Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador cesta básica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cesta básica. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 1 de março de 2023

A hipocrisia da esquerda na alta da gasolina - O PT agora esquece, mas os pobres são os mais prejudicados com o aumento do combustível

Bruna Komarchesqui - Ideias

Fim da desoneração

Quem ganha menos canaliza uma parcela maior de seu orçamento para custos de transporte e outros itens básicos, como alimentos e energia, em relação às famílias mais ricas
 
O governo Lula vai retomar a cobrança de tributos federais sobre os combustíveis, o que deve impactar em alta nos preços da gasolina e do etanol a partir de quarta-feira (1º). 
Em 2022, o governo Bolsonaro editou uma medida provisória reduzindo as alíquotas do PIS/Cofins sobre os combustíveis até o último dia 31 de dezembro. 
No início do governo Lula, a medida foi prorrogada até o fim de 2023, mas apenas para óleo diesel, biodiesel e GLP. 
Álcool e gasolina ficaram isentos somente até esta terça-feira (28). 
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a volta imediata dos tributos é essencial para o equilíbrio das contas do governo federal — o que contraria as críticas feitas recentemente pelo próprio PT a esse tipo de política.
 
 “Quem sofre com os sucessivos aumentos é o consumidor final que paga o preço da soma de tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.” 

Quem será que proferiu a frase acima?  Algum crítico do aumento dos impostos sobre a gasolina e o etanol promovido pelo governo Lula que vai afetar os consumidores a partir deste dia 1º de março? 

Não. É o próprio PT, quando fazia oposição ao governo Bolsonaro.  

A editora Bruna Komarchesqui mostra nesta reportagem como o PT e a esquerda em geral, diziam com razão que o preço alto dos combustíveis atinge a camada mais pobre da população, agora estão em silêncio diante das medidas do governo Lula que vão prejudicar justamente os mais vulneráveis.

A ideia de retomar os impostos ganhou respaldo de analistas respeitados na área da economia, como Raquel Landim: “É um gasto alto, para subsidiar um combustível poluente que favorece a classe média. Esse não é um programa voltado para os pobres”, tuitou. Apesar disso, dados mundiais, inclusive do FMI, mostram que o aumento no preço dos combustíveis prejudica mais os pobres que os ricos.
 
Durante o governo Bolsonaro, o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou que aumentos na gasolina representam “inflação para pobres, dividendos para ricos”. 
“Quem sofre com os sucessivos aumentos é o consumidor final que paga o preço da soma de tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”, publicou o PT em seu site oficial, em 2021.

“Esses sucessivos reajustes no preço do combustível aumentam os índices de inflação porque impactam nos preços de todas as mercadorias, que ficam muito mais caras e aprofundam ainda mais a crise social que atinge as famílias mais pobres, já bastante afetadas pelo desemprego e pela diminuição dos salários”, criticou o PT, um ano e meio atrás.

Em março do ano passado, o jornal esquerdista Hora do Povo também publicou uma reportagem afirmando que
a “gasolina é mais cara para os mais pobres”
O texto acentua que, além de trocar o automóvel particular ou transporte público para a locomoção por bicicletas e cavalos, a alta dos combustíveis estava levando a população de uma cidade de Goiânia a deixar de comer carne e a voltar a usar lenha para cozinhar. “Famílias de menor renda acabam alterando as cestas de produtos”, analisou o economista e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Felipe Queiroz, para a publicação.

Segundo o economista, o aumento gera um efeito cascata, que afeta quem depende direta ou indiretamente dos combustíveis fósseis. “O combustível é um bem intermediário. Ou seja, aumenta o custo dos fretes, porque a maior parte do transporte brasileiro é feito sobre rodovias. Além dos fretes, aumenta o custo de produção de outros bens que são derivados de petróleo ou dependem dele. Por exemplo o custo dos alimentos, aumenta o preço dos fertilizantes. Além disso, aumenta diretamente o preço da passagem do transporte, então é todo um aumento em cadeia, detalhou.
 
Efeito cascata na cesta básica
Em um texto publicado no blog da editora esquerdista Boitempo, no ano passado, a assistente social Renata de Oliveira Cardoso compilou dados nacionais para mostrar o efeito cascata do preço dos combustíveis em itens da cesta básica. 
Com cerca de 65% do transporte de cargas no Brasil ocorrendo por rodovias, modalidade que também representa 90% do transporte de passageiros, “torna-se fácil compreender a relação entre o aumento do preço dos combustíveis e a inflação de produtos e serviços de transporte, pois parte do aumento dos preços dos combustíveis acaba sendo repassada ao consumidor, na expectativa de garantir os lucros dos produtores”.

De acordo com o IBGE, famílias que vivem com até cinco salários mínimos gastam 23,84% da renda com alimentação. A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada em 2018 pelo Instituto mostrava gastos com transporte representando 18,1% do orçamento das famílias. Já alimentação e transporte contabilizavam, juntos, 35,6% do orçamento das famílias brasileiras. “Quando direcionamos nosso olhar investigativo aos grupos de renda, identificamos que os mais pobres gastam 31% com alimentação e transporte enquanto os ricos gastam 23%. Se é verdade que os mais pobres gastam mais com transporte e alimentação, devemos considerar um movimento cruel da realidade econômica brasileira atual: a inflação dos alimentos”, reforça Cardoso.

“Os dados ora trabalhados nos mostram os impactos diferenciados do preço do combustível sobre as famílias brasileiras e elucidam a hipótese aqui anunciada: a inflação do combustível afeta, especialmente, a vida dos mais pobres em nosso país”, conclui.
 
Menos proteínas
Nos Estados Unidos, onde a inflação atingiu 7,9% há um ano (maior índice desde 1982, inclusive superando o Brasil), as principais áreas de preocupação são moradia e combustível, que representam pelo menos metade dos gastos das famílias. Entre fevereiro de 2021 e de 2022, os custos com combustível aumentaram cerca de 40% no país. Já os salários dos horistas subiram cerca de 5% no período. “Os que ganham menos canalizam uma parcela maior de seus orçamentos para custos de transporte e outros itens básicos, como alimentos e energia, em relação às famílias mais ricas”, analisa uma reportagem da CNBC. De acordo com a publicação, dados da Secretaria Federal de Estatísticas Trabalhistas dos EUA mostram que “gastos com gasolina como parcela das despesas anuais diminuem à medida que a renda cresce”.

Enquanto os custos da gasolina representavam 2% dos gastos totais para americanos com mais de US$ 200 mil anuais de renda, aqueles com renda de US$ 15 mil por ano gastaram 3,7% de seus orçamentos com gasolina em 2019 (foram tomados dados pré-pandemia, uma vez que após 2020 houve uma distorção no consumo de combustível).

A diferença parece insignificante, mas é quase o que famílias de baixa renda gastam com peixes, ovos, aves e carnes. 
“Em outras palavras, se as famílias de baixa renda pudessem gastar a mesma parcela em gasolina (e outros combustíveis) que as famílias de renda mais alta, as famílias de renda mais baixa poderiam dobrar sua ingestão dessas proteínas”, calcula Kent Smetters, economista da Universidade da Pensilvânia.
 
Subsídios no mundo
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), “na maioria dos países europeus, os preços mais altos da energia impõem um fardo ainda maior às famílias de baixa renda, porque gastam uma parcela maior de seu orçamento em eletricidade e gás”. O órgão defende que os governos não intervenham no preço dos combustíveis, mas direcione auxílios a famílias de baixa renda. “Na Estônia e no Reino Unido, por exemplo, o custo de vida dos 20% mais pobres das famílias deve aumentar cerca de duas vezes mais do que o dos mais ricos”, afirma o FMI.

O economista Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CIEB), afirmou em uma entrevista à Exame, no ano passado, que os eventos mundiais de alta dos combustíveis têm sido combatidos com redução de impostos e programas sociais ao redor do planeta. “É um custo alto? É. Mas, no fim do dia, petróleo alto significa inflação, juros mais altos, e sempre quem sai prejudicado com isso é a população mais pobre”, acentuou.

Autora de livros na área e membro sênior da The Brookings Institution (que realiza pesquisas sobre política e desenvolvimento econômico), Isabel Sawhill reforça a tese de que aumentos nos preços de combustíveis afetam “negativamente os consumidores e a economia, e é especialmente prejudicial para as famílias de renda baixa e moderada”. 
“O aumento dos preços do gás produz um nível de dificuldade para um grupo que já sofre com altos níveis de desemprego e salários reais estagnados ou em declínio”, afirma.

“É claro que, mesmo que eles não possuam carros, os preços mais altos da gasolina também podem afetar os passageiros do transporte coletivo, uma vez que os custos mais altos aparecem na caixa de tarifas, embora isso sem dúvida ocorra com mais atraso”,
acrescenta.

Nos EUA, calcula Sawhill, cada dólar de aumento no preço do litro de combustível impacta em aumento de 2,7% na renda total de uma família que ganhe 20 mil dólares anuais e percorra cerca de 16 mil quilômetros por ano. Se, na teoria, essas altas encorajariam a população a buscar meios de transporte alternativos e mais econômicos, no curto prazo a opção acaba sendo “cortar outros gastos no orçamento familiar”.

“Como as famílias de baixa e média renda gastam a maior parte de sua renda, em média, no curtíssimo prazo, eles só podem escolher entre gastar menos em outros itens e se endividar ainda mais. Além disso, menos gastos em outros itens funcionam como impostos mais altos em desacelerar uma recuperação incipiente. Em outras palavras, os preços mais altos do gás drenam o poder de compra da economia. Isso significa que essas famílias são atingidas duas vezes: uma vez pelo impacto direto em seus orçamentos domésticos, mas uma segunda vez quando os preços mais altos retardam a recuperação econômica”
, lamenta a especialista.
 
Veja Também:

Para Sawhill, embora não haja como o governo interferir em questões externas que impactam nos preços, como distúrbios no Oriente Médio, é possível “amortecer esses efeitos”, por meio de medidas como “benefícios de seguro-desemprego, cortes de impostos sobre a folha de pagamento ou outra assistência às famílias de baixa renda”.

Bruna Komarchesqui, colunista - Gazeta do Povo - Ideias

 

sábado, 12 de agosto de 2017

Estabilidade nos preços faz antigos produtos voltarem ao carrinho

Cortar gastos ainda é prioridade, mas houve um alívio com a queda de preço e, algumas mercadorias voltaram a frequentar os carrinhos

O consumidor está voltando a comprar antigos produtos. Itens que tinham saído da lista havia alguns meses, agora, são repensados nas idas ao supermercado. Cortar gastos ainda aparece na ordem do dia das famílias, mas houve um alívio no bolso com a queda de preço de algumas mercadorias. A volta aos velhos hábitos, no entanto, não é de uma hora para outra, e muitos ainda reclamam da carestia. Mas a estabilidade dos preços está dando uma nova perspectiva para quem via a cesta básica como o maior gasto da renda da casa.

Para Leda Alves Silva, 56 anos, o corte na lista do supermercado foi grande. “Minhas compras eram bem fartas. Tinha muitos biscoitos, pizzas congeladas e esses alimentos processados, mas, como começou a ficar pesado para o bolso, eu decidi abrir mão desses itens”, disse. Agora, a despensa da família está ficando mais variada. “Estou voltando a levar certos itens, como a manteiga e o queijo, que também tinham sido cortados das minhas compras”, completou.

Mesmo ainda insatisfeito com os preços nas gôndolas, o consumidor reconhece a estabilidade. De acordo com o militar Raul Bravo, 60 anos, é possível notar a continuidade do valor dos produtos. “Ainda está tudo muito caro, mas agora parece que pelo menos o valor dos itens se manteve”, afirmou.  Essa estabilidade se reflete nas vendas. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor apresentou alta de 0,95% no primeiro semestre do ano — de janeiro a junho. 

Fonte: Correio Braziliense


terça-feira, 9 de junho de 2015

Governo e Justiça seguem impotentes e curvados aos rodoviários do DF: Com greve de ônibus, passageiros enfrentam outro dia de caos no transporte. Decisão da Justiça é ignorada pelos rodoviários


JUSTIÇA LENIENTE, GDF COVARDE, FROUXO

Com greve de ônibus, passageiros enfrentam outro dia de caos no transporte

Sem avanço nas negociações, rodoviários seguem hoje com a greve. Ontem, categoria descumpriu determinação da Justiça e não tirou nenhum coletivo da garagem, deixando 1,2 milhão de brasilienses reféns dos piratas

No segundo dia de greve geral dos rodoviários, nenhum ônibus saiu das garagens das empresas que operam no Distrito Federal. Os passageiros enfrentam mais um dia de dificuldade para chegar ao trabalho. Os reflexos já são sentidos no trânsito, que está congestionado em vários pontos desde as 5h30, já que mais pessoas deixam suas casas de carro. Nas paradas de ônibus, o cenário é o mesmo de ontem: muitas pessoas aguardando algum tipo de transporte para conseguir chegar no horário.

Sem opção, muitos se arriscam em transportes piratas, que cobram valores bem superiores aos cobrados nos ônibus convencionais. A equipe de reportagem percorreu alguns pontos de ônibus em Ceilândia, próximo à feira, onde vários passageiros embarcavam em veículos velhos e irregulares, que circulam livremente pelas ruas do DF. 

Impasse
A categoria decidiu pela manutenção do movimento, que deixou 1,2 milhão de usuários sem transporte público. Ao contrário do que determinou o Tribunal Regional Eleitoral da 10ª Região (TRT 10), 100% da frota de coletivos não saiu das garagens ontem e a mesma situação ocorreu hoje. A decisão judicial estabelece que 70% dos ônibus circulem, em horário de pico, e 50%, em entrepicos, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento, mas a ordem não foi respeitada pelos trabalhadores.  [a ordem não é respeitada pelos trabalhadores (?) - baderneiros define melhor -  por terem a certeza que a multa não será cobrada.]

A paralisação por tempo indeterminado foi decidida pela categoria no domingo. Os rodoviários reivindicam 20% de aumento salarial para motoristas e cobradores.  A proposta dos empresários, por sua vez, é de correção dos vencimentos pela tabela do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que significa aumento de 8,34%, ou seja, taxa da inflação oficial. Sem avanço nas negociações, a categoria sequer realizou assembleia ontem, assim como não houve reunião entre empresários e trabalhadores.

As empresas de transporte coletivo afirmam que vão entrar com pedido de dissídio de greve junto ao TRT 10, mas ainda não deram prazo para que isso ocorra. O tribunal, por sua vez, não recebeu ainda a documentação dos empresários. A última decisão judicial é a de domingo, em que a desembargadora Maria Regina Machado Guimarães deferiu os percentuais mínimos de 70% e 50%. A multa salgada preocupa o Sindicato dos Rodoviários. “Vai endividar o sindicato. Veremos se o tribunal revê esse valor, pois o trabalhador tem direito à greve”, afirma o diretor José Carlos da Fonseca.

As reivindicações
O que querem os rodoviários
20% de aumento salarial para motoristas e cobradores
30% de tíquete-alimentação e cesta básica
[ao que é sabido os trabalhadores, em sua maioria, recebem ou ticket alimentação ou vale refeição ou cesta básica. Os dois beneficios, ou três, nenhuma categoria recebe.
Qual a razão de tratar os rodoviários de forma diferente?]
Plano de saúde complementar

O que oferecem os empresários
Aumento de salários e benefícios de 8,34%, pelo INPC — que mede a inflação oficia

Fonte: Correio Braziliense
 


segunda-feira, 8 de junho de 2015

A Justiça cobrando duas ou três multas, quebra o ‘sindicato dos rodoviários’ e coloca os baderneiros ‘de quatro’ – GDF tem que jogar duro e não ceder aos grevistas



Greve dos rodoviários: GDF denuncia descumprimento de ordem da Justiça
Secretaria de Mobilidade prepara documento sobre o descumprimento da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por parte dos trabalhadores. Eles teriam que manter 70% da frota em horário de pico

A Secretaria de Estado de Mobilidade do Distrito Federal (Semob) prepara relatórios sobre o descumprimento da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por partes dos rodoviários, que exigiu mínimo 70% da frota nos horários de pico e 50% da frota em horário de entrepico. Os documentos devem ser remetidos à Justiça a partir desta terça-feira (9/6) e enquanto durar a greve dos rodoviários DF.

Os rodoviários decretaram greve geral neste domingo (7/6). Eles pedem reajustes de 20% nos salários e 30% no tíquete-alimentação e cesta-básica, além de plano de saúde familiar. Os empresários, porém, ofereceram 8,34%. O subsecretário de fiscalização, auditoria e controle da Secretaria de Mobilidade do DF, Fernando Pires, confirmou que 100% da frota de ônibus está parada nesta segunda-feira (8/6). Segundo ele, desde o início da manhã, 60 auditores de fiscalização da pasta acompanham a paralisação. 

Eles atestaram que nenhum coletivo saiu das garagens no início da manhã.   "As cinco concessionárias respondem por 80% do serviço de transporte público do DF e os funcionários estão parados. Já as cooperativas funcionam normalmente, mas respondem por apenas 20% do serviço", destacou Pires.

Cerca de 1,2 milhão de pessoas depende do transporte coletivo do Distrito Federal.  

Fonte: Correio Braziliense