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domingo, 19 de setembro de 2021

RESULTADOS SUSPEITOS Alex Pipkin, PhD

Tristemente, há sempre algo de podre no reino do pau brasil.

Aliás, na era da pós-verdade no mundo, a única coisa que aparenta não importar, são os fatos e os dados; às narrativas, a manipulação e a safadeza se impõem como estrelas protagonistas neste filme de terror, que seguramente rivaliza com os melhores produzidos pelo mestre Hitchcock.  Ontem à noite assisti aos resultados da pesquisa eleitoral para presidência em 2022, realizada pelo DataFolha, e confesso que fiquei bastante incomodado.

Na verdade, me senti com uma siphonaptera atrás das duas orelhas.
Sim, sou professor e sei que pesquisas são “fotografias de um determinado momento”, com a utilização de uma determinada metodologia, com uma determinada amostra, enfim.   Também sei que estatística pode ser a arte de torturar os números até que eles confessem aquilo que se quer que eles confessem.
Todo mundo sabe que com a nefasta extrema polarização no país, a eleição deverá ser decidida entre o PR atual, até prova em contrário honesto, versus o demiurgo de Garanhuns, Lula, o ex-presidiário, maior corrupto da história desse país, elegível por conta dos semideus togados do STF.

Evidente que uma terceira via é mera puerilidade da Carochinha; sempre o núcleo será o mesmo dos que aí estão. Bem, depois das manifestações de sete de setembro em todo o país, independente do juízo de valor, ficou claro o abissal apoio popular que o PR eleito possui. O DataFolha indica uma diferença estratosférica em favor do ex-presidiário. Sim, pesquisas são pesquisas, mas a considerar o tenebroso e suspeito resultado das pesquisas anteriores, como em 2018, claro que eu desconfio e muito.

Evidente que vindo da Folha, isso cheira-me àquilo que Freud chamou de mecanismo de defesa. Utiliza-se este instrumento, com “suas possibilidades”, para “torturar” os números a fim de que uma situação extremamente inóspita distorça a realidade em prol daquilo que se deseja. Eu desconheço à metodologia empregada nesta pesquisa, mas me chama muito a atenção o seu resultado, tendo em vista às manifestações de sete e doze de setembro em todo o Brasil.

Gostaria de saber se existe algum tipo de fiscalização e de controle sobre tais pesquisas, já que não há nenhuma brecha de dúvida de que essas influenciam parte da população, e o nível de aderência destas investigações aos fatos, comprovadamente, têm sido deplorável. Talvez a ignorância seja minha, uma vez que a amostragem pode ter como foco as universidades e/ou os próprios membros da grande mídia nacional. Eu não sei…[menos de 4.000 pesquisados - o total de eleitores no Brasil é próximo dos 150.000.000 - em 190 municípios, o Brasil possui mais de 5.000.]  

O fato é que me perturbam tais números; parecem-me grosseiros, discrepantes e arranjados, distintos dos fatos e da realidade.

Tomara que seja mesmo incompetência da minha parte, já que a responsabilidade por esse tipo de atividade é enorme; é cruel e insano e não há mais espaço para engrupir e iludir os cidadãos com mentiras e desejos. Cabe aqui uma frase atribuída a Ayn Rand que diz: “Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”.

Percival Puggina - Alex Pipkin, PhD 

 

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Mortes em NYC - Alan Feuerwerker

Análise Política

Gente boa do ramo da epidemiologia defende uma tese: o excesso de mortes, na comparação com períodos semelhantes antes da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, é um parâmetro válido para medir o impacto real da Covid-19 no número de óbitos.


Porque o dado pega não só os que faleceram por causa do novo coronavírus, mas também quem perdeu a vida por culpa de um sistema de saúde sobrecarregado. Pega também gente cuja morte teria sido evitada se procurasse um serviço de saúde. E não procurou de medo de pegar a Covid-19.

Sobre isso, a publicação oficial da Associação Médica Americana (JAMA) publicou uma interessante comparação entre o excesso de mortes em Nova York durante a Gripe Espanhola em 1918 e o mesmo parâmetro agora na pandemia da Covid-19. Vale a pena dar uma olhada (leia).

Como era esperado, o debate sobre a Covid-19 nos diversos países, aqui inclusive, vem sendo capturado pela polarização política, em escala nacional e global. Mas se você quiser entender mesmo o que se passa, um bom caminho é tentar olhar os números da pandemia. [um dado importante e que raramente é citado pela imprensa - quando citam,  não destacam - é o número de novos casos confirmados nas  últimas 24h e o de recuperados no mesmo período = este mês, apenas em um ou dois dias o de recuperados foi inferior, sempre é superior, tendo dias que foi superior em mais de mil.]

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 

domingo, 29 de maio de 2016

Distrito Federal ganha nono dígito no celular hoje

Usuários terão quatro meses para se adaptar à mudança, e só depois de 5 de setembro as ligações com apenas oito números não serão mais completadas. Operadoras disponibilizam aplicativos para atualização de agendas

Hoje, todos os celulares de Discagem Direta à Distância (DDDs) iniciados com 6 passam a ter o nono dígito. Será preciso acrescentar o número 9 na frente da combinação de cada linha telefônica. A mudança ocorre no Distrito Federal (61) e nos estados de Goiás (61, 62 e 64), Tocantins (63), Mato Grosso (65 e 66), Mato Grosso do Sul (67), Acre (68) e Rondônia (69). O principal objetivo da medida é aumentar as possibilidades de combinações e ampliar o volume de linhas disponíveis. Não há alterações em telefones fixos. Porém, quando o usuário for ligar de um fixo para um celular, o nove é necessário.

A Anatel prevê quatro meses de adaptação à mudança. Por isso, a partir de domingo até 7 de junho, as chamadas serão realizadas normalmente, discando apenas os oito números de origem ou acrescentando o número 9 na frente. A partir de 8 junho, até 5 de setembro, os usuários que efetuarem as chamadas sem o novo dígito ouvirão uma mensagem orientando sobre o novo formato de discagem. Somente após esse período, as chamadas com a discagem incompleta não serão realizadas.

Entre os objetivos da medida, estão o aumento da expansão de disponibilidade de números para a telefonia celular, a garantia de números para as novas aplicações e serviços e a padronização de chamadas no país todo. Além das adequações técnicas por parte das prestadoras de serviço de telecomunicações, essa medida demandará da sociedade a realização de eventuais ajustes em aparelhos e sistemas privados como, por exemplo, equipamentos PABX e agendas de contatos.

O coordenador de numeração da Anatel, Afonso Feijó, explicou que havia outra alternativa para viabilizar a capacidade de novas linhas telefônicas, com a criação de mais um número DDD para as regiões mais sobrecarregadas, como São Paulo e Rio de Janeiro. Mas para isso seria necessário discar 11 dígitos para efetuar ligações locais. Diante da grande confusão do excesso de números, a Anatel optou pelo acréscimo do nono dígito, a fim de criar um modelo padrão para todo Brasil. “A escolha proporcionou quase o dobro da oferta de novos números, de 37 milhões para 90 milhões, só na cidade de São Paulo”, afirmou.

O nono dígito já foi implementado em 17 unidades da Federação. Para completar o país, depois dos três estados do Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás), dos três do Norte (Tocantins, Acre e Rondônia) e do Distrito Federal, cuja mudança começa neste domingo, faltará apenas a Região Sul para que celulares de todo o país tenham nove dígitos. A mudança em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e Paraná, cujos DDDs iniciam com 4 e 5, começará em novembro. “Os custos gerados são absorvidos pelas prestadoras de serviço, para não prejudicar o consumidor”, assegurou Feijó.


Fonte: Correio Braziliense

 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A fala do trono de Temer



Faltou uma palavra no discurso de posse presuntiva do vice-presidente, mas ela está na boca de todos; qual é?

Corrupção. Faltou não só a palavra, faltou qualquer referência ao tema. Pode ter sido esquecimento, o que não é pouca coisa, pois nesse caso Michel Temer seria o único brasileiro capaz de falar durante 14 minutos sobre a crise política, pedindo um governo de “salvação nacional”, sem qualquer referência às iniciativas que feriram a oligarquia política e econômica brasileira.

Uma coisa é o destino da doutora Dilma. Bem outra são a Lava-Jato e suas subsidiárias que estão encurralando oligarcas. É insultuoso supor que uma pessoa queira defenestrar a doutora e o PT para travar a Lava-Jato, mas quem quer freá-la pode achar que uma troca é boa ideia. É necessário reconhecer que a cena do deputado Eduardo Cunha e do senador Romero Jucá de mãos dadas e braços erguidos comemorando o rompimento do PMDB com o Planalto mostra para onde vão os interesses de uma banda da oligarquia. 

Cunha é réu de um processo no Supremo Tribunal e Jucá está sendo investigado pelo Ministério Público. Se houvesse qualquer referência ao combate à corrupção no seu discurso de posse presuntiva, Temer mostraria coragem e disposição de incomodar correligionários. Esqueceu-se, tudo bem, mas não deve pedir aos ouvintes que não percebam. Como se sabe desde que a palavra impeachment entrou no vocabulário político, tirar Dilma é uma coisa, quem botar no lugar é outra.

Desconte-se a trapalhada que tornou público o áudio de Temer. Ele informou que se recolheu “há mais de um mês”. Seria um exemplo de recato se tivesse amparo nos fatos. O vice-presidente gosta de palavras raras e construções solenes. Só isso o leva a falar em “senadores da melhor cepa e sabedoria”. Ou em “estudar isso com detença”. O doutor parece competir com o governador Geraldo Alckmin na produção de platitudes. Coisas como “não quero que isto fique em palavras vazias”, “temos absoluta convicção”, “a classe política, unida ao povo”, “o Estado não pode tudo fazer”. Finalmente:Temos que preparar o país do futuro”. O tucano paulista acrescentaria: “com firmeza e determinação”.

Os 14 minutos de Temer não embutiram uma plataforma, mostraram um palanque. Diante da ruína produzida pela doutora Dilma, antecipa “sacrifícios”. Oferece intenções e diálogo. Num ponto, porém, ele se deteve:  “Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até da revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante.”

Decifrando a promessa para governadores encalacrados e prefeitos falidos: “Vamos levar isso adiante”. (Faltou definir “isso”.)

Decifrando os números: estados e municípios querem repactuar os contratos de R$ 402 bilhões de dívidas já renegociadas com a União. Neste ano horrível, a simples revisão dos juros pode tirar R$ 27 bilhões da União. (O Supremo Tribunal concedeu uma liminar que poderá beneficiar todos os governadores e prefeitos, mas a sentença ainda depende do pleno da Corte.) 

Governo de “salvação nacional”. Salvação de quem?


Fonte: Elio Gaspari é jornalista