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sábado, 30 de julho de 2022

Prendam esses números - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Para “salvar o Brasil da direita”, estão trocando a disputa política por fanatismo, histeria e rancor

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Tudo isso é falso. Chamem a polícia, então, para prender os algarismos que atestam a falsidade — ou, quem sabe, o ministro Moraes, para proibir a sua divulgação nas redes sociais, por ameaçarem a “democracia”. Também se poderia entregar o caso às “agências de checagem”, para declarar que todos esses números, além de ilegais, são “fake news inventadas pela direita.

Até outro dia, os jornalistas davam como certo que a inflação estava “fora de controle”. Quando escreviam isso, com a certeza de quem anuncia um fato científico, estava acontecendo justamente o oposto no mundo das coisas reais

 Que tal começar pela inflação? O último boletim do Banco Central, que hoje é independente do governo, informa que a inflação vai fechar 2022, de ponta a ponta, em 7,3% — são os cálculos do IPCA, ou Índice dos Preços ao Consumidor. É isso mesmo: são 7,3%, no ano inteiro. Este é um dos números mais ilegais e mais odiados de todos.

Edição 123

                   Ele desmancha, sozinho, a sentença de morte sem apelação que o “consórcio de órgãos de imprensa” e os seus analistas de mesa-redonda já tinham passado para a economia brasileira. Até outro dia, os jornalistas davam como certo que a inflação estava “fora de controle”. Quando escreviam isso, com a certeza de quem anuncia um fato científico, estava acontecendo justamente o oposto no mundo das coisas reais. A inflação, naquele preciso momento, não apenas estava sob controle; estava caindo.  

A se confirmarem as estimativas do Banco Central, que não costuma errar nesses casos, o Brasil terá, na verdade, uma das menores taxas de inflação do mundo.                                                                              Vale a pena, aí, pensar um ou dois minutos nesses 7,3%.          Isso é menos do que a inflação prevista para este ano nos Estados Unidos, que está rolando na beira dos 8,5% para os últimos 12 meses, e pode subir ainda mais; é a pior dos últimos 40 anos. Muito bem.           A pergunta a fazer, no caso, é a seguinte: você se lembra, alguma vez na sua vida, de ter visto a inflação no Brasil ser menor que a dos Estados Unidos? Está acontecendo agora; como, então, a economia brasileira poderia estar “destruída”? 

O Brasil não baixou nenhum decreto de “tabelamento de preços”; em vez disso, fez o preço da gasolina baixar. Esse é o tipo de coisa que deixa a esquerda nacional à beira de um colapso de nervos

A inflação é um índice geral; no universo das coisas mais específicas e mais próximas ao bolso das pessoas há um outro número antidemocrático, e da pior espécie. 
 Os preços dos combustíveis, pagos pelo consumidor na bomba do posto de gasolina, acabam de cair pela quarta vez seguida. 
É um desastre, para o Brasil que combate o “fascismo”. 
Anunciava-se, nesse meio, que a explosão mundial nos preços do petróleo ia mandar o Brasil e o governo Bolsonaro para o espaço; 
para o condomínio que luta em favor da democracia, do STF e da perfeição das urnas eletrônicas, por sinal, o preço do combustível subia só no Brasil, e só por culpa direta do presidente da República. E agora? 
 
Agora eles querem declarar que a redução de preços é um atentado à democracia e que o governo deve ser punido pela solução que deu para o problema. 
 O Brasil não baixou nenhum decreto de “tabelamento de preços”; em vez disso, fez o preço da gasolina baixar. Esse é o tipo de coisa que deixa a esquerda nacional à beira de um colapso de nervos. 
Sua religião econômica é a da Argentina, onde o governo mete tabela em tudo o que lhe passa pela frente, e não faz baixar o preço de nada. 
No momento, aliás, estão “reforçando o controle oficial de preços” nos supermercados — e a inflação está indo para os 65% ao ano. Como “o Bolsonaro”, que faz o contrário do que fazem os argentinos e do que manda o manual econômico do Brasil “civilizado”, pode baixar o preço dos combustíveis sem fazer tabelamento e, além disso, segura a inflação anual nos 7,3%?

Segundo a oposição, os banqueiros de esquerda e a cantora que sapateia em cima da bandeira nacional, a queda de preços dos combustíveis, mais toda a melhoria nos programas sociais que também foi aprovada no Congresso —, é coisa do mal

Isso não poderia estar acontecendomas, como é exatamente isso o que acontece, a saída da oposição é pedir ao TSE, o braço do STF que controla as eleições brasileiras, a cassação da candidatura de Jair Bolsonaro para presidente da República
A queda de preços, para a mídia, os intelectuais e o resto do “campo progressista”, foi consequência direta da “demagogia eleitoreira” do presidente; não se pode fazer uma coisa dessas. Por que não pode?    O preço dos combustíveis caiu porque o Congresso Nacional, a pedido do governo e com votação quase unânime, aprovou uma redução importante nos impostos estaduais sobre gasolina, álcool e diesel. É lei; - o STF e os governadores querem melar, mas é lei.  
 
Além do mais, como o governo federal poderia ser punido por praticar a sua obrigação de governar o país? 
Quer dizer que em ano eleitoral, então, o governo tem de ficar trancado em casa, sem fazer nada? 
Não interessa. Segundo a oposição, os banqueiros de esquerda e a cantora que sapateia em cima da bandeira nacional, a queda de preços dos combustíveis, mais toda a melhoria nos programas sociais — que também foi aprovada no Congresso —, é coisa do mal.  
Vai ser usada, como as eleições, para a “direita” continuar no governo e, em seguida, “implantar um regime autoritário” no Brasil. Não faz nexo nenhum. Mas é o que estão dizendo todos os dias. 
Há também o PIB, esse bendito PIB que ninguém sabe como é calculado, mas que é uma tragédia quando está baixo, e uma trapaça que só beneficia os ricos quando está crescendo — ou, então, é uma bobagem sem importância nenhuma para “o povo”. É o caso do Brasil de hoje. No final de 2021, era uma certeza para o FMI, os analistas dos bancos nacionais ou estrangeiros e o noticiário econômico em geral que em 2022 o Brasil estaria em recessão. Não só não iria crescer nada; 
- a economia ia andar para trás, como no segundo governo de Dilma Rousseff, que gerou a maior recessão econômica que o Brasil já teve em sua história. 
 
Vem aí, então, mais um número ilegal: o PIB brasileiro, pelos cálculos agora de julho, vai subir 2% este ano. Como assim? 
É precisamente o inverso do que todos juravam que ia acontecer; o ministro Paulo Guedes, a propósito, disse que os economistas, e analistas do “mercado”, e especialistas etc. etc. etc. iriam passar o ano inteiro revendo para cima as suas previsões. 
Estão fazendo isso, mas acham que o PIB positivo não adianta nada; já o PIB negativo, como a saúva, ia acabar com o Brasil
Para a mídia, em especial, a solução é banir esse número para um estado de semiclandestinidade, o mais longe que for possível das manchetes e dos destaques do horário nobre. 
 
Na verdade, o Brasil é um caso raro de saúde razoável num mundo de economia doente
Nesta semana, o FMI anunciou que as perspectivas de crescimento global “estão inclinadas esmagadoramente para o lado negativo” e que, se as previsões se concretizarem, a economia mundial poderá enfrentar uma das piores recessões em meio século. 
Entre as exceções estão o Brasil e o México. 
O aumento da inflação global e uma desaceleração nos Estados Unidos e na China levaram o FMI a diminuir suas projeções. “O panorama ficou consideravelmente sombrio desde abril”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas. “As três maiores economias do mundo, os Estados Unidos, a China e a zona do euro, estão empatando nessa estagnação com grandes conseqüências para o panorama global”, estimou ele. 
 
Além do Brasil e do México, a Rússia também apresenta índices econômicos positivos em razão dos preços mais altos do petróleo devido às sanções ocidentais. 
Para a América Latina e o Caribe como um todo, o FMI elevou suas perspectivas de crescimento para este ano para 3%, uma revisão para cima de 0,5 ponto percentual “como resultado de uma recuperação mais forte nas grandes economias”: Brasil, México, Colômbia e Chile.
 
Os índices de desemprego são outra frustração de primeira grandeza. A última cifra é de 9,8%, a menor dos últimos seis anos — ou seja, menor do que era quando começou a pandemia, ou no final do governo Dilma. Neste ano, só de janeiro a abril, foram criados mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada;  
em maio, o total de brasileiros com emprego formal estava próximo aos 42 milhões, um recorde na história do cadastro do Ministério do Trabalho, iniciado dez anos atrás. Só no mês de junho, o número disponível mais recente, foram criados 300 mil novos empregos. 
No total, com covid e tudo, o atual governo tem um saldo positivo acima de 2 milhões de vagas.  
 
Se há mais gente empregada agora do que havia antes do governo assumir, e se o STF, os governadores e os prefeitos mantiveram a economia fechada durante dois anos inteiros, o que aconteceu com o “extermínio do trabalho” anunciado com tanta paixão pelos comunicadores, influenciadores e funcionários dos “grandes veículos” de comunicação? É a mesma decepção com o comércio exterior. 
Nos últimos 12 meses o Brasil exportou quase US$ 310 bilhões, e teve um saldo próximo aos 60 bilhões na sua balança comercial; a produção agrícola, em especial, vai bater um novo recorde em 2022. 
Também aí está tudo errado. Segundo garante a nossa melhor elite financeira, o Brasil está “isolado” no mundo: países estrangeiros, bancos internacionais, altas multinacionais e fundos de investimento conduzem um boicote pesadíssimo contra a economia brasileira, para punir o presidente e seu governo pela agressão ao “clima” do planeta em geral, e os incêndios na Floresta Amazônica em particular
É outro mistério. O Brasil é o único país do mundo e da história que está sofrendo um boicote internacional e, assim mesmo, vende cada vez mais os seus produtos no exterior.     
 
O país “destruído” pelo governo atual é uma mentira; pior que isso, é uma bobagem, ou um certificado de estupidez para a frente “equilibrada” que acha uma boa ideia colocar na presidência do seu país um político que passou 20 meses no xadrez, condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. 
Para “salvar o Brasil da direita”, estão trocando a disputa política por fanatismo, pela histeria e pelo rancor; 
não respondem mais à razão, e sim aos seus tumultuados desacertos psicológicos. 
 O resultado é que estão em pleno negacionismo dos números.

Leia também “Um tribunal que joga para Lula”

J. R. Guzzo,  colunista - Revista Oeste

 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Não pode e não pode - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Embate político no Brasil deixou de ter nexo. Passou a ser um exercício de fanatismo.

O preço do barril de petróleo acaba de passar dos US$ 120. Um ano atrás, no meio de junho de 2021, estava em US$ 75. 
Esse é o preço internacional, ou seja, quanto um barril realmente vale no mundo dos fatos objetivos. Fala-se, aqui, num “preço brasileiro”, que deveria refletir os custos de produção internos e ser aplicado para o petróleo extraído no Brasil, mas essa é apenas uma miragem a mais. 
O mundo é um só e o preço real é um só, US$ 120 pelas últimas cotações, e isso quer dizer, muito simplesmente, que o petróleo custa hoje 60% mais caro do que custava há um ano.  
É possível acontecer um negócio desses e não haver consequência nenhuma no preço dos combustíveis para a população? É claro que não – mas é exatamente isso que “a sociedade”, por meio dos políticos, dos formadores de opinião e das classes intelectuais, está exigindo.
Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60% no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz.
Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60%  no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz. Foto: Alex Silva/Estadão
A gritaria, como sempre, é para “o governo” resolver o problema. 
Os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha “não podem” estar tão caros, e “o governo” tem de fazer “alguma coisa” para resolver isso – e fazer sem que haja sacrifício para as populações “menos favorecidas”, para a classe média, para o sistema de transportes, para a indústria e para as finanças dos 26 Estados que hoje são os maiores beneficiários, via imposto cobrado direto na bomba, dos preços calamitosos a que o petróleo chegou. 
Admite-se, com muita má vontade, que o governo não pode fazer nada para mexer nos US$ 120 que custa o barril. Mas exige-se que, a partir daí, a autoridade pública dê um jeito para vender combustível pelo preço do ano passado – e, ao mesmo tempo, que mantenha intacta a sua integridade fiscal, não atrapalhe as contas públicas e, mais que tudo, não faça demagogia num ano eleitoral. Preço baixo, sim. Aplausos por baixar o preço, não.
 
 Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60% no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz. Está claro que alguém vai se machucar, e que não é possível ir a lugar nenhum com a ideia geral de que vão se resolver problemas de preço com o avanço da justiça social e outras coisas virtuosas. Mas no Brasil de hoje exige-se não apenas a solução a custo zero; ela também não pode ser creditada ao governo, pois isso seria propaganda eleitoral. 
Reduzir impostos, por exemplo, ou ressarcir os Estados pelos cortes que eles fizerem em seus tributos, como o governo propôs – não pode. É fazer campanha. É populismo. É piorar os problemas.

O embate político no Brasil deixou de ter nexo. Passou a ser um exercício de fanatismo.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 6 de abril de 2020

Pandemia - Ciência ainda não tem solução para o coronavírus - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil tiveram uma conversa telefônica para trocar experiências de planejamento e posições a respeito do combate ao coronavírus e à recessão que se aproxima dos dois países.  Os estadunidenses preveem a morte de quase 100 mil pessoas. Isso é quase o dobro do número de militares do país mortos durante os dez anos da guerra do Vietnã. Aqui no Brasil a gente já está com mais de 200 mortos. [atualizando: Brasil já atingiu 400 mortos e, ultrapassando 11.000 casos confirmados.]

Falou como estadista
No pronunciamento no rádio e TV, o presidente Bolsonaro disse que os governos estaduais estão trabalhando com o Ministério da Saúde e vão receber todo apoio necessário para o SUS, como equipamentos. Por sua vez, o Ministério da Economia está trabalhando em conjunto com os estados para atender às demandas de todos os governadores e prefeitos sem exceções. Bolsonaro falou como um estadista.

Ninguém tem a ciência na mão
Nem Trump, nem Bolsonaro sabem como combater o coronavírus. Nem a OMS sabe. Ninguém sabe. A ciência ainda está pesquisando uma vacina para a doença. Ainda não se sabe se a hidroxicloroquina funciona mesmo. Não se sabe se há somente um tipo de vírus. Os chineses estão dizendo que são duas variações. Não se sabe também quantas pessoas foram contaminadas, porque só se sabe que estão com a doença quem faz o teste.

Também não se sabe quantas pessoas já pegaram a doença e se curaram, nem quanto tempo elas ficaram com o vírus no corpo e nem quais foram os sintomas. Não se sabe nada ainda sobre o coronavírus. [ao não se saber nada, ou quase, se abre a porta para palpites.
Só que no Brasil estão inovando:
- todos podem dar palpites sobre o coronavírus e seu combate - exceto o presidente da República.
Teve um ministro do Supremo que proibiu, em decisão liminar,  o presidente da República de fazer, ou mandar fazer, uma série de coisas referente ao coronavírus.
Se demora mais um pouco exarando a decisão,  proibiria o presidente de até pronunciar qualquer palvra sobre o assunto.] A ciência está pesquisando e testando. É o que o governo está fazendo. Não se sabe qual isolamento social é melhor, o horizontal ou o vertical. No Japão está dando certo o isolamento vertical. A Alemanha tem a sua solução.

A China teve a própria solução para minimizar os efeitos do coronavírus. Hoje a Bolsa do país é a que mais cresce. [já escrevemos algumas vezes que toda vez que surge uma peste na China, um H qualquer coisa, a economia daquele país, dá uma paradinha e depois cresce mais.] A indústria nacional deles também está em alta. Os Estados Unidos estão com mais mortos do que a China. Ninguém é dono da verdade, ninguém tem a ciência na mão, até porque a própria ciência não tem as suas conclusões. Parece que tem gente que tem a sua verdade disponível.

Esses estão correndo por fora do mundo real. Acho que é por fanatismo, ignorância ou oportunismo. As pessoas estão com tanto medo que nem enterram e nem velam seus mortos.  Tem gente metendo a cabeça no buraco escuro procurando a luz. Eu acho que a luz deve ser a diversidade de ideias, experiências e opiniões. O diretor-geral da OMS e o ministro da Saúde divergem.
A gente tem que tentar minimizar os efeitos tomando os cuidados necessários. A ciência ainda não tem uma solução para acabar com o coronavírus. Essa é a verdade.

O nosso agronegócio
Ainda que haja recessão como a de 1929, quando a gente queimava café por não ter para quem vender, ainda que caiam os preços, o mundo precisa comer e o nosso agronegócio é capaz de alimentar um bilhão de pessoas. [desde que haja máquinas agrícolas para tratar e colher a produção e veículos para transportar os produtos agrícolas e os da pecuária.]
Há a confiança e a esperança de que mais uma vez nós estamos nas boas mãos dos trabalhadores que tiram o alimento da terra. Eu digo isso mais uma vez porque foi o agro que nos tirou da recessão do governo Dilma.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Santos Cruz tenta saída para caminhoneiros, fala em 'sacrifícios', e diz que 'fanatismo' atrapalha governo

Na avaliação do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Bolsonaro está 'entre a cruz e a espada' na negociação para evitar greve 

Para o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, o governo Bolsonaro está “entre a cruz e a espada” na negociação com os caminhoneiros, “entre uma decisão política que pode evitar uma paralisação do transporte de cargas no país e o limite econômico”.

[presidente Bolsonaro, essa ameaça dos caminhoneiros é para testar se seu governo é igual o do Temer = decididamente indeciso = ou tem coragem de fazer o necessário para restabelecer a ORDEM;

se o senhor aceitar o jogo deles e agir igual o Temer agia, fique certo que todas categorias vão aproveitar o vácuo de 'disposição para ação = coragem' e o Brasil pára.

A hora é de jogar duro, começar a realizar blitz nas rodovias, multar caminhoneiro por qualquer infração de trânsito, qualquer falha  mais grave apreensão do veículo - mostrar para os chantagistas que eles vão levar a pior.

Caminhão que não roda, atrapalha a população, mas, com certeza o prejuízo é maior para a categoria - além das despesas normais de qualquer cidadão, eles tem as despesas com o veiculo, manutenção, prestações, etc.

O negócio é simples: ou o senhor joga duro agora e enquadra os caminhoneiros (que tudo indica pretendem agir igual agem os chamados rodoviários do DF, motoristas de coletivos urbanos, que por qualquer motivo param, não são punidos, sempre se dão bem) ou o exemplo de sucesso da extorsão vai se espalhar e o Brasil pára.

Caminhoneiro tem despesas inadiáveis e o fôlego deles é curto. Se ceder para uma categoria tem que ceder para todas. O senhor talvez não lembre, mas, o general Santos Cruz e outros da sua equipe lembram, às vésperas do 31 de março de 64, as greves eram a regras, especialmente as dos ferroviários.

A escolha é do senhor.]

Em entrevista ao Globo”, o ministro reconhece problemas da categoria mas diz que todos têm de fazer sacrifícios.
“O governo precisa entender os segmentos sociais, no caso um segmento importante que é o de transporte de cargas, mas o setor também tem de entender a conjuntura em que vive, que não é isolada da conjuntura nacional. Toda essa carga de sacrifícios tem que ser da responsabilidade de todos”, disse ele.

Santos Cruz também afirmou que os limites do governo são matemáticos. “Não tenho os números todos na minha cabeça, mas o 0,1% que você mexe no valor de frete, no valor do combustível, acaba tendo um impacto. O resumo de tudo isso é matemático. Agora, as decisões também são políticas. E o governo fica sempre entre a decisão política e o limite econômico, está sempre entre a cruz e a espada. Falar em paralisação tem que ser feito com muita responsabilidade. Ninguém é contra a liberdade de expressão, de associação, isso é fundamental. Os sindicatos existentes, a dinâmica, o jogo de pressão, é assim que funciona um país. A democracia funciona assim, mas é preciso ter responsabilidade.”

O Globo

 

terça-feira, 17 de abril de 2018

Virou Fanatismo - PT deixou de lado programas e propostas para venerar seu lider

Um partido transformado em seita

Uma das características marcantes das seitas é a idolatria cega aos seus líderes, elevados a seres especiais com autoridade divina e liderança existencial. Quando o fanatismo invade o terreno político, os programas e as bandeiras partidárias se tornam descartáveis. Cedem lugar à adoração e à reverência, típicas de culto. Os militantes se transformam, então, em indivíduos abnegados, desprovidos de espírito crítico e freios morais. Ao acreditarem na infalibilidade dos caciques por eles venerados, a ponto de incluírem a alcunha deles em seus nomes, mesmo quando condenados e presos por corrupção, os “fiéis” exibem traços de fundamentalismo. 

Foi o que o Brasil testemunhou nos últimos dias, em meio ao espetáculo deprimente em que se transformou a prisão de Lula e os dias que a sucederam. No domingo 8, com o petista já encarcerado na sede da PF em Curitiba, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, parecia cumprir uma liturgia ecumênica. Como se exortasse o rebanho a adorar seu “deus”, ela pronunciava frases repetidas como um mantra. “Não vamos sair daqui”, ditava Gleisi. “Não vamos sair daqui”, copiavam eles. “Ocupar e resistir”, ordenava. “Ocupar e resistir”, assentia a turba. Até o bordão final, entoado em uníssono: “Eu sou Lula”. Semelhante ao cortejo de uma seita, a dispersão se deu vagarosamente.



O líder adorado tinha dado o tom no dia anterior. Segundo ele, a polícia havia prendido seu corpo, não sua mente, como se ele fosse a reencarnação de Jesus Cristo. “Não sou mais um ser humano, sou uma ideia”, pregou Lula durante discurso feito horas antes de ser conduzido à cadeia. Ato contínuo, os militantes choravam, gritavam, se embriagavam, literalmente, e transformavam os momentos de tensão da prisão do morubixaba petista num ato de auto-imolação. Enfim, compunham uma atmosfera de histeria coletiva. Dois dias depois de dizerem “Eu sou Lula” em frente à PF, Gleisi e mais 36 políticos virariam Lula na prática. Acrescentaram o nome do ex-presidente, outrora apelido, em seus registros parlamentares. Assim, Gleisi passou a se chamar “Gleisi Lula Hoffmann”, Paulo Pimenta, “Paulo Lula Pimenta” e assim sucessivamente. Impressionados com a reação dos petistas, agentes da PF local chegaram a compará-los a seguidores de seitas radicais, como a de Jim Jones, um pastor do Tempo Popular, com orientação socialista, que no auge de sua insanidade ordenou que seus 918 discípulos cometessem o suicídio coletivo em Jonestown em 1979, depois de submetê-los a um intenso processo de lavagem cerebral.


O santo do pau oco 
Nos discursos proferidos por Lula, ele se compara a Jesus Cristo
“Sou um homem sem pecados”
“Se eu pudesse mostrar uma imagem das punhaladas que levei e tirar a camisa, meu corpo apareceria mais destroçado do que o de Jesus”
“Não sou mais um ser humano, sou uma ideia”
“Não tem viva alma mais honesta do que eu”
“De vez em quando, eu fico pensando que as pessoas tinham de ler mais a Bíblia para não usar tanto meu nome em vão”
“O Lula não é o Lula. O Lula é uma idéia, assumida por milhões de pessoas. E eles não sabem que o Lula já renasceu em milhões de mulheres e homens”
“Eles estão lidando com um ser humano diferente. Porque eu não sou eu. Eu sou a encarnação de um pedacinho de célula de cada um de vocês”

A história da humanidade está repleta de exemplos de que sempre quando a política se mistura com o fanatismo, o resultado é desastroso para a democracia. Quase sempre levam ao totalitarismo. Aconteceu em Cuba, com Fidel Castro, e na Venezuela, com Hugo Chávez, agora replicado por seu herdeiro Nicolás Maduro. Lá, a manipulação popular acabou empurrando o país ao caos social. Na Europa, o fanatismo aliado à política descambou no fascismo de Benito Mussolini na Itália e no nazismo de Hitler, na Alemanha da década de 40. O saldo não poderia ter sido mais funesto: milhões de judeus foram asfixiados em câmeras de gás por discordarem de um louco varrido. Daí o perigo desse comportamento tão alucinante quanto oportunista.
(...)


 <strong>EM NOME DO PAI</strong> Os filhos de Lula, Lurian. Fábio Luiz, o Lulinha, e Luiz Cláudio, além do neto Thiago, foram à PF na quinta-feira 12 visitar o pai encarcerado
 A primeira visita ao condenado - Os filhos de Lula, Lurian. Fábio Luiz, o Lulinha, e Luiz Cláudio, além do neto Thiago, foram à PF na quinta-feira 12 visitar o pai encarcerado. 
Logo após a posse de Lula ser amigo das figuras acima significava, no mínimo, o direito a sobrevoar o Lago Paranoá em helicópteros da FAB

Os dirigentes petistas parecem não se importar com isso. A ordem é manipular as massas na tentativa de regressar ao poder a todo custo, nem que seja para levar o País ao abismo econômico e social, como ocorreu durante o governo Dilma Rousseff. Por isso, nos últimos dias, fizeram de tudo para ampliar a atmosfera mística em torno da prisão de Lula, que em carga de dramaticidade e holofotes lembra em muito o episódio da detenção do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson, televisionada ao vivo para todo País. Para manter a toada de culto ao personagem, pela manhã, liderados por Gleisi Hoffmann, os mil manifestantes que acampavam nas imediações da PF, passaram a gritar: “Bom dia companheiro Lula”. As saudações se repetiam à tarde e à noite, antes do repouso do petista. O PT também deslocou o QG do partido para Curitiba. 

 A sigla anunciou que estava transferindo sua sede nacional, que funciona em São Paulo, para a capital paranaense na segunda-feira 9. No mesmo dia, aproveitou para promover uma reunião da Executiva Nacional para reafirmar que “Lula será o candidato do PT a presidente”, mesmo preso, mesmo à revelia da lei da Ficha Limpa. Ao abandonarem seus gabinetes em Brasília e se instalarem permanentemente na cidade, senadores, como Roberto Requião (MDB), além de Gleisi e Lindbergh, praticamente passaram a dar expediente na porta da cadeia. Como cada senador custa para a União R$ 1,2 milhão por ano, segundo levantamento da Transparência Brasil, se eles ficarem um mês por lá, como prometem, o País estará desperdiçando uma verdadeira fortuna.