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domingo, 30 de junho de 2019

Ligação Greenwald/Lula: Corpo de Delito

A foto amistosa de Lula com Glenn Greenwald, saudado nas redes sociais como "Verdevaldo", e as publicações sensacionalistas feitas por ele no IntercePT para tentar destruir Sérgio Moro e a força-tarefa da Lava Jato, provam que o americano não é um jornalista, que tem o dever ético de ser neutro no trato das reportagens, mas um reles militante do PT, que quer soltar o maior ladravaz da história do Brasil, quiçá do mundo.

Greenwald está usando o trabalho criminoso de espiões (hackers) para atacar as instituições públicas do Brasil, assim como já fez em relação ao seu próprio país, os EUA, publicando no jornal inglês The Guardian dados secretos da NSA (Agência de Segurança Nacional), surrupiados pelo agente americano Edward Snowden, hoje homiziado em Moscou.



Segundo a revista ISTOÉ, de 26/6/2019, a Polícia Federal está à procura dos criminososque atentam contra Moro e procuradores, como Deltan Dallagnoll, que envolveriam o próprio Snowden, além de conexões no Brasil, na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes. Parece que as mensagens do #ShowDoPavao que ferveram nas redes sociais não são necessariamente fake. 



Ainda de acordo com a ISTOÉ, os irmãos russos Nikolai e Pavel Durov, donos do Telegram - aplicativo de mensagens usado por Moro e integrantes da Lava Jato -, hoje abrigados em Dubai, podem ter auxiliado no vazamento das mensagens por motivação ideológica, depois de Bolsonaro ter prometido a transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, mas baixando a bola em seguida, informando a abertura apenas de um escritório de negócios naquela cidade: "Adeptos do Islã, eles teriam ficado enfurecidos com a proverbial predileção do presidente Jair Bolsonaro por Israel em detrimento dos árabes" (ISTOÉ, in "CERCO AOS HACKERS", pg. 26).



"A PF investiga também a participação de um hacker internacional na trama, o russo Evgeniy Mikhailovich Bogachev, que recentemente recebeu US$ 308 mil, movimentados via Panamá e Anapa, na Rússia. Ele seria ligado ao esquema Greenwald/Snowden/Durov" (idem, pg. 27).



A ação dos hackers e do petista Greenwald teria por objetivo minar a Lava Jato, enfraquecendo tanto o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa, quanto o presidente Bolsonaro, além de auxiliar a libertação de Lula. As mensagens criminosamente vazadas a conta-gotas tentam, sem nenhum sucesso até agora, provar que havia um conluio Bolsonaro-Moro-Dallagnoll para condenar e prender Lula, tirando-o da campanha presidencial, deixando o caminho livre para Bolsonaro. Uma teoria da conspiração mirabolante, que não tem amparo nos fatos, pois é só observar o calendário para comprovar que não há ligação alguma entre a condenação de Lula, a campanha presidencial de Bolsonaro e a ida de Moro para o ministério da Justiça e Segurança Pública. Aliando-se a criminosos nacionais e internacionais contra governos e Estados democráticos, Greenwald é também um criminoso, que deveria ser expulso imediatamente do Brasil.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Elio Gaspari: Bem-vindo a Brasília, doutor Moro

Em Curitiba o juiz podia ir ao supermercado e sua caneta era uma lâmina, agora puseram-no num outro mundo

No sábado o ministro Sergio Moro foi chamado ao Palácio da Alvorada para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e três colegas para decidir o que fariam com Cesare Battisti. Ele fora preso na Bolívia e a Polícia Federal havia mandado um avião para trazê-lo de volta. Dias antes, Moro havia oficiado à Casa Civil para que exonerasse a diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inácio. O ministro vivia suas primeiras experiências no mundo da fantasia do poder. A cena do sábado era pura ilusão do poder. O governo boliviano já decidira mandar Battisti para a Itália e um avião já saíra de Roma para buscá-lo.
O cumprimento da determinação para que Azelene fosse demitida era de outro tipo, pois deveria tramitar na burocracia do Executivo. Em Curitiba, Moro mandava prender e preso o cidadão seria. Caso o detento quisesse recorrer, a petição seguiria de acordo com o lento ritual do Judiciário. Em Brasília, as coisas são, mas podem não ser. Na segunda-feira, Azelene, como o Alex da Apex, informou que continuava dando expediente e acrescentou que se sentia perseguida, como se estivesse “dentro do governo do PT”. A diretora continuou trabalhando porque a ministra Damares Alves, em cujo latifúndio jogaram a Funai, disse-lhe que reverteria a determinação de Moro.

O ministro da Justiça determinou à Casa Civil que exonerasse a diretora porque o Ministério Público apontou para um conflito de interesse na sua permanência. Passou-se uma semana e nada. Lula entregou-se à Polícia Federal em menos de 48 horas. [Moro ainda está se ajustando a que agora pode até mais do que um juiz, mas, que o poder de um ministro é mais lento e o verbo determinar tem um uso mais limitado - um ministro pode ter até um prestígio político superior a um colega, mas, na hora que um ministro 'determina' que um colega tome alguma providência, o colega não tem obrigação de obedecê-lo;
 
o ministro tratado como 'subalterno' pode ignorar a ordem - só que se o  ministro 'superior' tenha maior poder político, o 'inferior' pode até perder o cargo.
 
Mas, ordem por ordem, são exatamente iguais..
Moro logo se adaptará que o poder  de um  político é mais lento de ser exercido que o poder de um magistrado - apesar da lentidão ser característica comum na Justiça.]
Em Curitiba, o Ministério Público denunciava, o juiz condenava e fim de caso. 
Mas, no   Paraná Moro podia ir em paz a um supermercado. Em Brasília, ele teve a má experiência de ser interpelado por um cidadão que também fazia suas compras. (Registre-se que Moro reagiu com a fleuma que faltou ao ministro Ricardo Lewandowski ao ser ofendido num avião.) [Ministro Moro, em Brasília sempre há o risco de uma autoridade se deparar com um cidadão - ou um 'palhaço' - querendo aparecer. São inconvenientes aos quais uma autoridade está sujeira e tem que aprender a  se esquivar de tais elementos.]
Brasília reserva outras surpresas a Moro. A maior delas certamente virá da imprensa. Na vara federal ele tinha um razoável controle da sua exposição. Tendo feito boa liga com o Ministério Público, os procuradores ajudavam-no a operar a opinião pública. Moro era a imagem do poder nacional, encarnando algo bem-vindo e novo. Suas decisões eram festejadas, mesmo quando absolvia. Podia dizer a um criminalista que advogados “atrapalham” e a conversa morria por lá. Se repetir coisas assim, está frito. Escapou-lhe também o controle da agenda.
O carro da deputada Martha Rocha leva tiros de fuzil e o problema cai sobre sua mesa. Fabrício Queiroz cala e dança e ele não pode fazer suas compras em paz. Isso para não se mencionar o conflito que está em curso no Ceará. Como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro ganhou uma agenda velha e empoeirada.
Com a ida ao Alvorada para tratar de um assunto que podia ser resolvido por telefone ou pelo WhatsApp, ele entrou nos elencos teatrais da capital.
A cidade lhe reserva outros teatros, mais demorados e muitas vezes penosos. Ele descobrirá isso quando tiver que segurar uma conversa em jantar de embaixada. Habituado ao secular e poderoso simbolismo da toga, estará obrigado a conviver em ocasiões solenes com sexagenários que se enfeitam com faixas acetinadas e circulam pelo evento com o paletó aberto.
Quando Moro aceitou o convite de Bolsonaro para o ministério, disse que estava “cansado de tomar bola nas costas”. Essas boladas podiam vir do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, onde os jogadores são só 44. Pois agora levará caneladas e elas virão de todos os lados.

Elio Gaspari, jornalista - O Globo
 
 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Itália extradita criminosos: Lula e familiares serão presos em território italiano e devolvidos ao Brasil

Lula tem plano secreto para evitar prisão: pedir asilo à Itália

Ex-presidente e aliados estudam requerer que país europeu o receba como perseguido político. Itália foi escolhida porque sua família tem dupla cidadania

[se asilar na Itália, mesmo com dupla cidadania, será uma 'furada'  para Lula e 'famiglia', já que a Itália tem por tradição extraditar criminosos e será a hora da 'vendetta' italiana ao asilo dado por Lula ao terrorista Cesare Battisti.] 
 
Numa crise que já revelou tramas e enredos antes inimagináveis, nada mais parece capaz de provocar surpresa nem espanto - e, no entanto, surpresa e espanto insistem em aparecer. Nos últimos dias, VEJA apurou o fio da meada que leva a um plano secreto destinado a tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil, caso sua prisão seja decretada. O plano prevê que Lula pediria asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido - e, do aeroporto, voaria para o país do asilo. A cronologia do plano, de acordo com os detalhes que VEJA conseguiu levantar, pode ser resumida como se segue.

Domingo, 6 de março. Sob o impacto da 24ª fase da Operação Lava-Jato, na qual foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal, Lula reuniu seus principais conselheiros. Ali, debateram duas alternativas. A primeira era uma intervenção no governo de Dilma Rousseff, com Lula assumindo de fato o comando do país, como se tentou fazer com sua nomeação para a Casa Civil. A outra era uma solução mais drástica, sugerida por conselheiros para os quais o problema não era apenas político: Lula deixaria o Brasil de tal modo que pudesse se apresentar como vítima de uma perseguição política. Surgiram quatro opções de destino: Cuba, Venezuela, França e Itália.

Segunda, 7. A cúpula do PT, com base na discussão do dia anterior, destacou um emissário para sondar o regime cubano sobre o nível de proteção que Lula receberia de Havana caso se asilasse ali. A Venezuela foi logo descartada da lista em razão de sua instabilidade política. França e Itália continuaram no horizonte. As sondagens se prolongaram por quatro dias, até que, na quinta-feira, 10 de março, os promotores do Ministério Público, numa trapalhada jurídica, pediram a prisão preventiva de Lula. O ambiente ficou pesado e as negociações ganharam mais tração.

Quarta, 16. Enquanto o país ouvia as gravações da conversa telefônica entre Dilma e Lula, na qual a força-tarefa da Lava-Jato colheu indícios de que os dois agiam para obstruir a Justiça, uma sondagem desenrolava-se a quinze minutos do Palácio do Planalto: na embaixada da Itália. O embaixador daquele país, Raffaele Trombetta, promovia um jantar para quarenta convidados. Entre eles, aliados do ex-presidente com atuação destacada no mundo jurídico e no Congresso. Em determinado momento do convescote, Trombetta teve uma conversa franca e reservada com os emissários do ex-presidente. Foi perguntado sobre possíveis desdobramentos caso Lula se refugiasse no prédio da embaixada italiana e desse prosseguimento ao pedido de asilo político. Trombetta prometeu estudar as consequências. (Procurado por VEJA na semana passada, o embaixador Trombetta repassou o telefone a seu chefe de gabinete, Alberto La Bella, que se assustou ao ser perguntado sobre o plano de asilo para Lula. Disse La Bella: "Isso foi uma conversa particular do embaixador. Não sei o que dizer. O ministro Lula está no país. Acho difícil essa saída".) [um engano do chefe de gabinete, Alberto La Bella: Lula ainda não é ministro, conforme informa o site oficial, criado por ordem de Dilma - lulaeministro.com -  com a função de informar quanto Lula está ou não ministro.]

Manhã de sábado, 19. Um dia antes, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendera a posse de Lula como ministro da Casa Civil, numa decisão que caiu como uma bomba no PT. Como havia perdido o foro privilegiado e seu caso voltara às mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba, Lula passava novamente a correr o risco de ser preso preventivamente a qualquer momento. Lula resolve envolver-se pessoalmente no plano, que até aqui vinha sendo tocado sem a sua intervenção direta. Lula quis detalhes do assunto. Perguntou como deixaria o país sem ser capturado pela Polícia Federal, como seria o contato com as autoridades estrangeiras e quais seriam os desdobramentos para a sua família.

Noite de sábado, 19. Diante dos questionamentos de Lula, um pequeno grupo de advogados e políticos reuniu-se num endereço nobre de Brasília e detalhou de modo mais concreto o plano de emergência. Mesmo sem contar ainda com a resposta do embaixador Raffaele Trombetta, o grupo decidiu que a melhor opção era realmente a Itália. O fato de a ex-primeira-dama Marisa Letícia ter cidadania italiana e de o direito ser extensivo aos filhos igualmente investigados na Lava-Jato facilitava as coisas. 

Na reunião, os conselheiros debateram o roteiro jurídico para que o ex-presidente pudesse ser autorizado a deslocar-se da embaixada em que viesse a se asilar até o avião em que partiria para o exterior. Ficou acertado que seria necessária "uma saída negociada" com as principais forças políticas de oposição, já que o salvo-conduto teria de ser previamente aprovado pelo Congresso. A missão política foi delegada ao advogado Sigmaringa Seixas, ex-deputado do PT, e ao ex-ministro Nelson Jobim, que tem bom trânsito junto a diversos partidos. No PMDB, o primeiro a ser procurado foi o presidente do Senado, Renan Calheiros. Em seguida, acionou-se o ex-ministro Moreira Franco, por sua proximidade com o vice-presidente Michel Temer.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Derrota anunciada



O desfecho de derrota anunciada para o governo na disputa pela presidência da Câmara poderia ter sido outro se os estrategistas do Palácio do Planalto tivessem dado ouvidos ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva, desde o início favorável à construção de um acordo entre o PT e o PMDB. Na última semana o governo ainda tentou "criar um clima" de virada disseminando a versão de que a pressão sobre os deputados em favor do petista Arlindo Chinaglia produziria resultados de última hora.

A ficha da realidade, porém, caiu na sexta-feira à noite quando já era tarde demais e uma oferta de acordo - feita por escrito, com a letra do ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas - acabou consolidando a confiança de Eduardo Cunha e companhia na vitória. Ao ponto de ser recusada uma tentativa de "embaixada" feita por Lula por intermédio do prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Naquela altura as contas, feitas e refeitas, já lhes eram favoráveis o suficiente para não haver espaço nem razão para um recuo. Cunha estava praticamente com a presidência da Câmara nas mãos, o que o governo teria a oferecer?  Em um papel levado pelo deputado Sandro Mabel (desde ontem sem mandato) ao gabinete da liderança do partido onde estavam reunidos os pemedebistas, Pepe Vargas propunha de início o seguinte: Os dois candidatos e as respectivas bancadas partidárias fariam uma reunião e anunciariam que o melhor para ambos os parceiros de governo seria um esforço de unidade. A paz (teatral) estaria, assim, sacramentada.

A sugestão incluía mais dois itens de pressupostos para o acerto. Um deles, a retirada de partidos de oposição do bloco de apoio a Eduardo Cunha. Outro, o compromisso de rodízio de ocupação da presidência da Casa, tal qual havia sido feito quando da escolha de Arlindo Chinaglia em 2007 e sua substituição por Michel Temer (PMDB) em 2009 e depois uma nova rodada com o petista Marco Maia e o pemedebista Henrique Eduardo Alves.

Recebida a proposta, Cunha trancou-se no "confessionário" - um minúsculo espaço no gabinete reservado para conversas a portas fechadíssimas - com gente de confiança e concluiu: a oferta era um sinal evidente de fragilização do outro lado.  Poderiam, portanto, ficar tranquilos. O adversário havia "piscado", reconhecendo a impossibilidade de vitória no enfrentamento.

Eduardo Cunha, então, disse a Mabel que não teria como aceitar. Não iria romper compromissos assumidos anteriormente com partidos de oposição (DEM e Solidariedade), tampouco teria como assegurar o compromisso de rodízio lá na frente. As circunstâncias são outras. Eleito agora com votos de boa parte da base aliada revoltada com o PT, não haveria garantia hoje de que esses mesmos partidos estivessem dispostos a apoiar um candidato petista em 2016. 

Acordo recusado, dali a pouco telefona para Eduardo Cunha o prefeito do Rio falando em nome de Lula para sondar se não havia ainda alguma possibilidade. Com todo apreço que o público ali reunido dedica aos meios e modos de Lula fazer política (em contraponto à presidente Dilma), as condições da disputa estavam dadas, não havia como mudá-las, assunto encerrado. Depois disso o governo ainda se enrolou todo ao tentar negar o inegável, alegando que a proposta de acordo partiu do PMDB. Pois é, para quê se a vantagem estava com o partido?

Fica do processo como um todo, e desse episódio em particular, a evidência de que não é só a condução da economia que precisava de correção. A pilotagem da política carece de mãos calejadas, cabeças organizadas, sangue frio e pés no chão. Tipo do ofício em que vocação é posto.

Fonte: O Estado de São Paulo - Dora Kramer, colunista do Estadão