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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Dino precisa de uma GLO = Dino incomoda muita gente - Episódio da 'dama do tráfico'... - O Globo

Opinião / Elio Gaspari 

Na segunda-feira, os repórteres André Shalders e Tácio Lorran revelaram que Luciane Barbosa Farias, mulher do traficante Tio Patinhas, do Comando Vermelho, esteve duas vezes no Ministério da Justiça reunindo-se com servidores. 

 Horas depois, o ministro Flávio Dino correu a explicar-se: Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa ou esposa.

 'Dama do tráfico': Doze deputados da base pedem impeachment de Dino

Ninguém havia dito que Dino havia recebido “a dama do tráfico amazonense”, condenada a dez anos de prisão.

Quem recebeu a Madame Tio Patinhas foram o secretário de Assuntos Legislativos do ministério, o secretário nacional de Políticas Penais, o diretor de inteligência penitenciária e a ouvidora nacional de serviços penais. Em todos os casos, a senhora acompanhava um grupo recomendado por uma ex-deputada estadual fluminense que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal do Rio de Janeiro (Anacrim-RJ).

Pela fala do ministro, receber no ministério uma senhora condenada, casada com um traficante também condenado a 31 anos de prisão, foi coisa dos subordinados. Segundo um dos responsáveis, a entrada do grupo atendeu à ex-deputada estadual. Tratava-se de discutir casos de jovens assassinados.

A reação de Dino e de seus servidores foi típica das organizações fracassadas.  
Seja qual for o problema, a responsabilidade não é minha, pois é dele, e assim sucessivamente, até que o assunto seja esquecido.
A anomalia só foi discutida, e corrigida no mesmo dia, porque o caso foi divulgado. Afinal, as visitas ocorreram há meses, sem registro da presença de Madame Tio Patinhas no grupo. Se os dois repórteres estivessem cuidando das virtudes das GLOs do Rio, a ex-deputada teria mostrado seu prestígio, a Anacrim-RJ teria exibido sua importância, e Madame Tio Patinhas teria documentado seu trânsito. 
 
O episódio mostrou que se entrava no Ministério da Justiça e nos seus ilustres gabinetes sem qualquer checagem. 
Seria absurdo checar? 
Vale lembrar que os cidadãos comuns passam horas em voos internacionais, e seus passaportes são checados pela Polícia Federal. 
 
Outro dia o ministro Flávio Dino festejou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem parcial que usa efetivos das Forças Armadas para fiscalizar as entradas no Rio de Janeiro. 
Iria bem pedir a um pelotão que verificasse a porosidade de seu ministério. Seria uma GLO de alto nível.
Dino explicou que diversos sistemas de informação relacionados com a segurança pública não se falam. 
Há algum tempo, os sistemas do Ministério da Justiça também não se falavam. 
Isso não acontece porque a inteligência artificial seja coisa complexa, mas porque a esperteza natural é simples: o negócio é vender equipamentos e os subsequentes serviços de manutenção. 
Se padronizar, acabam as boquinhas. 
 
Madame Tio Patinhas circulou pelo Ministério da Justiça pelo mesmo motivo que milicianos e traficantes são libertados. 
Às vezes isso acontece porque se pode jogar a culpa nos sistemas. Quando esse golpe não funciona, um desembargador baiano entra num plantão e solta o Dadá do Bonde do Maluco.  
A denúncia desse absurdo partiu do ministério de Dino, e em poucos dias o Conselho Nacional de Justiça afastou o magistrado. 
Não se passou adiante a responsabilidade.

Elio Gaspari, colunista - O Globo

O ministro Flávio Dino (Justiça) tem um espírito brincalhão e costuma fazer graça quando questionado a respeito das várias arestas que coleciona desde que assumiu uma das pastas mais empepinadas da Esplanada sob Lula. Até tentou submergir nos últimos meses, quando percebeu que o fogo que o atingia vinha de todos os lados, e não apenas da oposição bolsonarista com que manteve enfrentamento sobre a democracia ainda na transição e mais fortemente depois do 8 de Janeiro, episódio em que teve, com sua pasta, papel central. Mas as controvérsias parecem ir a seu encontro, o que não é nada circunstancial. Afinal, se fatos de março ou maio têm vindo à tona agora, é porque há gente buscando e municiando a imprensa de informações.

O episódio da “dama do tráfico Amazonense”, alcunha pela qual Luciane Barbosa Farias é conhecida, é o mais recente a servir para fustigar tanto a capacidade de Dino de conduzir a política de segurança pública do país quanto a possibilidade de Lula indicá-lo para a cadeira vaga desde outubro no Supremo Tribunal Federal.

É inadmissível que uma pasta responsável por lidar com extremismo, contraterrorismo, combate ao crime organizado e outros temas explosivos seja tão displicente com quem entra no prédio onde o ministro despacha para se reunir com seus auxiliares diretos — ou quiçá mesmo com ele. 
É perfeitamente possível que não tenha sido checada a ficha de alguém condenado e incluído em inúmeras investigações por ser elo financeiro de uma das principais facções criminosas que atuam no Brasil. Mas é assustador que assim seja.

Precisou ser noticiado pela imprensa para que alguns filtros fossem estabelecidos, não sem que antes os responsáveis tenham tentado minimizar a revelação. Não se trata de insinuar qualquer ligação ou complacência dos integrantes da pasta com o crime organizado. Mas a vulnerabilidade que essas autoridades demonstram é um grande trunfo para aqueles que apontam a incompetência do governo Lula para lidar com o assunto, um dos que mais desgastam a imagem do presidente e da esquerda perante a sociedade.

Por tudo isso, e também pelo que o caso, de fácil disseminação nas redes sociais e nas rodas de conversa, traz de desgaste à imagem do ministro, é grave que se tenha comido essa bola. E pode haver mais minhoca à espera de enxadadas nesse terreno.
A maioria das brigas que Dino enfrentou era necessária, e ele o fez com coragem rara em ocupantes de cargos de confiança. Ex-governador do Maranhão e senador eleito pelo estado, Dino costuma dizer que age sabendo que, se tudo o mais der errado, tem seu mandato para exercer. Mas é conhecido em Brasília seu desejo de integrar o Supremo Tribunal Federal, o que seria a coroação da carreira de magistrado de que abriu mão para se lançar na política. 
Acontece que é essa característica uma das mais usadas contra ele, inclusive pelos que tentam fazer a cabeça de Lula. 
Dizem que seria político demais e nem a ida ao STF o faria se despir de suas ambições eleitorais.

Nem tudo que se diz do ministro em Brasília é justo ou verdadeiro. Mas nem Fernando Haddad hoje atrai tanto fogo, amigo e inimigo, quanto o titular da Justiça. Ainda dentro de seu jeito folgazão, ele diz que sua prioridade é emagrecer 32kg e ter uma vida saudável. Está empenhado nisso.

Mas a demora de Lula em definir a vaga no STF, deixando dois de seus ministros numa arena pública em que esse tipo de ataque atinge mais a um que a outro, faz com que, nem que deseje, Dino não consiga sair dos holofotes. A facilidade com que uma dama do tráfico foi recebida e tirou fotos sorridentes no ministério mostra o tamanho do nó que é combater o crime organizado, tão entranhado que está nas estruturas institucionais brasileiras. Para Dino, a tarefa é essa, mas também evitar que a guerra termine com ele como alvo principal.

Próxima Israel e reação a Dino reaglutinam oposição a Lula

 Coluna Vera Magalhães - O Globo

 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Visita do CV destaca, cada vez mais, Flávio Dino como maior desastre do governo Lula na segurança - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Reportagem do Estadão revelou que mulher de chefe do Comando Vermelho foi recebida duas vezes no Ministério da Justiça

Uma reportagem publicada hoje no Estadão, de autoria dos repórteres André Shalders e Tácio Lorran, traz informações de primeira qualidade sobre um problema cujo debate é quase proibido no Brasil de hoje – as relações entre integrantes do governo Lula e o crime organizado.

Não vai ser possível dizer desta vez que se trata de acusação sem provas, ou “desinformação”, ou alguma outra desculpa. 
Na verdade, não há nenhuma acusação. 
A reportagem simplesmente leva ao conhecimento do público fatos objetivos e acima de discussão: quatro secretários e diretores que trabalham nas proximidades do ministro da Justiça, Flávio Dino, receberam no próprio Ministério uma integrante do Comando Vermelho no Amazonas. Não foi um acaso.
A mulher de um chefe da organização, conhecido como “Tio Patinhas”, foi recebida duas vezes no Ministério da Justiça este ano, ao longo de um período de três meses. 
Também não foi uma conversa com algum funcionário subalterno. 
As reuniões foram com assessores do próprio ministro
O criminoso em questão, enfim, está na cadeia, condenado a 31 anos por crimes diversos – e sua própria mulher, que foi recebida no Ministério da Justiça, está recorrendo em liberdade da pena de 10 anos de prisão a que foi condenada.
A reação inicial do Ministério da Justiça, naturalmente, foi dizer que não houve nada de anormal na história toda
 As realidades práticas, porém, mostram que não há nada normal. Duas visitas seguidas, uma após a outra? 
O nome da mulher de “Tio Patinhas” não consta das relações de visitante ao Ministério. 
A polícia, incluindo a Polícia Federal – “que eu comando”, como diz o ministro Dino – sempre soube quem é a visitante.
 
Ela ocupa posição de destaque na administração financeira do Comando Vermelho no Amazonas, tem uma “ONG” que recebe dinheiro do tráfico e anda em Brasília com políticos ligados a partidos de extrema esquerda, como Psol e PSTU. 
Como poderia, então, andar sem problema nenhum dentro do Ministério da Justiça? 
Se isso tudo fosse um fato único e isolado, seria possível para o governo tratar o caso com um desses acidentes da vida que podem acontecer a qualquer um. Mas não se trata de um fato único e isolado. Ao contrário, as visitas vêm se somar às repetidas acusações de que o atual governo está envolvido com as organizações criminosas mais conhecidas. [oportuno lembrar que ainda falta investigar sobre a visita do esfaqueador Bispo à Câmara dos Deputados, semana antes dele tentar matar Bolsonaro, e investigar quem bancou seus advogados - o crime não prescreveu.]
Não ajuda em nada, obviamente, a constatação de que os curtos-circuitos nessa questão acontecem, em geral, no pior lugar em que poderiam acontecer: o Ministério da Justiça. 
Em condições normais, criminosos que segundo as próprias autoridades são um perigo para a segurança dos cidadãos, ficariam o mais longe possível do Ministério encarregado de cuidar da justiça e da segurança pública.
 
O que acontece, como revela a reportagem do Estadão, é justamente o contrário – é justo ali que eles se sentem mais à vontade.  
Pouco depois de assumir seu cargo, a propósito, o ministro Dino fez uma espantosa visita ao Complexo da Maré, um dos piores centros de operação do crime organizado e violento no Rio de Janeiro
Tornou-se inevitável, aí, a impressão de apoio explícito aos grupos de criminosos que intoxicam cada vez mais a sociedade brasileira. Se não foi isso, o que teria sido?
 
O ministro diz que criticar seus contatos com esse meio é “preconceito contra os pobres”. Os pobres não têm nada a ver com isso, e nem com as visitas de uma das chefes do tráfico ao Ministério da Justiça. 
A verdade é que o ministro Flavio Dino não apenas se destaca, cada vez mais, como maior desastre do governo na área de sua responsabilidade. Também vai criando, dia após dia, a imagem do Brasil como um pária na comunidade internacional – que sempre acompanha, com os dois olhos bem abertos, a promiscuidade, ou a cumplicidade, entre governos e crime.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Os petralhas, como os pokémons, estão sendo pegos

Os petralhas, para o bem do Brasil, estão sendo pegos, como pokémons inimigos da civilidade. E não! Eles nunca foram do tipo Zubat ou Pidgey, que se capturam logo na primeira pokebola. Que nada! São bichos tinhosos. Estão mais para Dragonite, Blastoise e Charizard. Vejam quanto tempo demorou até que caíssem em desgraça.

Ladrões de dinheiro público continuarão a existir em todos os partidos. Os operadores de caixa dois também. E é claro que crimes e criminosos têm de continuar a ser combatidos com severidade. Pokebola neles! Mas é preciso tomar cuidado para não cair presa de uma falácia. Nem todos os pokémons são iguais. E o jornalismo existe, entre outras razões, para tratar de modo diferente os diferentes. Já volto ao ponto.

Há 15 anos, criei o vocábulo "petralha". Nasceu da fusão da sigla "PT" com a palavra "metralha", numa referência aos irmãos que viviam tentando roubar o Tio Patinhas. Um "petralha" é aquele que justifica o roubo de dinheiro público em nome de uma causa. E não me venham dizer que se trata de uma caricatura da esquerda, assim como "coxinha" é uma caricatura da direita! Um "coxinha" não é o ladrão do lado de cá. Não é um criminoso ou um justificador de crimes.
Como se vê, a palavra antecede a chegada do PT ao governo federal. Com ela, eu designava aquela que eu entendia ser a prática dos petistas na Prefeitura de Santo André, então administrada por Celso Daniel, que foi assassinado.  O "Washington Post" afirmou que o turista precisa saber o significado de seis palavras se quiser entender o Brasil contemporâneo. Fiquei contente. Uma delas é "petralha". As outras são "gourmetização", "jeitinho", "zoeira", "coxinha" e "crise".

A minha criação já havia alcançado altitude maior como expressão de uma realidade reconhecível: a palavra integra o "Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa". O autor da obra, Luiz Antonio Sacconi, diga-se, sofreu retaliações por isso. Teve seu dicionário e seu minidicionário rejeitados pelo MEC dos... petralhas!
O jornal americano não foi muito feliz ao tentar explicar o significado da palavra. Misturou alhos com bugalhos. Os barbudos, os maconheiros e até os estudantes de sociologia fariam parte de tal comunidade. Eu jamais disse isso. Até porque nunca entendi a associação entre drogas e esquerda. Fui vermelho um dia. Tínhamos um desprezo solene por viciados. O que mudou?

Talvez isso se deva ao fato de os esquerdistas terem passado a consumir mais maconha e menos Marx, o que, quero crer, não colabora para a qualidade do marxismo que praticam nem para a gostosura da viagem. Sempre achei curioso esse esforço para transformar fumaça em categoria de pensamento. Mas deixo essas digressões para outros baratos. Tentarei não desperdiçar a minha pokebola.

Não basta ser ladrão para ser petralha, embora o petralha seja um ladrão. Não basta fazer caixa dois para ser petralha, embora um petralha faça caixa dois. Não basta cobrar propina para ser petralha, embora um petralha cobre propina.  Um petralha torna o vício uma precondição da virtude. Um petralha transforma o crime numa teoria de poder. Um petralha usa o assalto ao cofre como ato preparatório do assalto à institucionalidade.

Nós matamos os petralhas como horizonte utópico.

Agora começa a luta.


Fonte: Reinaldo Azevedo - Folha de São Paulo

 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Victor Civita e a VEJA

Estão maltratando VC

Victor Civita, o VC, foi um grande empresário, daqueles que ajudam a mudar a cara do negócio em que entram

Quando chegou ao Brasil, vindo de Nova York, Victor Civita tinha algumas centenas de milhares de dólares e uma licença para imprimir revistas de quadrinhos de Walt Disney. O Pato Donald e Mickey eram bons parceiros. Isso foi em 1949. São Paulo ainda não tinha o Parque do Ibirapuera, a Avenida Paulista era uma alameda de palacetes e no bairro de Pinheiros havia um incinerador de lixo.

Civita morreu em 1990, aos 83 anos. Em quatro décadas, transformou uma pequena empresa na maior editora de revistas do país, revolucionou a relação dos brasileiros com os livros, levando-os para as bancas de jornais, ajudou a redesenhar as relações do mercado publicitário com as publicações que recebiam seus anúncios e deu aos jornalistas um grau de independência pouco comum na época. Em 2008, a área onde funcionava o incinerador de lixo de Pinheiros foi transformada num espaço cultural e se chama Praça Victor Civita.

Na década de 50, as grandes agências de publicidade ficavam no Rio, administrando seus anúncios sob forte influência de relações pessoais. Civita rolava com sua pasta, mostrando que sua editora paulista batia de longe a circulação dos rivais. Em 1961, quando foi criado o Instituto Verificador de Circulação, IVC, havia quem o chamasse de Instituto Victor Civita.

Sua principal iniciativa foi o lançamento, em 1968, da revista “Veja”, que circulou durante anos no prejuízo. (Ao contrário das lendas contemporâneas, se ela não fechou, foi porque ele não deixou.) Nessa época, como Tio Patinhas, Civita nadava em dinheiro. Fascículos de receitas culinárias vendiam como pão. Foi dado por louco quando decidiu vender semanalmente em bancas de jornais uma coleção clássicos da literatura universal. 

Começou com “Os irmãos Karamazov”, de Dostoiévski. Se a coleção vendesse menos de 50 mil exemplares, iria a pique. Vendeu 270 mil. Seguiram-se “Os pensadores” e “Os economistas”. Platão vendeu 250 mil. Nas traduções e notas desses livros trabalhavam 300 professores, muitos desempregados pela ditadura. Jacob Gorender, por exemplo, traduzia na prisão.

Civita viveu sempre no mesmo apartamento de Higienópolis e dirigia o próprio carro (nacional). Dava-se ao luxo de hospedar-se no Sherry Netherlands de Nova York, mas tinha sempre à mão o kit com que fazia seu café da manhã. Limusine? Nem pensar.

A manutenção da Praça Victor Civita custa R$ 2 milhões anuais e até bem pouco tempo foi bancada pela Editora Abril com uns poucos patrocinadores. A editora, que neste ano viveu duas reestruturações e desde 2014 passou adiante pelo menos 17 títulos, desistiu do mecenato.

A Praça Victor Civita é hoje um dos melhores pontos de encontro de jovens paulistanos em busca de cultura. A retirada dos patrocínios mistura encrencas burocráticas, mas sua essência é só uma: faltam R$ 2 milhões anuais para mantê-la. Isso é uma fração mínima do que “VC” deixou para seus descendentes. Como o dinheiro é deles, ninguém tem nada com isso.

O que Victor Civita deixou para a imprensa e a cultura nacionais vale muito mais que esse pixuleco. Um lugar aonde se vai atrás de um bom show, palestra ou filme vale muito mais. Não se trata de parar de maltratar “VC”, mas de não maltratar quem está vivo.


Fonte: O Globo - Elio Gaspari,  jornalista