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domingo, 4 de dezembro de 2022

Fantasiado de hiena - Alex Pipkin, PhD

Eu sei, eu sei…

Eu, e vários Maracanãs lotados, estamos chocados com a ignorância, a truculência, a insularidade intelectual e a desfaçatez em voga na Republiqueta das Bananas.

O precipício é ético e moral!

E olha que não estou me referindo exclusivamente a turma “progressista” do amor, a idiotice e o achismo também encontram refúgio seguro nas mentes e nos corações “direitistas”.

A vida é como ela é, e grande parte de nossas “certezas”, de fato, não são nossas, são de outros amigos, de conhecidos, de especialistas em quem confiamos, mas nos quais não deveríamos acreditar cegamente, pois eles também pertencem a determinadas tribos ideológicas.

Ninguém me disse, eu estudei e bebi nas diversas fontes para crer que - aparenta a maioria - os indivíduos interpretam as informações com base naquilo em que querem acreditar, e que é congruente com os seus valores e suas crenças.

Esse é o famoso viés da percepção seletiva.

Eu não “amo tudo isso”, porque esse negócio já passou do ponto e da racionalidade faz tempo.

Ainda bem que aprecio um cabelo comprido e ainda mantenho alguns para arrancar. Presumo que logo logo estarei como o meu falecido pai, escalvado!

É evidente que esse “fenômeno” se dá em todas as esferas da vida social. Porém e inegavelmente, na atual política brasileira, ele reina como um ditador.

Eu tenho - e por vezes, sou advertido, para a atual moda do “cala boca” -, que me resignar, a fim de preservar amigos e, similarmente, a saúde. Já não disponho mais de furos nos cintos, e o piloto, como conhecemos, sumiu!

Tá ok, na política a lógica da verdade objetiva não é a da objetiva verdade, e os caridosos sentimentos se agigantam frente à razão.

O fúnebre fato não diz respeito exclusivamente à perversidade na política, conhecida, mas às milhões de pessoas que creem e idolatram bandidos.

Não estou simplesmente apertando a ponta dos dedos no teclado para afirmar isso, são os fatos, são os dados, são os julgamentos, enfim, é a ciência (gargalhadas pela manhã fazem bem ao espírito). E os políticos, com raras excepções, não buscam alcançar a grandeza do espírito humano.

Não aguento mais me fazer de paciente e idiota, porque não sou, na maioria das situações… Os caras e as caras descolados passam tratorando os fatos, os dados, a realidade como ela foi e é - não como eles gostariam que ela fosse - para mentir na cara dura, e eu tenho que me fantasiar de porta, não, melhor de hiena.

A cada dia que passa nos gramados das camisas verde-amarelas e, presentemente, no Qatar, estamos emburrecendo com os pés e com aquilo que deveríamos encher nossas cabeças.

Eu sei, eu sei, sei que não sou o dono da verdade. Mas aperta o cinto mais um pouquinho aí: contra fatos não - deveria - há argumentos!

Todos nós erramos, como humanos somos falíveis.

Errar é humano, mas no contexto da política tupiniquim, não só os políticos culpam os outros, os adversários, pior, seus idólatras arranjam mentiras românticas e verdades romanescas para se converterem em mais idiotas e para tornarem pessoas razoáveis em supostos estúpidos.

Será que isso tem jeito?! Sério, eu acho que num futuro breve não tem não! Aliás, não há nada que não possa ficar pior.

Putz, sou um sujeito meio carente, será que vou ter que me consolar com o diálogo socrático, conversando comigo mesmo?

Site Percival Puggina - Alex Pipkin, PhD 

 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Fundo Eleitoral, o caminho para roubar como nunca e com total impunidade - O Estado de S. Paulo

J .R. Guzzo

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no caso do 'fundo eleitoral'

Dá para entender perfeitamente porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada

O Brasil democrático, do estado de direito e das “instituições” criadas pela “Constituição Cidadã”, comete sistematicamente crimes à luz do dia para salvar a democracia – ou, pelo menos, é o que dizem os políticos que tiram proveito deles. Para não irem parar na cadeia, aprovam leis tornando legal, muito simplesmente, o crime que praticaram – e pronto, a situação está resolvida. Acontece o tempo inteiro, mas às vezes acontece mais. Está acontecendo agora.

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no episódio desse “fundo eleitoral” uma transferência direta de recursos do público para o bolso dos políticos e das suas gangues partidárias, com a desculpa grosseira de que precisam de dinheiro para concorrer às eleições que são a alma da democracia, etc. etc. etc. É uma história de horror. O Congresso aprovou, como se sabe, a doação de quase R$ 6 bilhões para a politicalha gastar na “campanha eleitoral”, ou onde bem entender; o presidente da República vetou a lei, mas o veto foi rejeitado e os bilhões serão mesmo extorquidos da população. 

Agora tentam acertar as contas para construir a mentira de que estão gastando menos do que o previsto. A conversa começou na casa dos R$ 5 bi e tanto; daí fingiram cortar R$ 400 milhões e diminuíram para R$ 4,7 bi. Uma hora depois mudaram de novo – não, eles precisam daqueles 400 milhões todinhos, não podem dispensar nem um real - e voltaram, enfim, para perto dos R$ 5 bi do começo. É o triplo – o triplo - do que pegaram em 2018 e 2020.  
Dá para entender perfeitamente, nessas horas, porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada - mas com a certeza de encher o bucho com dinheiro roubado, por força de lei, ao Tesouro Nacional.[A Rede tem um deputado federal (o partido para aquela ex-senadora - Marina Silva a sempre candidata a ser derrotada nas eleições para presidente da República chamar de seu; o PSC e a Rede tem um senador, cada um - sendo que o da Rede é o sempre estridente senador Rodrigues, conhecido por ser o portador de notícia crime acusando alguém e que nunca dá em nada.]

O “fundo eleitoral” é 100% de bandidagem, salvo por parte da minoria de parlamentares que votou contra a sua aprovação. Os outros são todos eles réus, por igual, do delito que foi cometido. Uma parte não está minimamente interessada em disfarçar o que fez; querem o dinheiro, e dane-se o resto. Outros são piores. Vão meter a mão nas verbas, igualzinho, e fazer de conta que não têm nada a ver com isso.

A culpa, segundo o PT e as suas piores vizinhanças, seria do Centrão, da “direita”, do “baixo clero”, das bancadas disso e daquilo, do “sistema” e por aí afora. Conversa. A esquerda é cúmplice integral dessa ladroagemé por ser cúmplice, justamente, que votou a favor do fundo. 
Se acha que a coisa é um escândalo, por que não votou contra? Porque quer o dinheiro com tanta indecência quanto todos os demais. Não vão abrir mão de 1 centavo para os jatinhos de Lula – e para todo o maravilhoso mundo de oportunidades que essa montanha de dinheiro abre para políticos empenhados em morrer por “eleições democráticas”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

terça-feira, 30 de julho de 2019

Abjeta Defesa do crime - Maria Lucia Victor Barbosa

Alerta Total

Desde 9 de junho, Glenn Greenwald vem publicando no seu site IntercePT Brasil antigas e hackeadas conversas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Hackers, que chamei de ciberpiratas são criminosos que se escondem na tenebrosa deepweb de onde cometem roubos de contas bancárias, de reputações, de conversas particulares, de intimidades Nesse submundo virtual estão também pedófilos que enviam pornografia infantil, chantagistas, terroristas, traficantes de drogas, de armas, de pessoas, enfim, tudo que não presta em termos humanos. E ninguém está livre deles.

O antro é protegido através de tecnologias sofisticadas e recentemente um jornalista descobriu um manual de hackers que ensina métodos para os facínoras não serem pegos. Pois bem, são bandidos desse tipo que nutrem o site de Grenwald. Bandidos, mas entendidos em manipulação eles podem decodificar vozes para depois reproduzi-las de outro modo, numa outra fala. Alteram imagens, coisa já feita por qualquer um na Internet. Apossam-se de números de celulares e fazem ligações simulando serem os donos do aparelho. São, pois, manipuladores com fins criminosos e devem se comprazer em destruir pessoas. A essa escória, que pode ser classificada como psicopata, se associou Greenwald no que foi seguido pela revista Veja, o jornal Folha de S. Paulo e outros mais, todos numa explicita e abjeta defesa do crime. Existem, vários tipos de jornalismo como de informação, investigação, opinião, que são necessários e importantes. Mas tem também o que já foi chamado de “jornalismo marrom”, que é aquele da difamação, dos escândalos, das fofocas, dos chamados fake news nome moderno para mentira com a qual se tenta denegrir uma pessoa. Não há dúvida que o jornalismo de Greenwald se encaixa no tipo marrom.

Contudo, apesar de todos os cuidados o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho” foi preso. Seu elo com Greenwald ele disse ter obtido por meio de  Manuela D’Ávila, ex-deputada do PC do B e vice do candidato derrotado do PT, Fernando Haddad. Foram também presos Gustavo Henrique Elias Santos. Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques ou seja, a quadrilha completa. Com a certeza da impunidade “Vermelho” tem um perfil no Twitter de onde achincalhava e provocava o ministro Moro. Também ofendia o presidente da República que chamou de cretino. E quando foi preso disse, com a desfaçatez dos psicopatas que além de sádicos buscam obter simpatia, que hackeou o ministro Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol para fazer justiça e mostrar ao povo o que havia de errado na conduta do então juiz Moro. E aqui temos uma monstruosa inversão de valores. Isto porque a maioria dos brasileiros sabe que Sérgio Moro é um baluarte, motivo de orgulho nacional, aclamado como herói por ter conseguido realizar através da Lava Jato o maior combate à corrupção já havido no país.

Compare-se o juiz competente e íntegro com a ficha do hacker que é extensa e que resumo a partir de uma matéria do O Estado de S. Paulo, de 25/07/2019: “Delgatti responde por furto, falsificação de documento e estelionato”. Além disso, ele e seus companheiros do crime possuem grandes quantidades de dinheiro, incompatíveis com seus rendimentos. Recentemente adquiriram dólares para, segundo eles, comprarem armas. Ainda assim, angelicamente, “Vermelho” disse não ter recebido nada pelo serviço sujo prestado a Greenwald e o que mais está por trás da farsa. Quem vai acreditar num indivíduo que falsifica carteiras de identidade, rouba cartões de crédito e cheques?

A polícia Federal fala em centenas de hackeados. Entre eles a cúpula governamental e o próprio presidente da República. Supõe-se por conta disso que existam mais hackers, ciberpiratas mais sofisticados, cujo objetivo é derrubar o governo. São conjecturas a serem investigadas mais profundamente. Entretanto, até agora só apareceram supostas conversas entre Moro e Dallagnol e, assim, fica evidente a intenção de destruir o ministro e com isso acabar com a Lava Jato, o que tem como consequência “Lula Livre”. Por tabela acaba-se também com o presidente da República. O que mais impressiona nesse cenário e deixa indignadas pessoas de bem é que mesmo diante da evidência de que se está lidando com facínoras é sobre o ministro e o procurador que se abatem aqueles que deviam defendê-los. Espantosamente, entidades como OAB, ABI, outros meios de comunicação, jornalistas, advogados, congressistas,  envolvidos na Lava jato e até ministros do Supremo estão cometendo a abjeta defesa do crime.

Por muito menos o presidiário, quando na presidência da República, quis deportar um jornalista que o chamou de bêbado. Está na hora do presidente Bolsonaro fazer alguma coisa. A petulância, a arrogância, o veneno destilado devem ser estancados para mostrar que o Brasil não é o país da impunidade onde só criminosos têm vez.
Maria Lucia Victor Barbosa é Socióloga - mlucia@sercomtel.com.br
 
 
Artigo no Alerta Total

 

 


terça-feira, 15 de março de 2016

Para escapar de Moro, Lula dá o golpe em Dilma – Manobra inútil: o ‘jararaca-minhoca’ não será ministro e mesmo que fosse, com Dilma impedido ele cairia fora



Se faltasse ainda uma prova, talvez a última, de que a presidente Dilma e o PT são impermeáveis à vontade das ruas, e à vontade a da esmagadora maioria dos brasileiros expressa em todas as pesquisas de opinião conhecidas até aqui, agora não falta mais.

Lula, o zumbi com a seguinte legenda: Manifestante em São Paulo, SP. 13/03/2016 (Foto: Miguel Schincariol AFP)
 
Menos de 24 horas depois da maior manifestação popular da história do Brasil que disse “não” à corrupção, “não” a Lula e “sim” ao impeachment de Dilma, ministros do governo anteciparam que hoje ou amanhã haverá troca de presidente da República. Sairá Dilma, que só formalmente continuará no cargo. Entrará Lula para escapar de uma eventual prisão, de um eventual julgamento comandado pelo juiz Sérgio Moro, e para barrar o impeachment no Congresso. Dará certo? Eufórico, o PT acha que dará.  

Mais do que isso: os principais líderes do PT entendem que Lula presidente na prática, embora com título de ministro, é a única saída que resta para que o Congresso não casse o mandato de Dilma, e para que o PT possa sonhar em se manter no poder.Do jeito que vai – ou que ia até ontem -, os dias de Dilma no poder pareciam contados. Nesta quinta-feira, com a decisão final do Supremo Tribunal Federal sobre as regras do impeachment, o processo será destravado para começar a correr na Câmara.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, imagina que em 90 dias a sorte de Dilma estará selada. O PMDB uniu-se ao PSDB para fazer do vice Michel Temer o sucessor de Dilma. Partidos que ainda dizem apoiar o governo estão decididos a largá-lo.  A perder o lugar para Temer, Dilma foi convencida pelo PT a ceder o lugar a Lula. Somente ele – e isso até seus adversários admitem – poderá reescrever a crônica de uma queda anunciada. Impeachment bancado pelo PT não é golpe. Para ele, é ato de legítima defesa.

É também de falta de vergonha, de escrúpulos, de respeito aos brasileiros e, especialmente, à Justiça, mas não se faz política na maioria dos lugares com vergonha, escrúpulos e respeito ao povo ou à Justiça. A não ser quando o povo reage ou a Justiça reage. A se consumar o impedimento de Dilma e a nova posse de Lula, a Justiça será provocada por partidos da oposição a declarar se não estamos diante de uma “ofensa ao princípio de moralidade”. Ou se o ato de nomeação de Lula não significará uma fraude processual”.

Porque seja uma coisa ou outra ou ainda uma terceira, é disto que se trata a levar-se em conta o senso comum. Por senso comum, leia-se “o modo de pensar da maioria das pessoas com base no conhecimento adquirido a partir de experiências e vivências”. Afinal, Lula é suspeito de ter contribuído para o assalto à Petrobras, de ter enriquecido sendo pago por palestras que não fez, e de ocultar patrimônio. Delações que estão por vir ou por se revelar deverão deixá-lo em pior situação do que está.

A fuga que ele está a empreender na direção do Palácio do Planalto lhe assegurará o privilégio de só poder ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Ali, Lula espera contar com a boa vontade da maioria dos ministros escolhida por ele e Dilma. Para dizer o mínimo, é uma desfaçatez. Para dizer o que é de fato, é uma tentativa de obstruir a Justiça. 

Fonte: Ricardo Noblat – O Globo – Blog do Noblat