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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

A PÁTRIA - Gustavo Corção

A idéia de pátria e a correlata de patriotismo vêm sendo sabotadas, há séculos, pelas correntes históricas que nas últimas décadas formam o enorme estuário de equívocos que constituem o néctar, o uísque escocês dos “intelectuais” das chamadas esquerdas. A corrente anarco-socialista, bem como a marxista, sempre anunciaram em canto e prosa a Internacional, sem nunca suspeitarem que deste modo pretendiam combater uma exigência da alma humana tão profunda como a de querer constituir família.

 À primeira vista, e numa análise sem vigor, parece que o amor da pátria exclui o resto da humanidade e assim se opõe ao mandamento de Deus. Na verdade, todo amor exclusivo será egoísta e defeituoso, já que o próprio do amor, ainda que inclua as mais densas dileções, é ser difusivo. E se não for difusivo não é amor; será quando muito egoísmo ou amor próprio. 

Vejamos como se entende, dentro do imperativo de universalidade, o bom fundamento do amor da Pátria. É sabido que nenhum homem esgota em sua vida e com suas aptidões todas as virtualidades da alma humana. Para bem manifestar toda a grandeza e toda a beleza da alma humana, em todas as suas possibilidades, foi preciso que os homens se multiplicassem e se diversificassem. A perfeição do homem se vê na humanidade desdobrada. 
Mas não basta essa multiplicação. Para bem exibir diante do universo e das galerias angélicas toda a riqueza do animal-racional, ou da alma feita à imagem e semelhança de Deus, foi preciso ainda recorrer ao curso da história e ao contraponto das civilizações
E além dos desdobramentos e dos alongamentos individuais, foi preciso diferenciar os agrupamentos humanos em tipo, com línguas, costumes e cultura diversificados.

E este é o fundamento natural da pátria. Faz parte da grande e inebriante aventura humana esse tipo de experiência que consiste em viver, num dado território e ao longo de uma história, uma vocação comum, uma cultura comum, que se exprime não apenas pela língua comum mas por todo o jogo de símbolos, de significações multiplicadas que resultam das alegrias comuns e dos sofrimentos comuns expressos na profundidade das almas por sinais comuns.

Quando eu penso com simplicidade no objeto do amor pátrio, eu penso numa grande comunidade que acabou de chegar na ponta de uma grande história e que acampou, se instalou numa imensa geografia. Tudo isso me envolve numa cercadura enorme, e tudo isso nos diz que somos portadores duma vocação, de uma parte, de uma tarefa na grande aventura humana. Toda essa cercadura, esse envoltório humano, cultural, sociológico, histórico, geográfico é um campo de forças que nos penetra, e que se cruza dentro de nós, e nos faz o que somos, o que sentimos e amamos. Curioso processo psicológico que sempre se repete para as coisas mais amplas e mais próximas. Nossos envoltórios, a família, o bairro, a pátria, são obras emanadas de nossas almas, e são elas que refluem e modelam nossas almas. Há por fora de nós um enorme Brasil exterior; há dentro de nós um Brasil interior de sentimentos e de virtudes que devem ser cultivadas e apuradas para que o Brasil exterior seja melhor e mais Brasil, e mais e melhor para formar as almas de seus filhos.

Precisamos cultivar essa piedade, esse respeito pelo grande quinhão que nos coube na prodigiosa aventura do gênero humano, não para nos excluirmos e nos fecharmos, mas para que nosso amor pátrio seja difusivo e se transforme em amor universal. Precisamos sentir e agir como se o mapa-mundi a cosmografia e a história fossem inconcebíveis sem a nossa presença. Não há nenhum espasmo de eloqüência convencional nem sombra de orgulho nesse reconhecimento de nosso valor: haverá até um ato de humildade acompanhado de um sentimento de responsabilidade. Aprendi essa lição do valor de cada ser dentro da Criação com um pobre cego, a quem uma senhora bondosa queria confortar e de quem lamentava a triste sorte. Agradecendo a bondade, o ceguinho confortou-a com estas palavras:

 — Sem eu o mundo não estaria completo. Faltaria minha cegueira...

Tudo tem valor. Que valor tremendo, terrível, não terá essa comunidade pátria? Que aleijão enorme faria no mundo a falta desse jeitão coletivo, nosso, meu, seu, vosso, que chamamos Brasil! Esse modo de sermos, de falarmos, de sentirmos, essa esparsa alma comum: Brasil.

E para não desmerecermos em tal tarefa (a de completar o universo!) precisamos friccionar nossos sentimentos e nossas virtudes, e para isto precisamos de comemorações, de sinais e símbolos já que nesta vida terrena, como disse o apostolo Paulo, vivemos entre sinais e enigmas. Daí a utilidade das bandeiras, dos hinos e das festividades cívicas que todos os povos normais sempre amaram. Mas a necessidade mais imperiosa e contínua que decorre da consciência patriótica é a do serviço prestado no dia a dia da vida profissional. Festejemos os dias da pátria, mas essas festividades seriam vazias e até falsas se não fossem sinais do desejo de servi-la.

 E peçamos a Nossa Senhora da Aparecida, à onipotência suplicante da Mãe de Deus, que nos proteja sempre como recentemente nos protegeu.

Reproduzido do site Permanência. Este artigo foi publicado durante a semana da Pátria, em “O Globo”, de 05/09/1970.


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Na CPI da Covid, submundo policial do Senado grita o que é ‘ciência boa’ e o que é 'ciência ruim' - O Estado de S. Paulo

J.R. Guzzo

A política da ciência

Um dos efeitos mais notáveis da covid, e não só no Brasil, foi ter criado um tipo até então desconhecido de ciência - a ciência estática, na qual um bloco de cientistas tem certeza absoluta de que todo o conhecimento humano existente na área de medicina, por exemplo, chegou ao seu ponto máximo e não pode mais ser ampliado, nem modificado
Não poderia haver uma abordagem diferente para uma questão médica, sobretudo se ela nunca se apresentou antes? Não, não poderia. 
A verdade científica, por esta visão do mundo, esgota-se naquilo que o professor Pedro ou o pesquisador Paulo sabem - ou, mais precisamente, naquilo que acham que está certo, ou de que gostam. Resultado: é proibido discutir, segundo a ciência estática, qualquer afirmação, constatação ou hipótese que não seja aprovada pelos gestores do que se tornou hoje o universo “cientificamente correto”.
Outra maneira, menos paciente, de descrever isso tudo é dizer logo de uma vez que a política, na onda da covid, entrou com as quatro patas na ciência. Nada demonstra essa perversão tão bem quanto a “CPI” da covid, na qual o submundo policial do Senado grita todos os dias o que é “ciência boa” e o que é “ciência ruim”
A primeira é qualquer coisa que sirva aos seus interesses políticos. 
A segunda são os fatos que querem abolir. Todo mundo vê: semianalfabetos que não saberiam dizer que horas são, mas têm uma carteirinha de senador, interrogando médicos e outras pessoas de bem como se fossem um soldado da PM diante de algum vagabundo numa delegacia de polícia. É um “ambiente tóxico”, disse o presidente do Conselho Federal de Medicina. E é isso, na sua forma mais grosseira, o “cientificamente correto”.

Que gente com o nível de um senador de CPI faça isso, quando se pensa cinco segundos no assunto, é bem aquilo que se poderia mesmo esperar. Menos compreensível é a atuação, cada vez mais excitada, agressiva e repressora, dos médicos, pesquisadores e cientistas que praticam o “cientificamente correto” e se tornaram militantes de uma causa: a de que a covid só pode ser tratada de uma forma, a sua, e que qualquer ideia diferente tem de ser denunciada como uma ameaça à saúde pública. Assumiram o papel de vigilantes. Na vertente mais lamentável da sua conduta, querem punição, inclusive penal, para colegas que estiverem em desacordo com eles.

A política e a ideologia já interferem de maneira cada vez mais rancorosa nas disciplinas da ciência ligadas ao meio ambiente, na biologia humana, na gramática - fala-se, até, de uma “matemática negra”. Por que a medicina seria poupada dessas deformações? Mas é especialmente perturbador que a contaminação política vá tornando cada vez menor, junto à população brasileira, a credibilidade da medicina e dos médicos. Talvez nada comprove isso de maneira tão clara quanto a guerra aberta ao tratamento precoce da covid - ou as tentativas de se fazer alguma coisa pelo paciente antes que a sua situação se agrave a ponto de precisar de uma UTI.

O Conselho Federal de Medicina se coloca, claramente, a favor do direito dos médicos de darem o tratamento que julgarem mais indicado para quem lhes pede socorro, dentro de sua relação pessoal e intransferível com os clientes. É assim em todas as doenças - por que não na covid? Negar a liberdade do médico, aí, é tornar ilegal o livre exercício da medicina no Brasil. 
O CFM tem a atribuição constitucional de supervisionar a prática da medicina no País; não é um botequim onde se dá palpite sobre remédio. Não faz nenhum sentido, como acontece na CPI e nos grupos onde se trata a covid como questão política, jogar suas recomendações na lata de lixo.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Primeira semana - Alon Feuerwerker

Análise Política 
A primeira semana de trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 terminou como começou.  
[digamos que o nível do humor apresentado  caiu um pouco em relação ao esperado = os humoristas contratados são de qualidade inferior ao prometido; 
Sugerimos que nas próximas apresentações lembrem ao deputado Calheiros, o fanático por uma relatoria,  que não fica bem - inclusive, para o conceito de sua notória inteligência - confundir  testemunha com parecerista, com perito e por aí vai. 
 
Se não é a resistência do ministro em entrar testemunha e sair testemunha, o relator iria lhe perguntar  o que tem ouvido falar sobre a roubalheira,  realizada pela maior parte das 'autoridades locais', no hipotético combate a pandemia.
Ontem ficou cômico o seu esforço, para variar, inútil em obrigar uma testemunha a 'testemunhar' sobre o que pensa do comportamento de uma autoridade.

aliás, não é novidade no Brasil o Serviço Público comprar um produto melhor e mais caro e receber um pior - temos o caso de Belém, o governador encomendou respiradores junto à adega que lhe fornece vinhos e recebeu aparelhos mais caros e sem funcionar. Recebeu apenas parte do que foi contratado.
Quanto a tentativa estúpida de tentar incriminar o presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO, pela suposta prática de atos que não tipificados como crimes, representará o fracasso da burrice dos que estão perdendo espaço na política.]
 
Os oposicionistas e ditos independentes alinhados, juntando elementos para incriminar Jair Bolsonaro por duas ações: 
1) o estímulo ao uso e, principalmente, a fabricação de cloroquina e 
2) a colocação de obstáculos desnecessários à aquisição de vacinas na quantidade e ritmo necessários para reduzir e no limite interromper a transmissão viral.
Já o governismo buscou construir ao longo da semana uma barreira de contenção, argumentando não haver irregularidade no uso dos medicamentos preconizados no chamado tratamento precoce, ou inicial. [sendo recorrente: qualquer cidadão, seja alguém em situação de rua ou um ministro do STF, tem o direito de ter opinião sobre o uso de determinado medicamento para o trato eficaz de uma doença e expressar essa opinião, defender tal entendimento não é crime.
Quanto ao ritmo da vacinação no Brasil, vai bem, especialmente se considerarmos que a União Europeia, mais organizada e endinheirada que o Brasil sofre limitações na aquisição de vacinas. Dados que mostram o afirmado: 
- afinal, combatemos entre outras maldições, as cobras, o que torna necessário esmagá-las e mostrar o pau: "
Jamais será reconhecido no foro da comissão e pela mídia militante que (dados de 5 de maio) o Brasil é o 9º país em número de mortes por milhão, o 9º em novas mortes por milhão. 
E é o 11º no quesito percentagem da população que recebeu apenas uma dose.  
Tem 2,7% da população mundial e aplicou 4,2% das vacinas disponibilizadas. 
É o quinto que mais vacinas aplicou. Jamais destacarão o fato de que este último dado o situa atrás, apenas, dos quatro países que as produzem em seus grandes laboratórios – EUA, China, Índia e Reino Unido."                            E trazendo dados para tentar provar que o ritmo da vacinação aqui no Brasil sofre das mesmas limitações que em outros países não produtores soberanos de vacinas. E que nesse universo até que estamos bastante bem, proporcionalmente à população e em número de doses aplicadas.
Uma variante, para usar a palavra em voga, foi o movimento com o objetivo de evidenciar as contradições entre as atitudes e orientações do atual ministro da Saúde e as do presidente da República. O primeiro buscou ontem reafirmar as próprias convicções sem entretanto chocar-se com as conhecidas opiniões e manifestações do chefe. Ou ao menos sem desautorizar. Aparentemente teve algum sucesso, pois colheu certas simpatias da bancada antibolsonarista e não forneceu nenhum lide explosivo. [apesar de enrolado nas promessas sobre prazos de vacinas, o atual ministro demonstrou que não cultiva o micróbio da traição - especialidade de um dos seus antecessores no cargo.
Os traidores são covardes, repugnantes,  vis e nojentos.]  
Mas estamos apenas na fase de aquecimento. Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich já deram seus depoimentos, sem que tenha aparecido a chamada "bala de prata".  
Na CPI, os caçadores preparam-se agora para explorar algumas veredas: 1) quem foi responsável pela crise de Manaus, 
2) quem criou dificuldades para a aquisição de vacinas e 
3) no que o comportamento presidencial deve arcar com a trágica contabilidade de casos e, principalmente, mortes. [lembrando o óbvio; tudo que porventura for apresentado pelos caçados como resultado de sua busca, precisa ser provado = se ocorreu, se houve dolo, negligência ou opção errada diante do desconhecido.]
 
Se formos comparar com o boxe, dá para dizer que nestes primeiros rounds a oposição está ganhando por pontos. Mas isso não basta a ela. 
O objetivo do governo é não ser nocauteado
Pois se terminar esta CPI em pé sempre terá a possibilidade de dizer na campanha eleitoral que sobreviveu a uma CPI, além de ter atravessado uma pandemia a a grave crise econômica trazida por ela. Mas ainda estamos no começo. E vêm aí os próximos capítulos. Com personagens potencialmente bem mais complicados. [depois que criaram a CPI, os inimigos do Brasil descobriram que vão sair menores do que entraram e estão propiciando ao presidente Bolsonaro um jogo em que só Bolsonaro e o Brasil ganham.
A intenção era demonstrar interesse em uma CPI e alegar que o presidente do Senado não deixava, só que não contavam com o 'aliado' ministro Barroso.]

 Recomendamos: Reabertura europeia.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Governos têm de funcionar - Alon Feuerwerker

Análise Política

Passada a eleição municipal e empossados os escolhidos, começa a corrida pela vaga de Jair Bolsonaro. Competição da qual participa o próprio, muito disposto a suceder a ele mesmo. As municipais são nossas “midterm”. Nos Estados Unidos, elas elegem todos os deputados, uma parte dos senadores e dos governadores. Aqui, todos os prefeitos e vereadores. O ponto médio do período de quatro anos é a largada para a eleição seguinte.

O universo da política gira sempre em torno de eleições. Daí haver certa ingenuidade (ou malandragem) quando se diz ao governante, nos diversos níveis, “desça do palanque e governe”. Mais honesto seria admitir: quem desce do palanque está arriscado a enfraquecer-se. Pior. Dada a quase impossibilidade, aqui, de o eleito trazer com ele da eleição a maioria parlamentar, se descer do palanque, aumenta o risco de ser derrubado.

Quem desce do palanque não governa, ou enfrenta imensas dificuldades, inclusive porque a periodicidade e a assiduidade das eleições exigem o reabastecimento permanente e atento da expectativa de poder, o que pede ao político alimentar uma projeção de futuro. Isso é mais fácil para quem está na oposição. Pois a pergunta “se está dizendo que vai fazer, por que não fez ainda?” vive exposta na prateleira do supermercado mercadológico eleitoral.

É sempre possível, claro, dizer que não fez ainda porque não deu tempo, porque pegou a situação com muitos problemas e precisa de mais quatro anos para completar a obra. [inevitável reconhecer que fundamentos para pedir mais tempo, e ser atendido, é o que não falta ao presidente Bolsonaro; qual dos governantes brasileiros, dos últimos 50 anos,  enfrentaram uma pandemia do porte da atual? ou mesmo uma pandemia simples? se é que existe.
qual deles ao tempo que enfrenta uma pandemia, sofre um boicote sistemático - ou sofria - do Poder Legislativo, com apoio na maior parte das vezes do Judiciário?] Esse discurso colar depende de algumas coisas, duas delas muito importantes: a vida dos eleitores estar algo confortável e haver operadores eficientes empenhados na construção da narrativa “as alternativas não são boas, com elas a coisa poderia estar muito pior”.

Mas, regra geral, quem carrega a tocha da esperança é a oposição, então o governo precisa estar sempre mostrando serviço e com uma defesa bem articulada. Para fazer do presente a ponte da esperança de um futuro mais bonito. No caso de agora, Bolsonaro precisa, em 2021, mostrar serviço nas suas duas frentes principais: a vacinação e o suporte econômico aos mais vulneráveis na pandemia. Sem isso, será alvo fácil em 2022.

Todos dizem que é provável termos vacinas em grande quantidade a partir ainda deste semestre, e que isso é certo para o próximo. Se acontecer, colaborará para “retomar a retomada” econômica (até o governo já prevê retração neste começo de ano). O que pode fazer o povo chegar à eleição com um certo alívio. Se a turma estiver vacinada e a economia crescendo, o candidato a continuar terá credibilidade para falar de um futuro melhor.

Também por isso a vitória de Arthur Lira (PP-AL) foi tão estratégica. Permite a Bolsonaro atravessar estes meses mais delicados sem estar ameaçado pela guilhotina do impeachment. Se desse Baleia Rossi (MDB-SP), apesar de todas as declarações apaziguadoras, já se estaria armando o cadafalso habitual no Brasil. Mas, vamos repetir, o governo precisa funcionar. Nada, ou quase nada (na política o “quase” é importante), pode substituir isso.

Recomendamos: Um palpite sobre o teto

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político