Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador estatística. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estatística. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Marco Aurélio Mello, do STF, manda governo fazer Censo - VEJA

Decisão do ministro atende a um pedido feito pelo Maranhão; Pesquisa havia sido cancelada pelo Ministério da Economia

[para aquele governador do Maranhão, o que vale é aparecer; 
tentou convencer Lewandowski a autorizar comprar a Sputinik, sem autorização da Anvisa e o ministro do STF optou pela 'suprema prudência' do muro.
Agora, ele quer que Bolsonaro realize um senso sem recursos e no meio de uma pandemia = certamente ele quer aproveitar o momento para mostrar a miséria de um dos estados mais pobres do Brasil. 
Também já tentou criar um sistema de ônibus que seriam utilizados para encontros íntimos entre presos.]

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao governo federal “a adoção de medidas voltadas à realização do censo” realizado pelo IBGE. A decisão foi dada em uma ação apresentada pelo estado do Maranhão. “O direito à informação é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas. Por meio de dados e estudos, governantes podem analisar a realidade do País. A extensão do território e o pluralismo, consideradas as diversidades regionais, impõem medidas específicas”, disse o ministro na decisão. 

Na semana passada, o ministério da Economia havia anunciado o cancelamento da sondagem  prevista para ocorrer neste ano — já com atraso, uma vez que inicialmente ocorreria em 2020, mas acabou adiado pela pandemia. Segundo Marco Aurélio, o censo permite mapear as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil. E, então, o Executivo e o Legislativo elaboram, no âmbito do ente federado, políticas públicas visando implementar direitos fundamentais previstos na Constituição Federal.Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?”, questionou.

Na avaliação do decano da Corte, a União e o IBGE, “ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de  de alcance nacional”.

Blog Radar - VEJA


terça-feira, 9 de março de 2021

Derrubar o prédio para afastar o Zelador - Percival Puggina

Para se livrar do presidente da República, a mídia militante vem fazendo isso com o Brasil. Não há limites para a ação cotidiana e dedicação exclusiva.

A oposição propriamente dita retraiu-se perante a persistência e a intensidade com que esses meios de comunicação operam. Num regime de feitio democrático, caberia a ela, claro, antagonizar o governo. No entanto, a fração partidária da oposição opta por discreta contenção. Delega o trabalho diário à mídia, que o executa com superior amplitude e resíduos de presumível credibilidade. Mesmo que a estas alturas seja mera ilusão, a opinião expressa no editorial, a notícia, a manchete de um grande veículo de comunicação parecem mais confiáveis ou isentas do que a fala de quem tem o carimbo político.

Internamente, ademais, vivemos uma convergência incomum entre os interesses ideológicos sempre dominantes nas redações e os interesses empresariais dos veículos da mídia militante. Por motivos diferentes todos querem se livrar do zelador. Vemos a morte da moderação e da prudência.  O que acabei de escrever não desenha, infelizmente, o quadro inteiro. Ele se expande e se agrava pelos reflexos no plano internacional. A contaminação do jornalismo e da cultura do mundo ocidental pela filosofia revolucionária não é menor nem menos ativa lá fora do que aqui no Brasil. Ao contrário, é de lá que vem toda a droga intelectual fumada e cheirada nestes trópicos. São de lá os filósofos canonizados nas cátedras, inspiradores de teses tão estapafúrdias quanto prósperas.  

Por isso, a vitória eleitoral de um candidato conservador no Brasil foi mais indigesta à cultura hoje dominante na Europa do que a vitória de Trump nos Estados Unidos. Lá, o rodízio no poder é sempre um resultado corrente no jogo democrático. Aqui, não. Um quarto de século fluiu com a esquerda embaralhando, dando cartas, jogando de mão e ainda portando coringas de reserva no bolso. Os conservadores e liberais brasileiros foram os otários desse jogo.

A guerra contra o presidente começou logo após as primeiras pesquisas eleitorais. Os laboratórios de linguística aplicada ao charlatanismo político trabalharam febrilmente disparando etiquetas para lhe desconstruir a imagem. Contra essa avalanche, a inabilidade verbal de Bolsonaro não lhe presta serviços, seja na defesa, seja no ataque. No exterior, foi fácil aos interesses políticos, ideológicos, econômicos contrariados empacotar tudo com o rótulo “Brasileiro”.

O processo não parou mais e já vai para o terceiro ano consecutivo. Perder a capacidade de manipulação foi duro golpe para aquela parcela da mídia que se considerava reitora das opiniões, dos costumes e, claro, dos resultados eleitorais. 
Tentando retomar o antigo poder, buscando socorro, vem recebendo intenso e firme apoio externo. 
Estava armado o complô contra o Brasil! 
Nele se unificam apetites amazônicos, inconveniência geopolítica de um governo conservador antagônico ao globalismo em curso no Ocidente e interesses comerciais contrariados pelo competente agrobusiness nacional (nada lhe diz o empenho de tantos em reduzir a área plantada no Brasil?).

Nunca a estatística foi tão manipulada, a matemática tão vilipendiada, uma doença tão politizada. São profissionais da mistificação. E estão destruindo o Brasil para afastar o zelador. Só assim se entende a manchete que, em outros tempos, caracterizaria crime de traição à pátria, encimando matéria (1) de O Globo do dia 5 deste mês de março: “Pária global: Brasil vira 'ameaça sanitária' no mundo”. Quem subscreve e proclama isso não ama o próprio país.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Queda de homicídios é relevante, mas há que se reduzir a letalidade policial - Editorial - O Globo

Editorial

Em 2019, Rio teve o menor número de assassinatos desde 1991, porém nunca a PM fluminense matou tanto

Para um estado que nos anos 1990 chegou a registrar 8.438 homicídios dolosos (intencionais) por ano, as estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), na última terça-feira, não deixam de ser um alento. Segundo o órgão, no ano passado foram contabilizados 3.995 assassinatos no Rio de Janeiro, uma queda de 19,3% em relação ao ano anterior (4.950), e menor patamar desde o inicio da série histórica, em 1991, embora os números ainda sejam excessivamente altos. Não é fenômeno exclusivo do Rio, já que os índices têm caído nesse mesmo ritmo em quase todo o país, mas inegavelmente trata-se de um dado positivo. [um dado positivo e que a muitos pode parecer dificil reconhecer que se trata do EFEITO BOLSONARO - imagine quando desistirem de boicotar o Governo Bolsonaro e  o presidente possa se embrenhar de forma exitosa no cumprimento de suas promessas de campanha.]
 
A redução do número de assassinatos, porém, não deve ocultar um outro dado que salta aos olhos na mesma estatística: nunca a polícia fluminense matou tanto quanto no ano passado. De acordo com o ISP, em 2019 o estado registrou 1.810 mortes decorrentes de intervenções policiais, o maior número desde 1998, quando se passou a contabilizar esse tipo de crime. Evidentemente, o recorde reflete a política de confronto adotada pelo governador Wilson Witzel na segurança — estratégia que, por vezes, tem vitimado inocentes. No dia 16, uma operação da PM contra o tráfico de drogas no Vidigal deixou quatro mortos. Todos suspeitos, segundo a polícia. Mas moradores disseram que pelo menos duas das vítimas eram trabalhadores. [importante destacar que 'mortes decorrentes de intervenções policiais' é um conceito vago,exatamente para ser amplo, permitindo incluir tudo em um saco só: inclui policiais mortos por bandidos em confrontos, inclui inocentes mortos por balas perdidas - que podem ser tanto da polícia, quanto dos bandidos; 

quanto ao padrão de  sempre que os que tombam em tiroteios, são classificados por moradores como 'trabalhadores' é fácil entender tal classificação: 
imagine se um morador de um favela, que vive sob o tacão do tráfico, vai ter coragem para declarar de público que aquele morto, um 'trabalhador', na realidade era um traficante.

Quem falar isto, alguns minutos depois estará morto. Aos traficantes interessa 'queimar' a imagem da polícia.]
 
Não se deve fazer correlação entre um dado e outro. Os homicídios não caem porque a polícia mata mais. Dentro do próprio Rio há exemplos de que não se combate a violência gerando mais violência. Na Ilha do Governador, as mortes decorrentes de intervenção policial quase dobraram (90%) ano passado, e os homicídios não diminuíram — ao contrário, cresceram 63,6%. [a matemática, a estatística está sendo agredida, se a mortalidade "decorrente" de intervenção policial alcançou 90% e a mortalidade no geral cresceu 63,6 %, indiscutivelmente, em uma ponta diminuiu = a mortalidade dos cidadãos, de pessoas de bem, que mesmo morando em favelas são trabalhadores e também a de policiais.
Convenhamos que sendo inexatos, dados os critérios de contagem, o número das mortes   atribuídas a intervenção policial, fica evidente que morreu mais bandido, morrendo menos policiais e menor número de pessoas de bem o que não é a situação ideal, mas é menos danosa à sociedade  do que em 2018, suando só no Rio, morreram quase 200 PMs.]
Além disso, dados do Fórum Brasileiro de Segurança mostram que há unidades da Federação, como Distrito Federal, Acre e Maranhão, que têm conseguido reduzir tanto os homicídios dolosos quanto as mortes em confronto. [o DF sempre apresentou baixíssimo índice de mortes em confronto bandidos x polícia; 
já quanto aos homicídios, envolvendo paisanos - especialmente o latrocínio contra motoristas de aplicativos continua crescendo.]

Especialistas em segurança pública suspeitam que a queda de homicídios, ['especialistas', sempre assustam, por ter como principal especialidade adaptar suas interpretações às conveniência de seus entrevistadores. Além de que, suspeitas nem sempre se tornam realidades.] Principalmente na Zona Oeste, pode estar ligada à hegemonia das milícias, que reduziria a guerra entre facções e, consequentemente, o número de mortes. O uso de cemitérios clandestinos, prática comum desses grupos paramilitares, também poderia mascarar os números. De qualquer forma, há nas estatísticas do ano passado outros dados relevantes. Por exemplo: o número de roubos de carga caiu 19%, e o de roubo de veículos, 24%. Continuar baixando os índices de crimes, rumo a patamares mais aceitáveis, é meta a ser perseguida pelo governo. Tanto quanto a redução da letalidade policial. O combate à violência não pode ser seletivo.

Editorial - O Globo