O governador eleito
do Distrito Federal realizou 13 mudanças de comando em unidades
especializadas da corporação. Ontem, ele anunciou o chefe da coordenação
responsável pelas três divisões que conduziram as maiores operações dos
últimos anos
[governador Ibaneis, um lembrete: ao
POVO que votou no senhor, quem vai exercer o alto comando da Segurança
Pública não interessa;
o que o POVO quer, e precisa,
é:
- que todas as delegacias das
cidades satélites funcionem 24 horas por dia, sete dias na semana - nada de
delegacia funcionando de segunda a sexta, em horário comercial;
também apenas algumas delegacias
funcionando 24//7, não atende aos anseios da população e a razão é simples: o
cidadão é assaltado em um ponto de Ceilândia, levam tudo e ele ter que, para
registrar a ocorrência, se deslocar a pé até uma delegacia que esteja
funcionando não dar, visto que além da demora ainda corre o risco de nova
assalto e por não ter nada para o assaltante, ser assassinado;
- que quando o cidadão precisar da
polícia e ligar para o 190 ela chegue em um tempo razoável - atualmente, se o
chamado não foi por um assassinato, é comum a viatura demorar várias horas para
atender o chamado, isso quando atende.
DETALHE: á noite, incluindo os finais
de semana, o efetivo da PM nas ruas é reduzido em 50%. ]
Com a troca de governo, o alto escalão da Polícia Civil
ganha nova configuração. Na transição, o futuro chefe do Palácio do
Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou 13 mudanças em comandos dos
núcleos da corporação — a última delas, ontem. Adjunto na Coordenação de
Repressão às Drogas, Leonardo de Castro assumirá, em 1º de janeiro, a
chefia da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime
Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor),
responsável pelas delegacias que conduziram as maiores operações da
capital nos últimos quatro anos, como a Panoptes, que desmontou a Máfia
dos Concursos; a Monopólio, que investigou denúncias de corrupção em
administrações regionais; e a Trickster, que apurou fraude em bilhetagem
eletrônica.
Na
corporação há 12 anos, Leonardo atuou na Coordenação de Repressão a
Roubos e na de Repressão às Drogas (Cord). O futuro delegado-chefe da
Cecor é próximo ao diretor-geral da Polícia Civil escolhido por Ibaneis
para atuar a partir de 2019, Robson Cândido. “Vamos fazer um bom
trabalho. A escolha é recente e ainda não deu para fazer planos. Mas
vamos empregar a experiência que a gente tem trabalhando lá”, disse.
O delegado-chefe da Cecor, Fernando César Costa, seguirá para a
coordenação do núcleo de Repressão a Homicídios, que cuida da solução de
crimes complexos. Ele está no atual cargo desde janeiro, data da
criação da unidade. Apesar da alteração em uma das áreas mais sensíveis
da Polícia Civil, os comandos das chefias das três divisões — Repressão
aos Crimes contra a Administração Pública (Decap); Repressão ao Crime
Organizado (Deco); e Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária
(Dicot) — seguem indefinidos.
Influência
O
Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do DF (Sindepo) terá força na
nova configuração da Polícia Civil. Da eleição feita para a lista
tríplice para a direção, saíram quatro nomes que integrarão o comando da
corporação no governo Ibaneis. Além de ter respeitado a escolha de
Robson Cândido para o cargo máximo da instituição, o futuro governo terá
Benito Tiezzi, segundo colocado e ex-presidente da entidade; Anderson
Espíndola, quarto; e Victor Dan, sétimo, em funções de chefia.
A
escolha dos dois cargos mais altos da corporação — diretor-geral e
adjunto — demonstra o prestígio dado por Ibaneis ao sindicato. Robson
Cândido e Benito Tiezzi eram os candidatos preferidos da atual direção
da entidade. O presidente do Sindepo, Rafael Sampaio, faz parte do grupo
que planeja a configuração do GSI, responsável pela segurança do
governador e de toda a equipe, e deve deixar a direção para assumir um
cargo no órgão.
Mas a influência da Polícia
Civil no governo Ibaneis deve ir além dos limites da corporação. Agente
aposentado da Polícia Civil e ex-presidente do Sindicato dos Policiais
Civis do DF (Sinpol), o distrital Wellington Luiz (MDB) será o
presidente da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF). A ele, caberá
a missão de tocar projetos prometidos por Ibaneis na campanha e no
programa de governo, como a expansão do metrô para a Asa Norte e a
modernização do sistema.
Compromisso
Derrotado
nas urnas, o deputado federal e ex-policial civil Laerte Bessa (PR),
que, apesar da coligação do próprio partido à chapa de Alberto Fraga
(DEM), declarou apoio a Ibaneis desde o primeiro turno, ficará à frente
do GSI. O órgão inexiste no Executivo local hoje. “A minha perspectiva é
de anunciar a estrutura até o próximo fim de semana. O GSI terá
bombeiros e policiais militares e civis trabalhando de forma integrada.
Buscaremos trazer policiais da reserva que tenham experiência na área de
segurança dignitária”, adiantou.
Apesar das
trocas, Ibaneis também manteve nomes na estrutura da corporação. Jefferson Lisboa permanecerá como diretor do Departamento de Polícia
Circunscricional (DPC), chefe das 34 delegacias de atendimento nas
cidades. Lisboa chegou a ser cotado para a direção-geral da Polícia
Civil, mas não disputou a lista tríplice e apoiou Robson Cândido. Uma
das prioridades do DPC será abrir as delegacias 24 horas, compromisso de
campanha de Ibaneis Rocha. Silvério Moita, aliado de longa data do
deputado federal Laerte Bessa, continuará à frente do Departamento de
Administração Geral (DAG).