Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Presidente opta por indicar Flávio Dino ao STF e deixa dúvidas sobre o futuro da pasta e da luta contra a criminalidade no país
Foram nos longínquos tempos da República Velha, há mais de cem anos, a última vez em que o Senado barrou uma indicação do presidente ao STF.
A tradição tem tudo para ser mantida na República Lula 3, mas a aprovação do nome de Flávio Dino ao Supremo, na sabatina prevista para a próxima quarta, 13, vem exigindo um esforço acima da média não apenas do Palácio do Planalto e de sua base política, mas também de alguns integrantes da Corte, de forma a evitar uma surpresa, por mais improvável que seja.
Tão importante quanto garantir esse aval será a escolha de quem assumirá o Ministério da Justiça, sendo que essa substituição ocorre em meio a uma grave crise de segurança no país.
À frente da pasta, Dino fez muito barulho com o lançamento de planos pirotécnicos de combate à criminalidade, que tiveram a eficácia de tiros de festim — avaliação compartilhada até mesmo dentro de núcleos importantes do PT.
Se não bastasse, o estilo espalhafatoso do ministro jogou no colo do Palácio do Planalto a responsabilidade sobre o problema, deixando por ora em segundo plano o papel fundamental dos governos estaduais nessa questão. “Foi um dos maiores erros políticos do Dino”, diz um aliado bastante próximo ao presidente.
Esse protagonismo resultou, de fato, em um autêntico tiro no pé. Conforme mostram algumas pesquisas, a sensação de insegurança nunca foi tão grande. Em setembro, o Datafolha constatou que, ao lado de saúde, a violência aparece em primeiro lugar entre as maiores preocupações da população.
Mais recentemente, uma sondagem do instituto Atlas Intel apurou que 60,8% consideram “criminalidade e tráfico de drogas” como os maiores problemas do país, enquanto 41% consideram “péssima” a atuação federal em relação à segurança pública. O mesmo levantamento indica que a aprovação a Lula caiu de 52% para 49,6% entre agosto e novembro, enquanto a avaliação do governo como “ruim” ou “péssimo” foi de 42% para 45%. “Pela primeira vez, o item aparece como o maior desafio a ser enfrentado pelo país”, diz Andrei Roman, CEO do Atlas Intel.
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O esforço para federalizar o combate ao crime não parou por aí. Outra medida controversa foi a inédita aplicação da Garantia da Lei e da Ordem em portos e aeroportos do Rio e São Paulo, alvo de críticas de especialistas por obrigar os militares a atuar no combate ao tráfico de drogas, algo para o qual não foram treinados. “O Ministério da Justiça acelerou o ritmo das ações operacionais neste ano. É onde estão a força e a fraqueza da atuação de Dino na pasta”, afirma o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima. “Alguns governadores perceberam que o Ministério da Justiça chamou para si a responsabilidade e jogaram a batata quente no colo do governo federal”, completa ele.
Em outras palavras, as ações promovidas tiraram do alvo principal das críticas os governos estaduais. Em novembro, Cláudio Castro recriou uma secretaria para a área após sugestão do ministro Flávio Dino, que desejava um canal direto de interlocução. Pesquisadores, no entanto, afirmam que, mais do que pastas, o que falta na relação do governo federal com os estados é uma integração constante e efetiva entre as polícias e um plano de atuação conjunto que considere os índices criminais de cada região. A percepção é que o ministério virou um balcão de serviços para os estados, fornecendo ajuda de varejo escamoteada como ação coordenada, mas que pouco resolve na prática. “O Rio tem mais de 55 000 homens, somando as polícias Militar e Civil. Está na cara que não precisa de 300 agentes da Força Nacional”, afirma o ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da PM paulista José Vicente da Silva.
As ações muitas vezes desarticuladas de combate ao crime organizado encontram do outro lado quadrilhas cada vez mais armadas, especializadas e com maior abrangência territorial.
Décadas de descaso do poder público resultaram no fortalecimento de máquinas que hoje dominam o tráfico internacional, transformando o país num dos importantes entrepostos de envio de drogas e armas à Europa. Além disso, impõem verdadeiro estado de sítio à população das grandes, médias e até pequenas cidades, num processo de interiorização de suas atividades.
Em paralelo, observa-se o crescimento das milícias que dominam boa parte das atividades nas comunidades onde atuam, restringindo a cidadania e espalhando o terror.
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Na Amazônia Legal, a histórica disputa por território na imensa área de 5 milhões de quilômetros quadrados ganhou contornos extremamente violentos desde que as principais facções do Sudeste — PCC e Comando Vermelho — romperam e passaram a rivalizar com grupos locais e internacionais pelo controle do tráfico internacional de drogas e de outras ilicitudes, como o garimpo em terras indígenas, a pesca ilegal e a exploração sexual. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao menos 22 quadrilhas atuam em 178 dos 772 municípios dentro e fora da floresta. É ali que a quantidade de mortes violentas intencionais, como homicídios dolosos e latrocínios, cresceu em 2022. O índice por 100 000 habitantes chegou a 33,8, quando a média nacional ficou em 23,3. Ou seja, 45% a mais. O mesmo estudo mostra que o número de assassinatos avançou 7,3% nas cidades rurais no ano passado. Já nos municípios considerados urbanos também houve alta, mas menor, de 0,8%.
Boa parte das estatísticas já vinha piorando há mais tempo e, durante a transição do governo Bolsonaro para o de Lula, a equipe responsável pelo plano de segurança se impôs a tarefa de tentar quebrar o estigma de que partidos como o PT, ao chegar ao poder, mostram-se lenientes com bandidos, em nome das políticas de direitos humanos. Agora, diante do complicado cenário atual, é inevitável que a dificuldade enfrentada historicamente pelos governos de esquerda nesse campo seja explorada pelos adversários na eleição de 2024. Para alas importantes do PT, a passagem de Dino pelo Ministério da Justiça forneceu munição aos opositores. “Não deixou nenhum legado”, critica um dos aliados do governo.
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Os nomes aparecem acompanhados de argumentos que vão desde necessidade de apoio político até o aumento da representação feminina ou de partidos apoiadores do governo. Mas o importante é que seja um nome qualificado para fazer frente a um dos principais problemas enfrentados pela sociedade.
Embora não seja de uma ação sob a responsabilidade do governo federal, não é possível aceitar episódios como o vivido pelo empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos. Ele caminhava pela calçada de Copacabana, no Rio, quando viu uma senhora sendo assaltada. Ao tentar protegê-la, foi roubado e agredido por dois homens até desmaiar. “Eu fico chateado porque não sei se isso tem final. Se prenderem esse grupo, outro vem e assim por diante”, desabafou o empresário, resumindo um pouco o desalento que toma conta do brasileiro.
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Outro caso de relevância global foi a política da “Tolerância Zero” em Nova York, promovida pelo prefeito Rudy Giuliani entre 1994 e 2001. Baseado na ampliação do policiamento, fortalecimento da autoridade policial e endurecimento das penas, o modelo entregou uma drástica diminuição de 61% dos homicídios e 44% da criminalidade em uma cidade assolada pela violência nos 1970 e 80. “É possível se inspirar em políticas de segurança pública de outros países, mas não se pode importar um modelo generalizado. É preciso realizar estudos regionais e locais, com foco nas zonas mais vulneráveis, para implementar projetos mais eficientes”, avalia Sérgio Adorno, coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP. Mas algo precisa ser feito. O presidente e outras autoridades precisam definitivamente parar de tratar de forma errática e demagógica um tema tão sensível e complexo. Afinal de contas, os brasileiros merecem ter paz — e segurança.
Homens do Exército já ocupam as ruas da Grande Vitória desde o
início da noite desta segunda-feira, cumprindo determinação do governo
federal, que aceitou pedido de ajuda do governo do Espírito Santos. A
grave crise na segurança pública retirou a Polícia Militar das ruas
desde a madrugada de sábado. O movimento gerou uma onda de violência com
homicídios, arrastões, roubo a lojas, assaltos nas ruas, tiroteios, e
fechou escolas, faculdades e postos de saúde.
O sindicato dos
policiais civis informou que, desde o início do protesto, 62 corpos
chegaram ao Departamento Médico Legal de Vitória, todos vítimas de homicídio. Para se ter uma dimensão da crise, no mês de janeiro inteiro,
segundo o sindicato, foram registrados quatro homicídios. O governo do
estado não divulga os números da crise, como assaltos, arrombamentos e
roubo, mas o secretário de segurança, André Garcia, reconhece que houve
aumento de mortes e também de crimes. No DML já não cabem mais corpos. —
O presidente Michel Temer determinou o emprego das Forças Armadas na
garantia da Lei e da Ordem no Espírito Santo. E quero dizer da nossa
determinação inflexível de restaurar e recuperar a normalidade. Tenho
certeza que em conjunto com as forças locais nós estaremos nas ruas para
garantir a integridade das pessoas, das propriedades, a paz e
tranquilidade — disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que está no
estado.
O ministro informou que 200 homens do Exército já estão
nas ruas e outros 1.000 homens da Força Nacional de Segurança e também
do Exército chegarão até amanhã. — Eles vem com seus carros
exatamente para fazer o patrulhamento ostensivo e cumprir a sua função.
Por parte do Exército o efetivo está aqui no 38º Batalhão e já estamos
tomando as providências para atuação deles. De forma alguma nós vamos
aceitar esse tipo de atitude que é deixar a população desguarnecida de
um serviço que é essencial. As negociações com os militares estão
suspensas até que eles retomem suas atividades — destacou o governador
em exercício, César Colnago.
A Justiça decretou a ilegalidade do
movimento, estabeleceu multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento da
ordem e determinou que as entidades e seus associados não realizem
qualquer movimento grevista, quer seja aquartelamento ou "greve branca" e
retornem ao trabalho. São atingidas pela decisão a Associação de Cabos e
Soldados, a Associação dos Subtenentes e Sargentos, a Associação dos
Bombeiros Militares, a Associação dos Oficiais Militares e a Associação
dos Militares da reserva. [o dificil vai ser provar que o aquartelamento ou 'greve branca' está sendo realizado por orientação das associações citadas na decisão judicial. O que se constata, com fartas provas fotográficas, é o bloqueio de todas as saídas dos quartéis da PM do Espírito Santo - bloqueio realizado por esposas e demais familiares dos policiais militares que estão no interior das unidades militares e que não estão sob controle das associações. Tal estratégia impede que os policiais possam ser legalmente acusados de participação em movimento grevista. É grave, extremamente desagradável e prejudicial a Segurança Pública a permanência compulsória dos militares no interior dos quartéis, mas, bem mais grave, até mesmo ilegal e criminosa, seria os policiais saírem as ruas em passeatas, armados - o que algumas corporações policiais costumam fazer, impunemente, em outras cidades.] Na decisão, o desembargador Robson Luiz
Albanez diz que "sendo assim, tendo como ilegal a deflagração do
movimento grevista velado pelos militares, representados pelas
associações requeridas, uma vez que paralisaram atividades essenciais à
preservação da ordem pública e da paz social, sob a simples
justificativa de que não poderiam deixar as suas unidades policiais, uma
vez que seus familiares e amigos realizam piquetes impedindo a saída e
entrada. Ademais, é fato público e notório que desde o início do
movimento paredista instalou-se o caos social, principalmente na Grande
Vitória".
As manifestações acontecem em toda a Região
Metropolitana de Vitória e também nas cidades do interior. Além de
reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio
alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno,além de
reclamarem do sucateamento da frota e da falta de perspectiva.
O estado já foi alvo de mais de 80
ataques em 27 cidades. Facção é suspeita de comandar as ações criminosas
Desde a última sexta-feira (29), o estado do Rio Grande do Norte
vive uma onda de violência e ataques de vandalismo. Ônibus e veículos
foram incendiados na capital Natal e em cidades do interior. Prédios
públicos e privados foram depredados. O Ministério Público do Rio Grande
do Norte aponta a facção Sindicato do Crime, que seria uma dissidente da maior organização criminosa do Brasil, como a possível mandante dos atentados.
Devido
às ações, o sistema de transporte público de Natal foi altamente
comprometido. No domingo (31), houve paralisação total do sistema. Os
veículos circularam com frota reduzida a partir de segunda-feira (1º).
Escolas e comércios chegaram a fechar as portas. Até o momento, nenhuma
morte foi registrada.
O presidente em exercício, Michel Temer, autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para combater a onda de ataques no estado. O governo do Rio Grande do Norte confirmou o reforço de 1.000 homens do Exército e cerca de 200 fuzileiros.
No começo da tarde de segunda-feira, em entrevista coletiva, o
secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte
(Sesed), Ronaldo Lundgren, classificou os ataques criminosos como “atos de terrorismo”.
Ações criminosas Os ataques tiveram como
primeiro alvo um ônibus da empresa Guanabara que transitava pela Zona
Oeste de Natal, próximo ao cemitério público da cidade, por volta das
15h30 da sexta-feira (29). Segundo passageiros, dois homens pararam o
veículo, renderam o motorista e pediram a todos que deixassem o ônibus.
Em seguida, atearam fogo no veículo e fugiram a pé.
Meia hora
depois, por volta das 16 horas do mesmo dia, outro ônibus da mesma
empresa foi atacado. Ainda no terminal, cerca de dez homens abordaram o
motorista, cercaram o veículo, quebraram os vidros e atearam fogo com
gasolina. Os criminosos trancaram o motorista e outros funcionários em
uma sala no terminal. Ao todo, cinco ônibus foram incendiados em Natal
na sexta-feira.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, desde o início da onda de violência a polícia já registrou mais de 80 ataques em 27 cidades do
estado até esta terça-feira (2). Além dos ataques, 17 presos fugiram do
Centro de Detenção Provisória (CDP) da Ribeira, na Zona Leste de Natal,
na madrugada de segunda-feira. Apenas um foi recapturado até o momento.
Possível causa Segundo investigações, a instalação de bloqueadores de sinal de celular
em penitenciárias do estado pode ser o motivo da série de ataques. Os
bloqueadores, que foram instalados na quinta-feira (28), devem impedir
que os detentos façam ou recebam ligações de dentro do presídio.
No mesmo dia, a Secretaria
de Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte enviou um memorando a
todos os diretores de penitenciárias e cadeias públicas. Pedia a atenção
dos agentes penitenciários para possíveis rebeliões e motins. O alerta
foi emitido depois da circulação de áudios nas redes sociais,
supostamente gravados por criminosos em resposta à instalação do
sistema de segurança contra celulares. Em um dos áudios, um criminoso
ligava para uma pessoa para alertá-la de que haveria represália à
instalação dos bloqueadores e que os criminosos responderiam ao estado
com uma “guerra no Rio Grande do Norte”.
Prisões Até esta terça-feira, 72 suspeitos de participação nos ataques foram presos ou apreendidos. No domingo, João Maria dos Santos de Oliveira,
de 32 anos, foi preso em um condomínio em Parnamirim, Grande Natal. Ele
é apontado como o chefe da facção que coordena os ataques. Na casa, a
polícia ainda apreendeu R$ 300 mil em espécie, aparelhos celulares e
tablets. João Mago, como é conhecido, estava foragido desde dezembro do
ano passado, quando saiu da Penitenciária Estadual de Parnamirim.
Além de João Mago, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte anunciou a prisão de Daniel Silva de Carvalho,
apontado como o “número 2” na linha hierárquica da organização
criminosa. O criminoso era preso no regime semiaberto e usava uma
tornozeleira eletrônica no momento da prisão.