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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

“O futuro na janela”



No Brasil, ensinava o ministro Pedro Malan, até o passado é imprevisível. Mas o futuro já dá para prever: basta olhar hoje pela janela, abrir os ouvidos à voz das ruas, dar uma volta com a manifestação Fora Dilma.
 
Caso a manifestação seja pequena, os bons acertos do governo com Guerreiros do Povo Brasileiro como Renan Calheiros, Guilherme Boulos, do MTST, e Wagner Freitas, o presidente da CUT que se imagina comandante supremo dos exércitos bolivarianos, permitirão à presidente Guerreira da Pátria Brasileira arrastar-se até pelo menos a próxima crise (como a da CPI do BNDES, por exemplo; ou, já iniciada, a investigação da Polícia Federal sobre o custo da Arena Pernambuco, construída pela Odebrecht, e que certamente não se limitará a um único estado, nem a um só estádio). Uma grande manifestação enfraquecerá ainda mais quem já está fraca. E os índices de popularidade de Dilma não têm mais como emagrecer.

Os seres vivos (e políticos são muito mais vivos) têm como principal instinto o da sobrevivência. Governo que disponha de cargos a distribuir tem lá seus atrativos. Isso, entretanto, só vale longe das eleições: em anos eleitorais, como 2016, governo fraco é evitado como doença contagiosa. Político adora vencedores e foge de quem depende de um Renan para sobreviver mais algum tempo. Muda de lado, e logo. Collor, aliás, se apoiava em Renan. E Renan o abandonou.

Em resumo, se a manifestação for um sucesso, até o Barba a porá de molho.

De crise…
Neste momento, a propósito, é bom manter as barbas de molho. A Polícia Federal invadiu na sexta-feira escritórios da Odebrecht em seis estados ─ Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal ─ na Operação Fair-play (jogo limpo). O objetivo é apurar se houve fraude na concorrência e superfaturamento na Arena Pernambuco, construída no governo Eduardo Campos (PSB) para a Copa do Mundo.

Investiga-se direcionamento da concorrência, em benefício da Odebrecht, e superfaturamento entre R$ 40 e R$ 75 milhões. E por que escritórios da empresa em outros estados também foram vasculhados? Segundo a Polícia Federal, para comparar os preços cobrados nos quatro estádios construídos pela Odebrecht para a Copa.  Só mais um problema: há suspeitas de superfaturamento em outros estádios. E, em pelo menos um deles, o do Corinthians, o presidente Lula ajudou o dirigente corintiano Andrés Sanchez, que contou a história, a resolver problemas.

…em crise
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-Pará), requereu à CPI do BNDES a convocação do ex-presidente Lula e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
É a primeira vez em que alguém, numa CPI, tenta investigar um integrante da família de Lula.

A lei, ora a lei
O presidente da CUT, Wagner Freitas, na frente da presidente da República, ameaçou pegar em armas com finalidade política. Não importa o que moveu o presidente da CUT a usar essa inaceitável linguagem bélica: caberia à presidente cumprir a lei, oficiando ao procurador-geral da República para investigar o caso. Dilma preferiu rir de alegria diante da ameaça de luta armada.

A frase de Freitas: “Nós somos trabalhadores. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para as ruas entrincheirados, de armas na mão, se deitar e lutar, se tentarem tirar a presidente. Nós seremos o exército que vamos enfrentar essa burguesia”.
Alô, Ministério Público Federal! Tudo normal, dentro da lei?

Aplausos pagos
A Marcha das Margaridas, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Contag, em apoio à presidente Dilma Rousseff, é estranhíssima: primeiro, porque a manifestação em favor do governo foi paga pelos cofres públicos: R$ 400 mil da Caixa, R$ 400 mil do BNDES e R$ 55 mil da Itaipu Binacional. 

A manifestação em apoio a Dilma atraiu 15 mil pessoas, ao custo, portanto, de R$ 57 por pessoa, fora lanchinho e refrigerantes ─ tudo tirado do seu, do meu, do nosso dinheiro.

Segundo, porque os recursos saídos da área econômica do governo foram usados para hostilizar o chefe da área econômica do governo. O grito era Fora Cunha, Fora Levy. Cá entre nós, pode dar certo?

Brasil, um retrato
Campo Grande, uma bela cidade, é capital de Mato Grosso do Sul. O prefeito Alcides Bernal, do PP, perdeu o mandato por corrupção. O vice Gilmar Olarte, também do PP, assumiu, mas está sujeito à cassação por corrupção (a Câmara Municipal o enviou à Comissão Processante por 29 x 0), e o Ministério Público o processa por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O seguinte na linha de sucessão é o presidente da Câmara, Mário César Oliveira da Fonseca, do PMDB, que está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica.  Só? Não! Em junho de 2014, o vereador Mário César teve o mandato cassado pela juíza eleitoral Elisabeth Rosa Baisch, por abuso de poder econômico durante a campanha. Mário César recorreu, venceu e foi reconduzido ao cargo.  Esperemos o próximo capítulo. O correspondente desta coluna em Campo Grande, um excelente jornalista, Paulo Renato Coelho Neto, se mantém sempre alerta.

Fonte: Coluna do Carlos Brickmann - http://www.brickmann.com.br/

Contra o machismo, deputada pretende proibir o uso de roupas justas na Câmara



A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) lançou uma proposta de vestuário para quem circula pela Câmara Federal. A ideia de Cristiane é que sejam exigidas roupas sociais e proibido o uso de decotes e saias muitos justas.

[é um pouco assustador a ideia que o conceito de equidade se traduza em cota para parlamentares, aliás, salvo engano, já existe a pretensão de um percentual mínimo de parlamentares do sexo feminino – que ainda não foi alcançado, felizmente.
O felizmente se impôs devido ter ficado complicado reconhecer a competência das mulheres após o desastre Dilma.]

Segundo Cristiane, a ideia desta proposta não é contestar aquelas mulheres que circulam pelo plenário da Câmara com roupas curtas, e sim uma maneira de diminuir o machismo na política. "Queremos corrigir um erro histórico. A gente sempre luta por equidade com os homens. O regimento já determina o que os homens devem vestir, mas não fala nada em relação às mulheres", disse a parlamentar.

Atualmente, as regras da Câmara determinam que os parlamentares devem usar traje de passeio completo nos locais de circulação. A cobrança em relação às roupas, no entanto, é maior com os homens, que são obrigados a usar terno e gravata.

A proposta de Cristiane estabelece que as mulheres deverão usar tailleur com saia social e paletó, terninho, vestidos longos ou médios, calças ou saias longas. A proposta prevê ainda que mulheres que estejam trajando roupas "excessivamente decotadas", blusas de frente única ou "tomara que caia", shorts ou minissaias, seriam proibidas de entrar na Câmara.

Fonte: Jus Brasil

Um mito que se esvai



A evidência do processo de desconstrução de um mito foi uma marca importante deixada pelos protestos de rua do dia 16: Lula nunca mais! O repúdio a Dilma e ao PT eram as outras palavras de ordem dominantes no evento, óbvias por mirarem as personagens que se destacam na cena política: a protagonista e seu coro. Mas, por detrás de Dilma e do PT, emergiu fortemente na percepção dos cidadãos a figura do arquiteto da grande mistificação populista que encantou a maioria dos brasileiros enquanto pôde se manter sobre seus pés de barro.

O sucesso popular de Luiz Inácio Lula da Silva foi o resultado da conjugação de virtudes pessoais, como a excepcional habilidade para aliar meios a fins – a essência da política –, com circunstâncias históricas, como a globalização da economia e das comunicações que fizeram amadurecer, na virada do século, momento propício a um forte influxo humanista na economia de mercado que vinha de impor sua hegemonia no planeta.

No auge de seu prestígio popular, quando comemorava, em 2010, com a eleição de Dilma, sua terceira vitória consecutiva em eleições presidenciais, Lula claramente se sentia detentor de um poder quase absoluto. Acabara de dar um passo decisivo para o projeto de perpetuar a hegemonia política de seu PT.  Esqueceu-se da célebre advertência de Lord Acton: o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. E não permitiu que restassem dúvidas quanto a quem era o verdadeiro dono desse poder quando, ainda antes da metade do primeiro mandato de Dilma, a convenceu a praticamente renegar a “faxina ética” que realizara em seu Ministério ainda em 2011.

É bem verdade que com o tempo, e principalmente a partir da posse no segundo mandato, Dilma afastou-se gradativamente da influência política direta de Lula. Mas faltou-lhe competência política para salvar a si, ao PT e ao Brasil do desastre político, econômico, social e moral cujas raízes estavam solidamente plantadas desde os primeiros meses do primeiro governo de seu criador e frustrado preceptor.

A avassaladora evolução das investigações da Operação Lava Jato começa a revelar os primeiros indícios de que Lula pode estar envolvido em episódios que já levaram à prisão donos das grandes empreiteiras de obras com os quais desenvolveu estreito relacionamento pessoal, tanto como presidente da República quanto, depois, como consultor, conferencista e lobista internacional.

Mas não é a Lava Jato – ou apenas ela – que aproxima Lula de Lord Acton. Por apego ao poder, o chefão do PT corrompeu, principalmente, um projeto político em que, durante muito tempo, uma maioria de brasileiros de boa-fé, completamente iludida, acreditou firmemente: a redução das desigualdades com o pleno acesso da população marginalizada da vida econômica aos bens sociais essenciais, como educação, saúde, saneamento, transporte, segurança.

O fastígio econômico dos seis primeiros anos de governo de Lula, apoiado nos princípios sólidos de estabilidade econômica herdados de governos anteriores e numa conjuntura internacional extremamente favorável, permitiu avanços sociais importantes no desfrute de uma política social focada no crédito fácil e na gastança voltada para bens de consumo. A ambição de transformar esses avanços em vantagens eleitorais a curto prazo e não em efetivas conquistas no prazo longo, aliada à miopia de viés ideológico, levou à implantação de uma “nova matriz econômica” intervencionista, estatista. Enfim, a corrupção de uma política que se anunciava voltada para os benefícios sociais resultou nas mazelas que hoje todo o País sofre.

Lula, portanto, corrompeu com sua ambição de poder um projeto político que fez as pessoas acreditarem ser socialmente desejável e exequível. E acabou por inviabilizá-lo – aí com a forte ajuda de Dilma – ao vinculá-lo à “ideologia do bem” segundo a qual não existe verdade fora do Estado. Razões suficientes para que o País queira vê-lo pelas costas.

Editorial do Estadão - Publicado no Estadão

A Espera da denúncia

Cunha deve esperar confirmação de denúncia para se pronunciar, diz Picciani

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), disse nesta que o presidente da Casa, o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), deve esperar a confirmação da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) antes de se pronunciar. Há expectativa de que a PGR denuncie Cunha, a qualquer momento, por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente da Câmara já está há quase três horas recebendo parlamentares em seu gabinete, à espera de quórum para a votação do segundo turno da PEC da Maioridade Penal.

Picciani disse que não pode haver antecipação de condenação do presidente da Câmara e refutou a possibilidade de afastamento imediato de Cunha. "Presunção de inocência vale para qualquer cidadão", declarou o líder afirmando que, numa possível denúncia, a continuidade de Cunha na função não representaria constrangimento para os parlamentares.

Nos bastidores, deputados aguardam a oficialização da denúncia pela PGR e os considerados "anti-Cunha" conversam sobre a possibilidade de ele deixar o comando da Câmara.

Picciani contou que o peemedebista está "absolutamente tranquilo" e que ele considera tratar-se de um tema grave, que não pode ser tratado de forma abstrata. "Ele não tem temperamento de (deixar) se abater", afirmou.
 

Collor reforça ataques com 'lista de suspeitas' contra Janot - Sabatina de Janot no Senado é agendada para o dia 26



Alvo de inquérito na Operação Lava Jato por indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a armar a artilharia contra o procurador-geral da República Rodrigo Janot e tentou tumultuar nesta quarta-feira a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em que era lido o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) sobre a recondução do chefe do Ministério Público ao cargo.

Collor, que deve integrar a primeira leva de denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no petrolão, apresentou uma espécie de "lista de suspeitas" contra Janot. O senador citou o que afirma ser abuso de poder na coleta de provas para embasar processos da Lava Jato na Câmara dos Deputados, disse que o procurador transformou "sua segurança pessoal em um espetáculo de mídia" durante um evento na cidade mineira de Uberlândia e classificou como "desperdício de dinheiro público" o uso de passagens aéreas e diárias por procuradores e o aluguel de um imóvel "de luxo" em Brasília para a procuradoria-geral. Ao final da sessão, como de praxe, foi concedida vista coletiva aos integrantes da CCJ para analisar o relatório de Ferraço e a manifestação de Collor.

A sabatina de Rodrigo Janot está pré-agendada para o próximo dia 26.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado agendou para o próximo dia 26 de agosto a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, candidato à recondução ao cargo de chefe do Ministério Público Federal. A inquirição de Janot ocorre em meio à expectativa que ele apresente as primeiras denúncias contra políticos suspeitos de terem recebido propina do escândalo do petrolão. Hoje, o chefe do MP visitou o gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é um dos alvos da Operação Lava Jato. Nesta quarta, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) apresentará seu relatório na CCJ sobre a recondução do procurador-geral. A votação do relatório na comissão e no Plenário do Senado também está prevista para o dia 26.

Por: Laryssa Borges, de Brasília