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domingo, 19 de dezembro de 2021

Papo de rico;"torcemos para lula se eleger nas costas dos pobres para ficarmos mais ricos..." ..e "eles"ficarem mais pobres !!!

Com certeza esse tipo de conversa, ou "pensamento", que abre o artigo, deve ser a tônica nas rodas privativas das elites econômicas que mandam no Brasil, notadamente dos grandes banqueiros,que jamais ganharam tanto dinheiro em qualquer parte do  mundo quanto passaram a ganhar durante o reino político da esquerda no Brasil,especialmente durante a época de mando da "dobradinha" PSDB/PT,que reinou de 1995 até 2016,nos Governos de FHC, Lula e Dilma.

Nesse período de "festa" do capital financeiro internacional,geralmente "predatório" das economias nacionais, houve uma verdadeira "corrida" de todos os bancos do mundo, grandes,médios e pequenos, para instalarem unidades próprias no Brasil, tomando facilmente o dinheiro dos brasileiros com  as facilidades dos empréstimos consignados implementadas  pelos governos de esquerda ,"faturaram" muito alto.

E os banqueiros internacionais foram "convidados" a se instalar e explorar os brasileiros especialmente durante a época de "transição" entre os governos de FHC e Lula da Silva,dando sequência ao que fora acordado entre essas "duas Excelências",no "Pacto de Princeton",assinado nos Estados Unidos em 1993,onde a esquerda brasileira adotou a "estratégia das tesouras" de Marx e Hegel,com a alternância no poder de uma esquerda moderada (FHC) e outra radical (Lula & Cia),sempre "fingindo" serem oposição um ao outro.

Com efeito,bem ao contrário dos seus  discursos políticos,em 1993 (mesmo ano da assinatura do "Pacto de Princeton",entre FHC e Lula),FHC,então Ministro da Fazenda de Itamar Franco, e futuro Presidente da República, entregou totalmente o dinheiro e o destino dos brasileiros ao capital financeiro internacional.

Explicando melhor: a exploração "histórica" que os banqueiros faziam e fazem  com o povo brasileiro já havia sido alvo de "tentativa"de combate pela chamada "Lei da Usura", que na verdade se tratava do Decreto Nº 22.626,de 07.04.1933,baixado pelo então Presidente Getúlio Vargas, que punia com prisão  e considerava crime a cobrança de juros superiores ao dobro dos juros "legais",estabelecidos no Código Civil vigente na época,de 1917,(que era de 6% a.a.),ou seja, seria crime cobrar mais de 12% de juros  ao ano.

Mas os banqueiros sempre cercados de bons advogados,"driblavam" essa pretensa  proibição porque partia de um simples  "decreto", e não de "lei". Alegavam o princípio "Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege".,ou seja, decreto não poderia caracterizar nenhum crime. Só a lei. Assim os banqueiros foram "empurrando com a barriga essa "proibição", sem grandes problemas. Mas eis que os constituintes de1988, na nova carta que estavam escrevendo, resolveram "moralizar" essa situação, proibindo definitivamente a cobrança de juros de mais de 12% ao ano. Inseriram essa proibição no  parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição. Portanto a proibição por decreto de Getúlio Vargas passou a ser norma constitucional.

Mais aí surgiu o primeiro governo brasileiro  eleito sob as luzes do "Pacto de Princeton",teoricamente defendendo a esquerda e o socialismo, porém defendendo, isso sim, os interesses dos banqueiros e dos mais ricos.FHC governou o país a partir de 1995,  e quase ao final do seu segundo mandato, em 2003, pouco antes de entregar a faixa presidencial para Lula, conseguiu que  o Congresso aprovasse a Emenda Constitucional Nº 40/2003, revogando a proibição de cobrança de juros além de 12 % ao ano, contida no parágrafo 3º,do art.192 da Constituição.  Aí teve início a correria dos bancos para tomar o dinheiro dos brasileiros!!! 

Como essa esquerda ainda tem a cara de pau "eleitoral" de dizer-se protetora dos pobres,,quando o é exclusivamente  dos ricos,a quem serve os interesses maiores? Por que a esquerda, o PT e toda a sua "patota", são os "queridinhos" dos mais ricos?
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
 

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Dívida de aposentados com empréstimos consignados sobe R$ 39 mi por dia

Total de empréstimos consignados tomados por beneficiários da Previdência cresce acima de 12% em 12 meses e alcança R$ 122 bilhões. 

Antecipação do 13º, em agosto, deve ser consumida no pagamento de compromissos

Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se endividaram, em média, em R$ 39,5 milhões por dia, entre janeiro e maio, levando em conta fins de semana e feriados. No total, os segurados da Previdência Social tomaram R$ 5,9 bilhões em crédito consignado nos cinco primeiros meses do ano e já devem R$ 122,1 bilhões aos bancos nessa modalidade de financiamento, conforme dados do Banco Central (BC). Especialistas avaliam que a antecipação da primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas, que injetará R$ 21 bilhões na economia, em agosto, será usada para quitar parte das dívidas.

O decreto presidencial, publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU), determina que a primeira parcela do abono anual corresponderá a até 50% do valor do benefício. Além desses recursos, que serão usados para diminuir os débitos com as instituições financeiras, dados do Ministério do Planejamento mostram que até maio, 7,8 milhões de cotistas do PIS/Pasep deixaram de sacar R$ 16 bilhões das contas. Esse recursos estão disponíveis para trabalhadores com mais de 60 anos, aposentados, reservistas do Exército, pessoas que não puderam mais trabalhar por invalidez, vítimas de doenças graves e herdeiros de cotistas.

O estoque de empréstimos com desconto em folha de aposentados e pensionistas cresceu 12,3% nos últimos 12 meses até maio. Essa é a única modalidade de financiamento que não perdeu fôlego diante da crise, e cresce acima de dois dígitos por ano.

Juros
A garantia de receber o pagamento diretamente do governo, caso o segurado não honre as parcelas da dívida, tranquiliza as instituições financeiras, que mantêm os juros estáveis. Nos últimos 12 meses, a taxa encolheu 1,6 ponto percentual, de 27,8% para 26,2% ao ano. Em média, os juros chegam a 2% ao mês, conforme dados do BC. Apesar disso, a taxa de inadimplência na modalidade cresceu entre junho de 2017 e maio de 2018. Passou de 1,9% para 2,1%. O crescimento explosivo nas concessões de crédito consignado tem origem nas gestões petistas, que mantiveram o incentivo ao consumo mesmo após a deflagração da crise econômica.


O fato de os beneficiários do INSS estarem endividados é um problema, avalia o economista Ricardo Rocha, professor da escola de negócios Insper. Ele explica que, com o comprometimento da renda, o que sobra é pouco para fazer frente ao aumento de despesas que a velhice traz. Em muitos casos, ressalta o especialista, os segurados fazem operações que chegam ao limite da margem consignável e não se dão conta de que a renda diminuirá significativamente. “Para quem ganha um salário mínimo ou o benefício médio, é uma queda brutal”, destacou.

Rocha ainda alerta que muitos segurados acumulam dividas além do consignado, e isso agrava ainda mais o problema. Na opinião dele, tanto o limite da renda que pode ser comprometida com os empréstimos consignados quanto o prazo para pagamento das dividas precisam ser revistos pelo governo. “As parcelas vão se acumulando e se tornam uma bola de neve. Essa situação também dificulta a recuperação da economia”, comentou.
 
 
Filhos e netos
Além de contrair dívidas para equilibrar o orçamento, o economista destacou que muitos aposentados e pensionistas têm recorrido aos empréstimos consignados para ajudar filhos e netos que ficaram desempregados. Ele alertou que se endividar para ajudar parentes é um risco e pode comprometer ainda mais as finanças pessoais do idoso. “Essa situação é muito difícil. Mas parte desses recursos do 13º e do PIS/Pasep devem ser usados para colocar as contas em dia”, comentou.

A falta de educação financeira e de uma cultura previdenciária estimulam o crescimento do número de endividados e dos débitos com o consignado, explica Renato Follador, consultor e especialista em Previdência. Ele ressalta que muitos segurados, sobretudo aqueles que se aposentam por tempo de contribuição, requerem o benefício aos 55 anos, se mantém no mercado de trabalho e têm um incremento na renda.

Entretanto, detalha Follador, isso é uma armadilha, porque os segurados aceitam se aposentar com um benefício menor do que será a renda quando decidirem deixar de trabalhar. Com a crise econômica, muitos perderam o emprego e tiveram uma queda brutal da renda. E a maneira encontrada para tentar solucionar o impasse e manter as contas em dia é correr para o consignado. “Muitos passam toda a velhice pagando parcelas às instituições financeiras. Agora, os beneficiários do INSS devem usar os recursos para pagar as dívidas antigas”, disse.


  • Estímulos

    Em setembro de 2015, o Congresso autorizou os beneficiários do INSS a comprometer até 35% do salário com empréstimos com desconto em folha. O texto definiu que o limite adicional deveria ser usado, exclusivamente, para o pagamento de despesas contraídas por meio de cartão de crédito. Um ano antes, em setembro de 2014, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) elevou de 60 para 72 meses o prazo de pagamentos desses financiamentos. À época, o extinto Ministério da Previdência Social calculou que a medida resultaria em um incremento anual de R$ 23,7 bilhões no volume contratado pelos aposentados e pensionistas.

 Correio Braziliense