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quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Celso Amorim deve ser devolvido à lata de lixo da História
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sábado, 3 de março de 2018
No lugar certo quando tudo dá errado: quem é Raul Jungmann, o homem de Temer para a segurança pública
Em março de 2002, um grupo de 500 militantes do Movimento dos
Trabalhadores Sem-Terra (MST) invadiu a fazenda Córrego da Ponte, em
Goiás, e desencadeou uma crise em Brasília, a 200 km dali: as terras
eram da família do então presidente, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Raul Jungmann, hoje ministro da Segurança Pública, ocupava então a pasta
do Desenvolvimento Agrário (MDA). De Recife (PE) Jungmann despachou
subordinados seus para o local. Horas depois, ele mesmo foi para lá.
Havia tensão porque o governo enviou a Polícia Federal e o Exército e
eles iam invadir o local. "Jungmann tentou garantir que os militantes do
MST não fossem agredidos", relembra a servidora aposentada Maria de
Oliveira, à época funcionária da Ouvidoria Agrária Nacional. Depois de
quase 24h de trabalho, na madrugada de domingo, Jungmann e Oliveira
conseguiram um acordo para que o MST saísse, sem prisões. O acordo, no
entanto, não foi inteiramente cumprido: 16 líderes do MST e a filha de
um dos militantes, de 16 anos, foram deitados com a barriga na lama do
chão, algemados e presos.
Daquele dia até hoje, o pernambucano acumulou poder e se tornou um dos homens fortes de Temer. A nomeação como ministro da Segurança Pública mostra isso: o pernambucano será o responsável pela área que é "prioridade zero" do Planalto. Nesta terça-feira, horas depois de ser nomeado, Jungmann deu o tom de sua gestão: demitiu do comando da Polícia Federal o delegado Fernando Segóvia - que causara dificuldades ao Planalto com declarações atabalhoadas sobre um inquérito que investiga o presidente Michel Temer - e o substituiu por Rogério Galloro.
Comandar a "prioridade zero" do governo significa também que Jungmann voltará ao foco da tensão: uma das missões dele será acompanhar a intervenção federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro, em andamento desde meados de fevereiro.[Jungmann nesta missão irá apenas acompanhar; aceitável que dê algum palpite quando, e se, solicitado pelo general Braga.]
Antes mesmo de ser alçado ao posto, distribuiu declarações fortes sobre os planos da intervenção. Em entrevista coletiva, aventou a possibilidade de "mandados coletivos de busca e apreensão" e chegou a falar em "captura coletiva" de suspeitos. Mais recentemente, culpou usuários de classe média por sustentar o tráfico de drogas. [um dos poucos pontos em que o ministro Jungmann está totalmente certo - combatendo o consumo, o usuário, o noiado, se combate o tráfico - nos repetindo: não há tráfico sem demanda; não há demanda sem consumo e não há consumo sem usuário.
A legislação tem que ser mudada de modo a penalizar com rigor o usuário. É ele a causa de todo mal derivado do tráfico.
Mesmo assim essa sua postura inteligente sobre a causa principal do tráfico não é suficiente para compensar ter ficado do lado do MST no episódio havido em 2002 e relatado neste POST.]
O comportamento aguerrido não é novidade na trajetória do político, como prova outro episódio de sua carreira. No dia 21 de setembro de 2009, o ex-presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltou às escondidas a seu país e foi à embaixada brasileira em Tegucigalpa, em busca de asilo político. A situação criou um impasse: as forças armadas do país cercavam a embaixada. Jungmann, que era deputado federal à época, chegou à embaixada no fim de setembro, como o coordenador de uma missão do Congresso. Um dos seus ex-assessores diz que Jungmann "sentou na cadeira do embaixador", tomando o controle da situação. Na manhã seguinte, declarações de Zelaya estavam em todos jornais brasileiros: bastava ligar para o pernambucano para falar com o ex-presidente hondurenho.
(...)
Até tu, Bruto?
Nos últimos anos, Jungmann também teve que responder a questionamentos relacionados à menção ao seu nome em uma planilha de propinas da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
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sexta-feira, 20 de maio de 2016
Com o fim da política externa da canalhice, o Itamaraty recuperou a vergonha e o Brasil se livrou do papel de grandalhão idiota subordinado aos anões bolivarianos
A
drástica mudança de rota anunciada pelo chanceler José Serra implodiu a opção
preferencial pela infâmia que envergonhou o país decente por mais de 13 anos
O pedido de socorro
remetido por Dilma Rousseff à comunidade internacional foi ouvido por cinco
países da série D ─ Cuba, Nicarágua, Bolívia, Venezuela e
Equador ─ e duas organizações
regionais: Alba e Unasul. A isso se resumiu a aliança com a qual a
presidente de férias no Palácio da Alvorada pretendia neutralizar o golpe imaginário e voltar ao emprego: uma ditadura caribenha, uma irrelevância centro-americana,
três vizinhos bolivarianos e duas siglas inúteis. Sete anões. Com a adesão de El Salvador, segundo baixinho centro-americano a meter-se em assunto de
gente grande, os sete viraram oito. Ou sete e meio.
Bastaram duas notas oficiais e meia dúzia de declarações para calar o coro dos cucarachas. Nesta quarta-feira, em seu discurso de posse, o chanceler concluiu o serviço de desmonte da usina de falsidades. Como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o país que presta não vai mais envergonhar-se com a submissão do Itamaraty aos velhacos da seita lulopetista e aos matusaléns do Foro de São Paulo. “A política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não do governo e jamais de um partido”, resumiu Serra ao anunciar a prioridade número 1.
A número 2 formalizou a retomada da defesa sistemática dos direitos humanos, da democracia e da liberdade ─ “em qualquer país e qualquer regime político”. Que se cuidem os beneficiários da diplomacia nascida do acalamento incestuoso de stalinistas farofeiros do PT e nacionalistas de gafieira do Itamaraty, uns e outros sonhando com a Segunda Guerra Fria que destruirá para sempre o imperialismo ianque. Em janeiro de 2003, esse aleijão que pariram subiu a rampa do Planalto acampado na cabeça baldia de Lula.
Nos oito anos seguintes, fantasiado de potência emergente, o Brasil envilecido pela abolição de valores morais não perderia nenhuma chance de reafirmar a opção preferencial pela infâmia. O presidente ajoelhou-se com exigências descabidas do Paraguai e do Equador, suportou com passividade bovina bofetadas desferidas pela Argentina, meteu o rabo entre as pernas quando a Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de gás, hostilizou a Colômbia democrática para afagar os narcoterroristas das FARC.
Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, nunca fez a escolha certa. E frequentemente se curvou a imposições de parceiros vigaristas. Quando o Congresso de Honduras, com o aval da Suprema Corte, destituiu legalmente o presidente Manuel Zelaya, o Brasil se dobrou às vontades de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar no poder o canastrão que combinava um chapelão branco com o bigode graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos, Chávez convenceu Lula a transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa na Pensão do Zelaya.
Para afagar Fidel Castro, Lula aprovou a deportação dos pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia Federal quando tentavam fugir para a Alemanha pela rota do Rio. Entre a civilização e a barbárie, o fundador do Brasil Maravilha invariavelmente cravou a segunda opção. Com derramamentos de galã mexicano, prestou vassalagem a figuras repulsivas como o faraó de opereta Hosni Mubarak, o psicopata líbio Muammar Kadafi, o genocida africano Omar al-Bashir, o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad.
Coerentemente, o último ato de um presidente que se julgava capaz de resolver com conversas de botequim os conflitos milenares do Oriente Médio foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. Herdeira desse prodígio de sordidez, Dilma, a afastada, manteve o país de joelhos e reincidiu em parcerias abjetas. Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o reprodutor de batina. Juntou-se com muita animação à conspiração tramada para afastar o Paraguai do Mercosul e permitir a entrada da Venezuela. Caprichou no papel de mucama de Chávez até a morte do bolívar-de-hospício que virou passarinho. Para adiar a derrocada de Nicolás Maduro, arranjou-lhe até papel higiênico vendido a preço de ocasião.
Enquanto Lula prosperava como camelô de empreiteiras que exploravam o Petrolão e facilitador de negociatas com obscenidades africanas cujas dívidas com o Brasil havia perdoado, Dilma transformou a Granja do Torto na casa de campo de Raúl Castro e presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem. Avançava no flerte com os companheiros degoladores do Estado Islâmico quando a Operação Lava Jato começou. Potencializada pela crise econômica, a maior roubalheira da história apressou a demissão da mais bisonha governante do mundo. Os crápulas que controlavam o Itamaraty acompanharam a chefe no caminho do esquecimento.
“O Brasil vai perder o protagonismo e a relevância mundial”, recitou Dilma nesta quinta-feira. O que o país perdeu foi o papel de grandalhão idiota e obediente aos anões da vizinhança. Recuperou a altivez há tanto tempo sumida. E logo chegará a hora de enquadrar os populistas larápios, os ditadores assumidos e os tiranos embrionários que prendem quem discorda, assassinam oposicionistas e sonham com a erradicação do Estado de Direito.
Os incomodados que peçam ajuda à desterrada do Alvorada. Ou que se queixem a Lula, se o parteiro da Era da Canalhice ainda estiver em liberdade.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
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