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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Um dia após prisão, portaria autoriza Dirceu a incluir clandestinidade na aposentadoria

Enquanto isso os aposentados do BEM, trabalhadores que realmente trabalharam, muitos ainda trabalham fazendo bicos,  se depender do governo terão direito após atingir a fórmula 85/95

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, assinou 68 outras portarias de perseguidos políticos nesse mesmo dia no Diário Oficial da União
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinou na semana passada portaria que autoriza o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a contar o tempo que viveu na clandestinidade — entre outubro de 1968 a dezembro de 1979 para efeitos de aposentadoria. A portaria, junto com outras 68 que envolvem ex-perseguidos políticos, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 4 de agosto, um dia após a prisão do petista pela Polícia Federal, investigado pela Operação Lava-Jato.

Para assinar a portaria, Cardozo considerou o julgamento do pedido de Dirceu na Comissão de Anistia que, em junho deste ano, aprovou, por unanimidade, a concessão desse tempo para efeitos previdenciários. Com a publicação, o ex-ministro poderá requerer, no INSS, sua aposentadoria. Nessa mesma edição do Diário Oficial, Cardozo assinou outras 68 portarias, de outros perseguidos políticos. São casos que foram votados em sessões da comissão que ocorreram ao longo do primeiro semestre desse ano. Toda decisão da comissão só entra em vigor após portaria assinada pelo ministro da Justiça.

O período de clandestinidade durante a ditadura militar que Dirceu quer contar para se aposentar vai de sua prisão no Congresso da União Nacional do Estudante (UNE), em Ibiúna (SP), em 1968, até a abertura política, em 1979, quando desfez a cirurgia plástica que alterou seu rosto, e voltou a viver em definitivo no Brasil.

O ex-ministro já foi anistiado por essa comissão, em fevereiro de 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Seu processo foi aprovado por unanimidade de nove votos e a comissão concedeu a Dirceu o direito de reparação econômica, em prestação única, de R$ 59,4 mil. A portaria confirmando sua condição de anistiado, e o recebimento da indenização, foi assinada pelo então ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador pelo PSDB de São Paulo e que foi candidato a vice-presidente da República em 2014 na chapa de Aécio Neves (PSDB). Foi publicada no Diário Oficial da União em 7 de março de 2002.

Naquele ano, então presidente nacional do PT, Dirceu falou ao GLOBO sobre sua anistia: — Tenho direito a esse reconhecimento. O valor da indenização é secundário. Fui banido e perdi a nacionalidade durante onze anos. Vivi na clandestinidade, tiver que fazer plástica e mudar de identidade.

Dirceu, à época, não solicitou contagem de tempo para se aposentar, o que fez somente agora. Ele argumenta que os anos de perseguição o impediram de exercer atividade profissional. Até se envolver no movimento estudantil, em São Paulo, na década de 60, Dirceu trabalhava.

José Dirceu foi deputado estadual, em São Paulo, e deputado federal por 10 anos e dez meses, até ser cassado em 2005. Esse período como parlamentar em Brasília conta para sua aposentadoria. Destes, 4 anos foram pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) e 6 anos e 10 meses pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). Se comprovar 35 anos de tempo de serviço, Dirceu poderá receber, pela Câmara, proporcional à aposentadoria integral. Ou seja, cerca de R$ 10 mil, valor superior ao teto do INSS, de R$ 4,3 mil.


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quando os chefões se juntarem na cadeia a Vaccari e Vargas, terão de explicar por que só um foi enterrado sem choro nem vela

O bando reunido em Salvador para o congresso nacional do PT não parou de chorar a ausência forçada do companheiro João Vaccari Neto. (O avô do gatuno, por sinal, não merecia ser lembrado assim, mas isso é assunto para outro post. Voltemos aos surtos de saudade provocados pelo tesoureiro nacional do partido engaiolado em Curitiba por estar envolvido até o pescoço na roubalheira do Petrolão).



Na foto acima, o clima de velório é escancarado pela cara de viúva inconsolável dividida por José Nobre Guimarães, Lula, Fernando Haddad, Jaques Wagner e Fernando Pimentel. Trocando figurinhas falsas e caprichando no sorriso de inimigo íntimo, Dilma Rousseff e Rui Falcão parecem destoar do espetáculo da tristeza.

O equívoco seria desfeito minutos depois, quando ambos engrossaram com especial entusiasmo a salva de palmas que pranteou por três minutos seguidos a memória do amigo Vaccari, confiscado semanas antes pela Operação Lava Jato. Naquela mesa está faltando um, berra a imagem da perda irreparável.

Estão faltando pelo menos dois, corrige a foto acima, que eterniza um dos muitos momentos festivos do encontro promovido pelo PT em dezembro de 2013. Clique no círculo e veja os rostos ampliados da dupla de meliantes: ao lado de Vaccari, braço direito erguido, vibra o companheiro André Vargas, então uma estrela ascendente da sucursal paranaense do ajuntamento dos fora-da-lei disfarçados de guerreiros do povo brasileiro.

(“Nossos valores são eternos”, jura a inscrição providenciada pelos cenógrafos da reunião que em qualquer país sério só ocorreria na clandestinidade. Depende, condiciona a inflação cada vez mais obesa. Pelo menos os valores em dinheiro amealhados pela turma só serão perenes se depositados nos poucos paraísos fiscais ainda fora do alcance do FBI. Feita a ressalva, voltemos ao larápio que antes de ser desmascarado desafiava até presidentes do STF).

Vice-presidente da Câmara dos Deputados, ex-vice-presidente de Comunicação do PT, Vargas sonhava com o comando do Poder Legislativo quando foi pilhado pela Polícia Federal voando de graça em jatinhos do parceiro Alberto Youssef. Era só a ponta do iceberg imenso e malcheiroso, sabe-se agora. André Vargas e Vaccari hoje descansam no mesmo xilindró. Mas apenas o tesoureiro foi homenageado na Bahia.

Isso não vai ficar assim, avisam parentes do esquecido. Pelo andar da carruagem, gente graúda que aparece nas duas imagens não demorará a ser transferida do retrato para uma cela em Curitiba. Quando estiverem todos juntos na cadeia, Vargas vai querer saber por que só ele foi enterrado sem choro nem vela.

Fonte: Blog do Augusto Nunes 


domingo, 10 de maio de 2015

Dilma é chamada de 'ladra' durante casamento em que foi madrinha

Panelas fazem de Dilma rainha má de conto real


Dilma Rousseff abandonou a clandestinidade do palácio residencial neste sábado. Foi a São Paulo para desempenhar, ao lado de Lula, o papel de madrinha do casamento de seu cardiologista, Roberto Kalil, com a endocrinologista Claudia Cozer. Foi recepcionada com um panelaço. Chamaram-na de “ladra”.

Ninguém falou ainda, talvez por pena. Mas a supergerente virou uma personagem de carne e osso, como qualquer político tradicional, suspeita de tudo o que todos costumam suspeitar nessa tribo. Reeleita para o inferno, Dilma virou rainha má de um conto real.
Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho para saber se existe no reino uma beleza maior do que a sua. No enredo de Dilma, a pergunta seria outra: “Diga, espelho meu, por que me perseguem as panelas? Não há nessa joça de reino nenhuma figura política mais feia do que eu?”

O espelho do Alvorada não é franco e direto como um espelho de castelo de conto de fada. Em Brasília, o espelho tentaria mudar de assunto. Enalteceria os efeitos da dieta Ravena sobre a silhueta da presidente, elogiaria o corajoso apoio ao arrocho do Levy e o generoso compartilhamento de poder com o Temer. Mas há momentos em que mesmo um espelho bajulador como o do Alvorada tem de se render à realidade: “Sim, existe no reino gente mais feia do que a rainha. Personagens que sempre estiveram tão em evidência que é espantoso que não tenham tomado mais cuidado com as impressões digitais. Seus nomes: Renan Calheiros e Eduardo Cunha.”

No conto de fada, você sabe, a rainha má mandou chamar um lenhador e ordenou que levasse Branca de Neve para a floresta. Deveria matá-la, livrar-se do corpo e retornar ao castelo para receber a recompensa. No enredo do Palácio da Alvorada, a rainha Dilma costuma chamar Lula, o ex-metalúrgico. Aconselha-se amiúde com ele. Não ordena, recebe ordens.  Num ponto, o conto de fada e o conto real coincidem. Num, o lenhador poupa Branca de Neve. Noutro, o ex-metalúrgico convence a rainha má a ser boazinha com Renan e Cunha, aturando-lhes todos os desaforos.

No mais, os dois enredos são muito diferentes. A começar pela quantidade de anõesno conto de fada, sete; no real, perdeu-se a conta. O lenhador é um protagonista anônimo. Só entra na trama para fazer a escolha certa. O ex-metalúrgico não sai do palco. E fez uma opção preferencial pelo erro.  A rainha do conto de fada serve a maçã envenenada para a bela, que é salva pelo beijo do príncipe. A rainha do conto real serve jantares no Alvorada para os feios. O mau dessa confraternização com o mal é que a plateia passa a não distinguir quem é quem.

Renan e Cunha estavam no mesmo casamento que fez Dilma abandonar a clandestinidade do Alvorada. Mas só a rainha má foi gongada pelas panelas. Os feios da República passaram incólumes. Dilma ainda tem três anos e meio de conto pela frente. Em tese, poderia se recuperar. O problema é que ética e coerência são como virgindade. Perdeu, já era. Não costumam dar segunda safra.

Fonte: Blog do Josias de Souza