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domingo, 25 de novembro de 2018

Sem estelionato eleitoral

Escolha do ministro da Educação não surpreende ninguém, Bolsonaro foi eleito porque pensa assim


Uma escolha técnica seria mais adequada, devido aos problemas que temos na educação, maiores do que a questão ideológica, que sem dúvida interfere na qualidade, mas apenas lateralmente. Não pode ser surpresa para ninguém que Bolsonaro escolha um ministro que tenha uma ideologia de direita tão marcada quanto a de Ricardo Velez. É o que o Bolsonaro pensa e o que defendeu na campanha presidencial. Assim como a indicação do chanceler do Itamaraty, que ele escolheu dentro da carreira, mas não entre embaixadores seniores, como era a expectativa. Escolheu um jovem embaixador, recentemente promovido, que pensa como ele. As duas nomeações foram indicadas pelo filósofo Olavo de Carvalho, que é o pensador desse grupo. [o Brasil precisa de um ministro da Educação que antes de tudo seja favorável à verdade - ou não se omita e combata a mentira - só a mentira permitiu que uma escola tivesse sua denominação alterada de "Escola Presidente Emilio Médici" para 'escola Carlos Marighella' - escola está grafada em minúsculos, visto que a mudança de nome apequenou a escola;

- a famigerada 'ideologia de gênero' é algo que precisar ser extirpado das nossas escolas e a Educação precisa de um ministro que faça o necessário para a extirpação;
- é inaceitável que um professor dedique tempo de sua aula para comentar sobre política- o que torna essencial um ministro favorável à Escola sem Partido.

O fato, adequadamente destacado pelo colunista, que Bolsonaro foi eleito exatamente por pensar da forma como está agindo, obriga que Bolsonaro aja conforme demonstrou durante toda a campanha e mesmo antes dela.
Presidente Bolsonaro, uma pergunta que não quer calar:
- para tratar de direitos humanos é necessário um ministério? nos parece que uma secretaria incluída no organograma do Ministério da Justiça e Segurança Pública, resolverá a contento eventual necessidade;
o mesmo vale para ministérios da igualdade disso e daquilo - a substituição por subsecretarias que podem ser incluídas no organograma da 'secretaria dos direitos humanos', é mais que suficiente.
O passo inicial para qualquer redução do número de ministérios, impõe a extinção dos que são desnecessários.]


Não surpreende ninguém, Bolsonaro foi eleito porque pensa assim, porque disse as coisas que disse durante a campanha. Pode-se discordar dessa linha, muita gente votou no Bolsonaro por causa disso, muita gente votou no Bolsonaro apesar disso, achando que a volta do PT seria pior. Muita gente votou no Haddad para evitar o Bolsonaro e o que ele pensa, mesmo sem ser petista. Mas a grande maioria do eleitorado que elegeu Bolsonaro, tenho a impressão, concorda com ele, e comunga dessas ideias. Não há, portanto, estelionato eleitoral, é um fato anunciado. O que vamos ver agora é como as decisões de governo vão se dar.

Se acontecer na educação o mesmo aparelhamento colocado em prática nos governos petistas, com o sinal trocado, levando o sistema educacional a uma direção ideológica de direita, em detrimento dos aspectos técnicos que necessitam ser atacados para que a educação brasileira deixe de ser tão ruim quanto é, o governo Bolsonaro será criticado, assim como os governos petistas foram.  O novo ministro da educação defende em uma postagem do facebook que existam comissões em salas de aulas em universidades e escolas públicas para ver se as boas normas estão sendo cumpridas, ou coisa semelhante. 
O PT tentou fazer comitês em tudo quanto foi lugar, e nunca conseguiu porque a reação da opinião pública foi muito forte.  Tentou fazer comitês populares para a distribuição do Bolsa Família, ou comitês nos órgãos de imprensa a pretexto de um “controle social da mídia”, que continuou no seu programa de governo na recente campanha presidencial. Essas iniciativas foram vetadas, quando apresentadas ao Congresso, e a maioria nem foi apresentada, depois que os balões de ensaio foram rejeitados pela opinião pública. Nesse caso da educação no governo Bolsonaro vai ser a mesma coisa. Fazer comissões dentro de salas de aula para investigar posturas de professores e alunos é um absurdo, inaceitável, e certamente a ideia será barrada não apenas pela opinião pública que, mesmo minoritária se for o caso, tem capacidade de obstruir medidas abusivas, como também por reação dos professores e alunos.

Assim como o chanceler Ernesto Araújo terá que enfrentar questões práticas para levar adiante seus pensamentos sobre política exterior, como a reação dos países árabes à transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, ou os incômodos causados pelas críticas à China, nosso maior parceiro no comércio internacional.  É mais importante melhorar a performance dos alunos no teste internacional Pisa, onde nossa colocação em matemática, português e ciência é vergonhosa em comparação com outros países em estágio semelhante ao nosso, e às vezes inferior, do que instituir o programa Escola sem Partido.

Essa disputa ideológica dentro das universidades e escolas públicas tem que ser resolvida na discussão normal de ideias, e caberá ao governo proporcionar um ambiente plural para tanto. O que não acontece hoje, com a ideologia esquerdista que não abre espaços para outros pensamentos.  As provas do Enem, por exemplo, serão completamente diferentes das que são feitas nos últimos 13 anos, e o que será analisada é a qualidade da prova, se há intenções políticas atrás de certas perguntas. Os métodos adotados têm que levar em conta sempre a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão. Até o ponto em que o governo não interfira nos direitos individuais dos cidadãos, alunos e professores, de se informar e pensar por conta própria. O que conta, no fim das contas, é a melhoria da qualidade do ensino.

Merval Pereira - O Globo
 



sábado, 10 de novembro de 2018

A quem interessa saber o dialeto LGBT? Esse tema da linguagem 'particulada', aquelas pessoas, o que isso tem a ver?

Bolsonaro desafia critério técnico e diz que vai querer conhecer o Enem antes

Presidente vai censurar o Enem

[optamos por utilizar como título do POST, a frase correta e oportunamente pronunciada pelo presidente Bolsonaro, em seu comentário-protesto sobre o absurdo de alguém - muito provavelmente um funcionário público (categoria da qual se espera, mínimo, dignidade) ter utilizado em assunto oficial, uma prova de importância para milhões de jovens, sobre o dialeto LGTB, ou 'aquelas pessoas' como bem disse o nosso presidente.

Expresso o nosso apoio ao capitão, vamos à matéria.]


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta-feira (9) em vídeo publicado na internet que, em seu governo, "vai tomar conhecimento da prova antes" da realização do Enem pelos estudantes, medida que confronta critérios técnicos e de segurança do exame.[critérios técnicos para promover a imoralidade, o gayzismo no Brasil, inclusive junto a menores de idade?
segurança do exame? garantida por medida que busca unicamente "estimular a molecada a se interessar por isso agora" - afirmou, corretamente o presidente.
Nada contra quem quer, ou é, gay,  lésbica, ou tudo que sigla que os identifica pode expressar?
Mas, que exerça tal opção após os 18 anos e não busque encontrar nem faça apologia em locais (ocasiões) em que haja menores de idade.
Talvez, quando Bolsonaro assumir, possa se investigar e identificar o autor do absurto e adotar eventual punição - houve, para dizer o mínimo,  utilização de recursos públicos para divulgar prática imoral.
Além do mais Bolsonaro vai determinar ao ministro da Educação do seu Governo que cuide para que a MORAL e os BONS COSTUMES não sejam agredidos em prova oficial.]
Neste ano, a primeira prova foi aplicada no último domingo (4) e teve perguntas contestadas por Bolsonaro. O segundo dia de exame neste ano será neste domingo (11).
O capitão reformado disse que, em 2019, vai conhecer a prova com antecipação para evitar questões como a que citou neste ano um texto jornalístico que abordava um dialeto da comunidade LGBT.

Com base nisso, a pergunta 9 (da prova branca) pedia ao participante a compreensão sobre o conceito de dialeto.
"[Olha] Essa prova do Enem, vão falar que eu estou implicando. Agora pelo amor de Deus. Esse tema da linguagem 'particulada', aquelas pessoas, o que isso tem a ver? Vai estimular a molecada a se interessar por isso agora. No ano que vem, pode ter certeza, não vai ter questão dessa forma. Nós vamos tomar conhecimento da prova antes", disse Bolsonaro durante pronunciamento feito ao vivo em uma rede social.   A prova do Enem é realizada, anualmente, pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão ligado ao Ministério da Educação. O exame é a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país, além de ser usado para selecionar parte das vagas da USP.

A realização da prova é cercada de cuidados técnicos e de segurança, exatamente pela sua importância. Para que não haja risco de vazamento, pouquíssimas pessoas, e apenas da área técnica do Inep, têm acesso ao conteúdo integral. Dessa forma, o ministro da Educação, a presidência do Inep nem o presidente da República veem a prova.
"Por procedimentos previamente definidos para garantir o sigilo do exame, apenas o Inep e parte da equipe da gráfica contratada pelo instituto têm acesso à prova em ambientes restritos dentro do Inep e da gráfica", afirmou nota do instituto federal após a declaração dada por Bolsonaro.
"Todo processo de produção da prova conta com consultoria especializada de empresas de gestão de riscos que atestam a conformidade das etapas e indicam procedimentos que devem ser seguidos com vistas à manutenção do sigilo", completou o comunicado.

Ex-presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa afirmou que "nem quem faz os itens sabe como vai estar a prova completa". "As questões são feitas por professores de cada área, nunca houve uma escolha de quais questões seriam feitas", diz. "Se Bolsonaro quiser interferir, ele monta uma comissão com pensamento alinhado ao dele para construir a prova, mas aí ele estará definindo a ideologia da prova." [desde quando ser LGBT é ideologia? em Brasília teve uma diretora de uma escola infantil (crianças de 4 a oito anos) que -  com apoio da Regional de Ensino e da Secretaria de Educação (conivência por omissão) - estabeleceu uso de banheiro único para meninos e meninas com quatro a oito anos de idade - confirme aqui.
Mais uma vez sugerimos, até mesmo exigimos, que quem quiser ser LGBT fique à vontade - desde que entre quatro paredes, sem agredir,  com suas práticas escandalosas, os transeuntes, nem menores de idade.]

A produção de uma única questão envolve dez etapas.  Elas ainda são categorizadas por dificuldade, uma vez que os itens são pré-testados antes da prova. Isso faz parte do modelo matemático utilizado na correção da prova, chamado TRI (Teoria de Resposta ao Item).  "É uma visão simplória das coisas, de que chego lá e mudo a prova. As questões ainda são ancoradas em uma matriz de conhecimento", disse à Folha Reynaldo Fernandes, também ex-presidente do Inep.
"‹Bolsonaro catapultou sua carreira política em uma cruzada contra a abordagem do que ele e outros detratores chamam de "ideologia de gênero", expressão nunca usada por educadores.
Nesta segunda (5), durante entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, Bolsonaro já tinha feito crítica ao exame. Ele afirmou que na sua gestão o Ministério da Educação "não tratará de assuntos dessa forma".

Yahoo! Notícias


domingo, 12 de novembro de 2017

Geraldo, um brasileiro do andar de baixo



Geraldo Casalli é um grande brasileiro. Não só pelo que ele fez no domingo passado, mas também pela sua história 

 Geraldo Casalli tem 53 anos, é motorista da Viação Suzantur, de São Carlos (SP), onde ganha R$ 1.900 mensais, com carteira assinada. Às 12h30m do domingo passado, ele chegou ao ponto final de seu percurso com 15 jovens aflitos que iam para a prova do Enem. Uma garota contou-lhe que estavam a quarteirões de distância e corriam o risco de perder a hora. Pediu-lhe que espichasse sua rota, levando-os até o local da prova. Ele pensou nas duas filhas, Ana Cláudia e Dayane, e atendeu-a.



No dia seguinte, a história de Geraldo estava na rede. Ele foi elogiado pela Suzantur, e a empresa anunciou que hoje mudará o percurso de quatro de suas linhas, levando estudantes aos portões da prova.   Geraldo Casalli é um grande brasileiro. Não só pelo que ele fez no domingo passado, mas também pela sua história. Sempre trabalhou como caminhoneiro, mas nunca teve caminhão. Trabalha há nove meses na Suzantur, depois de ter ficado um ano desempregado, vivendo de bicos. Sua mulher é zeladora num colégio, com pouco mais de R$ 1.000 de salário. Vivem numa casa modesta, porém própria. O casal educou Ana Cláudia e Dayane em escolas públicas, e elas nunca repetiram ano. 

Ambas formaram-se em Pedagogia. Uma, com 23 anos, tem mestrado e trabalha com crianças que têm necessidades especiais. Está noiva e deve se casar em 2019. A outra deve começar no primeiro emprego nas próximas semanas.  Dirigindo caminhão, Geraldo nunca foi assaltado, “graças a Deus”. No seu ônibus, já assaltaram o trocador.  Geraldo é um homem comum, com uma família comum e bem-sucedida. A quem lhe pergunta se, em 53 anos de vida, aconteceu-lhe alguma coisa que considere memorável, responde o seguinte: “Nada, só esse caso de domingo passado, mas eu não estava pensando nisso”.


Stalin no andar de cima brasileiro

A repórter Sonia Racy contou que dezenas de pais de alunos da escola britânica St. Paul, uma das melhores e mais caras de São Paulo, organizaram-se para demitir uma funcionária encarregada da área de tecnologia.  O motivo da mobilização vem a ser o fato de a senhora ser casada com um pecuarista, acusado pelo Ministério Público de chefiar um grande esquema de grilagem, trabalho escravo, horrores e desmatamento de 300km² na Amazônia. Em 2016 ele foi multado em R$ 332 milhões.  Na opinião de uma das mães de alunos, “como um colégio tão cheio de regras permite uma funcionária casada com um desmatador?”


O que a mulher de um sujeito tem a ver com o que ele faz não se sabe, mas o caso não termina aí. Ele começa no lance seguinte: a patrulha pediu também que fossem retirados do colégio os dois filhos gêmeos do casal. Briga de pais em colégio frequentemente tem muitos motivos, mas o que impressiona nessa turma é que o andar de cima, que põe suas crianças na St. Paul, argumente com o que faz o pai para justificar a punição de crianças. Essa era a forma de intimidação mais cruel a que recorriam os regime comunistas para castigar os “inimigos do povo”.


No ano do centenário da Revolução Russa, os patrulheiros poderiam perder algum tempo aprendendo o que acontecia na União Soviética com essas crianças malditas. Está na livrarias “A estrada”, do escritor Vasily Grossman. Num breve conto (“Mama”), ele narra a vida pelo olhos de uma criança órfã, filha de um dos grandes assassinos de Stalin que, como era rotina, acabou fuzilado.  Para quem quiser uma memória real, está na rede “The girl from the Metropol Hotel" (“A menina do Hotel Metropol — Crescendo na Rússia comunista"). Nele, Ludmila Petrushevskaya conta sua infância, do conforto onde vivia a elite bolchevique ao inferno da vida dos “inimigos do povo”.


Temer e as águas

Michel Temer disse o óbvio: se a reforma da Previdência não passar pelo Congresso, paciência. O “mercado” desabou, como se ele tivesse dito alguma novidade.  Desde antes do grampo do Jaburu, sabia-se que a reforma apresentada em dezembro passado estava contaminada pelo excesso de bodes. Se ela passasse com a idade mínima e o regime único, seria um êxito para ninguém botar defeito.


Em vez de atirar pedras em Temer, o “mercado” deveria reconvocar os çábios, consultores e especialistas que lhe venderam a ideia da viabilidade do pacotão. Na sua versão original, a proposta cortava 50% do valor de todas as pensões por morte do INSS. Temer está numa situação parecida com a do presidente americano George Bush, o Velho, quando ele apanhava por tudo o que fazia e um dia comentou:

“Se eu andar sobre as águas, dirão que não sei nadar.”


Coronel Neves

A carteirada com que Aécio Neves depôs o senador Tasso Jereissati da presidência do PSDB obrigou o tucanato a parar de fingir que lida com o Aecinho, neto de Tancredo Neves, menino de praia e freguês da noite do Rio. Aécio é um coronel. Como senhor das Gerais, manteve a imprensa mineira sob uma pressão sem paralelo entre os grandes estados. Podendo, dava uma passadinha pelo circuito chique-brega de Paris. O coronel Aécio mostrou seu chapéu na maneira como enfrentou a denúncia de que construíra um aeroporto na cidade de Cláudio para atender às conveniências de sua família. 


O jogo de Pezão

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, anunciou que ele e outros colegas estão trabalhando para aprovar a legalização dos jogos de azar em Pindorama. Nas suas palavras: “Propusemos a legalização dos jogos com a destinação dos impostos para criar um fundo de segurança pública.” Tudo bem, legalizar a jogatina para engordar a receita de um estado cujas finanças o doutor ajudou a quebrar. Por que não criar também a Póbrás, legalizando a cocaína?


Sabendo-se que o governo está de olho no dinheiro do jogo, entende-se que haja gente boa cheirando a pureza dessa ideia. Ela é velha. Em 2011 ouvia-se o seguinte:

“Eu acho que o jogo no Brasil, se aberto e legalizado, poderia ser uma fonte de financiamento importante para tanta coisa. Inclusive para Saúde. Não se fala tanto em financiamento da Saúde?”


Quem disse isso foi o governador-gestor Sérgio Cabral. Está na cadeia, condenado a 72 anos. Junto com ele estão seu secretário de Saúde, doutor Sérgio Côrtes, e Miguel Iskin, grande fornecedor da rede hospitalar do estado, a quem Cabral reconhece ter mordido em R$ 2,5 milhões para a campanha de Pezão. Quando Michel Temer assumiu o governo, noticiou-se que dois de seus ministros, Henrique Alves e Geddel Vieira Lima, defendiam a legalização do jogo. Ambos estão em cana.


Com as loterias legalizadas, em 1993 o deputado João Alves, da Comissão de Orçamento, justificou seu patrimônio informando que ganhara 200 vezes na loteca, embolsando o equivalente a US$ 9 milhões.  Talvez fosse boa ideia instalar cassinos legais com roletas viciadas nas cadeias onde está a freguesia da Lava-Jato. Lá eles apostariam livremente o que lhes sobrou das roubalheiras que praticaram.

Elio Gaspari - O Globo