campesina, uma organização que quer articular os movimentos sociais rurais em nível internacional. Ou seja, nada envolvendo os interesses de uma única nação. Seu movimento, o MST, volta e meia invade propriedades e destrói anos de pesquisas científicas, como no recente episódio da invasão de uma fazenda em Itapetininga – SP. 

Basta pesquisar no Google e conferir a informação. Nas suas atividades diárias o MST sempre privilegiou a violência e a truculência. Invadem e destroem. Não dialogam nem argumentam. Sempre inspirados pelo “exemplo edificante” de seu líder, que considera a presidente “quase uma santa”. Stédile defende abertamente a insubordinação e a luta armada. Em um artigo sobre a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em 2012, Stédile escreveu: "Se a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe".
 
 
Fazendo um paralelo com o Brasil, aqui a luta armada seria contra quem? A resposta é óbvia.  Se, o Alferes Tiradentes lutou pela Independência do Brasil em relação à Portugal, Stédile, ao contrário, já buscou apoio até na Venezuela para lutar contra os brasileiros. Não precisa acreditar em mim. Veja você mesmo:
 

Tiradentes queria livrar o Brasil da tirania portuguesa. Stédile quer submeter o Brasil à tirania comunista. Não é a toa que diversos oficiais da PMMG que carregam no seu espírito o exemplo de Tiradentes estejam revoltados. A hierarquia e a disciplina e o absoluto senso de dever de uma das mais briosas organizações do Brasil ainda os impede de se manifestarem livremente.

Não há como comparar as duas trajetórias. E só se pode compreender a indicação de Stédile, tendo em vista, quem outorga a medalha: um governador petista ansioso em promover e agradar seus correligionários.
[um governador desonesto, autor de consultorias fantasmas e estúpido, aloprado, sem serventia nem para ser guerrilheiro:
Durante o Governo Militar o tal Pimentel foi um dos companheiros de arma da ‘cérebro baldio’ Dilma e foi tão aloprado que eo tentar sequestrar o cônsul americano, foi atropelado pelo quase sequestrado.
O cara naquela época já não tinha utilidade.]

Nós, mineiros e patriotas, sentimos que tal medalha diminuirá um pouco em importância à partir de hoje. Seu brilho já não mais será tão intenso. E o Alferes Tiradentes, com certeza, esteja onde estiver, estará olhando com tristeza para as ladeiras da sua Vila Rica, imaginando como os homens podem deturpar e manchar com tanta facilidade ideais tão sublimes quanto aquele que está expresso na bandeira mineira: LIBERTAS QUAE SERA TAMEN! LIBERDADE AINDA QUE TARDIA!

Fonte: Robson Merola de Campos, advogado – TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais


segunda-feira, 6 de abril de 2015

O PT e a avestruz - Dia 12 de abril seremos mais de 3.000.000

A proposta de alguns setores partidários de radicalização do processo político, por intermédio de uma nova aliança com os movimentos ditos sociais, é de uma grande irresponsabilidade

O PT está se comportando como a avestruz. Pensa que, escondendo a cabeça, ninguém mais verá o resto do corpo. Os escândalos se sucedem, o mensalão passa para o petrolão, e o partido insiste em frisar a sua virgindade ética, como se tudo fosse uma grande artimanha das oposições. Ainda assim, deveria ser explicado a que oposição os seus líderes se referem, pois, se há, ela tem sido incapaz de conduzir qualquer coisa. 

Segue a reboque das ruas que, nestas últimas semanas, se tornaram a grande protagonista do país. Vamos convir que a posição de vítima assumida pelo partido não tem nenhuma chance de vingar. O PT está no quarto mandato presidencial e é, portanto, responsável por tudo o que nele aconteceu e acontece. De nada adianta continuar culpando o ex-presidente Fernando Henrique por todo o mal que nos aflige, pois, se esse argumento for levado a sério, ele terminará sendo responsável por qualquer unha encravada. O que, sim, tem faltado para o atual governo e seu partido principal é o humilde reconhecimento dos seus erros, algo que parece se situar para além da soberba reinante. 

Se o país vive, do ponto de vista governamental e partidário, uma espécie de desmoronamento ético, isto se deve ao aparelhamento da máquina estatal, tornada um mero instrumento de consecução de fins partidários. O discurso oficial é contra a corrupção, quando a prática partidária consiste em acobertá-la. O PT nem consegue punir os seus envolvidos tanto no mensalão quanto no petrolão. Uns são considerados “guerreiros do povo brasileiro”, outros não o são ainda por não terem sido condenados.

O atual tesoureiro continua protegido e a Petrobras, por sua vez, segue blindada na verdadeira apuração de suas responsabilidades. Tudo é um grande jogo de cena. Ocorre, porém, que esta cena não está mais “colando”, não gerando nenhuma adesão dos cidadãos. O PT caiu na lama e não consegue sequer se levantar. [o PT é a própria lama no forma mais pútrida, mais repugnante, mais nojenta.]
 
Por outro lado, o país vive um despertar ético, demonstrando uma real preocupação com as suas instituições. As manifestações do dia 15 de março último foram uma efetiva tomada de consciência, com as ruas plenas de indignação, independentemente de faixa etária, classe social e gênero. O governo e o seu partido não mais conseguem tapar o sol com a peneira. Não há marketing que resolva essa situação. Os mágicos ficaram sem mágica!
Não tem o menor cabimento o PT reclamar de uma grande orquestração da mídia, como se fosse ela a responsável pelas grandes manifestações de rua, pelos escândalos da Petrobras, pela inflação e pelo o PIB zero. Jornais, revistas e meios de comunicação em geral, em sua diversidade e pluralidade, retratam o que está acontecendo. 

O que pretendem os dirigentes partidários? Que as ruas repletas de gente não sejam filmadas, retratadas e descritas? Que o PIB zero não seja comentado? Que a inflação que acomete os cidadãos seja desconsiderada, quando ela é, mesmo, sentida diariamente nos supermercados? Que a corrupção da Petrobras não seja noticiada? Que o trabalho da Justiça e do Ministério Público seja denegrido?

A política petista de feroz crítica aos meios de comunicação consiste em uma tentativa de matar o mensageiro para que a mensagem não seja transmitida. Em vez de o partido enfrentar os seus reais problemas, termina ele apelando ao seu arsenal ideológico de ideias antiquadas e ultrapassadas, desta feita a do “controle social dos meios de comunicação” ou de “democratização dos meios de comunicação”. 

Para falar claro: trata-se da tentativa de estabelecer a censura no país, nos moldes do que já é feito na Venezuela, Bolívia, Argentina e no Equador, nesta via comunista, soviética, agora denominada de “socialismo do século XXI”, como se assim a proposta autoritária se tornasse mais palatável! A moralidade é estropiada em nome de uma “superioridade moral do socialismo”.

O PT não consegue nem se entender no que diz respeito ao seu apoio ao governo Dilma. A austeridade fiscal que está sendo introduzida não é a responsável pela inflação, pelo PIB zero, pela desvalorização do real e pelos altos juros. Esses são nada mais do que consequências das políticas econômicas conduzidas pelo governo Dilma e pelo segundo mandato do governo Lula. São, reitero, meras consequências. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nada mais está fazendo do que tentar corrigir o descalabro reinante, que é um produto do que foi feito até aqui. 

Agora, que o partido se insurja contra o ministro e, indiretamente, contra a presidente, em nome das políticas desastradas que nos levaram até essa situação, é um manifesto contrassenso. Caberia, isto sim, apoiar a mudança de rumo, em nome da governabilidade e, sobretudo, do país, que é maior do que qualquer partido e da soma de todos. Como pode a presidente exigir o apoio incondicional do PMDB quando o seu próprio partido é o maior opositor de sua política atual?

A proposta de alguns setores partidários de radicalização do processo político, por intermédio de uma nova aliança com os movimentos ditos sociais, é de uma grande irresponsabilidade. Movimentos como o MST são expressões de um projeto político de tipo marxista para instalar no país um regime totalitário de tipo socialista.  Trata-se, no caso, de uma organização de tipo leninista, que possui vários braços, como os Sem-Teto, as Mulheres Campesinas, os Atingidos pelas Barragens, os Pequenos Agricultores e a Via Campesina. Todos obedecem a uma mesma estratégia e comando, tendo na Venezuela e em Cuba seus maiores exemplos. A faceta social é uma mera roupagem.

Insistir nesta via significaria lançar o país na ingovernabilidade e numa eventual crise institucional. Quando Lula chamou o “exército” de Stédile às ruas, ele conclamou essa milícia a se preparar. Permaneceram ele e os seus apoiadores cegos e surdos aos clamores populares. No dia 15 de março, um dos seus dizeres era: “A rua brasileira jamais será vermelha!”. Como bem expressaram os manifestantes em suas roupas: “ela é e sempre será verde-amarela!”.

Por: Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

segunda-feira, 30 de março de 2015

O AGONIZANTE PT?

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


Seria bom se você verdade.Os últimos contratempos enfrentados pelo PT transmitem aos nacionais crédulos, de que a canalha convulsiona. Ledo engano.  Enfraquecido, perdeu apenas uma modesta parte de sua capacidade de cooptar gregos e troianos. Assim, o partido passa por dificuldades, mas de forma alguma, está perto de seu funeral. 
 
Para alguns nacionais, a atual oposição surge para confrontar a quadrilha que há décadas corrompe e desmoraliza a nação. Repito. Ledo engano. Não existe uma oposição. Existe de fato uma luta pelo poder, mas não pelo Brasil do futuro.  Partidos antes integralmente cooptados, atualmente assumiram a ambição de aumentar o seu poder e oferecem alguma reação ao domínio total.

Lastimavelmente, o embate fajuto e passageiro a que assistimos não é pela recuperação de nossa Pátria. A refrega é tão somente para que partidos como o PMDB, retirem do PT o seu poder total, e eles assumam uma maior fatia do butim. Assistimos aos sobressaltos atuais entre o Executivo e o Congresso, este sob a meia liderança do PMDB, e alguns julgam que estamos diante de uma verdadeira oposição aos descalabros do Petismo.   Reiterando. Ledo engano.

Inicialmente, entendemos que as meras picuinhas serão de curta duração, além de termos a convicção de que o PMDB pouco se diferencia do Petismo. Os atuais atritos são circunstanciais e facilmente contornáveis, mediante a troca de favores, e as duas partes são useiras e veseiras em costurar conchavos.

Portanto, afirmamos que não existe qualquer oposição ao domínio petista, apenas o desejo de outro partido, de receber uma melhor parte do saque.  Conhecemos os personagens que lideram as posições do PMDB, o escorregadio Renan e o abominável Cunha, lapidares patifes que na atualidade ocupam posições na escabrosa política nacional, e que decidiram azucrinar a paciência do Executivo petista.

Podemos constatar que não estamos diante de algo que se proponha a mudar os rumos caóticos determinados pelo lulo-petismo, e somos apenas os submissos assistentes que presenciam ao entrechoque de canalhas.  Um e o outro arreganham os dentes, mas não se mordem, pois sabem que o seu interesse é manter o populacho inerme, pagando as suas altas contas e nada mais do que isto.

O melífluo debate, desta forma, desvia a opinião pública dos terríveis malefícios do petrolão e de muitas outras patifarias que mergulham esta nação num poço fedorento de corrupção.  Somos apenas a parte da pilhagem que permite aos escabrosos políticos se locupletar, mergulhados no poder e acima de qualquer lei. A caricatura da pantomima é acompanhada de palavrório ácido entre os embromadores que alardeiam o seu interesse pelo ESTADO NACIONAL; contudo, estamos na maior bancarrota, fracassados em todos os empreendimentos que deveriam enriquecer e engrandecer uma nação.

Brasileiros, como regredimos!  Nas últimas décadas fomos agraciados com uma malta de canalhas que, no momento, ansiando por dominar a nossa pobre gente e explorar esta terra à exaustão, brigam entre si. Envelhecemos, perdemos espaço no cenário internacional, a nossa infraestrutura deteriorou-se, a nossa educação regrediu, a nossa saúde pública definhou, a nossa justiça é parcial, a nossa democracia é manipulada, temos até um “exercito”, o de Stédile, portanto, solicitamos que alguém aponte qualquer coisa, área, ou fato em que tenhamos uma ponta de orgulho.

Somos o País mais corrupto do universo, para quem gosta , é um grande destaque.

Que Deus tenha piedade de nós...

 A Verdade Sufocada

quinta-feira, 26 de março de 2015

QUANDO O DIABO É CONSELHEIRO

Pelo menos dois milhões e meio de pessoas saíram às ruas no dia 15 de março. Diziam, em essência, quatro coisas: Fora Dilma! Fora PT! Chega de corrupção! E a que estava escrita na camiseta que eu usava: Impeachment! A desaprovação da presidente, em março, segundo levantamento da Datafolha, chegou a 62%. Em fevereiro, o mesmo instituto dizia que para 52% dos brasileiros Dilma é falsa, para 47% é desonesta e para 46%, mentirosa. Nada surpreendente quando esses números se referem a quem disse que "a gente faz o diabo em época de eleição".

Num sistema de governo bem concebido, do tipo parlamentarista, tal situação levaria ao voto de desconfiança. O governo cairia. No presidencialismo, tem-se o que está aí: uma crise institucional. Então, era preciso contra-atacar. Qual o conselho do diabo numa hora dessas? "Diz que teus opositores não gostam de pobre!", recomendaria o Maligno. Foi o que fez Lula, num discurso à porta do hospital onde a Petrobras, por culpa dele e de seus companheiros, respira por meio de aparelhos.

Disse o ex-presidente:O que estamos vendo é a criminalização da ascensão social de uma parte da sociedade brasileira. (...) A elite não se conforma com a ascensão social dos pobres que está acontecendo neste país”. Por toda parte, o realejo da mistificação, da enganação, da sordidez intelectual passou a ser acionado por gente que se faz de séria. Colunistas chapa-branca, artistas subsidiados pelo governo, intelectuais psicologicamente enfermos se alternam na manivela do realejo, a repetir essa tese.

O líder do MST, João Pedro (quebra-quebra) Stédile, falando ao lado de Dilma no RS, enquanto eu escrevia este artigo, rodou a manivela: "A classe média não aceita assinar a carteira da sua empregada doméstica. A classe média não aceita que o filho de um agricultor esteja na universidade. A classe média não aceita que os negros andem de avião. A classe média não aceita que o povo tenha um pouco mais de dinheiro”. 

Suponho que na opinião dele, os patrocinadores do MST são santos cujas meias deveriam ser guardadas para fazer relíquias, apesar de esfolarem a nação e encherem os próprios bolsos e os bolsos dos ricos. Quão tolo é preciso ser para se deixar convencer de que o povo sai às ruas porque pobres e pretos andam de avião e não por estar sob um governo que se dedicou a fazer o diabo? Como pode a mente humana entrar em convulsões e a alma afundar em indignidades de tais proporções?

Leonardo Boff, foi outro. Perdeu boa parte de sua fé católica, mas não a fé em Lula, a cujo alto clero não se constrange de pertencer. Dia 16, em Montevidéu, declarou: "No Brasil há uma raiva generalizada contra o PT, que é mais induzida pelos meios de comunicação, mas não é ódio contra o PT, é ódio contra os 40 milhões (de pobres) que foram incluídos e que ocupam os espaços que eram reservados às classes poderosas". É assim que o petismo age. Deve haver um lugar bem quente no inferno para quem se dedica a esse tipo de vigarice intelectual.

Vigarice, sim. E tripla vigarice. Primeiro, porque transmite a ideia equivocada de que o PT acabou com a pobreza, quando o partido está empobrecendo a todos, a cada dia que passa. Segundo, porque a nada o petismo serviu mais do que à prosperidade material de sua alta nomenklatura e a dos muitos novos bilionários que, há 12 anos, servem e se servem do petismo. Terceiro, porque só o PT se beneficia da pobreza dos pobres, aos quais submete por dependência.O desenvolvimento econômico e social harmônico é generoso. A ascensão dos pobres, quando ocorre de fato e não por doação ou endividamento, beneficia a todos. Isso até o diabo sabe.

Por: Percival Puggina, (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+. 
http://www.puggina.org/ 


segunda-feira, 23 de março de 2015

Dilma busca o suicídio? bandido Stédile enquadra Dilma?


Dilma flerta com o perigo


Em busca de apoio político, a presidente Dilma deu mais um passo em falso ontem ao ir ao encontro do líder do MST José Pedro Stédile, aquele cujo exército Lula ameaçou convocar caso a situação política o exija.

Diante do incômodo que a expressão causou entre os cidadãos comuns, e, sobretudo, entre os militares, que fizeram chegar ao ministro da Defesa Jacques Wagner o desconforto com a alegada metáfora, fora de hora por belicosa e por colocar-se em contraponto ao Exército brasileiro, a presidente Dilma não poderia ter lugar mais polêmico para ir do que o assentamento Lanceiros Negros, em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, sua terra.


E ainda por cima ouviu de Stédile, mais que conselhos, orientações de como deve governar. É bem verdade que a chamou de “quase uma santa”, e prometeu defendê-la dos “golpistas” que falam em impeachment. Mas para tal deu sua receita: disse que nenhum ministro deve “se sentir superior ao povo”, e recomendou que eles sejam “mais humildes” para ouvir “o povo, as nossas organizações, para saber onde tem problema”.   “Por que o seu (Joaquim) Levy não vem discutir conosco? Não é só cortar e cortar”. Stédile chegou a propor a Dilma que chame o povo “para baixar a taxa de juros”. Também criticou a “classe média reacionária” que foi às ruas no dia 15 de março para protestar contra o governo, e anunciou uma manifestação do MST no dia 7 de abril para defender o governo.


Aproveitou para conclamar a presidente da República para sair do Palácio do Planalto e ir também para as ruas. Como da outra vez, dias antes de uma manifestação que já está sendo convocada contra o governo Dilma para o dia 12 de abril. Se havia dúvidas sobre a viabilidade dessa manifestação entre os que a organizam pelas redes sociais, a marcha do MST deve indicar que ela se torna necessária.

Dilma, em entrevista depois dos atos do MST, defendeu o direito de Stédile dizer o que acha, e preferiu criticar os que se manifestaram contra ela nas ruas do país. “Tem gente no Brasil que aposta no quanto pior, melhor. São os chamados pescadores de águas turvas. O que querem não me interessa. O fato é que apostam contra o Brasil. Você não pode apostar contra o seu país”.

 
Esse naturalmente é mais um equívoco de Dilma, em busca de apoio fora do jogo político tradicional, mesmo que tenha afirmado que não concorda com tudo o que Stédile disse. Essa é mais uma característica dessa crise: a presidente da República é minoritária dentro de seu campo político.  Ela depende do PMDB, do PT, do ex-presidente Lula, e até mesmo do MST, se levarmos em conta que foi atrás dele num momento especialmente delicado da vida nacional, quando as ruas passaram a ser o palco da ação política a favor e contra seu governo e o PT.


A manifestação dos chamados “movimentos sociais” MST, CUT, UNE - na sexta-feira que antecedeu o grande protesto que colocou mais de 2 milhões de pessoas nas ruas do país contra o governo Dilma, revelou uma fragilização desses movimentos que frustrou o objetivo de demonstrar força contra a “elite de mierda”, como Stédile se referiu à oposição em comício recente na Venezuela em favor de Maduro.


Nada disso impedirá, e ao contrário aumentará a pressão, para uma reforma ministerial desejada, por razões distintas, por todas as forças que fazem parte do grupo político que a sustenta. Dilma terá que resistir entrincheirada no Palácio do Planalto onde acolhe um grupo de apoiadores minoritários entre as diversas facções do PT.  A reforma que a esquerda petista quer não é a mesma do PMDB, e o que o MST quer não combina com o que o governo pretende para o agronegócio brasileiro. Neste momento, o arroubo de negar uma reforma ministerial mais ampla é mais uma tentativa de firmar sua liderança, e deixar de ser vista como um fantoche do Lula.  Mas é uma tentativa que tem pouca chance de vingar, pois ela não tem força política para esse tipo de arroubo. Corre o risco de queimar a língua mais cedo do que se pensa.


Fonte: Merval Pereira - O Globo

quarta-feira, 18 de março de 2015

Emendar-se, o governo não vai



Percival Puggina

Para resolver tais casos, a Constituição disponibiliza o processo de impeachment. Que tem lei própria.
A mobilização em favor do impeachment é ato de respeito próprio. É questão de decoro nacional. Expiação ante o mundo civilizado.

Nada seria mais danoso às carreiras ligadas ao Direito e à Justiça do que a unanimidade das opiniões jurídicas. Vale o mesmo para a imprensa. Nas sociedades livres, a divergência integra o ser social. Não existe ponto sem contraponto. E é por aí que muitos trabalham. As sociedades submetidas ao totalitarismo funcionam ao contrário: dissentir, pensar diferente do rebanho ou de seus pastores, gera consequências que vão dos adjetivos pejorativos às sentenças de morte. Por isso, a afirmação de que o impeachment da presidente Dilma constitui demanda ridícula, golpista, sem fundamento jurídico, não é uma sentença final, irrefutável. É apenas uma das posições possíveis perante o assunto.

Com apenas 7% da opinião pública a seu favor, a permanência de Dilma no poder nada tem a ver com democracia, mas com Estado de Direito. É este que a sustenta contra aquela. Para resolver tais casos, a Constituição disponibiliza o processo de impeachment. Que tem lei própria. Que é um instituto de natureza eminentemente política, nem surdo nem mudo, com motivações éticas e regras claras. Golpe, só não percebe quem não quer, foi dado ao país antes, durante e depois da eleição

Antes, com governança irresponsável, com franquias à corrupção, com esbanjamento dos recursos públicos para fins eleitorais, com negligência no controle dos gastos, com a ruína da aritmética. Durante, com repetição de despudoradas mistificações, com ocultação da realidade nacional, com a estratégia serial killer de reputações e a imputação aos adversários das maldades que o governo viria a cometer. Depois, no agir como se o dia 27 de outubro nada tivesse a ver com o dia 26. E transcorresse noutro país, sob outra realidade, perante outro povo. Mas o que é isso, companheira?

A presidente, por tudo que fez e deixou de fazer, precipitou a nação no descrédito e nos afundou numa crise em que não deveríamos estar. A improbidade se instalou no governo como quem reclina a poltrona e põe os pés sobre a mesa. É um seriado de infinitos episódios. Milhões de brasileiros que não perceberam isso antes compreenderam agora, em dois meses. Emendar-se, o governo não vai! Então, a mobilização em favor do impeachment é ato de respeito próprio. É questão de decoro nacional. Expiação ante o mundo civilizado.
 
Contrapor que isso causaria faniquitos em Stédile e outros como ele, não é argumento. É afofar a cama dos brutamontes! Para isentar-se de qualquer culpa por toda improbidade praticada em sua gestão, seria necessário que a presidente estivesse muito longe daqui, comandando, quem sabe, outro país e outro governo. No Brasil, não vejo como.

Publicado no jornal Zero Hora.
http://puggina.org