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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Lavagem cerebral na sala de aula - Branca Nunes

Revista Oeste

Em vez de português, matemática ou ciências, escolas passaram a concentrar-se em assuntos como ideologia de gênero, LGBT, reforma agrária e outras causas defendidas por professores de esquerda


Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Uma mulher com a barriga de fora, calça preta, top azul-claro e o rosto oculto por uma cabeça de cavalo de pelúcia surge no palco improvisado. Ela envolve com as mãos as grades do portão antes de pular nos ombros de um homem sem camisa que está agachado no chão. E então começa a cavalgá-lo
Em seguida, pula, dança, salta de um lado para o outro, agacha-se, levanta, rebola e se aproxima do público como se fosse efetivamente um animal e quisesse cheirá-lo. 
De repente, entram em cena três homens fantasiados de bailarina, com collants coloridos e saias de tule preto. 
Eles sacodem o corpo e executam passos de dança desajeitados. 
Tudo tem a marca da improvisação e do desleixo. A plateia, formada majoritariamente por crianças, muitas aparentando 5 anos de idade, grita, ri e requebra. O picadeiro é uma escola municipal do Rio de Janeiro.

A trilha sonora consegue piorar a cena esdrúxula:
o funk Cavalo no Cio, cuja letra é reproduzida abaixo:

“Olha os cavalo (sic) voltando
Olha os cavalo (sic) no cio, ó
Vem mulher, vem galopando, que o cavalo tá chamando
Olha os cavalo (sic) voltando
Olha os cavalo (sic) no cio, ó
Cavalo taradão
Vem mulher, vem galopando, que o cavalo tá gostando
Vem mulher, vem galopando, que o cavalo tá gostando
Cavalo ficou danado, galopa de frente, galopa de lado
Cavalo ficou danado, galopa de frente, galopa de lado
Ela vai pra frente, ela toma, ela toma
Ela vai pra trás, ela toma, ela toma
Ela vai pra frente, ela toma, ela toma
Ela vai pra trás, ela toma, ela toma
Galopa, galopa, galopa, galopa, depois senta e rebola
Olha os cavalo (sic) no cio
Galopa, galopa, galopa, galopa, depois senta e rebola
Olha os cavalo (sic) no cio
Vem de quatro pro negão que o cavalo tá doidão”

(Detalhe: essa versão, cantada na escola, é ligeiramente mais suave que a letra original)


🚨AGORA: Apresentação de "Cavalo Tarado" para crianças dentro de uma escola municipal na Cidade de Deus leva prefeitura do Rio a abrir sindicância. pic.twitter.com/WXY5ljXyTrpublicidade
— DIRETO DO MIOLO (@diretodomiolo) August 29, 2023

O vídeo da apresentação denominada “Cavalo Tarado” viralizou nas redes sociais na última semana e pousou em veículos da imprensa. A repercussão negativa induziu o prefeito Eduardo Paes a declarar-se “indignado”. A Secretaria Municipal de Cultura garantiu que “repudiou veementemente o teor da apresentação do grupo”, contemplada com R$ 50 mil num edital de 2022 para ser encenada nas escolas municipais. Segundo a secretaria, o projeto foi selecionado por uma “comissão independente, ligada à sociedade civil”. Foram afastados os diretores de quatro colégios em que a companhia Suave se apresentou.

“Entre os 3 e os 8 anos, a criança forma sua personalidade”, observa a advogada Ana Paula Pur, especializada em direito educacional. “As músicas que a criança escuta nessa fase da vida, os filmes a que assiste, os livros que lê ou ouve estabelecem as bases que ela levará para a vida inteira. Portanto, escutar uma música de péssima qualidade, como um funk, não pode ser encarado como ‘só uma musiquinha que a criança nem tem idade para compreender direito a letra’. Você está forjando um ser humano.”

Uma providencial conjugação de acasos fez com que o vídeo fosse filmado por alguém, caísse nas redes e se transformasse em assunto nacional. Mas essa é apenas a ponta do iceberg. 
Dezenas de eventos semelhantes ocorrem rotineiramente em instituições de ensino espalhadas pelo país e nenhum consegue espaço no noticiário jornalístico. [confiram assistindo aos 'macaquitos' - dedos no ânus. SESC] das escolas, são cada vez mais comuns espetáculos, palestras e mesas-redondas dominados por temáticas muito apreciadas pela chamada esquerda
Com crescente frequência, as salas de aula se concentram em assuntos como ideologia de gênero, LGBT, reforma agrária etc., em detrimento do português, da matemática ou das ciências.

Em 2021, apenas quatro em cada dez crianças do 2º ano do ensino fundamental estavam alfabetizadas no Brasil. E só 5% dos estudantes que concluíram o ensino médio tinham o conhecimento adequado em matemática. No ranking das 57 nações analisadas pelo PIRLS (sigla em inglês para Estudo Internacional de Leitura), o país está na 52ª posição em habilidade de leitura. 
 
De norte a sul
A Graded School, localizada em São Paulo, está a mais de 400 quilômetros de distância do Centro Integrado de Educação Pública Luiz Carlos Prestes, onde o cavalo tarado se apresentou. Enquanto os alunos da escola carioca não precisam pagar pelas aulas, os da Graded desembolsam mais de R$ 10 mil por mês. Apesar das diferenças, há semelhanças entre as duas instituições de ensino.

Há poucos dias, um vídeo mostrou que os pais dos alunos matriculados na Graded precisam responder a um questionário informando se estão “trabalhando a temática LGBT e de gênero com os filhos de 3 anos de idade”. 
A gravação também exibe professores homens vestidos de princesas na festa de Halloween da escola e inclui um e-mail enviado aos pais pela direção do colégio. 
Segundo a mensagem, meninos e meninas podem usar vestidos. Por fim, aparecem adesivos distribuídos por uma professora a alunos de 10 anos, com frases como “Ninguém sabe, eu sou gay” e “Satã me ama”.

Num comunicado aos pais, a Graded pediu desculpas “pelo incidente dos adesivos do satã” e garantiu que está tomando “as medidas corretivas contra a professora que os distribuiu”. Oeste procurou a escola para tratar do conteúdo do vídeo. Um funcionário chamado Fábio, que se identificou como “um dos responsáveis pela comunicação da escola”, recusou-se a revelar o sobrenome e desligou o telefone assim que ouviu a pergunta.

Na mesma semana em que ocorreram os casos do cavalo tarado e da Graded, um vídeo gravado numa creche municipal do Rio mostrou a diretora da instituição, Fernanda Alvarenga, “ensinando” passinhos de funk a crianças de 2 a 4 anos. A letra da música é explicitamente pornográfica:
 “Desce, sobe, toma rajadão. A segunda maravilha acabou de terminar. Agora ela tá solteira e ninguém vai segurar. Vai bate, vai bate com a bunda no calcanhar”. 
Fernanda costumava compartilhar tais momentos em suas redes sociais e já havia sido denunciada por diversas mães. A prefeitura do Rio, contudo, só afastou a diretora do cargo depois que o vídeo chegou à imprensa. “Fico indignado quando vejo algo assim”, jurou Renan Ferreirinha, secretário municipal de Educação. “O projeto para a educação do Rio é claro. Não vamos mais tolerar episódios como esse.A prefeitura abriu uma sindicância para apurar o caso.

Depois do caso do “cavalo tarado”, surgem mais denúncias. Diretora da Creche Municipal Luiza Barros de Sá Freire, na Zona Norte do Rio, dança com alunos de 3 anos porno-funk com letra “Bola aê, brisa aê que hoje a noite é de prazer“. Fernanda Alvarenga se entitula nas redes como… pic.twitter.com/Wazo6tnLL0— Carlos Jordy (@carlosjordy) August 31, 2023

“As escolas e o poder público se limitam a buscar soluções pontuais, como o afastamento de uma professora ou um diretor”, critica Flávio Gordon, doutor em antropologia social e colunista de Oeste. “O funk de mais baixo nível virou patrimônio cultural. O prefeito Eduardo Paes, que é politicamente alinhado aos que promovem essas bandeiras, agora se diz escandalizado, como no caso do cavalo tarado. No Rio, até mesmo na classe média alta, as mães e os pais dançam esse tipo de música. Infelizmente ela foi naturalizada, toca em festas de crianças e nas escolas. É estranho que o Paes tenha se indignado com isso só agora. Ele não sabe o que acontece na cidade que governa?”

Fundadora do movimento Mães Direitas, Bianca Waisberg recebe denúncias semelhantes vindas de todos os Estados do país. Numa delas, a mãe de uma criança de 12 anos estava incomodada com o livro escolhido para ser lido em sala de aula. Selecionado entre as obras indicadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Beco do Pânico conta a história de Caíque. Num capítulo, o menino, então com 6 anos, chega em casa feliz por ter dado seu primeiro beijo na boca. A mãe ri do filho “tão apaixonado e tão pequeno” e pergunta o nome da menina. “É o Ricardo”, responde o garoto.

O grupo das Mães Direitas que atua na Região Sul enviou a Bianca um vídeo que registra comemorações do Dia do Estudante. Para celebrar a data, professores e coordenadores de uma escola de Santa Catarina vestiram shorts, miniblusa e peruca colorida para uma apresentação no mínimo bizarra. “Em vez de aula, os alunos estão aprendendo isso”, lamenta Bianca.
 
Alvos preferidos
A ode a temas LGBT é relativamente recente, mas o ataque ao agronegócio pelos professores e livros didáticos vem acontecendo há muitos anos. Indignados com o massacre, mães que são produtoras rurais fundaram durante a pandemia o movimento De Olho no Material Escolar. Um passeio organizado pela prefeitura de Contagem (MG) prova que ainda há muito a ser feito. Em vez de mostrar como funciona o setor responsável por manter a economia brasileira com boa saúde, a prefeita Marília Campos, do PT, preferiu reunir os alunos de escolas públicas do município numa visita ao acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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(...)

Invasão mundial
As chamadas pautas woke não são exclusividade das escolas brasileiras. Em Hull, no norte da Inglaterra, os pais de uma menina de 4 anos decidiram tirá-la da pré-escola depois de ela ter tido acesso ao livro Grandad’s Pride. Em uma das ilustrações, homens vestidos com trajes fetichistas se beijam na boca enquanto desfilam numa parada gay. Em outra imagem, um homem trans (mulher biológica) ostenta orgulhoso a cirurgia deixada pela mastectomia. A instituição de ensino rotulou os pais de “preconceituosos”. “Estamos testemunhando uma revisão geral da educação”, afirma Brendan O’Neill, editor de política da revista digital inglesa Spiked. “A ciência, a biologia, a própria verdade, para não mencionar todos aqueles ‘homens europeus brancos mortos e suas ideias arcaicas’, estão sendo marginalizados pelo impulso autoritário de remodelar os jovens à imagem dessa nova ideologia.”
 
(...)

O Brasil está formando uma geração de crianças traídas pelas preferências ideológicas dos professores. Jovens que nada sabem de sumidades como Machado de Assis, Nelson Rodrigues ou Manuel Bandeira, e são incapazes de usar o plural, sairão por aí com um boné do MST na cabeça, prontos para requebrar até o chão ao som de recomendações como “Vem de quatro pro negão que o cavalo tá doidão”. Qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.
 
 
MATÉRIA COMPLETA, AQUI


Coluna Branca Nunes, Revista Oeste
 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Fim de ‘pai’ e ‘mãe’ em registros de nascimento? Aras manifesta-se a favor

Procurador-geral da República concordou com grupo LGBT+ 

[a guisa de comentário, cabe perguntar: qual o objetivo do atual procurador ao aceitar proposta tão sem sentido e desnecessária? pretende ser reconduzido?]

Em um parecer publicado na semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se a favor de substituir a identificação “pai” e “mãe em documentos públicos, formulários e registros, atendendo a uma exigência da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersexos (ABGLT). O caso está em tramitação na Justiça.

Nesses documentos, a ABGLT pediu para trocar os títulos de “pai” e “mãe” por “filiação 1” e “filiação 2”. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, é o relator do processo, que tramita na Corte desde novembro de 2021. A ABGLT quer que formulários e bancos de dados “respeitem a identidade de gênero dos genitores, contemplando a possibilidade de dupla parentalidade por pessoas do mesmo gênero”. Além disso, exigiu que seja declarado inconstitucional qualquer tipo de registro que não contemple essa demanda.

“Famílias homotransparentais hão de receber a mesma proteção jurídica conferida às configurações familiares heteronormativas, inclusive com designação adequada de gênero em documentos e formulários oficiais”, argumentou Aras, no documento. “O reconhecimento jurídico de diferentes conformações familiares é medida que promove a dignidade humana.”

Conforme Aras, há uma “evolução sociológica do conceito de família”, centrada “na noção de afetividades”. Isso demandaria que os registros públicos acompanhassem “as novas formatações familiares reconhecidas pela doutrina”. A ação que trata da possível substituição de pai e mãe nos registros não tem data para ser julgada.

Leia também: “A linguagem ‘neutre’ não é ‘inclusive’ — e nem é uma linguagem”, artigo de Flávio Morgenstern na Edição 149 da Revista Oeste

 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Eles sumiram! Ou: O povo não perdoa traíra - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


Nota do autor: qualquer semelhança entre esses nomes e alguns conhecidos é mera coincidência

Acordei com uma sensação estranha, sem saber o motivo. Quando olhei para meu telefone, quase caí da cama: a data mostrava 12 de agosto de 2026! Fui transportado para o futuro?! Ou será que fiquei em coma esse tempo todo?!  Pois poderia jurar que fui dormir no dia 11 de agosto de... 2022! Olhei em volta com cuidado, tateando o escuro, e liguei a televisão na Fox News Brasil. Opa! Sim, Bolsonaro ainda é o presidente. Isso, confesso, acalmou um pouco meus ânimos. Eu poderia ter acordado na Argentina, quiçá na Venezuela lulista!

Mas logo fui acometido por uma curiosidade incontrolável: que fim levaram, então, todos aqueles traíras do Brasil, que tentaram derrubar o presidente após surfarem na onda criada por ele? Dei de ombros para o fenômeno estranho da viagem no tempo e saí em busca de respostas, tal como um Sherlock Holmes tupiniquim. O que encontrei foi incrível.

Após muito esforço – e ter molhado a mão de muita gente do submundo descobri que o Alex Fruta tinha voltado a fazer filmes pornográficos. “Justo”, pensei comigo. Sem interesse em verificar sua “arte”, parti para o próximo alvo. E descobri que o Jonny Doriana fazia agora dancinhas para animar festas LGBT! Acho que vi o que parecia uma seringa à guisa de um pênis pendurado atrás dele. “Mais justo ainda”, pensei.

Circulando pelas ruas do Leblon, esbarrei no João Ameba. Ele soltava sua mão de alface em cima de qualquer um que passasse, pedindo em sua voz mansa para cada transeunte assinar um Novo pedido de impeachment de Bolsonaro. Fiquei com pena, admito.


Bolsonaro edita decreto autorizando o uso das Forças Armadas nas eleições

Qual será o papel estratégico dos candidatos a vice na campanha presidencial

Fui relaxar num bar, e lá vi Luís Mandeitá jogando uma sinuca como se não houvesse amanhã. Ele não usava máscara. Ou seja, nada havia mudado nesse aspecto desde aquela pandemia famosa do passado. Mandeitá falava de seu passado com estranhos presentes no bar, que não demonstravam qualquer interesse e sorriam constrangidos. “Eu já fui ministro!”, soltava todo vaidoso.

Comecei a ouvir gritos histéricos do lado de fora. Fui verificar, e era Joy Rassel. Ela tinha o rosto cheio de hematomas, e berrava que tinha levado uma surra de Bolsonaro. Atraía olhares curiosos e muitos risos. Uma alma mais caridosa ligou para os homens de branco e resolveu dar fim àquela triste loucura exposta em praça pública.

Felipe Doura Barril estava jogando xadrez em Copacabana com Alex Burres, que tinha acabado de descer do apartamento de sua mãe, onde ainda morava, com quase 60 anos. Ele estava quase terminando seu primeiro livro acordado com a editora. Ambos sussurravam que eram os únicos defensores da verdadeira direita. Ninguém em volta sabia quem eles eram. Fiquei com pena dos ex-relevantes formadores de opinião conservadores, que nunca tiveram coragem de voltar a criticar o aborto em público.

Arthur Duvall, antigamente conhecido como Mamãe Peguei, estava participando de sua quarta edição do programa “Fazenda”. No último ano, soube que ele tinha levado uma surra de um colega do reality show, ao tentar forçar uma relação com uma mulher bêbada. Ele gritava: “Assim é melhor, mulher bêbada é mais fácil de pegar”. Pegou foi um olho roxo.

Sergio Morno fora visto pela última vez após disputar e perder o cargo de vereador numa cidadezinha paranaense. Ele concedeu uma entrevista a um estagiário do Grobo e alegou que estava lutando para proteger sua biografia. Mas levou uma baita bronca de sua esposa, Roseana, que o mandou para casa lavar a louça. Nunca mais foi visto em público depois disso.

Rodrigo Laia foi encontrado num spa, tentando queimar parte dos seus 136 quilos, mas foi descoberto um esquema em que ele pagava para os funcionários levarem chocolate escondido no seu quarto. Laia, confrontado pelo diretor do spa com a prova do crime na mão, rebateu: “Você sabe com quem está falando?! Eu fui o presidente da Câmara! Você me deve obediência!”. Foi expulso no ato.

Os irmãos W foram vistos pela última vez provocando apoiadores do Bolsonaro, no afã desesperado de terem algum holofote. A última “live” deles tinha tido apenas três visualizações, contando com a mãe e o pai. Ao me reconhecer, o Abraão berrou: “Rato! Vem cá, vamos debater!!!”. Virei as costas com pena e fui embora. Ouvi algo que parecia muito com um choro contido atrás de mim.

Diogo Mau Nardi tinha voltado de Veneza e procurava emprego no Brasil247, sem sucesso. Ronaldo Azedo era o responsável pelo marketing do PSTU. Guilherme Malatossi não consegui encontrar fácil, pois ninguém sabia quem era, mas depois descobri que estava trabalhando como copeiro do Azedo. Marquinho da Vila, conhecido como Professor Papagaio, circulava pelas ruas xingando todo mundo de fascista, nazista, e algumas almas caridosas colocavam umas moedas no chapéu dele.

Fui para casa um tanto melancólico, pensando em como a vida tinha dessas guinadas. Todos eles tiveram lá sua importância num determinado momento, mas resolveram trair a nação, virar a casaca. E o povo não perdoa mesmo traidor.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 25 de junho de 2022

Um projeto para destruir o Brasil - J. R. Guzzo

 Revista Oeste

O programa de governo petista é integralmente ruim uma sucessão de propostas suicidas que vai sendo revista e ampliada conforme se chega mais perto da eleição 

Lula e Geraldo Alckmin, durante o lançamento das diretrizes do Plano de Governo do PT, na terça-feira 21 de junho de 2022 | Foto: Ettore Chiereguini/AGIF/ Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
Lula e Geraldo Alckmin, durante o lançamento das diretrizes do Plano de Governo do PT, na terça-feira 21 de junho de 2022 | Foto: Ettore Chiereguini/AGIF/ Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
 
A apenas três meses das eleições para presidente, e no meio de uma tempestade de dúvidas de todos os tipos e formatos, Lula e o PT garantiram uma posição que nenhum instituto de pesquisa poderia lhes dar: têm o pior programa de governo que já se viu em toda a história da República brasileira. 
Daqui até lá, é claro, há tempo de sobra para piorar — no ritmo em que vão as coisas, por sinal, com o anúncio quase diário de novos desastres nos planos gerais de Lula para o Brasil, o mais provável é que piore mesmo. De qualquer forma, ainda que o candidato da “esquerda”, dos empreiteiros de obras e das classes intelectuais não abra mais a boca até o dia 2 de outubro, aquilo que ele e o seu partido já disseram em público até agora é suficiente para compor, com folga, a maior calamidade anunciada que jamais foi proposta na vida política deste país. Lula, na verdade, não tem um programa de governo para o Brasil. Tem um programa de destruição.

Socar imposto na exportação agrícola é uma operação direta de sabotagem contra o agronegócio brasileiro, que Lula e o PT consideram um inimigo a ser destruído

É tudo integralmente ruim uma sucessão de propostas suicidas que vai sendo revista e ampliada conforme se chega mais perto da eleição.  
O projeto mais recente, apresentado por um grupo de deputados do PT, confirma e reforça tudo o que já existe de mais agressivo no pacote de desgraças apresentado até agora: a criação de um imposto de até 30% nas exportações brasileiras de produtos agrícolas. É veneno direto na veia — a repetição exata do que a Argentina vem fazendo na única área produtiva da sua economia, com o resultado miserável que está à vista de todos. Não é um tiro no pé. É um tiro na cabeça. 
 
Os países incentivam as suas exportações para ganhar divisas em moeda forte, às vezes até com subsídios; o que ninguém faz, nunca, é desestimular os exportadores. Mas não se trata apenas de uma ideia estúpida, ou de mais um erro grosseiro da equipe de economistas que está em volta de Lula — gente que há 50 anos propõe tudo o que, comprovadamente, não dá certo na política econômica de qualquer país. 
 
Socar imposto na exportação agrícola é uma operação direta de sabotagem contra o agronegócio brasileiro, que Lula e o PT consideram um inimigo a ser destruído. Em toda a economia do Brasil, o setor rural é aquele em que o capitalismo deu mais certo — e o “projeto socialista” do ex-presidente está convencido de que acabar com isso é uma tarefa fundamental de governo.  
O agronegócio brasileiro, com o sucesso espetacular que vem tendo ano após ano, é o exato contrário do Brasil de Lula e do PT. Para eles, o progresso cada vez maior da produção rural não é uma solução. É um problema mostra que o que dá certo no Brasil é justamente o oposto daquilo tudo que propõem. O produtor é um estorvo. Tem de ser enfiado numa camisa de força.
 
Taxar exportações agrícolas não é fazer política fiscal, nem aumentar a arrecadação de impostos em nome do bem comum — é uma expropriação, ou um confisco de propriedade. Esqueça que o dinheiro arrecadado com isso não iria resultar em sequer um átomo de melhoria para as necessidades mais urgentes da população — seria tudo desviado, como o PT sempre fez, para despesas com a máquina do “Estado”, a companheirada e os empresários amigos do governo. Mas este é um mal já conhecido. 
 
O pior do projeto petista é o seu efeito tóxico sobre a produção rural. O produtor não pode “repassar” o que lhe extorquiram em impostos: a soja, o açúcar ou a carne têm preços internacionais, fixados pelas leis da oferta e procura, e não aqueles que o agricultor ou o pecuarista brasileiro escolhem. Ao mesmo tempo, pagar imposto não vai reduzir em um centavo os seus custos de produção. É castigo financeiro, puro, simples e direto — uma punição declarada ao investimento de capital no campo. 
 
O que Lula quer dizer ao agricultor e ao pecuarista brasileiros, e a todo o conjunto de atividades econômicas que existe em função deles, é o seguinte: “Não vamos admitir na economia do Brasil nenhuma área que não seja controlada pelo governo e pelo partido. Não gostamos de vocês; gostamos do MST. Não queremos aumento de produção, nem tecnologia no campo. Queremos ‘reforma agrária’. Estamos pouco ligando se as exportações e as safras vão despencar; acreditamos na pequena propriedade rural. Vocês são inimigos, como ‘o Bolsonaro’. Vão ser tratados como ele”.

Como em geral acontece com qualquer ideia destrutiva, o imposto sobre as exportações vem acompanhado de uma penca completa de mentiras para justificar a sua criação. A mais surreal de todas elas é dizer que a produção do campo tem de ser usada no abastecimento do “mercado interno” do Brasil, e não vendida ao “consumidor estrangeiro”. A taxação, segundo esse entendimento, serviria para proteger a “segurança alimentar” da população: desestimulado pelo imposto sobre a exportação, o produtor rural seria obrigado a oferecer aqui dentro, em real e barato, o que iria vender lá fora, em dólar e caro

É uma dessas falsificações em estado bruto que Lula e o PT vêm fazendo há 40 anos em seu discurso público. O agronegócio só vende para o exterior as sobras do que produz primeiro vende para o consumidor brasileiro, e só depois exporta o que não foi vendido aqui. Os números são definitivos. Cerca de 80% de toda a carne produzida no Brasil é vendida para os consumidores brasileiros; só 20% vão para fora, e já é o bastante para fazer o país o maior exportador de carnes do mundo. Quase 70% das aves, onde o Brasil também é o maior exportador mundial, são consumidas internamente. Ficam por aqui os 35 bilhões de litros de leite produzidos por ano — e, assim por diante, com todos os produtos do agro. 
Como é que Lula e o PT acham que se frita um bife neste país? Com azeite extravirgem italiano ou com óleo de soja de Mato Grosso? E o café — de onde eles acham que vem? Vai colocando aí todo o resto: arroz, feijão, milho, açúcar, paçoquinha
Não há registro, simplesmente não há, de algum alimento que esteja faltando nas prateleiras do supermercado ou na mesa do brasileiro porque está sendo vendido no exterior. 
O cidadão comum não se alimenta com produto importado de países estrangeiros; só rico faz isso, gente que anda com relógio de R$ 80.000 no pulso, e assim mesmo apenas uma parte do tempo.

Pense em alguma coisa boa: Lula é contra. Pense em alguma coisa ruim: vai estar, com certeza, nos planos de governo de Lula

O imposto de exportação vem se juntar à lista de calamidades que já estão no projeto de governo de Lula. Ele quer liquidar, caso volte a ser presidente, uma das maiores conquistas reais que o trabalhador do Brasil já teve na sua vida: o fim do imposto sindical, pelo qual o governo lhe extorquia (e do seu empregador) um dia inteiro de salário por ano. Era uma transferência direta de renda, do bolso do trabalhador para o caixa dos sindicatos e da CUT, e daí para o bolso dos seus diretores. Esse roubo foi eliminado na Reforma Trabalhista — que Lula também promete desfazer. Ele já anunciou, e de forma cada vez mais irada, que vai acabar com o teto de despesas para os gastos públicos, a proteção mais eficaz contra a criminalidade financeira dos governos que o cidadão brasileiro já teve desde a criação da República.  
 
Declarou que vai fazer da Petrobras o que a empresa era quando ele estava na Presidência — a maior produtora de prejuízos na indústria mundial de petróleo, e uma usina de corrupção sem precedentes na história da roubalheira universal
Quer estatizar de novo o que foi, a duríssimas penas, privatizado — e devolver aos parasitas o que lhes foi tirado. Quer criar novas empresas estatais. Quer criar um Ministério dos Índios, para cuidar (segundo as suas próprias ideias do que seja o verbo “cuidar”) de 0,4% da população brasileira
É contra a nova Lei do Saneamento, contra a redução de impostos, contra a classe média, que a seu ver gasta demais e vive num mundo de luxo injustificável, e por aí afora. 
Pense em alguma coisa boa: Lula é contra. Pense em alguma coisa ruim: vai estar, com certeza, nos seus planos de governo.
 
Isso é aquilo que se sabe; além disso, há o que não se sabe ainda. Um dos peixes mais graúdos do entorno de Lula, um ex-frei da Igreja Católica que largou a batina há 30 anos e é tido pela imprensa brasileira como uma autoridade em praticamente todos os assuntos ligados à existência humana, garantiu, numa entrevista recente, que ainda não se viu nada. Tudo isso que foi escrito aí acima, segundo ele, é só para disfarçar; é uma pregação moderada, que será usada como discurso político de campanha, apenas isso, para não assustar as pessoas. 
Uma vez no governo, de acordo com ele, Lula vai executar um programa muito “mais radical”. É a sua “última chance” na vida de transformar o Brasil num país socialista, disse o antigo frade, com prioridade para os “negros, as mulheres, os índios e os LGBT” e desta vez Lula não vai perder a oportunidade de realizar os seus sonhos. Será mesmo isso? A cada dia que passa Lula fica mais agressivo; com a esquerda vitoriosa em praticamente todos os países da América Latina, ex-terroristas assumindo os cargos de presidente da República e o STF fazendo campanha em seu favor, ele tem certeza de que já ganhou. Os institutos de pesquisa também. Só falta, agora, a eleição.

Leia também “Lista geral das coisas impossíveis”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste

 


terça-feira, 26 de outubro de 2021

O depoimento de duas médicas transexuais críticas à transição de crianças e adolescentes - Ideias

Ideologia na ciência

O depoimento de duas médicas trans negado pelo New York Times

Com passagem pela Universidade de Washington, pela Universidade do Minnesota e pelo Centro Médico da Suécia, a ginecologista Marci Bowers é reconhecida internacionalmente por sua especialidade em cirurgias de redesignação de gênero. Foi ela a responsável por operar a ativista Jazz Jennings, estrela do reality show americano “A vida de Jazz” e uma das pessoas mais jovens a se identificar como transexual nos Estados Unidos, tendo feito a cirurgia aos 17 anos.

Erica Anderson, por sua vez, atua como psicóloga clínica da Clínica de Gênero Infantil e Adolescente da Universidade de São Francisco na Califórnia e também possui extensa experiência com pacientes com disforia de gênero. Ambas são mulheres transexuais e membros do conselho da Associação Profissional Mundial para Saúde Transgênero (WPATH), a organização que define os padrões mundiais para atendimento médico de pessoas transexuais.

No último mês de setembro, a dupla enviou ao The New York Times um artigo alertando para o fato de que muitos profissionais da área estão, consistentemente, tratando crianças com sintomas de disforia de gênero de forma desleixada. O texto foi rejeitado pelo jornal, por estar “fora das prioridades de cobertura”. Coube à jornalista Abigail Shrier, autora do livro “Irreversible Damage”, que trata o aumento súbito de casos de adolescentes auto-identificadas como transgênero e submetidas a tratamentos hormonais sem o devido diagnóstico, ouvir os depoimentos das duas especialistas. A reportagem foi publicada em inglês, na newsletter da jornalista Bari Weiss, que pediu demissão do Times em 2019 expondo a falta de compromisso do veículo com a tão divulgada pluralidade de opiniões.

Didático e revelador, o artigo de Shrier é calcado na vasta experiência de Anderson e Bowers - esta, com mais de 2 mil cirurgias de vaginoplastia no currículo e eleita para liderar a WPATH a partir do ano que vem. Hoje, a organização recomenda que a supressão hormonal da puberdade comece nos primeiros estágios para muitas crianças disfóricas ou mesmo não-conformes de gênero (meninas com comportamentos vistos como masculinos e vice-versa), insistindo que seus efeitos são “totalmente reversíveis”.

Bowes discorda. “Acho que houve ingenuidade por parte dos endocrinologistas pediátricos que eram proponentes do bloqueio precoce [da puberdade] pensando que apenas essa mágica pode acontecer, que os cirurgiões podem fazer qualquer coisa”. A ginecologista afirmou também que a WPATH não está preocupada em ouvir pontos de vistas diversos sobre o assunto - incluindo médicos genuinamente preocupados com a saúde da população LGBT. “Definitivamente, existem pessoas que estão tentando impedir a entrada de qualquer pessoa que não acredite na opinião geral de que tudo deveria ser afirmativo e que não há espaço para divergências”, disse.

Uma das maiores preocupações da ginecologista, inclusive, é com a futura vida sexual das crianças e adolescentes submetidas a estes processos hormonais. O caso de Jazz Jennings, que ajudou a alçar Bowels ao estrelato, não foi isento de complicações: por ter tomado bloqueadores hormonais desde os 11 anos de idade, aos 17, Jennings possuía o órgão sexual do tamanho do de uma criança pré-púbere. A “construção” do canal vaginal e do clitóris exigiu a retirada de revestimento do estômago. Aos 25 anos, a ativista nunca experimentou prazer sexual - e nunca experimentará.

“Se você nunca teve um orgasmo antes da cirurgia, e sua puberdade foi bloqueada, é muito difícil conseguir isso depois (...) Eu considero isso um grande problema, na verdade. É o tipo de problema do qual nós, em nosso ‘consentimento informado’ de crianças submetidas a bloqueadores da puberdade, esquecemos um pouco”, diz Bowers, que explica que a combinação de bloqueadores precoces com hormônios do sexo oposto desde a tenra idade tende a deixar os pacientes inférteis e sexualmente disfuncionais.

Por conta destes tratamentos movidos à ideologia no lugar da prudência (Shrier recorda que, por décadas, médicos especialistas em gênero recomendaram que crianças e adolescentes com sintomas disfóricos fossem cuidadosamente observados antes de qualquer intervenção), Anderson afirma, na reportagem, que provavelmente haverá um número crescente de arrependimentos entre esta população de adolescentes.

“É minha opinião que devido a alguns dos - como dizer? - vou chamar apenas de tratamentos ‘desleixados’, que teremos mais jovens adultos que se arrependerão de ter passado por esse processo. E isso vai me render muitas críticas de alguns colegas, mas dado o que vejo - e sinto muito, mas é minha experiência real como psicóloga que trata de jovens variantes de gênero - estou preocupada com decisões que mais tarde serão lamentadas por aqueles que os fizeram”.  
Para ela, o erro dos profissionais de saúde está em “apressar as pessoas na medicalização e falhar - terrivelmente - na avaliação do histórico de saúde mental e alguém historicamente nos tempos atuais e em prepará-los para tomar essa decisão de mudança de vida”.
Vale ler, na íntegra, o texto de Abigail Shrier: além das falas destacadas, a jornalista traça um histórico dos protocolos de tratamento para disforia de gênero, caracterizada como um severo desconforto ou inadequação com o sexo de nascença. 
Trata-se de uma condição médica real, prevista no Manual de Diagnósticos da Associação Americana de Psiquiatria (DSM). Precisamente por isto, deve ser avaliada e tratada com o máximo de cuidado, tendo por amparo as melhores práticas científicas construídas através de pesquisas de ponta e diálogo franco, ao invés de bravatas. 
 
Maria Clara Vieira, colunista - Gazeta do Povo - Ideias
 
 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

A guerra do establishment contra a condição da mulher

Intervenção sobre o quadro "O Nascimento de Vênus", de Sandro Botticelli
Intervenção sobre o quadro "O Nascimento de Vênus", de Sandro Botticelli

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Homossexualidade não é bandeira política - Gazeta do Povo

Sair do armário e se assumir gay, no Irã ou na Arábia Saudita ou qualquer país islâmico, sem dúvida é um ato de coragem, ou suicídio mesmo. No Irã os homossexuais ainda são mortos pelo regime dos aiatolás. Mas quem pode achar que, em pleno século 21, admitir a homossexualidade seja um ato de bravura? É a coisa mais natural do mundo...

Não quero dizer, com isso, que não existam casos isolados de homofobia. Existem, como existem de racismo, e todos devem ser condenados e punidos. O que é bem diferente de censurar quem, por questões morais ou religiosas, considera o comportamento homossexual pecaminoso. Isso é um direito do indivíduo numa sociedade livre também.  O grande problema é que os movimentos LGBT transformaram a inclinação ou opção sexual numa bandeira política, e já vimos até placas com dizeres bizarros como "meu fiofó (era outro termo) é revolucionário". Conheço vários gays que abominam os movimentos LGBT por conta disso, e também por promoverem a promiscuidade e a baixaria como se todo gay tivesse que agir dessa forma.

É por isso que usar a homossexualidade como bandeira política no Ocidente em pleno século 21 é confissão de falta de consistência das ideias. Quase ninguém liga para o que adultos fazem entre quatro paredes. Mas o povo liga para o autoritarismo "científico" dessa turma, que destrói empregos. Isso sim! Foi exatamente o ponto de Guilherme Fiuza ao comentar a "revelação" do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao assumir sua homossexualidade na entrevista com Pedro Bial: Governador do Rio Grande do Sul revela que é gay. Com quem ele dorme é problema dele. O que ele tem que revelar é onde está o laudo de eficácia do lockdown desvairado que impôs à população e como se salva vidas bloqueando gôndola de supermercado. Totalitarismo não tem sexo.

Luciano Huck e outros já saíram em apoio ao governador pela "coragem". Que coragem?! Repito: exige muito mais coragem alguém do meio artístico se assumir de direita! Isso sim, pode comprometer a carreira, atrair retaliação, transformar o conservador num pária social em certos círculos "inteligentinhos". Se o sujeito sair do armário com vontade e ainda confessar que votou em Bolsonaro, isso poderá ser seu fim!

Não é Leite que tem coragem, portanto, mas sim quem ainda tenta esconder que é gay hoje em dia, por covardia. E tem gente que faz isso mesmo com todos sabendo de sua homossexualidade. E, por falar em tucanos, o governador Doria disse que "faria exatamente o oposto do que o Bolsonaro fez" sobre condução da pandemia. Uai, mas o governador Agripino teve a autonomia garantida pelo Supremo para fazer tudo diferente, adotou fases coloridas de restrições e tudo, e o resultado foi péssimo...

O que o Brasil precisa é de um debate sério de ideias, principalmente sobre o que alguns vêm repetindo em nome da ciência, monopolizando seu uso de forma absurda e autoritária. Chamar de "negacionista" quem discorda de medidas como o lockdown, que não apresentou bons resultados em lugar algum, não vai encerrar o debate, mas sim expor a falta de consistência de quem se esconde atrás desse rótulo vazio.

É tão frágil quanto se esconder atrás da homossexualidade em pleno século 21,
em países ocidentais livres...

Rodrigo Constantino,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quinta-feira, 1 de julho de 2021

CBF! E agora? como sair?

Programa esportivo de TV mencionou no noticiário do meio-dia que uma dessas associações LGBTP e outras letras mais,  entrou na Justiça contra a Confederação Brasileira de Futebol - CBF  questionando as razões de no futebol não ter a camisa com o número 24 - que, no jogo do bicho identifica o veado. Requer, na mesma ação, que seja determinado o uso do citada dezena.

O juiz que recebeu a ação determinou à CBF que informe as razões da alegada omissão no prazo de 48 horas.

Muito provavelmente, pelo que se conhece das decisões da Justiça do Brasil o pleito será atendido. Aí surge outro questão: quem vai determinar, em cada time, o jogador que vestirá a camisa com o 24 nas costas? E,  se o jogador escalado se recusar, alegando motivos diversos, entre eles a famosa pergunta: por que eu?

Futebol não é sinuca mas a questão colocou a CBF em uma sinuca de bico.

A presente notícia não está entre os temas do Blog Prontidão Total, mas certas situações são tão sem sentido, sem lógica, sem não que viram notícia.

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terça-feira, 22 de junho de 2021

Vaticano se opõe a projeto de lei anti-homofobia na Itália

Carta da Santa Sé argumenta que projeto questiona 'liberdade de organização' da Igreja e ameaça 'liberdade de pensamento' entre católicos

Em uma intervenção sem precedentes, o Vaticano instou o governo italiano a alterar uma proposta de lei que criminaliza a homofobia, alegando preocupações de que o texto infringiria “a liberdade de pensamento” da Igreja Católica. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados no ano passado, mas agora enfrenta obstrução de partidos conservadores no Senado.

Em uma carta, o arcebispo britânico Paul Richard Gallagher, secretário de relações do Vaticano com outros países, afirma que partes da legislação violam um tratado feito entre a Itália e a Igreja Católica na década de 1920 que garantiu as liberdades e direitos da Igreja, segundo o jornal Corriere della Sera

Nesta terça-feira, 22, um porta-voz do Vaticano confirmou que “uma correspondência diplomática do secretário de Estado foi entregue informalmente à embaixada da Itália na Santa Sé em 17 de junho”. A intervenção alimentou ainda mais um debate acirrado em torno da lei, projetada para tornar crime a violência e o discurso de ódio contra pessoas LGBT e deficientes, assim como a misoginia.[as três áreas devem ser separadas, recebendo tratamento diferenciado.]

Embora a Itália tenha aprovado as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo em 2016 , o país ficou para trás em relação aos seus parceiros da União Europeia na criação de medidas anti-homofobia. Em 2015, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, descreveu o referendo da Irlanda sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo como “uma derrota para a humanidade”.

A carta do Vaticano argumenta que a lei anti-homofobia questiona a “liberdade de organização” da Igreja e ameaça a “liberdade de pensamento” entre os católicos, levantando também preocupações de que escolas particulares seriam forçadas a organizar eventos como parte da criação de um dia nacional contra a homofobia. “É a primeira vez que a Igreja faz algo assim”, diz Robert Mickens, editor da edição em inglês do jornal católico La Croix, em Roma. “Eles estão preocupados em serem multados por discurso de ódio”. 

O projeto de lei foi elaborado por Alessandro Zan, um político LGBT do Partido Democrata, de centro-esquerda, e foi aprovado em uma votação na Câmara dos Deputados. No entanto, após pressão da própria Igreja Católica na Itália e da oposição conservadora, foi introduzida uma emenda que isenta de punição afirmações e declarações que não representem instigações explícitas à violência. Nesse caso, por exemplo, a lei não puniria quem defendesse que pessoas LGBT não podem adotar uma criança, mas sim quem incentivasse ou praticasse atos de violência física contra pessoas LGBT.

A lei também foi contestada por partidos de direita e grupos católicos, bem como grupos feministas, que argumentam que a “identidade de gênero”, um termo usado no projeto de lei, foi “transformado em arma contra as mulheres”.

Mundo - Revista VEJA

 

sexta-feira, 5 de março de 2021

Brasil é 'racista' e parece executar 'indesejados' com conivência da Justiça, diz Comissão Interamericana da OEA

Racismo e discriminação contra negros, indígenas, mulheres, camponeses, sem-teto e moradores de favelas. Trabalho análogo à escravidão e tráfico de pessoas. Presos, migrantes e LGBTs em risco. Insegurança, crime organizado, milícias, facções e uma recorrente resposta violenta do Estado. Impunidade e ataques à liberdade de expressão e de imprensa.

[Só estamos publicando essa matéria em respeito ao direito de informação de nossos leitores.
A credibilidade desses comitês, comissões, da OEA não é das melhores - certamente,muitos lembrarão que em 2018, o criminoso multicondenado Lula da Silva, foi apoiado por um relatório de uma comissão que propunha sua libertação, alegando irregularidades processuais.
O relatório do tal comitê, chamado por grande parte da mídia de 'comitê de boteco' era tão incoerente que o assunto foi desconsiderado.
O relatório aqui transcrito fornece informações truncadas, algumas contraditórias - ora acusa a polícia e em outros trechos o judiciário. 
Não pode ser olvidado que  em 2022, finalmente, acaba a nefasta política de cotas raciais e já começa um movimento em prol da prorrogação daquela política que tanto mal tem causado ao MÉRITO. E um dos principais instrumentos para tentar manter o INJUSTO e DISCRIMINATÓRIO sistema de cotas, ainda vigente, é levar para o lado do racismo, tudo que envolva afrodescendentes, indígenas, homofobia, etc.]

Estes e outros assuntos são explorados em mais de 200 páginas de um duro relatório recém-enviado ao governo brasileiro pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), principal órgão multilateral dedicado ao tema em todo o continente. Feito com "o objetivo de aferir os principais desafios aos direitos humanos no país", o documento, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, registra centenas de falhas do Estado brasileiro, seja por "omissão, ineficiência ou ação direta de governos" - caso, por exemplo, de episódios confirmados de mortes e impunidade ligados à violência policial em todo o país.

Só em 2019, 6.357 pessoas foram mortas por policiais no Brasil - o maior patamar desde o início dos levantamentos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2013. A título de comparação, a letalidade policial foi 5 vezes maior no Brasil do que nos EUA no mesmo ano.Em um dos momentos mais veementes do texto, a Comissão diz que a violência policial e o racismo poderiam indicar um "sistema estruturado de violência e execução de pessoas 'indesejadas' na sociedade brasileira", que contaria com a proteção da Justiça, por meio da impunidade.

O conteúdo do relatório é especialmente enfático em relação ao racismo, à discriminação e à violência de gênero no Brasil, descritos como motores de um ciclo histórico e perverso de desigualdade, pobreza e crimes. O texto, por outro lado, "reconhece que o Brasil possui um Estado de Direito baseado em sólidas instituições democráticas". "Contudo", prossegue o texto, "faz um alerta de que, recentemente, esse sistema vem enfrentando desafios e retrocessos". Procurado pela BBC News Brasil, o governo brasileiro, por meio do ministério de Relações Exteriores, informou que deve enviar comentários após a publicação da reportagem. As respostas serão incluídas neste texto.

Bolsonarismo
Braço da OEA responsável por vigiar a garantia de direitos humanos em todo o continente, a Comissão foi criada em 1959 e tem sede em Washington, nos EUA. Entre diferentes atribuições, ela apresenta casos de violações à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA e atua frente ao tribunal em casos que envolvam crimes cometidos por Estados.Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o texto frisa que a facilitação promovida pelo atual governo no acesso a armas de fogo será incapaz de conter ou reduzir a violência.

Ao contrário, segundo o órgão, a política armamentista deve aumentar a criminalidade, além de "minar a confiança dos cidadãos em relação ao Estado e aprofundar fissuras históricas do tecido social".

Discriminação em polícias e tribunais
O relatório critica a atuação de policiais em operações envolvendo negros, mulheres e minorias ao citar índices desproporcionais de violência contra estes grupos.
"A CIDH observa que o país tem tido grande dificuldade em assegurar o direito à segurança cidadã a um amplo contingente da sua população", diz o texto."As pessoas afrodescendentes, especialmente jovens do sexo masculino e de origem familiar pobre, figuram como vítimas preponderantes de atos de violência letal intencional, grande parte dos quais são cometidos em contexto de ação policial."

Na opinião da Comissão, "há um alto índice de impunidade desses crimes, o que, em intersecção com a discriminação estrutural, consolidam um diagnóstico de racismo institucional" no país.O texto ressalta que a "polícia brasileira é uma das mais letais no mundo, bem como a que mais tem profissionais assassinados", e aponta um processo nocivo "de militarização da segurança pública, que, por sua vez, acaba por consolidar uma lógica da guerra nos centros urbanos e rurais".

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos vai além e destaca o papel da Justiça neste processo. "Tal desigualdade é reproduzida ou mesmo ampliada pela atuação do sistema de Justiça criminal: por um lado, é crônica a impunidade dos crimes cometidos contra essas populações mais vulneráveis; e, por outro, é desproporcional o impacto do aparato repressivo do Estado contra essas mesmas populações." Ainda segundo o órgão, "permanecendo impunes, tais violações cometidas por agentes de segurança pública atingem um caráter estrutural, sistemático e generalizado em todo o país."

BBC News Brasil, MATÉRIA COMPLETA 

 

domingo, 1 de novembro de 2020

Ideologia de gênero: Psol pediu e o STF vai deliberar - Percival Puggina

 A intromissão não cessa. No próximo dia 11, depois de três anos da apresentação, chega ao plenário do Supremo a ADI 5668 através da qual o PSOL, que felizmente não tem força política para impor seu querer ao país, busca obter da Corte uma alteração no Plano Nacional de Educação fake news. Se você imagina que seja para melhorar a qualidade do ensino, enganou-se. O PSOL quer incluir no PNE a obrigatoriedade de ser combatido nas escolas o bullying por gênero que atinge indivíduos do grupo LGBT. 

[só nos resta -  diante de uma intromissão sustentada por um autoritarismo que beira a tirania, de uma Corte que se julga ABSOLUTA e  com isto cultua e pratica o absolutismo - rogar a DEUS esperar que o Supremo Tribunal Federal tenha o sabedoria e o bom senso de não dispender seu tempo julgando coisas ínfimas e que buscam apenas chamar atenção para um partideco sem votos, sem programa e sem noção.

A decisão combatida foi aprovada em vários parlamentos, o que deixa claro sua procedência e acerto]. 

A notícia foi usada, nestes últimos dias, com diferentes versões, para produção de fake news identificadas como tal por boatos.org. No entanto, assim como há, de fato, boatos em torno do assunto, há também verdades que não foram ditas. O PSOL quer, com essa medida, reverter uma decisão do Congresso Nacional e demais parlamentos do país que, de modo quase unânime, decidiram não incluir a temática de gênero em seus planos de Educação. O próprio PSOL o reconhece no texto da ADI quando afirma que “parlamentares contrários aos direitos humanos da população LGBT conseguiram retirar dos planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação menções ao enfrentamento das discriminações por gênero, identidade de gênero e orientação sexual também nas escolas”.

O motivo pelo qual os parlamentos assim decidiram e o STF deveria recusar a pretensão do PSOL é sua efetiva desnecessidade. Os motivos para bullying e discriminação entre crianças e adolescentes são de várias naturezas e motivações. Portanto, está correta a redação dada a essa questão pelo PNE, cujo artigo 2º relaciona, em 10 incisos, as diretrizes do Plano. O inciso III trata da “erradicação de todas as formas de discriminação”. 
Criar uma abordagem específica para a temática LGBT é discriminar todas as outras formas de bullying. 
É priorizar uma em detrimento das demais, para atender ao gosto do PSOL. 
O que deve ser objeto de defesa é o respeito à dignidade humana, independente de qualquer desigualdade natural ou criada. E o que deve ser objeto de combate e erradicação é toda a forma de assédio moral, psicológico, sexual, entre tantas outras de que possa a maldade humana cogitar. A escola deve ser um farol a iluminar crianças, adolescentes e professores com os valores indispensáveis ao bom convívio em sociedade.
A temática de gênero é, sim, de natureza ideológica. Desde o início envolveu questões de poder na sociedade a partir da descaracterização do núcleo familiar. 
Afirma uma ficção como verdade ao dizer que gênero é construção social. 
É tão ideológica que para ser sustentada e conceber uma realidade descritível precisou criar um vocabulário, inventando palavras não dicionarizadas e alterando todos os pronomes da língua portuguesa que passam a ter ortografia própria para não se identificarem com gênero algum. Daí coisas como “não binário” e “cisgênero”, entre uma infinidade de outras invenções. Ninguém precisa disso para não ser um estúpido preconceituoso e desrespeitoso.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.