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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dilma barata tonta!



Em menos de cinco dias, o governo surpreendeu o distinto público duas vezes. A primeira ao anunciar a disposição de remeter ao Congresso a proposta de ressuscitar a CPMF, conhecida como imposto do cheque. A segunda ao desistir de fazê-lo dada à recepção negativa à proposta. O governo mais impopular da História queria valer-se do imposto mais impopular da História. Coisa de gênio!

E tudo porque há um buraco de 80 a 100 bilhões de reais no Orçamento da União para 2016.  Entre eliminar despesas ou arrecadar mais via aumento de impostos ou a criação de um novo imposto, Dilma e sua turma se renderam à solução mais confortável. Não ocorreu a ninguém disparar algumas dezenas de telefonemas para empresários e políticos perguntando a opinião deles a respeito.

Se isso tivesse sido feito, o governo teria se poupado de mais um desgaste. De resto, não reforçaria a sensação de que se comporta como uma barata tonta.  Barata tonta é Dilma, não a sua equipe. No regime presidencialista brasileiro, o poder do chefe do governo é incontrastável. E a depender do temperamento dele, pode-se tornar quase absoluto para efeito interno.

De janeiro último para cá, alardeou-se a ideia de que Dilma delegara poderes ao vice-presidente Michel Temer e ao ministro da Fazenda Joaquim Levy. Os dois seriam seus avalistas em suas respectivas áreas de atuação – a política e a economia. Temer chegou a circular empavonado como o coordenador político do governo, oferecendo cargos e dinheiro para garantir o apoio de deputados federais e senadores. Balela!  O poder continuou concentrado nas mãos de Dilma. E bastou que ela duvidasse da lealdade de Temer para acabar com sua rotina glamorosa.

Nem se deu ao trabalho de chamá-lo para agradecer pelos serviços prestados. Dilma não agradece, só repreende.  Quando menos esperava, Temer percebeu que Dilma o deixara com o pincel na mão. Não foi a primeira vez. Não seria a última.  Para não parecer que havia sido dispensado pela presidente, Temer concordou em encenar a farsa de que passaria a cuidar da macro politica, essa, sim, uma tarefa que Dilma jamais repassaria a quem quer que fosse.

Não durou muito. Soube pela imprensa da possível ressurreição da CPMF. Não acreditou. Soube também pela imprensa do recuo do governo. Escaldado, acreditou.  Se dependesse de Levy, o ajuste fiscal teria sido bem maior do que de fato foi. Ele quis atacar o desequilíbrio estrutural que faz com que as despesas obrigatórias do governo cresçam num ritmo mais forte do que a economia. Dilma impediu.

Foi Nelson Barbosa, Ministro do Planejamento, o pai do resgate da CPMF. Levy ficou na dele. Quando decidiu defender a CPMF, era tarde. Viu-se pendurado no pincel. Como Temer.  A esperança que, em 2002, venceu o medo, está perdendo para o desencanto pelo escandaloso placar de 7 x 1. O único gol dos mais de 12 anos de hegemonia do PT foi a redução da miséria.

Os sete gols que tomou até aqui: economia em baixa; corrupção em alta; base de apoio no Congresso esfacelada; corte de benefícios sociais; péssimos índices de Educação e Saúde; violência urbana crescente; e a criação de uma geração de desiludidos com a política.

Dilma voltou a repetir na semana passada que não haverá retrocesso nas conquistas obtidas pelos brasileiros desde que Lula chegou ao poder pela primeira vez.  Para variar, mentiu. Já houve.

Fonte: Ricardo Noblat – Blog do Noblat

segunda-feira, 23 de março de 2015

O rombo do fundo de pensão dos Correios não é problema nosso, mas de seus associados



Estão querendo transferir para o distinto público — você, eu e todo mundo — um rombo no Postalis que chega a R$ 5,6 bilhões. O que é o Postalis? O Fundo de Pensão dos funcionários dos Correios, cuja direção é dividida entre o PMDB e o PT. Os fundos de pensão das estatais são uma das fontes do real poder do petismo. Ali, o partido pintou e bordou nos últimos 20 anos, antes ainda de chegar ao poder.

Qual é o busílis? A direção dos Postalis resolveu fazer o óbvio para tentar sanar o rombo atuarial: cobrar o dinheiro dos associados. Afinal, se todos os investimentos feitos pelo órgão tivessem sido bem-sucedidos e rendido maravilhas, ninguém se lembraria de dividir com a gente os benefícios, certo? Segundo informa o Estadão, os associados ao Postalis podem ter de empenhar até 25% do seu salário para tentar tapar o buraco.

Eis que, então, entram em cena as organizações sindicais: sustentam que os funcionários dos Correios não têm de pagar coisa nenhuma e que é a estatal que deve arcar com o prejuízo. Como a empresa não fabrica dinheiro, a brincadeira consiste em assaltar o Tesouro.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) decidiu entrar nesta segunda com duas ações na Justiça: uma para cobrar uma suposta dívida da empresa com o Postalis, de R$ 1,350 bilhão. Outra para que a estatal assuma o espeto.

Tentei saber a que se refere a tal dívida. Não consegui. Quanto ao mais, dizer o quê? Onde estava a Fentect quando o Postalis investia em títulos da Argentina e da Venezuela, por exemplo? Era uma escolha de mercado ou pautada pela ideologia? O fundo investiu ainda em empresas de Eike Batista e nos bancos Cruzeiro do Sul e BVA, que quebraram e foram liquidados.

Tenho uma sugestão à Fentect: que entre com outra ação na Justiça para responsabilizar civil e criminalmente os ex-diretores e eventuais diretores do Postalis que fizeram negócios ruinosos. Um fundo de pensão, afinal, é um negócio privado, que diz respeito apenas aos associados, para o bem e para o mal. Só para constar: O Funcef (fundo dos funcionários da CEF) e o Petros (da Petrobras) também contabilizam perdas bilionárias. Imaginem se pega a moda de jogar a conta nas costas dos brasileiros.

Fonte:  Blog do Reinaldo Azevedo