A diferença entre o rombo anunciado pelo governo Dilma e o que foi
anunciado agora pelo governo Temer é a eliminação de certos artifícios.
Agora não há descontos e os números querem dizer o que os números dizem.
Não entra na conta o que não está certo, o que é apenas intenção
enviada ao Congresso. O número ficou mais feio sem a maquiagem, mas é
melhor que seja real.
O déficit como ele é — R$ 170,5 bi — assusta. Afinal, o país está
assumindo que terá um primário negativo em 2,75% do PIB. Para se ter uma
ideia, o economista-chefe da Mauá Investimentos, Alexandre de Ázara,
calcula que seja necessário um superávit primário em torno de 3% do PIB
para equilibrarmos a dívida/PIB. Estamos, portanto, a quase seis pontos
percentuais do PIB de onde deveríamos estar para começar a desfazer o
estrago provocado pelo arrastão Dilma Rousseff. O que foi este governo
que passou por nós nos últimos cinco anos? Convenhamos, a presidente
afastada abusou do direito de errar.
Um erro explicado ontem pelo ministro Henrique Meirelles era o de
projetar um aumento da receita em plena recessão. Se conseguisse seria
fato espantoso. A projeção feita pelo governo anterior no Orçamento era
de um aumento de arrecadação de 17% nominal e 9% real. Achava que
conseguiria isso com novos impostos como a CPMF, indiferente ao fato de
que houve uma imediata demonstração de rejeição a esse imposto. A nova
meta prevê uma queda de 4% de arrecadação, o que já será difícil porque
até abril a receita caiu 7,9%, mas é pelo menos factível.
Houve outra mudança importante que foi a decisão de não ficar dando
desconto para uma coisa e para outra. Se havia uma mania do governo
Dilma que perturbava era dizer que a meta era um número, porém o
resultado seria maior, porque haveria descontos para alguns gastos que
não entrariam na conta. O tormentoso secretário do Tesouro do primeiro
mandato Arno Augustin inventou essa fórmula que foi adotada pelo
ex-ministro Nelson Barbosa. Ele descontou gastos emergenciais para a
Saúde, dinheiro para completar as obras da transposição do Rio São
Francisco. O novo governo fez diferente: incluiu essas despesas na lista
de despesas, como deve ser.
A meta anunciada ontem reduziu o contingenciamento, ou seja, libera
gastos que foram congelados pelo governo Dilma. Os ministros Henrique
Meirelles e Romero Jucá explicaram que não se pode contar com um corte
inexequível, como o que depende de que não se pague coisas como o
auxílio moradia dos embaixadores. Meirelles e Jucá repetiram várias vezes que em seguida apresentarão
medidas de aumento de receitas e de cortes de gastos que precisarão ser
enviadas para o Congresso, mas não quiseram fazer esses anúncios junto
com os avisos sobre a nova meta fiscal. Como precisarão de apoio
legislativo, eles não contarão com o efeito dessas medidas como se a
aprovação do Congresso fosse favas contadas.
Por outro lado, acham que conseguirão aprovar o ajuste da meta na
Comissão mista do Orçamento na segunda-feira e aprovarão na terça.
Detalhe, a próxima semana tem um feriado na quinta-feira. Para
acreditarem nisso, devem ter negociado antes. Jornalistas tocaram em vários pontos sensíveis. Quiseram saber por
que eles acham que o mercado considerará essa meta austera se antes,
quando a previsão era de R$ 96 bi, no governo Dilma, foi vista como
ampliação de gasto. Meirelles disse que esta meta é realista e
transparente. Quiseram saber se essa meta será mudada novamente depois,
como era comum no governo Dilma, e o ministro Romero Jucá disse que meta
não é novela. Perguntaram por que houve frustração de receitas, e
Meirelles respondeu que o governo anterior superestimou a receita.
O governo Temer tinha mesmo que chegar e pôr os números na mesa com
toda a frieza e objetividade. É terrível um desequilíbrio desses, só não
é pior do que tentar escondê-lo com artifícios contábeis e pedaladas.
No esforço de aumentar a transparência, o governo determinou que a
Eletrobrás calcule as perdas com a corrupção, para que o balanço possa
ser auditado. Hoje a estatal está fora da Bolsa de NY por não saber
dizer de que tamanho é a corrupção. A meta está muito longe da
necessidade, mas pelo menos pode estar perto da realidade. É um primeiro
passo.
Fonte: Blog da Míriam Leitão - Alvaro Gribel, de São Paulo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 21 de maio de 2016
terça-feira, 26 de abril de 2016
Temer tenta no Supremo desarmar bomba fiscal de mais de R$ 300 bilhões
Vice escala aliados para tentar convencer STF a não mudar cálculo da dívida dos estados
Interlocutores do vice-presidente Michel Temer conversaram nos últimos dias com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o impacto nas contas do governo federal de mudança no cálculo das dívidas dos estados junto à União, que pode ultrapassar R$ 300 bilhões. O STF julga na quarta-feira se muda para juros simples (juro sobre o valor inicial) a fórmula de cálculo das dívidas estaduais, hoje feito por juros compostos (juro sobre juros).
O Supremo concedeu liminar ao estado de Santa Catarina permitindo o uso de juros simples em vez de compostos. A decisão levou vários estados a recorrerem também. O governo Dilma Rousseff já tinha alertado para as graves consequências dessa mudança de cálculo, e Temer está preocupado com a possibilidade de vir a assumir o comando do país com um quadro fiscal pior que o atual.Segundo interlocutores do vice-presidente, pelo menos dois ministros do STF foram procurados e receberam argumentos sobre os efeitos da mudança. Pelas contas do Ministério da Fazenda, o impacto para os cofres do governo federal seria de R$ 300 bilhões (a dívida dos estados com a União cairia de R$ 463 bilhões para R$ 163 bilhões). — Isso vai provocar um rombo para o governo, e vai afetar todas as dívidas das pessoas. Esse julgamento é muito importante. O rombo seria de R$ 330 bilhões — disse um interlocutor de Temer.
Outro problema imediato é a necessidade de o Congresso aprovar até 22 de maio uma mudança na meta fiscal para evitar que o governo paralise pagamentos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sem condições de marcar a sessão do Congresso para votar a mudança da meta, já que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que as votações estão interrompidas até a votação do impeachment no Senado, que deve ocorrer até 12 de maio.
"NÃO HÁ GOLPE NESSE PAÍS”, DIZ VICE À CNN
Temer busca fechar nos próximos dias a nova equipe econômica, que é considerada o pilar de seu governo. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é o nome mais forte para comandar o Ministério da Fazenda, mas há ainda expectativas em relação à conversa do vice com Gustavo Franco e à negociação com o PSDB do senador José Serra (SP). Para o Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) vem se consolidando como favorito.
Em entrevista à emissora de TV americana CNN, o vice-presidente disse que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é golpe. A entrevista foi concedida após a visita de Dilma à ONU, na qual ela alertou para o risco de retrocesso no país. Em entrevista coletiva, já fora da ONU, a presidente disse à imprensa internacional que havia um “golpe de Estado" em curso no Brasil. — Respeito muito as opiniões da senhora presidente, mas acredito que o ponto de vista dela está equivocado. Primeiro, porque o rito do impeachment está previsto na Constituição. No exterior, causa a impressão de que o Brasil é uma republiqueta, que é capaz de um golpe. Não há um golpe nesse país, não há nenhuma tentativa de violação do texto constitucional — afirmou Temer.
O vice-presidente ressaltou que 62% da população brasileira aprovam o impeachment, e que a maioria dos deputados foi a favor do recebimento das denúncias contra Dilma. — Qual conspiração eu estou conduzindo? Teria eu poder suficiente para sensibilizar 367deputados? Mais da metade da população brasileira? — questionou.
Fonte: O Globo
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Supremo
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Supremo chapa branca
Ao dizer o que disse na portaria
publicada, ontem,
Lewandowski apenas ajuda Dilma a pressionar o Congresso para que aprove logo
mais a meta fiscal proposta pelo governo
Onde você leu: “Portaria do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo
Tribunal Federal, adverte que o contingenciamento de gastos inviabilizará as
eleições do próximo ano por meio de urnas eletrônicas”; leia: "Mais uma
vez, Lewandowski se comporta no cargo como linha auxiliar do governo da
presidente Dilma Rousseff."
Sairia
mais caro a volta de urnas de pano e de células eleitorais em substituição ao
processo eletrônico. Ao dizer o que
disse na portaria publicada, ontem, no Diário Oficial, Lewandowski
apenas ajuda Dilma a pressionar o Congresso para que aprove logo mais a meta
fiscal proposta pelo governo.
Ele
já chamou impeachment de “golpe institucional”. E já se encontrou
secretamente com Dilma na cidade do Porto,
em Portugal, para tratar sabe-se lá do quê.
Faltam oito meses para
Lewandowski ser substituído pela ministra Carmem Lúcia na presidência do
Supremo.
Fonte: Blog do Noblat – Vale a pena ler de novo
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terça-feira, 17 de novembro de 2015
Vetos serão votados - e derrubados - esta noite
Renan diz que sessão terá quórum e que vetos serão votados
Nova sessão é convocada para esta quarta-feira para votar nova meta fiscal de 2015
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), disse nesta terça-feira que acredita que haverá quórum de
parlamentares (quorum) para a votação dos vetos presidenciais na sessão
do Congresso, marcada para as 19h. Renan disse que todos os 13 vetos
deverão ser votados e que ele tem preocupação com alguns que fazem parte
da chamada pauta-bomba, porque causam prejuízos às contas públicas. — Vamos fazer, sim, uma sessão do Congresso Nacional, onde
pretendemos apreciar um a um todos os treze vetos que estão trancando a
pauta. A expectativa é que vamos realizar a sessão, que haverá quórum, e
vamos apreciar todos os vetos que estão trancando a pauta. Tenho muita
preocupação com apreciação de alguns vetos da chamada pauta bomba mas
tenho, por outro lado, a convicção e a esperança de que o bom senso e o
equilibro vão preponderar e esses vetos serão mantidos — disse Renan.
SESSÃO NESTA QUARTA-FEIRA
No início da noite, Renan anunciou a convocação de mais uma sessão do Congresso para esta quarta-feira, às 11h30. A ideia, segundo líderes do governo, é já votar nesta quarta-feira a nova meta fiscal de 2015, que foi aprovada nesta tarde de terça-feira na Comissão de Orçamento do Congresso e que autoriza a União a ter um déficit de até R$ 119,9 bilhões este ano.
CONGRESSO DO PMDB
Sobre o encontro do PMDB, Renan disse que o documento do partido "define um caminho programático na relação com o governo", mas que não se fala em rompimento.
— O PMDB apresenta um documento com ideias, propostas, sugestões, direções, e isso é muito bom, na própria relação do PMDB com o governo, delimitá-la do ponto de vista programático — disse Renan.
Fonte: O Globo
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quarta-feira, 21 de outubro de 2015
MP denuncia novos decretos com aumento de despesas sem passar no Congresso
Além dos R$ 40 bilhões em novas “pedaladas fiscais” em 2015, o Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) também quer que a Corte faça inspeção sobre outra prática condenada no parecer que rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014. A representação é do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Dilma
editou seis decretos autorizando créditos suplementares ao Orçamento da União,
mesmo antes de o Congresso Nacional ter aprovado a redução da meta de superávit
primário para 2015, definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com os
decretos, Dilma ampliou os gastos federais em R$ 2,5 bilhões, que serão
bancados pelo superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício
e do excesso de arrecadação.
“A
edição dos decretos não foi precedida da necessária observância à lei,
que requer responsabilidade na gestão fiscal. Os decretos editados
ampliam despesas que deverão ser custeadas pelo superávit financeiro
apurado no balanço patrimonial do exercício de 2015 e pelo excesso de
arrecadação”, aponta a representação.
Assim, o procurador afirma que os citados R$ 2,5 bilhões (R$ 95,9 bilhões menos R$ 93,4 bilhões) representam efetiva ampliação de despesa sem a comprovação de que haja compatibilidade com a meta fiscal.
O documento aponta que a materialização da lei que disciplina e exige responsabilidade fiscal do agente público é determinante no sentido de exigir a verificação da condução orçamentária e fiscal realizada pelo governo na oportunidade de efetivação das despesas, exigindo observância aos pressupostos de responsabilidade fiscal, que incluem ação planejada e transparente, em que previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o procurador, a edição dos decretos também contraria diretamente o conceito basilar de norma disciplinadora dos gastos públicos e afronta especificamente artigo da Lei Orçamentária de 2015. No ponto, fica autorizada a abertura de créditos suplementares desde que as alterações promovidas na programação orçamentária sejam compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida para o exercício e os limites e as condições estabelecidos neste artigo, vedado o cancelamento de valores incluídos ou acrescidos em decorrência da aprovação de emendas individuais para o atendimento de despesas.
A representação destaca que devido ao baixo crescimento econômico e à tendência de queda da arrecadação tributária vislumbra-se que as receitas extraordinárias previstas para o segundo semestre de 2015 correm sério risco de não se realizarem.
“Sempre é oportuno relembrar que o objetivo do controle da evolução das contas públicas é contribuir para um trajetória administrada do endividamento do Estado, de forma a indicar a solvabilidade de suas contas fiscais. Nesse sentido, a ação rigorosa e tempestiva desta Corte de Contas para coibir as ilegalidades supremencioanadas é fundamental para a credibilidade das contas públicas brasileiras”, explica o procurador.
Dessa forma, a representação expõe que por ocasião da edição dos mencionados decretos, a principal condição estabelecida na noma autorizativa – compatibilidade com a obtenção da meta de resultado primário – não foi observada, pois inexiste lei formal alterando a referida meta.
Irregularidade de 2014
Ao analisar as contas do ano passado, o TCU considerou que Dilma editou este mesmo tipo de decreto de créditos suplementares sem comprovar que eles eram compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecido na LDO, ferindo assim, no entendimento do Tribunal, o artigo 4º da lei orçamentária e o disposto no ártico 167, inciso V.
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Assim, o procurador afirma que os citados R$ 2,5 bilhões (R$ 95,9 bilhões menos R$ 93,4 bilhões) representam efetiva ampliação de despesa sem a comprovação de que haja compatibilidade com a meta fiscal.
O documento aponta que a materialização da lei que disciplina e exige responsabilidade fiscal do agente público é determinante no sentido de exigir a verificação da condução orçamentária e fiscal realizada pelo governo na oportunidade de efetivação das despesas, exigindo observância aos pressupostos de responsabilidade fiscal, que incluem ação planejada e transparente, em que previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o procurador, a edição dos decretos também contraria diretamente o conceito basilar de norma disciplinadora dos gastos públicos e afronta especificamente artigo da Lei Orçamentária de 2015. No ponto, fica autorizada a abertura de créditos suplementares desde que as alterações promovidas na programação orçamentária sejam compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida para o exercício e os limites e as condições estabelecidos neste artigo, vedado o cancelamento de valores incluídos ou acrescidos em decorrência da aprovação de emendas individuais para o atendimento de despesas.
A representação destaca que devido ao baixo crescimento econômico e à tendência de queda da arrecadação tributária vislumbra-se que as receitas extraordinárias previstas para o segundo semestre de 2015 correm sério risco de não se realizarem.
“Sempre é oportuno relembrar que o objetivo do controle da evolução das contas públicas é contribuir para um trajetória administrada do endividamento do Estado, de forma a indicar a solvabilidade de suas contas fiscais. Nesse sentido, a ação rigorosa e tempestiva desta Corte de Contas para coibir as ilegalidades supremencioanadas é fundamental para a credibilidade das contas públicas brasileiras”, explica o procurador.
Dessa forma, a representação expõe que por ocasião da edição dos mencionados decretos, a principal condição estabelecida na noma autorizativa – compatibilidade com a obtenção da meta de resultado primário – não foi observada, pois inexiste lei formal alterando a referida meta.
Irregularidade de 2014
Ao analisar as contas do ano passado, o TCU considerou que Dilma editou este mesmo tipo de decreto de créditos suplementares sem comprovar que eles eram compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecido na LDO, ferindo assim, no entendimento do Tribunal, o artigo 4º da lei orçamentária e o disposto no ártico 167, inciso V.
Para o TCU, os créditos não poderiam ter sido abertos
porque teriam que ser compatíveis com o superávit primário previsto na
LDO daquele ano que ainda estava em vigor. Qualquer ampliação do gasto,
disse o TCU, só poderia ter ocorrido depois de aprovada a mudança da
meta fiscal.
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“A
edição dos decretos não foi precedida da necessária observância à lei, que
requer responsabilidade na gestão fiscal. Os decretos editados ampliam despesas
que deverão ser custeadas pelo superávit financeiro apurado no balanço
patrimonial do exercício de 2015 e pelo excesso de arrecadação”, aponta a
representação.
Assim, o
procurador afirma que os citados R$ 2,5 bilhões (R$ 95,9 bilhões menos R$ 93,4
bilhões) representam efetiva ampliação de despesa sem a comprovação de que haja
compatibilidade com a meta fiscal.O
documento aponta que a materialização da lei que disciplina e exige
responsabilidade fiscal do agente público é determinante no sentido de exigir a
verificação da condução orçamentária e fiscal realizada pelo governo na
oportunidade de efetivação das despesas, exigindo observância aos pressupostos
de responsabilidade fiscal, que incluem ação planejada e transparente, em que
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo
com o procurador, a edição dos decretos também contraria diretamente o conceito
basilar de norma disciplinadora dos gastos públicos e afronta especificamente
artigo da Lei Orçamentária de 2015. No ponto, fica autorizada a abertura de
créditos suplementares desde que as alterações promovidas na programação
orçamentária sejam compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário
estabelecida para o exercício e os limites e as condições estabelecidos neste
artigo, vedado o cancelamento de valores incluídos ou acrescidos em decorrência
da aprovação de emendas individuais para o atendimento de despesas.
A
representação destaca que devido ao baixo crescimento econômico e à tendência
de queda da arrecadação tributária vislumbra-se que as receitas extraordinárias
previstas para o segundo semestre de 2015 correm sério risco de não se
realizarem. “Sempre é
oportuno relembrar que o objetivo do controle da evolução das contas públicas é
contribuir para um trajetória administrada do endividamento do Estado, de forma
a indicar a solvabilidade de suas contas fiscais. Nesse sentido, a ação
rigorosa e tempestiva desta Corte de Contas para coibir as ilegalidades supramencionadas é fundamental para a credibilidade das contas públicas
brasileiras”, explica o procurador.
Dessa
forma, a representação expõe que por ocasião da edição dos mencionados
decretos, a principal condição estabelecida na norma autorizativa –
compatibilidade com a obtenção da meta de resultado primário – não foi
observada, pois inexiste lei formal alterando a referida meta.
Irregularidade
de 2014
Ao
analisar as contas do ano passado, o TCU considerou que Dilma editou este mesmo
tipo de decreto de créditos suplementares sem comprovar que eles eram
compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecido na LDO,
ferindo assim, no entendimento do Tribunal, o artigo 4º da lei orçamentária e o
disposto no ártico 167, inciso V.
Para o
TCU, os créditos não poderiam ter sido abertos porque teriam que ser compatíveis
com o superávit primário previsto na LDO daquele ano que ainda estava em vigor.
Qualquer ampliação do gasto, disse o TCU, só poderia ter ocorrido depois de
aprovada a mudança da meta fiscal.
Fonte: Site Contas Abertas
http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/12081
Além
dos R$ 40 bilhões em novas “pedaladas fiscais” em 2015, o Ministério
Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) também quer
que a Corte faça inspeção sobre outra prática condenada no parecer que
rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014. A
representação é do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Dilma editou seis decretos autorizando créditos suplementares ao
Orçamento da União, mesmo antes de o Congresso Nacional ter aprovado a
redução da meta de superávit primário para 2015, definida pela Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com os decretos, Dilma ampliou os gastos
federais em R$ 2,5 bilhões, que serão bancados pelo superávit
financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício e do excesso de
arrecadação.- See more at: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/12081#sthash.CiOMXtDu.HK8I7U76.dpuf
Além
dos R$ 40 bilhões em novas “pedaladas fiscais” em 2015, o Ministério
Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) também quer
que a Corte faça inspeção sobre outra prática condenada no parecer que
rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014. A
representação é do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Dilma editou seis decretos autorizando créditos suplementares ao
Orçamento da União, mesmo antes de o Congresso Nacional ter aprovado a
redução da meta de superávit primário para 2015, definida pela Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com os decretos, Dilma ampliou os gastos
federais em R$ 2,5 bilhões, que serão bancados pelo superávit
financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício e do excesso de
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Além
dos R$ 40 bilhões em novas “pedaladas fiscais” em 2015, o Ministério
Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) também quer
que a Corte faça inspeção sobre outra prática condenada no parecer que
rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014. A
representação é do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Dilma editou seis decretos autorizando créditos suplementares ao
Orçamento da União, mesmo antes de o Congresso Nacional ter aprovado a
redução da meta de superávit primário para 2015, definida pela Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com os decretos, Dilma ampliou os gastos
federais em R$ 2,5 bilhões, que serão bancados pelo superávit
financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício e do excesso de
arrecadação.- See more at: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/12081#sthash.CiOMXtDu.HK8I7U76.dpuf
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