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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os 'bons' de hoje, a corja esquerdista, matavam nas décadas de 60 a 80 apenas pelo prazer de matar

ASSASSINATO DO MARINHEIRO INGLÊS DAVID A. CUTHBERG

Em 5 de fevereiro de 1972, chegava ao porto do Rio de Janeiro uma força-tarefa da Real Marinha Inglesa, em comemoração ao sesquicentenáio da Independência do Brasil. Os marinheiros, como em todo porto, estavam ávidos para conhecer a noite do Rio, um sábado bafejado pelo calor do verão e pelos primeiros sons de samba, que antecediam o carnaval carioca.

Liberado da faina do navio H.M.S.Triumph, o marinheiro inglês David A. Cuthberg, de 19 anos, acompanhado de seu colega Paul Stoud, tomou, na Praça Mauá, o táxi dirigido por Antonio Melo, que os levaria para conhecer a mundialmente famosa praia de Copacabana.

Eles não sabiam que, desde a chegada na praça, estavam sendo observados por oito terroristas, dissimulados dentro de dois carros.

Na esquina da Avenida Rio Branco com Visconde de Inhaúma, à porta do Hotel São Francisco, um dos veículos emparelhou com o táxi e David foi atingido por uma rajada de metralhadora, disparada por Flávio Augusto Neves Leão de Salles. Imediatamente, Lígia Maria Salgado da Nóbrega jogou para dentro do táxi panfletos que falavam em vingança contra os ingleses por terem massacrado os irlandeses do norte. O "Comando da Frente" acabou com o sonho de David em conhecer Copacabana, "justificando plenamente" seu ato pela solidariedade à luta do IRA contra os ingleses.

A ação criminosa, tachada como "justiçamento", foi praticada pelos seguintes oito terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas: pela ALN, Flávio Augusto Neves Leão de Salles ("Rogério", "Bibico", "Brutus", "Ali", "José", "Zeca"), Antonio Carlos Nogueira Cabral ("Chico", "Alfredo"), Aurora Maria do Nascimento Furtado ("Marcia", "Rita", "Patricia") e Adair Gonçalves Reis ("Elber", "Leonidas", "Robson", "Sorriso", "Van"); pela VAR-P, Lígia Maria Salgado da Nóbrega ("Ana", "Celia", "Cecilia", "Ceguinha", "Isa"), Hélio da Silva ("Anastacio", "Nadinho") e Carlos Alberto Salles ("Soldado"); pelo PCBR, Getúlio de Oliveira Cabral ("Artur", "Feio", "Gogó", "Gustavo", "Soares", "Tarso").

O jornal "O GLOBO" comentou o fato, com o título de "REPULSA":

"Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos da Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi em que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para logo em seguida completar a infâmia, despejando sobre o corpo ainda palpitante panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra o regime brasileiro. A transação desejada nos oferece a dimensão moral dos terroristas: a morte de um jovem inocente em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos."

Pode-se observar que, naquela época, os comunistas eram chamados de "terroristas", suas organizações, de "reduzidas maltas de assassinos" e suas ações, de "crimes repulsivos".

Hoje, passados muitos anos, a mesma imprensa os glorifica como heróis que lutavam contra a ditadura militar. E os nossos atuais governos, além de abrigarem os ainda vivos, indeniza com muito dinheiro os familiares dos que morreram.

Por: F. Dumont

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Assassinato gratuito e covarde de um oficial do exército alemão

ASSASSINATO DE UM MAJOR DO EXÉRCITO DA ALEMANHA

O 1º semestre do ano de 1968 foi um misto de continuísmo e de novidades em relação aos dois anos anteriores.
Continuaram as explosões de bombas, com algumas dezenas espalhando o terror nas principais capitais brasileiras. Continuaram, também, as passeatas estudantis, conduzidas por líderes comunistas, a causarem depredações do bem público e enfrentamentos com a polícia, com mortos e feridos de lado a lado.

Entretanto, um novo fator iria modificar radicalmente o quadro subversivo no país. As grandes e tradicionais organizações comunistas, atingidas pelo fenômeno da atomização, começaram a dar origem a diminutas mas numerosas organizações, nas quais a luta armada constituía-se na única alternativa para a derrubada do regime militar. O foquismo, teoria centrada nas idéias de Regis Debray e na experiência cubana, preconizava o aparecimento de pequenos grupos, de focos, de "heróis comunistas" que, desencadeando a "violência revolucionária", fariam com que as massas os seguissem e apoiassem a revolução.

Desse modo, surgiram, dentre outras, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) de Marighella - futura Ação Libertadora Nacional (ALN), o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), a Ala Vermelha do Partido Comunista do Brasil (AV/PCdoB) e o Partido Operário Comunista (POC). Em Minas Gerais e na então Guanabara, dissidentes da Política Operária (POLOP) criaram, em abril de 1968, uma Organização Político-Militar (OPM), três meses depois oficialmente denominada de Comando de Libertação Nacional (COLINA).

Essas novas organizações, determinadas a deporem o governo pela força das armas e a implantarem no Brasil um regime comunista, necessitavam, além do componente político, uma estrutura do tipo militar, ágil e violenta, o que exigia um apoio logístico adequado e sistemático, alimentado por dinheiro e escudado pelas armas. Foi assim que surgiram, nesse ano de 1968, os primeiros assaltos a bancos, a carros-pagadores, a quartéis e a sentinelas.

Na então Guanabara, um grupo de ex-militares, que entraria poucos meses depois para o COLINA, iniciou os assaltos para roubo de armas. Em 17 Mar 68, Severino Viana Callou ("Ivan", "Viana"), ex-sargento da PM/GB, Antonio Pereira Mattos ("Ceará") e Valter Fernandes Araujo assaltaram o Museu do Exército na Praça da República, baleando o sentinela e roubando o seu FAL 7,62. Antonio Pereira Mattos, fardado de militar do Exército, não teve nenhum pejo em atirar contra seu próprio colega. Em 23 de maio, o mesmo grupo roubou a pistola .45 do sentinela da Base Aérea do Galeão.
E foi esse mesmo grupo que inaugurou, na luta suja contra a democracia, uma forma aviltante de assassinato: o denominado "justiçamento", eufemismo criado para tentar justificar crimes planejados, pretensamente legalizados por um pseudo "tribunal revolucionáro" e executados "a sangue frio".

Nessa época, começava a despontar o mito de Chê Guevara, morto em 08 Out 67, nas selvas bolivianas. E as organizações subversivas, ávidas em desencadear a "violência revolucionária", buscavam alvos compensadores.

Esse pequeno grupo, integrado por futuros militantes do COLINA, descobriu que o capitão do Exército da Bolívia, Gary Prado, apontado como o matador do Chê, estava estudando na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), na Praia Vermelha. Além de um alvo compensador, seu assassinato serviria para aplacar a sede de vingança dos comunistas de toda a América Latina.

Em 01 Jul 68, uma segunda-feira, três integrantes desse grupo, depois de um rápido e sumário levantamento, passaram a seguir, em um Volks de cor gelo, um aluno estrangeiro da ECEME, apontado como sendo o alvo Gary Prado. Na Rua Engenheiro Duarte, na Gávea, dois assassinos desceram do carro e dispararam dez tiros na vítima, que caiu de bruços na guia da calçada, em frente ao auto Chevrolet 27-42-86. Sua pasta de couro marrom desapareceu, levada pelos terroristas.

Morria, naquele instante, simplesmente por engano, o major do Exército da Alemanha, Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, que também estudava na ECEME.
Foi o primeiro justiçamento de uma futura série de quase duas dezenas.
Na época, o crime foi atribuído a marginais comuns. Só mais tarde é que veio a se descobrir que o alvo era outro e que o assalto havia sido praticado por comunistas.
Dos três assassinos, foram descobertos Severino Viana Callou e João Lucas Alves ("Alfredo", "Roberto"), ex-sargento da Aeronáutica.
Tudo ainda muito pouco satisfatório para uma família alemã ...

Por: F. Dumont

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mais uma covardia dos malditos comunistas

Temos que ter sempre presente que os porcos comunistas/esquerdistas, quando têm opotunidade matam. E matam de forma covarde, fria e implacável.

"ASSASSINATO DO CAP CHARLES RODNEY CHANDLER"


Em 1968, as ações de guerrilha urbana perdiam-se no anonimato de seus autores e, muitas vezes, eram, até, confundidas com as atividades de simples marginais. De acordo com os dirigentes de algumas organizações militaristas, já havia chegado o momento certo para a população tomar conhecimento da luta armada revolucionária em curso, o que poderia ser feito através de uma ação que repercutisse no Brasil e no exterior.

Em setembro, Marco Antônio Braz de Carvalho, o "Marquito", homem de confiança de Carlos Marighela - que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), futura Ação Libertadora Nacional (ALN) -, e que fazia a ligação com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), levou para Onofre Pinto ("Augusto"; "Ribeiro"; "Ari"; "Bira"; "Biro"), então coordenador geral da VPR, a possibilidade de realizar uma ação de "justiçamento".

O Capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler, com bolsa concedida pela "George Olmsted Foundation", era aluno da Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado, com previsão de terminar o curso em novembro daquele ano. Chandler morava na cidade de São Paulo, com a esposa, Joan, e seus três filhos, Jeffrey, de 4 anos, Todd, de 3 anos, e Luanne, de 3 meses. Entretanto, segundo os "guerrilheiros", Chandler era um "agente da CIA" e "encontrava-se no Brasil com a missão de assessorar a ditadura militar na repressão".

No início de outubro, um "tribunal revolucionário", integrado por três dirigentes da VPR, Onofre Pinto, como presidente, e João Carlos Kfouri Quartim de Morais ("Manoel"; "Mané"; "Maneco") e Ladislas Dowbor ("Jamil"; "Nelson"; "Abelardo"), como membros, condenou o Capitão Chandler à morte.

Através de levantamentos realizados por Dulce de Souza Maia ("Judit"), apurou-se, sobre a futura vítima, seus horários habituais de entrada e saída de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos de sua personalidade e dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, numa casa da Rua Petrópolis, nº 375, no tranqüilo e bucólico bairro do Sumaré, em São Paulo.

Escolhido o "grupo de execução", integrado por Pedro Lobo de Oliveira ("Getúlio"; "Gegê"), Diógenes José Carvalho de Oliveira ("Luiz"; "Leandro"; "Leonardo"; "Pedro") e Marco Antônio Braz de Carvalho, nada mais é convincente, para demonstrar a frieza do assassinato, do que transcrever-se trechos do depoimento do próprio Pedro Lobo de Oliveira, um dos criminosos, publicado no livro "A Esquerda Armada no Brasil", de A.
Caso:
"Como já relatei, o grupo executor ficou integrado por três companheiros: um deles levaria uma pistola-metralhadora INA, com três carregadores de trinta balas cada um; o outro, um revólver; e eu, que seria o motorista, uma granada e outro revólver. Além disso, no carro estaria também uma carabina M-2, a ser utilizada se fôssemos perseguidos pela força repressiva do regime. Consideramos desnecessária cobertura armada para aquela ação. Tratava-se de uma ação simples. Três combatentes revolucionários decididos são suficientes para realizar uma ação de justiçamento nessas condições. Considerando o nível em que se encontrava a repressão, naquela altura, entendemos que não era necessária a cobertura armada."

A data escolhida para o crime foi a de 08 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de Guevara. Entretanto, nesse dia, Chandler não saiu de casa e os três terroristas decidiram "suspender a ação".

Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 0815h, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o seu carro, um Impala placa 481284, em marcha a ré. Enquanto seu filho de 4 anos abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe o adeus. Não sabia que seria o último.

Os terroristas avançaram com o Volks, roubado dias antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler. No relato de Pedro Lobo, "nesse instante, um dos meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler". Era Diógenes José Carvalho de Oliveira, que descarregava, à queima roupa, os seis tiros de seu Taurus de calibre .38.

E prossegue Pedro Lobo, que dirigia o Volks:
"Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a metralhadora INA e desferiu uma rajada. Foram catorze tiros. A décima quinta bala não deflagrou e o mecanismo automático da metralhadora deixou de funcionar. Não havia necessidade de continuar disparando. Chandler já estava morto. Quando recebeu a rajada de metralhadora emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demo-nos conta de que estava morto".
Quem portava a metralhadora era Marco Antônio Braz de Carvalho.

A esposa e o filho de Chandler gritaram. Diógenes apontou o revólver para o menino que, apavorado, fugiu correndo para a casa da vizinha.
Os três terroristas fugiram no Volks, em desabalada carreira, deixando, no local do crime, cinco panfletos:
- "Justiça revolucionária executa o criminoso de guerra no Vietname, Chandler, e adverte a todos os seus seguidores que, mais dia menos dia, ajustarão suas contas com o Tribunal Revolucionário."
- "O assassinato do Comandante Chê Guevara, na Bolívia, foi cometido por ordem e orientação de criminosos de guerra como este Chandler, agente imperialista notório, e responsável pela prática de inúmeros crimes de guerra contra o povo do Vietname."
- "O único caminho para a revolução no Brasil é a luta armada."
- "A luta armada é o caminho de todo revolucionário no Brasil."
- "Criar um, dois, três, vários Vietnames."
Semelhantes a esse cruel assassinato, muitos outros atos ainda viriam a tingir de sangue o movimento comunista no Brasil.

Fonte: Ternuma - Por F. Dumont

domingo, 16 de agosto de 2009

A impunidade dos terroristas que tentaram trasnformar o Brasil em uma nova Cuba

A impunidade dos porcos terroristas e guerrilheiros
A Verdade Sufocada
= o livro do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que promove a desmistificação das mentiras que há quarenta anos são apresentadas como verdades pela corja esquerdista - que tem muitos membros hoje no governo - que tentou cubanizar o Brasil

O livro “A Verdade Sufocada”, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, com prefácio do general Raymundo Negrão Torres. Em suas 541 páginas desmistifica, destrói, desmonta e manda pelos ares, ponto por ponto, as mentiras que, há 40 anos, vêm sendo apresentadas à Nação brasileira a respeito da Revolução de 31 de Março de 1964 e os seus desdobramentos, quando uma esquerda desvairada, constituída por militantes treinados nas academias de guerrilhas de Cuba, Coréia do Norte, Alemanha Oriental, China e União Soviética, utilizaram todos os meios – os seqüestros de autoridades e de aviões comerciais, o terrorismo, os assaltos, as guerrilhas urbana e rural e os assassinatos de cunho político e, já em seu final, os assaltos até a trocadores de ônibus - para implantar em nosso país uma república popular democrática.

Derrotados, a maioria dos que sobreviveram a essa louca empreitada, após uma escala em Cuba, se juntou aos grupos terroristas da Argentina, Chile e Nicarágua, voltando a ser derrotados. Ao final, em agosto de 1979, foram anistiados pela “ditadura militar” e hoje, 27 anos depois, no governo do também anistiado
Luiz Inácio Lula da Silva
“anistiado” de quê, se não foi cassado e nem condenado? -
, continuam a ser recompensados, agora financeiramente, por uma Comissão de Anistia, criada em agosto de 2001 pelo governo do Sr. Itamar Franco.
Recompensados por terem sido terroristas. Somente em atrasados, as indenizações já chegam a R$ 1,44 bilhão. A 38 anistiados foram concedidas indenizações que, a cada um, ultrapassam R$ 1 milhão.

Além das indenizações deferidas em 5.540 processos já aprovados pela Comissão de Anistia, há ainda o pagamento de pensões. Por enquanto, por ano, a conta das pensões chega a 267 milhões, incluída a pensão de R$ 4.294,12 concedida ao nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, quando líder sindical, esteve preso durante... 31 dias! No entanto, ao receber essa indenização o nosso presidente, desde a idade de 42 anos já era um feliz aposentado, mesmo sem ter atingido 25 anos de trabalho. Lula “começou a embolsar essa pensão em maio de 1997, quando ela valia R$ 2.365,00.
Se tivesse deixado o dinheiro no banco, rendendo juros tucano-petistas, em janeiro seu saldo teria chegado a R$ 707.114,00. Até agora, cada dia de cadeia de Lula custou RS$ 13.865,00 à Viúva” (Élio Gaspari, O Globo, 19 de fevereiro de 2006).
Na realidade, essa conta não está correta. Cada dia de cadeia de Lula está custando, por enquanto, R$ 22.810,00 aos cofres públicos.

Apenas mais um detalhe: esses benefícios estão isentos do Imposto de Renda, de acordo com o Decreto 4.897, publicado no Diário Oficial de 26 de novembro de 2003, assinado por ele, o presidente Lula. Ou seja, um Decreto em causa própria!

Mas não é só isso, kamaradas. Há também a Comissão de Desaparecidos Políticos, criada em 1995, no governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, destinada a recompensar, também financeiramente, os parentes de mortos e desaparecidos políticos – que de políticos nada tinham – durante o período de luta armada. Mortos e desaparecidos que por livre e espontânea vontade de suas Organizações optaram por pegar em armas para derrubar a “ditadura militar” e, nessa empreitada aloprada, segundo o decreto que criou a Comissão, morreram ou desapareceram em “dependências policiais ou assemelhadas” ou em “lugares sujeitos à administração militar”.

Inúmeros familiares de terroristas foram, assim, recompensados financeiramente, como, por exemplo, a família do ex-capitão Carlos Lamarca – cuja viúva já recebia do Exército pensão de coronel -, um desertor que traiu o juramento de “defender as instituições com o sacrifício da própria vida”, roubou armas, seqüestrou e matou. Lamarca foi morto no sertão baiano, e não em “dependências policiais ou assemelhadas” e muito menos em “lugar sujeito à administração militar”, e sua viúva já recebia pensão militar.
Também Clara Charf, esposa de Carlos Marighela, morto em tiroteio nas ruas de São Paulo, traído pelos seus kamaradas do Convento dos Dominicanos, foi indenizada. Com essa interpretação extravagante, elástica e vergonhosa, o sertão da Bahia e as ruas de São Paulo foram considerados locais sob “administração militar” ou “dependências policiais ou assemelhadas”.

O ex-sargento do Exército Darcy Rodrigues, que desertou do 4º RI junto com Carlos Lamarca e que participou de inúmeras ações terroristas como o roubo do Cofre do Ademar, sendo preso em abril de 1969 na área de treinamento da VPR, em Registro, e que depois, em 1970, foi um dos banidos do Brasil em troca da liberdade do embaixador da Alemanha, seqüestrado por essa mesma VPR, foi promovido a capitão (salário de R$ 7.000,00) e indenizado em R$ 771 mil!

Também a viúva de Luiz Carlos Prestes, que teve a patente de capitão cassada em 1936 por ter liderado a Intentona Comunista, foi indenizada pela Comissão de Anistia. Recebe uma pensão equivalente ao posto de General de Brigada, além de R$ 180 mil de atrasados. O mesmo não ocorreu com os familiares dos 33 militares assassinados durante a Intentona comandada por Prestes. Eles, aliás, jamais exigiram ou reivindicaram nada da Pátria e de seus governantes, nem mesmo um mínimo de coerência.

O padre português Alípio Cristiano de Freitas, membro da Comissão Militar e da Direção Nacional da Ação Popular (AP) e que em 1970 fundou o seu próprio grupo terrorista, o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, foi o mentor intelectual do atentado ocorrido no Aeroporto dos Guararapes, em Recife, em 25 de julho de 1966. Esse atentado, como se recorda, matou o jornalista Edson Regis de Carvalho e o almirante Nelson Gomes Fernandes, causando ferimentos em 13 pessoas, entre as quais ao então tenente-coronel Sylvio Ferreira da Silva que sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda. O executor do atentado foi o militante da AP Raimundo Gonçalves Figueiredo, o Raimundinho, morto pela Polícia, em Recife, em 27 de abril de 1971.

A família de Raimundinho foi indenizada. Os familiares dos dois mortos e 13 feridos, NÃO!

O inusitado desse fato foi a concessão, pela Comissão de Anistia, da indenização de R$ 1,09 milhão ao padre Alípio, que hoje reside em Lisboa.

Um exemplo das aberrações que vêm sendo aprovadas por essa Comissão de Anistia é o do jornalista Carlos Heitor Cony, ao qual foi concedida a quantia de R$ 1,4 milhão de indenização e mais R$ 19 mil mensais de pensão vitalícia, e o do também jornalista Helio Fernandes, aquinhoado com uma indenização de R$ 1,4 milhão e uma pensão mensal vitalícia de R$ 14,7 mil.
Carlos Heitor Cony disse, em sua defesa, que esteve preso oito vezes o que teria feito de errado? – e que “foi obrigado” a ir viver em Cuba.

É muito dinheiro como compensação por ter vivido em Cuba, a Ilha da Liberdade. Jose Dirceu, o “comandante Daniel” que nunca comandou nada, embora tenha recebido, na Ilha, formação superior em guerrilha, recebeu apenas a irrisória quantia de R$ 59,4 mil ...

Tudo isso contrasta com o caso do soldado Mario Kosel Filho, mandado pelos ares por uma perua carregada de dinamite quando de sentinela do Quartel-General do Exército, no Ibirapuera, na madrugada de 25 de junho de 1968. O Exército promoveu-o, post-morten, a terceiro sargento. Em novembro de 2004, 36 anos depois da morte de seu filho, o Sr. Mario Kosel (81 anos) e a senhora Teresinha Lana Kosel, pais do soldado, ainda aguardavam pacientemente pelo dia em que iriam começar a receber a pensão de R$ 330 que lhes fora concedida por projeto de lei.

Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo de 14 de novembro de 2004, “o Sr. Mario Kosel, com a saúde debilitada, pediu ao seu neto Fernando para ir receber. Ele foi ao Ministério da Justiça, que o mandou para o Ministério do Exército, que o remeteu para o INSS, que o devolveu ao Ministério da Justiça”. Finalmente, “o Ministério da Justiça concordou em dar andamento ao caso da pensão do seu Mario e da dona Teresinha. Só que lhe pediu um rosário de documentos – RG, CPF, título de eleitor, comprovante de residência do casal, certidão de casamento, identidade militar e certidão de óbito do filho”.


Participaram desse ato terrorista dez militantes da Vanguarda Popular Revolucionária, entre os quais Diógenes José Carvalho de Oliveira, o Diógenes do PT, que recebeu treinamento em Cuba e que, durante o governo Olívio Dutra, como Coordenador Financeiro do PT gaúcho, foi flagrado em 2001 arrecadando dinheiro do jogo de bicho para o partido.

Diógenes do PT participou também do “justiçamento” do capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, aluno bolsista da USP, em 12 de outubro de 1968, assassinado na frente de sua mulher e dos quatro filhos, simplesmente por ter lutado no Vietnã. Ladislas Dowbor, atual professor de Economia da PUC/SP e João Carlos Kfouri Quartim de Moraes, atual professor na Unicamp, participaram do Tribunal Revolucionário que condenou Chandler, e Quartim de Moraes participou também da ação que o assassinou. Em 11 de março de 1970, Ladislas Dowbor, já como membro da direção da VPR, foi o coordenador do seqüestro do Cônsul do Japão em São Paulo.

A Comissão de Anistia, 11 anos depois de criada, continua funcionando, pois julga não ter concluído ainda sua tarefa que não disfarça um acerto de contas com o passado. Também continua funcionando a Comissão de Desaparecidos Políticos, distribuindo indenizações a torto e a direito. De acordo com o andar da carruagem, brevemente nós, o povo, teremos que indenizar a família de Calabar.

Alguns desses ex-terroristas recompensados pela Comissão de Anistia, exercem, hoje, cargos no Executivo, Legislativo e Judiciário “deste país”, governado pelos 40 ladrões denunciados dia 10 de abril de 2006 pelo Procurador-Geral da República Antonio Fernando Souza.

Finalmente, para concluir, é importante conhecer parte de uma entrevista com Daniel Aarão Reis Filho, um dos que não sufocou a Verdade, publicada pelo jornal O Globo de 23 de setembro de 2001: “As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e início dos 70 (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da Anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática”.

Em 29 de março de 2004, O Globo publicou uma outra entrevista com Daniel Aarão Reis Filho. Disse ele: “Falava-se em cortar cabeças; essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder haveria, provavelmente, a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil. Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamentos e cabeças cortadas (...) As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no país, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra.”

Daniel Aarão Reis Filho foi membro da direção do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR8).

Preso em 1970, em 15 de junho desse ano foi um dos 40 militantes banidos para a Argélia em troca da liberdade do embaixador Von Holleben, da Alemanha, que havia sido seqüestrado por um pool de Organizações. Recebeu treinamento de guerrilha em Cuba em 1970/1971 com o codinome de “Faustino”. Atualmente é professor titular de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense.

Parodiando Olavo Bilac: Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste, pois não verás país nenhum como este!

Por: Carlos I. S. Azambuja

sábado, 15 de agosto de 2009

Recordar, para não repetir os erros do passado

O Blog 'BRASIL, AME-O OU DEIXE-O" além de ter entre seus objetivos homenagear a TODOS que de forma corajosa impediram a implantação da nojenta ideologia comunista no Brasil e usa o slogan Brasil, ame-o ou deixe-o como um de seus símbolos, pretende manter acesa na mente dos BONS BRASILEIROS e BRASILEIRAS do quanto os porcos comunistas são capazes.

São como répteis, traiçoeiros, cheios de subterfúgios, mas quando podem não vacilam em eliminar os inimigos e sempre de forma cruel.

Neste POST apresentaremos o relato de uma ação dessa corja nojenta e que vitimou um brasileiro do bem e que apenas cumpria seu dever para com a PÁTRIA.

Destacamos que entre os covardes assassinos se encontra NANCY MANGABEIRA UNGER, irmã do ex-chefe da SEALOPRA - Secretaria dos Aloprados do governo Lula.
Para os esquecidos lembramos que Bruno Costa Maranhão é o líder do MLST que invadiu e depredou instalações da Câmara dos Deputados, foi recentemente anistiado, indenizado e pensionado pela Comissão de Anistia comandada pelo revanchista Vannuchi e cujo nome correto deveria ser: COMISSÃO DE APOIO A BANDIDOS. O Bruno Maranhão também privou até dias antes de assaltar a Câmada dos Deputados da intimidade da casa do senhor Lula.

ASSASSINATO DO 2º TEN DA FAB MATHEUS LEVINO DOS SANTOS

Na esteira das discussões sobre o desencadeamento ou não da luta armada, discussões essas que fracionaram o Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi criado em abril de 1968, numa reunião em um sítio próximo a Niterói/RJ, o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

Seus maiores líderes eram Mario Alves, Apolônio de Carvalho, Jacob Gorender e Bruno Costa de Albuquerque Maranhão.

Sua Resolução Política, que estabelecia a luta armada, privilegiava a "guerra de guerrilhas" no campo, complementada, ao mesmo tempo, com a "guerrilha urbana".

"O caminho da Revolução Brasileira é, portanto, a luta armada. No curso do processo revolucionário, é preciso coordenar várias formas de lutas de massas, pacíficas e não pacíficas, legais e não legais. As formas de ações legais ou pacíficas devem ser utilizadas para desenvolver o movimento popular, mas, com o emprego exclusivo de tais meios a revolução não pode ser vitoriosa. A violência reacionária só pode ser vencida com a violência revolucionária."

Desde seu primeiro ano de vida, o PCBR contou com os recursos humanos dos quadros oriundos do PCB e dos recursos financeiros obtidos com os milhares de dólares furtados pelo Jorge Medeiros Valle, o "Bom Burguês", e entregues, em boa parte, ao partido.

No ano seguinte, o PCBR já estava estruturado em 6 Comitês Regionais (CR), englobando 16 estados da Federação. Para a condução da luta armada, nome pomposo que encobria a realização de assaltos, atentados a bombas e assassinatos, cada regional possuía um Comando Político-Militar (CPM)

Nesse ano de 1969, três assassinatos iriam "adornar" o futuro currículo dos violentos militantes do PCBR:

- o de 31 de outubro, em Olinda, Pernambuco, quando Nilson José de Azevedo Lins, um jovem de 23 anos, gerente da firma "Cornélio de Souza e Silva", distribuidora dos produtos da Souza Cruz, foi assaltado e morto;

- o de 17 de dezembro, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Braz de Pina, quando o sargento da PM Joel Nunes, ao tentar impedir o roubo de um banco, foi morto a tiros por Avelino Bione Capitani; e

- no dia seguinte, 18 de dezembro, quando o soldado do Exército Elias dos Santos, ao participar de um estouro de aparelho do PCBR localizado na Rua Baronesa de Uruguaiana, 70, no bairro de Lins de Vasconcelos, na então Guanabara, foi morto com um disparo à queima-roupa de uma pistola .45, desfechado por Antonio Prestes de Paula.

O Comitê Regional do Nordeste (CR/NE), um dos seis CR estruturados, abrangia os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, e estava integrado por Nicolau Tolentino Abrantes dos Santos, Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho, Juliano Homem de Siqueira, Marcelo Mario de Melo, Alberto Vinicius Melo do Nacimento e Luciano de Almeida.

Em meados de 1970, o CR/PCBR/NE resolveu seqüestrar o Cônsul norte-americano, em Recife, a fim de trocá-lo por militantes que haviam sido presos. Para isso, entretanto, era preciso um Volkswagen branco, à semelhança do pertencente a Nancy Mangabeira Unger ("Andrea, "Cristina", "Joana", "Paula"), membro do CR, que julgavam já conhecido dos órgãos de segurança.

Depois de duas noites de procura, encontraram, às 2200h de 26 de junho de 1970, um Volks estacionado na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Jaboatão, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares ("Álvaro", "Ivo", "Julião", "Toinho", "Vitor"), José Bartolomeu Rodrigues de Souza ("Eduardo", "Cantor", "Tropicalista", "Tropi", "Teo", "Luizinho"), José Gersino Saraiva Maia ("Fabiano", "Felipe", "Fernando", "Ivan", "Rivelino", "Riva", "Rui") e Luiz "Jacaré", este nunca perfeitamente identificado.

Ao tentarem render o motorista, este, identificando-se como tenente da Aeronáutica, tentou reagir. Carlos Alberto Soares não teve dúvidas e, disparando à queima-roupa, atingiu-o por duas vezes, na cabeça e no pescoço.

A vítima, o Tenente Matheus Levino dos Santos, chegou com vida ao hospital, sendo operado dois dias depois. Entretanto, após 9 meses de impressionante sofrimento, veio a falecer em 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores.

Um relatório médico datado de 04 de março de 1971 traça um quadro impressionante da situação do Ten Levino:

"Visto hoje, após 8 meses, apresenta um dos quadros mais tristes a que pode chegar um ente humano. Vive, hoje, depositado em colchão adequado de borracha cheio d'água; mesmo assim, não foi possível evitar as escaras de decúbito que, a despeito também de todos os cuidados da enfermagem, conta hoje com 27 escaras disseminadas praticamente em todo o corpo, algumas delas já chegando na exposição do osso. Não é capaz de manter conversação. Por vezes, quando estimulado, passa a responder nossas perguntas por meio de monossílabos. Tem emitido, com freqüência, gritos que podemos dizer horripilantes, que são ouvidos em toda a enfermaria onde se encontra e em outras dependências do Hospital."

No IPM, além dos citados, também foram indiciados Marcelo Mario de Melo, Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho e Vera Maria Rocha Pereira.

Ao longo de sua história, o PCBR ainda ceifaria as vidas de outras pessoas, sempre ao abrigo de sua ideologia radical e violenta.

Fotos do terror e que mostram o tenente entrevado em seu leito, onde padeceu por longos nove meses impressionante sofrimento

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Rebelião em Brasília - sublevação de sargentos

Recordar é preciso. Só recordando evitamos os erros do passado e evitaremos muitas surpresas, já que a história muitas vezes se repete

REBELIÃO EM BRASILIA - Folha de S.P. 12/09/1963

Sublevação de sargentos dominada pelo exercito - Reunida a Camara - Prontidão nos quatro Exercitos

O general Jair Dantas Ribeiro, ministro da Guerra, determinou esta manhã aos comandos dos quatro Exercitos que mantenham rigorosa prontidão em toda as unidades.
Às 10 h 35 a Camara iniciou uma sessão plenaria. Imediatamente subiu à tribuna o lider do governo, sr. Tancredo Neves, que leu o texto da nota oficial do Ministerio da Guerra sobre o levante. Aduziu o parlamento que, segundo informações oficiais, "reina calma em todo o país, com as populações voltadas para suas atividades cotidianas".
Acrescentou, ainda, que o presidente João Goulart, que se encontrava no interior do Rio Grande do Sul, tão logo teve conhecimento dos fatos, dirigiu-se para Porto Alegre, onde se encontra no momento, "tomando as providencias indispensaveis à manutenção da ordem". Ao concluir a leitura da nota do Ministerio da Guerra, o sr. Tancredo Neves leu a data de 12 de agosto de 1963, ao invés de 12 de setembro. Despertado pelos risos do plenario, pediu desculpas, retificou e concluiu seu discurso, bastante vermelho.

1 morto e 2 feridos no primeiro choque com os amotinados

Às 9 horas de hoje, os sargentos dominavam ainda os pontos estrategicos da cidade e controlavam a situação.
Carros de combate ocuparam a Esplanada dos Ministerios e o transito civil foi interrompido. Nesse local, ocorreu o primeiro choque entre as forças lideradas pelos sargentos e a oficialidade, morrendo o soldado Divino Alves dos Anjos e ficando feridos José Boldão Lessa e Marcelo Martins Morais, todos do Corpo de Fuzileiros Navais. Todos os vôos foram suspensos e os telefones cortados pela Infantaria da Aeronautica, que tomou a unica central telefonica da cidade. A maior parte da oficialidade estaria presa nas guarnições, mas a informação não pôde ser confirmada porque o ingresso nas bases militares é impossivel.

A Radio Nacional foi ocupada às 9h 05, e, nesse exato momento, o capitão Paulo Isaías de Macedo Filho, do gabinete do ministro da Guerra, divulgava uma nota oficial dizendo que ocorrera "um pequeno levante de militares graduados" mas que a situação já estava sob controle e tendia a normalizar-se.
Os meios parlamentares foram colhidos de surpresa pelo movimento: os primeiros deputados a tomar conhecimento dele foram os que deviam embarcar no avião que deixaria Brasilia às 6 horas da manhã, rumo a Uberlandia e São Paulo. Dada a ausencia de informes sobre a situação no restante do país, a unica repercussão que se observa ainda nos circulos politicos é a de incerteza quanto aos proximos acontecimentos.
Rebelando-se contra a decisão do Supremo Tribunal Federal, que confirmou a inelegibilidade dos sargentos, os graduados aquartelados em Brasilia, principalmente da Marinha e da Aeronautica, começaram na madrugada de hoje a atacar e ocupar pontos importantes da cidade, tais como os Ministerios da Marinha, da Guerra, da Justiça e outros locais. Pouco a pouco, entretanto, tropas do Exercito, utilizando tanques pesados e em meio a intensa fuzilaria, foram retomando os pontos ocupados pelos rebeldes, os quais, às 11 horas, dominavam apenas a Area Alfa da Marinha, onde, entretanto, estão localizados seus maiores efetivos. Até agora, houve pelo menos um morto e dois feridos.
Em todo o resto do país, a situação é da mais completa normalidade, tendo o ministro da Guerra ordenado a todos os Exercitos que se mantenham de prontidão.

Descoberto o cabeça do movimento
Fontes do Ministerio da Guerra revelaram que o cabeça do movimento é o primeiro sargento Antonio Prestes de Paula, da Aeronautica. Aduziram que foi apreendida uma pasta de sua propriedade, com farta documentação sobre os prepatativos do movimento. Não foi informado, até o momento, se o chefe dos rebeldes já foi detido ou não.

O Exército já domina a situação em Brasília
Um morto e dois feridos, até agora, é o balanço do movimento dos sargentos da Marinha e da Aeronautica, que, rebelados contra a decisão do Supremo Tribunal Federal, - o qual ontem à noite confirmou a inegabilidade dos graduados - passaram desde a madrugada a ocupar pontos vitais da cidade, impedindo, inclusive, o acesso dos deputados a Camara Federal. Os rebeldes conseguiram deter grande numero de oficiais e até mesmo o cel. Carlos Cairoli, comandante do Departamento Federal de Segurança Publica.

Entretanto, já de manhã, oficiais das três armas e tropas do Exercito iam aos poucos retomando o comando dos acontecimentos. Sucessivamente, os rebeldes iam sendo desalojados do Ministerio da Marinha e outros que haviam ocupado. Às 11 horas, os revoltosos mantinham ainda sob sua direção apenas a Area Alfa da Marinha, onde estão cercados por tropas do Exercito. Entretanto, é ali que estão concentrados os maiores efetivos dos rebelados.

Varios choques ocorreram entre as forças comandadas pelos oficiais e os sargentos. As fuzilarias e as manobras de carros de combate e tanques pesados marcaram a vida da cidade na manhã de hoje. As comunicações por telefone e telex estiveram varias horas interrompidas. Os vôos continuam suspensos.
Fonte: Folha de São Paulo
Arquivo do site A Verdade Sufocada

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O quanto as esquerdas eram covardes

Um cruel e covarde assassinato

O ASSASSINATO DO DR. OCTÁVIO GONÇALVES MOREIRA JÚNIOR (OTAVINHO)

Durante o ano de 1972, as organizações terroristas sofreram pesadas perdas em combates travados com os órgãos de segurança. Para elas, era necessária uma ação de intimidação.

Em São Paulo, documentos apreendidos em "aparelhos" terroristas mostravam levantamentos com nomes de pessoas do DOI/II Exército, suas características pessoais, tipo de carros usados, locais freqüentados, endereços, etc. Medidas foram tomadas para proteger o pessoal e todos foram alertados para o perigo de um atentado.

Esses levantamentos haviam s
ido enviados para o Chile, onde um grupo formado por quatro organizações terroristas brasileiras, intitulando-se Tribunal Popular Revolucionário, decidiu "justiçar" um membro do DOI/II Exército. Compunham este "Tribunal" as seguintes organizações: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Ação Libertadora Nacional (ALN), Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P).

O escolhido foi o Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior, Delegado de Polícia lotado no DOPS/SP. Excelente profissional, ele se apresentou como voluntário para trabalhar na "Operação Bandeirante" (OBAN), que depois, reformulada, passou a se chamar Destacamento de Operações de Informações (DOI)). Apesar de avisado da intenção dos terroristas, não imaginava que seria um alvo fácil.

"Otavinho", como era conhecido, viajava seguidamente para o Rio de Janeiro, onde residia sua noiva Ângela. Era um apaixonado pelo sol, pelo mar e pela Escola de Samba da Portela, da qual era membro honorário. No Rio de Janeiro, sempre desarmado e despreocupado, não sabia que seus algozes o estavam seguindo e que já conheciam os seus hábitos em suas folgas de trabalho.

O levantamento de sua vida, no Rio, foi feito pela terrorista Bete Chachamovitz, da ALN, que repassava todos esses dados para um comando terrorista denominado "Getúlio de Oliveira Cabral". No início de fevereiro de 1973, Bete concluiu a sua missão.

No dia 23/02/73, sexta-feira, à noite, o Dr. Octávio viajou de São Paulo para o Rio. O comando terrorista, graças ao trabalho de Bete Chachamovitz, já sabia, pela rotina de "Otavinho", onde ele se hosped
ava. Sabia, também, que invariavelmente, ele ia à praia de Copacabana.

O Dr. Octávio, no sábado, dia 24, foi à praia, e à noite, ao ensaio da Portela. No dia seguinte, 25/02/73, pela manhã, voltou à mesma praia, onde jogou voleibol, e depois foi almoçar no Leme com o seu amigo Carlos Alberto Martins.


Quando voltava do almoço, confiante e despreocupado, não notou que um automóvel Opala escuro estava estacionado na esquina da Avenida Atlântica com a Rua República do Peru, desde às 1500h. Dentro dele, aguardando, estavam os encarregados da execução, enquanto os outros, dando cobertura, ficaram posicionados em locais estratégicos. Todos, integrantes do comando terrorista que estava assim constituído:


- Bete Chachamovitz, da ALN; - Tomás Antônio da Silva Meirelles Netto ("Luiz"), da ALN; - Merival Araújo ("Zé"), da ALN; - Flávio Augusto Neves Leão Sales ("Rogério", "Bibico"), da ALN; - José Carlos da Costa ("Baiano", "Bira", "Maneco"), da VAR-P; - James Allen Luz ("Ciro", "Edson", "Roberto", "Tarso"), da VAR-P; - Ramires Maranhão do Vale ("Adalberto", "Alberto", "Cristo", "Mago", "Magro", "Ziraldo", "Zizi"), do PCBR; - Ranúsia Alves Rodrigues ("Florinda", "Maga", "Magra", "Maria", "Mirtes", "Nuce"), do PCBR.


"Otavinho" caminhava com o amigo em direção ao apartamento onde se hospedava. Como sempre, estava desarmado. Parou num orelhão para telefonar para sua noiva. Neste momento, Bete Chachamovitz fez o reconhecimento visual e o apontou para os terroristas. Do carro, saltaram os três assassinos. Um deles trazia uma esteira de praia, enrolada debaixo do braço. Dentro da esteira, uma carabina calibre 12 mm.


Foi dado o primeiro tiro, nas costas, derrubando-o e atirando-o a alguns metros de distância. Um segundo tiro, destinado ao coração, atingiu o crucifixo de ouro que ele trazia no pescoço, ricocheteou e perfurou o seu pulso direito. O outro homem aproximou-se e desfelhou-lhe mais dois tiros no rosto. Os últimos tiros foram disparados de uma pistola automática calibre 9 mm.

Otavinho morreu instantaneamente. Na sua carteira de documentos, um cartão: "Sou muito católico. Em caso de acidente, chame imediatamente um padre, mesmo que eu já esteja morto". Carlos Alberto, o amigo que o acompanhava, foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu.

Os assassinos, depois de espalharem panfletos sobre o corpo, correram até o Opala, que partiu em disparada.

Estava consumado mais um assassinato que a esquerda chamava de "justiçamento". O "Comando Revolucionário Popular Getúlio de Oliveira Cabral" seguiu à risca os ensinamentos do Manual de Carlos Marighela, fundador da ALN e ideólogo do terror, onde lista os sete pecados capitais do guerrilheiro e afirma:


"Guerrilheiros não matam por raiva, nem por impulso, pressa ou improvisação. Matam com naturalidade.Não interessa o cadáver, mas seu impacto sobre o público."


Não poderia haver melhor impacto sobre os órgãos de segurança do que matar, pelas costas, um jovem delegado idealista que, pela sua educação, amabilidade e carisma, era muito estimado. Hoje, 27 anos depois, o Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior, como outras vítimas do terrorismo, está completamente esquecido, enquanto que Marighela foi homenageado pela Câmara dos Deputados, no dia 13/12/1999, e muitos outros que participaram desses grupos terroristas são apresentados como mártires. Ruas, praças e avenidas recebem seus nomes. Suas famílias são indenizadas pelo governo com polpudas quantias em dinheiro.

Felizmente, a esquerda revolucionária não conseguiu implantar uma ditadura comunista em nosso país. A sua derrota, imposta pelos órgãos de segurança da época, com o sacrifício de heróis como o Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior, permitiu-nos desfrutar da plena democracia em qu
e hoje vivemos.

O corpo do Dr Octávio, logo após o assassinato:

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lula e sua bela aposentadoria

A bela aposentadoria do Lula

O chefe da nação, deve ser uma fonte de exemplos para todo um povo, afinal ele é o líder. E sendo assim, vamos ver o que precisamos fazer para se aposentar aos 43 anos, um milagre que só alguém realmente especial consegue fazer.Clique sobre para ampliar

A guerrilha do Araguaia - parte 4 - conclusão

CAPÍTULO IV Conclusões

A Guerrilha do Araguaia não passou de uma aventura de um grupo verdadeiramente pequeno e residual, sejam quais forem os ângulos por quais ela possa ser analisada.

Pelo enfoque político não passou do desvario de um Partido ilegal e clandestino em engendrar a incoerência de uma guerra popular sem apoio do povo, para impor-lhe o socialismo. Do ponto de vista militar, foi ação de um bando quixotesco a infligir mais prejuízos a si mesmo, perdido na selva e no emaranhado dos próprios erros. Nem os seus ideólogos resistiram a tanta bisonhice político-militar, como está claro na acidez das críticas de Ângelo Arroyo e Pedro Pomar, plenamente de domínio público. Aliás, o relatório de Arroyo é verdadeira confissão coletiva de culpa por tantas mazelas.

Exigir autocrítica de João Amazonas de Souza Pedroso é o mesmo que pedir a um ateu a contrição e o acolhimento de que a sua vida foi um longo suceder-se de pecados capitais. Cobrar-lhe a responsabilidade penal e moral, porém, deveria ser a obrigação da sociedade e das famílias que tiveram seus filhos levados ao infortúnio por ele, que se esconde na mentira para encobrir vários crimes, em que despontam o assassínio e a formação da quadrilha da qual desertou.

Eminentes guerrilheiros de redações queixam-se de que as Forças Armadas teriam infringido as leis da guerra e a Convenção de Genebra, assacando fantasiosos e lúgubres “testemunhos” de cuja idoneidade já se tratou. Omitem, entretanto, que se tratava de reprimir um bando fora-da-lei, que se conduzia por um procedimento que negava aos oponentes quaisquer sentidos éticos ou de justiça que não viessem de seus “tribunais revolucionários”.

Deixar cadáveres insepultos e “justiçar”, como faziam os “mitológicos” Osvaldão e companhia, certamente, não estão listados como comportamentos de combatentes a merecer amparo por qualquer código legítimo. Ademais, argumentar com a falácia de que combatiam uma “ditadura militar” é coonestar atividade criminosa, pois, à época, aceitem ou não os senhores das redações, havia no Brasil um Governo legal. Usar oposição criminosa como reação a um momento político é o cínico argumento dos que consideram mero detalhe o fato de a sociedade brasileira nunca ter autorizado usar em seu nome a violência revolucionária.

Finalmente, Sr João Amazonas de Souza Pedroso, para pôr término a tanto mal e dar definitivo esclarecimento aos fatos, mostre ao Brasil onde estão os jovens mortos e os desaparecidos que o seguiam em tantos desatinos. Liberte-se, senhor da guerra popular, de todo o seu ódio, de tanta culpa e de toda essa maldade.

PRODUZIDO POR TERNUMA REGIONAL BRASÍLIA

A guerrilha do Araguaia - parte 3

CAPÍTULO III – Os ressentimentos e a guerrilha das redações

“A sociedade brasileira merece e exige ser esclarecida sobre os fatos da Guerrilha do Araguaia”.

É o argumento justo e irrefutável de todos os que têm cobrado resposta a indagações sobre esse pesadelo político. Alguns na busca honesta de realmente aclarar um passado nebuloso. Outros, infelizmente, na ânsia de tingir de marrom uma parte da mídia ávida só por vender notícia. Outros ainda que, na abstinência do modismo revolucionário, insistem em remoer ressentimentos pela derrota nos campos da luta armada e das idéias.

Aos primeiros, dedicamos o esforço sincero de preencher o vazio deixado pela palavra oficial, pois entendemos que Forças Armadas cumpriram o papel que a lei lhes determinava, não havendo, portanto, justificativa para a opção pelo silêncio. A eles os dois capítulos anteriores já bastam para conformar uma opinião desapaixonada.

Aos demais, impomo-nos a tarefa de prosseguir, com o fim de apontar distorções e denunciar preconceitos. A mentira e a desavergonhada maquinação da notícia não raras vezes são instrumentos de maus profissionais, renomados ou não, mais preocupados com o próprio nome associado às “denúncias” do que propriamente com a veracidade e o conteúdo do que denunciam.

Dessa maneira, temos lido com freqüência “primorosas” reportagens, algumas flagrantes ridicularias, que chegam ao disparate de dar crédito a sandices como a exumação de uma cabeça humana, sangrando, após três meses de enterrada dentro de um saco. Da mesma forma, alguns jornalistas expõem-se ao escárnio por dar crédito a “insuspeitos” testemunhos, como o de um caboclo do Araguaia, que disse ter visto um morador ficar pendurado pelos testículos, que, ao final da tortura, tinham meio metro de comprimento. A qualidade das provas apresentadas também beira o grotesco, como o “reconhecimento” de sua ex-companheira “Valquíria” por “Zequinha” – o já citado matador da cadelinha Diana –, pelo formato do crânio e pelos dentes, em restos mortais desenterrados, após quase trinta anos de sepultados.

Uma ruidosa expedição, enviada ao Araguaia às expensas do contribuinte, aliás, sobrevoou, exaustivamente, a Serra das Andorinhas, em um helicóptero da FAB, guiada por um “arrependido” Coronel da reserva e ex-piloto das Forças Legais, com o objetivo de localizar sepulturas clandestinas na mata densa que recobre a região. O inevitável insucesso do mirabolante intento os decepcionados expedicionários creditaram ao “branco” que turvou os sentidos paranormais do militar. O histriônico episódio teve seu “grand finale” no desembarque em Brasília dos briosos integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, liderados pelo Deputado Luiz Eduardo Greenhalg, que, pessoalmente, fazia questão de ser documentado pelas luzes da mídia conduzindo ossadas humanas que trazia de humildes jazigos do Araguaia, associando-as espetaculosamente a guerrilheiros. Toda essa pantomima ocorreu em outubro de 2001, e, até agora, os despojos jazem esquecidos em alguma gaveta médico-legal. Estão à espera da mágica que os faça adquirir identidade política ou da comiseração cristã de alguém desapaixonado que lhes traga respeito, restituindo-os aos túmulos violados.

De algumas redações têm saído verdadeiros cultores de mitos, que alçam o negro Osvaldão como o Zumbi da Guerra Popular. Dão-lhe destaque até por ser presumido gerador de herdeiros sem paternidade, nascidos de românticas incursões noturnas para serem depois afastados dos pais naturais pelos cruéis militares. Delas também pontuou um açodado cronista político que se deu o exagero de equiparar a vida de João Amazonas de Souza Pedroso ao resumo da história do Brasil.

João Amazonas, fundador do PC do B e um dos pais da aventura da Araguaia, dela desertou para deixar as FOGUERA entregues à própria sorte. Anos depois - precisamente a 16 de maio de 1996, em depoimento à “justa” Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados -, esgrimiu a mentira, sem nenhum respeito à sua condição de homem provecto, ou a menor reverência à memória política do País, declarando com desfaçatez:

“As greves foram proibidas. Os sindicatos interditados. Enfim, com o chamado Ato Institucional n° 5, impôs-se um regime de terror contra o povo, isso sem falar nos planos terroristas do Rio-Centro e das maquinações monstruosas do brigadeiro Burnier, denunciadas pelo capitão Sérgio, conhecido como Macaco.

É nesse ambiente que surge o Araguaia, organizado e dirigido na clandestinidade pelo Partido Comunista do Brasil. Araguaia não era um movimento subversivo, como costuma dizer a repressão, não visava implantar o socialismo no Brasil. Destinava-se a organizar a resistência armada contra a ditadura, já que outras formas de luta não havia espaço para se concretizar nas cidades.

O objetivo político da Guerrilha do Araguaia estava expresso em um documento largamente distribuído entre a população do sul do Pará, intitulado União pela Liberdade e pelos Direitos do Povo. Esse era de fato o objetivo da luta guerrilheira do Araguaia, um movimento intimamente ligado à população camponesa pobre e sofrida da região”.

A mentira atropelou épocas e objetivos. Amazonas nem de leve se corou ao falar de um movimento com berço programático em 1962, em plena vigência da normalidade democrática, embevecendo os atentos comissários dos direitos humanos com alusões a fatos políticos de uma “ditadura” posterior ao início da tentativa de implantação da sua Guerra Popular Prolongada. A “União pela Liberdade e pelos Direitos do Povo” nada mais foi do que o nome de fantasia das suas Foguera, já quando o movimento estava em seus estertores, assim denominado em erudito panfleto totalmente fora da compreensão da gente simples e sem instrução da área. Enlouquecido em sua impostura, Amazonas delirou, ao avaliar o efetivo do Exército que seus comandados enfrentaram, citando a presença de vinte mil soldados. Ora, esse número, se verdadeiro, representaria o mesmo que população nativa, o que é um grande absurdo. Ademais, seria inimaginável para o Governo sustentar vinte mil homens em operações, durante três anos, sem despertar nenhuma atenção da opinião pública. Manter essa balela é lamentável, por representar uma ridícula estultice, que ofende o bom senso do povo brasileiro.

Fonte: PRODUZIDO POR TERNUMA REGIONAL BRASÍLIA .

conclui no próximo ...

A Guerrilha do Araguaia - parte 2

CAPÍTULO II - As campanhas das Forças Legais

Desde 1969, os órgãos de inteligência, particularmente os das Forças Armadas, possuíam indícios de atividades do ilegal PC do B na região do Bico do Papagaio.

A suspeita ensejou, em novembro de 1970, a realização de um exercício militar – a Operação Carajás -, manobra que coroava o ano de instrução e que se constituía em excelente oportunidade de adestramento para os recrutas incorporados naquele mesmo ano, dentro de um quadro tático de contra-guerrilha em ambiente de selva. A manobra também envolveu efetivos das outras Forças Singulares, realizando-se com objetivo dissuasório e de levantamento de informes. A iniciativa, todavia, não confirmou nenhuma evidência sobre atividade guerrilheira, mas reforçou a necessidade de urgente ação governamental na área considerada verdadeira terra-de-ninguém, por situar-se em confluência de três Estados da União, sem precisa definição de responsabilidade para nenhum deles.

A presença do PC do B no Bico do Papagaio ficou finalmente assinalada com a prisão, no Ceará, no início de 1972, do casal Pedro Albuquerque Neto e Tereza Cristina Albuquerque, militantes evadidos do Araguaia pelo fato de que Tereza engravidara e lhe fora determinado, pela Comissão Militar das FOGUERA, realizar o aborto, no que se insubordinaram.

No início de abril de 1972, a região recebeu equipes especializadas em inteligência, que da busca do conhecimento sobre a atividade clandestina logo efetuaram as primeiras prisões, a saber: a 13 de abril, o morador local Francisco Amaro Lins; a 14 de abril, Eduardo José Monteiro Teixeira, nas proximidades de Araguatins, quando tentava incorporar-se ao movimento; a 15 de abril, Rioco Kayano, em um hotel de Marabá, abandonada por Elza Monerat que fugiu na iminência da prisão de ambas; e, a 18 de abril, uma das mais importantes prisões, a de José Genoíno Neto.

Em 08 de maio de 1972, o Exército sofreu as suas primeiras baixas, ao ter uma equipe de busca de informes emboscada por elementos liderados por “Osvaldão”. Na refrega morreu um Cabo, Odílio Cruz Rosa, e foi ferido um Sargento. O episódio marcou o surgimento da lenda em torno do militante, que desafiou o Exército a ir resgatar no local da emboscada o corpo que ele, de propósito, deixara insepulto como “isca”. O resgate, no entanto, foi normalmente realizado, embora sem o apoio de guias mateiros, amedrontados com as bravatas de Osvaldão.

Derrubado o sigilo de parte a parte, o Exército retraiu a maioria das equipes de inteligência e passou a empregar tropa convencional, enquadrada por um Destacamento formado por três Pelotões de Selva e cinco Pelotões de Infantaria Motorizados (PELOTARES), além de efetivos de apoio, particularmente da Aeronáutica. O Destacamento, na verdade, não realizou ações de combate, limitando-se a operações de vigilância e à execução de Ações Cívico-Sociais, estas para neutralizar qualquer apoio da população aos sediciosos.

Em vista dos resultados obtidos até então, e consoante diretriz baixada pelo Estado-Maior do Exército, a partir de 18 de setembro de 1972 executou-se nova manobra de adestramento de recrutas, por doze dias, com cerca de 2500 (dois mil e quinhentos) homens reunidos em cinco Batalhões de efetivos reduzidos, três Companhias e cinco PELOTARES, e reforçados por elementos dos Fuzileiros Navais, frações de Operações Especiais e da Aeronáutica.

As autoridades imaginaram que a expressiva presença militar e a resultante demonstração de força estimulariam o PC do B a abandonar a região. Ao contrário, a saída da tropa foi interpretada pela Comissão Militar como mostra de fraqueza ou de impotência, o que estimulou a continuação da aventura guerrilheira e atiçou a propaganda do PC do B, notadamente a veiculada pela Rádio Tirana da Albânia.

Terminada a manobra, permaneceram na área tropas da Polícia Militar de Goiás, historicamente estigmatizadas pela prática de arbitrariedades e por um estreito alinhamento aos senhores da terra, resultando latente o clima de tensão social, fato que motivou ainda mais a disposição dos comunistas ao trabalho de massas.

Mantido o cenário, o Governo convenceu-se do fracasso na tentativa de resolver o problema sem confronto. Assim, o Exército planejou e conduziu nova operação de inteligência – a Operação Sucuri -, dessa feita com base em muito bem elaborada infiltração de agentes na região, todos eles experimentados profissionais adaptados às rotinas e características da área, tudo com o eficiente apoio do INCRA e SUCAM. Ao longo de mais de quatro meses, a operação foi cercada de êxito e colheu preciosos resultados, graças a uma inédita manutenção do sigilo, considerando-se o vulto dos recursos humanos empregados, o tempo decorrido e a gama de “estórias-coberturas” desenvolvidas. O PC do B, por outro lado, descurou-se da segurança, superestimando a solidez de sua presença e subestimando a capacitação da inteligência militar. Além disso, a CM das FOGUERA demonstrou excesso de confiança e inteiro desleixo no tratamento de informes, desprezando significativos indícios sobre atividades de agentes militares.

Com os dados colhidos pela Operação Sucuri, o Exército foi suprido de farto material acerca dos rebeldes, de seus contatos, da rede de apoio, das direções gerais de concentração e homizio e, fundamentalmente, da sua provável composição e poder de combate. Logo que reunido todo esse conhecimento, e com a surpresa assegurada, procedeu-se ao cerco estratégico da área com o emprego das Polícias Militares de Goiás e do Pará no bloqueio das estradas e caminhos de saída, retirando completamente das FOGUERA qualquer apoio do mundo exterior e o contato com o Partido. De pronto, os insurretos também foram privados da sua rede de apoio, pela prisão e o isolamento de cerca de 160 (cento e sessenta) colaboradores ou suspeitos de colaboração, logo evacuados com seus familiares para acampamentos sob o resguardo da autoridade militar. Tais colaboradores, então conscientizados sobre a ilegalidade das peripécias com que compactuavam, tiveram atendidas importantes necessidades básicas, como a expedição de certidões, registros de identidade e titulação de terras, o que neutralizou a doutrinação político-ideológica a que estiveram submetidos por longo período. A privação da rede de apoio foi severo revés infligido às FOGUERA, uma vez que se constituíam na mais importante base de informes e na única fonte de suprimentos, como o simples e imprescindível sal de cozinha.

Concomitantemente, desencadeou-se o emprego da tropa de combate, compostas por frações constituídas de profissionais especializados em operações de selva, com o seguro apoio dos agentes da Operação Sucuri transformados em guias, pela perfeita familiaridade com as trilhas e picadas que tinham levantado no trabalho anterior. O efetivo empregado foi de 750 (setecentos e cinqüenta) , na maioria provindos da própria região amazônica e perfeitamente adaptados ao ambiente operacional. A utilização de trajes descaracterizados e de equipamento não convencional, bem como o uso de codinomes e a ausência de insígnias de postos e graduações, aumentaram o conforto, a segurança e a operacionalidade da tropa. O armamento era o de dotação para Unidades de selva, fato que propiciava considerável poder de fogo e desequilibraria o combate em favor da tropa legal. O planejamento de emprego considerava também o prolongamento das operações por tempo indeterminado, o que indicou o revezamento do efetivo total entre três grupos de 250 (duzentos e cinqüenta) homens, resultando em preciosa recomposição no moral e estado físico dos combatentes.

Iludidas com o “modus operandi” do Exército nas etapas anteriores, pelo qual não recebeu engajamento decisivo, as FOGUERA foram surpreendidas pela determinação com que a tropa lhes dava combate e firmemente adentrava pela selva sob as difíceis condições impostas pelo período chuvoso. A falta de apoio e a penúria dos meios de subsistência também lhes limitavam o ânimo, a mobilidade e a capacidade de reação. Em tais circunstâncias, as suas baixas naturalmente surgiriam pesadas, o que, sem dúvida, daria por encerrada a suicida tentativa de preparo e desencadeamento de um movimento guerrilheiro. Tragicamente, finava o delírio que embalava o sonho do PC do B de transformar o Brasil, pela violência revolucionária, na sua ditadura do proletariado.

Se o PC do B não quis ou não soube contar os seus mortos e desaparecidos, não é culpa das Forças Legais.

Pelo que registra a História, as Forças Armadas do Brasil nunca tiveram o hábito de esquecer os seus, mesmo no desatino de um conflito provocado por essa insanidade política que lhe resultou dois mortos e seis feridos.

Fonte: Ternuma - Terrorismo Nunca Mais

continua...

domingo, 9 de agosto de 2009

A Guerrilha do Araguaia - Parte 1

Prezado/a Visitante,

agora nestes tempos do revanchismo, tempos em que a corja esquerdista que não foi abatida durante as operações contra os terroristas, guerrilheiros e outros da mesma laia no período de 1964 a 1985, em que muito dos bandidos daquela época hoje ocupam cargos importantes no governo Lula, apequenando a dignidade de muitos cargos públicos, é masi que oportuno que seja divulgada a VERDADE sobre todos os fatos que hoje os revanchistas se julgam no direito de apresentar versões deturpadas.
Transcrevo do site Terrorismo Nunca Mais - TERNUMA a verdade sobre a 'guerrilha do Araguaia' e que tem sido causa de inúmeras expedições a procura dos ossos dos terroristas e guerrilheiros que foram abatidos pelas Forças Armadas no estrito cumprimento do DEVER LEGAL.
Considero perder tempo, jogar dinheiro fora, qualquer esforço para localizar ossos de maus brasileiros e brasileiras que atentaram contra nossa Pátra e bem mereceram o fim que tiveram.

Vamos a primeira parte:

INTRODUÇÃO

PRODUZIDO POR TERNUMA REGIONAL BRASÍLIA

As freqüentes reportagens sobre a “Guerrilha do Araguaia”, de autoria de uma parcela da imprensa autodenominada de investigativa, vêm alimentando ressentimentos e ódios represados que o passar de mais de três décadas ainda não conjurou.

A abordagem do assunto, quase sempre unilateral por falta de profundidade ou por facciosismo, privilegia uma esquerda melindrada e revanchista, não contemplando as forças legais com a isenção que deveria cercar a análise de um momento político importante da História recente do País. Por outro lado, o silêncio que o Exército Brasileiro insiste em manter sobre o tema reforça o peso do relato de vertente única e estimula a crença no assentimento de culpa por acusações de desmandos e crueldades.

O Grupo Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA), com base nos princípios programáticos pelos quais existe e julgando-se apto a discutir o assunto com objetividade, propõe apresentar a sua visão, de forma a contribuir para o estabelecimento definitivo da verdade, apontando para o público leitor as veleidades e paixões que turvam a realidade histórica.

Assim, o TERNUMA analisará a matéria em três capítulos, enfocando a atuação dos contendores com base nas premissas político-doutrinárias que nortearam as ações, comentando alguns desvios sobre o conflito e concluirá no quarto capítulo com uma interpretação crítica.

Cabe ressaltar que todo o trabalho baseou-se na pesquisa de documentos e publicações da Internet, em depoimentos e artigos jornalísticos e na experiência pessoal de integrantes do Grupo, sem o apoio oficial ou consentido das partes litigantes.

Os nomes e fatos relatados são de domínio geral e, portanto, não se encontram protegidos por nenhuma legislação sobre assuntos sigilosos, nem se restringem ao conhecimento exclusivo de personalidades ou entidades públicas ou privadas.

CAPÍTULO I

A Guerra Popular Prolongada do Partido Comunista do Brasil (PC do B)

Em 1956, o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) traçou novos rumos para o movimento comunista internacional, propondo a coexistência amistosa entre os blocos antagônicos da “guerra fria” e pregando a transição pacífica - via eleitoral, principalmente – para a chegada ao socialismo. No Brasil, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), inteiramente alinhado à matriz soviética, resolveu também abrandar as formas de agir, decisão tomada no seu V Congresso, em 1960, quando foram expulsos dos seus quadros Maurício Grabois e João Amazonas, entre outros, que teimavam em postular a priorização da luta armada. Os comunistas do “Partidão”, assim, passaram a adotar a defesa da “via democrática” para a chegada ao poder e a conseqüente implantação da ditadura do proletariado, dentro da concepção leninista de que “a Democracia não é mais do que uma tática descartável como todas as táticas”.

Em 1962, enquanto o Brasil vivia a plenitude do exercício de um regime político inteiramente democrático, o PC do B, surgido do cisma ideológico do PCB, passou à defesa intransigente da tomada do poder pela “violência revolucionária”, para a imposição de um “governo popular e revolucionário”. A expressão “violência” não era mero instrumento de retórica para caracterizar um eventual incremento no ardor da revolução, mas, sim, um conceito doutrinário pelo qual não aceitavam nenhuma transição que não passasse pelo caminho das armas, como ensinava Mao Tse-tung, maior ideólogo da revolução chinesa: “não é possível transformar o mundo a não ser com o fuzil”. Dessa maneira, rompido com o centro irradiador tradicional, o PC do B foi buscar na China o exemplo a seguir, encontrando a fórmula da Guerra Popular Prolongada, pela qual atuaria o Exército Popular, a surgir da mobilização e organização das massas camponesas e capaz de travar a guerra regular e empreender batalhas decisivas”. Para realizar toda essa intrincada estratégia revolucionária, urgia um começo, logo imaginado com a tentativa de organizar um movimento guerrilheiro, definido como: a forma principal de luta na fase inicial da guerra popular, através da qual é que se poderá iniciar a ação armada contra os inimigos da Nação e começar a estruturar as Forças Armadas Populares.

A formação de quadros do PC do B para a constituição do emergente núcleo guerrilheiro teve origem com o envio à China, em 1964 e ainda durante o governo João Goulart, do primeiro de um total de três grupos de militantes para treinamento na Academia Militar de Pequim.

A área escolhida para a implantação da guerrilha foi o “Bico do Papagaio”, no Estado de Tocantins, limitado, ao sul, pelo paralelo que passa pelo município de Araguanã; pelo rio Araguaia, a oeste; e pelo rio Tocantins, ao norte e leste. Genericamente chamado de Araguaia pelas partes conflitantes, o palco de operações, forrado por exuberante floresta equatorial, reunia excelentes condições para o esforço do PC do B na conquista do apoio da rarefeita população de cerca de 20 mil habitantes, em aproximados 7000 km2, historicamente esquecida por todas as esferas governamentais e vítima de graves carências sócio-econômicas. Os conflitos de terra e a pobreza eram motes valiosos para o trabalho de massas, assim como qualquer paliativo que viesse trazer alívio aos efeitos das deploráveis condições médico-sanitárias existentes.

Desde 1966 o PC do B passou a infiltrar militantes para o Araguaia, os quais logo tentaram conquistar a simpatia dos locais, por meio de alguma assistência social e de noções de organização comunitária, tudo acompanhado de crescente proselitismo político. Enquanto isso, os infiltrados passaram a familiarizar-se com o terreno hostil e apurar o adestramento militar, com a prática de: tiro; sobrevivência, orientação e deslocamento em área de selva; e técnicas de incursões armadas, fustigamentos e emboscadas. Os primeiros elementos chegados à região eram eminentes membros do Partido e quadros com o curso de capacitação militar realizado na China. Dentre os pioneiros citam-se: Osvaldo Orlando da Costa, Maurício Grabois, Líbero Giancarlo Castiglia, Elza Monerat, Ângelo Arroyo, João Amazonas, João Carlos Haas Sobrinho e Nélson Piauhy Dourado. Desses, não morreram na luta João Amazonas, Elza Monerat e Ângelo Arroyo, que desertaram em fases diferentes do conflito.

As “Forças Guerrilheiras do Araguaia” (FOGUERA) surgiam como o embrião de um movimento guerrilheiro com o qual o PC do B pretendia a sua Guerra Popular Prolongada. Premente se tornava dar-lhes forma para passar às operações de combate, sobretudo pela inevitável presença do oponente, ainda em pleno processo de organização delas. Para esse mister debruçou-se a Comissão Executiva do Partido, integrada por elementos do Comitê Central e única responsável pelos contatos das Forças com o mundo exterior. Subordinada, então, à Comissão Executiva estruturou-se a Comissão Militar (CM), encarregada de estabelecer, segundo estritas diretrizes recebidas: a estratégia de atuação guerrilheira; o treinamento militar dos destacamentos subordinados; e, entre outras, a atuação dos destacamentos junto às massas. Finalmente, à CM enquadravam-se três Destacamentos, constituídos de Grupos de sete elementos cada, assim nomeados: o “A”, com atuação na região da Transamazônica; o “B”, atuante no vale do Gameleira; e o “C”, com ações a sudoeste da serra das Andorinhas. Ao todo e até o final das operações o efetivo das FOGUERA beirou os setenta integrantes.

A organização das Forças era celular e obedecia a rigorosa “compartimentação”, com vistas à proteção do sigilo das operações e a preservar a identidade dos componentes. Assim, apenas o comandante o subcomandante de Destacamento conheciam as áreas de atuação de seus Grupos e de outros Destacamentos, bem como somente os comandantes de Destacamentos conheciam os locais de encontro com os integrantes da Comissão militar.

Pelo pretexto de não dispor de uma estrutura administrativa que lhes permitisse isolar desertores, elementos não-colaboradores ou militares eventualmente caídos prisioneiros ou feridos, as FOGUERA constituíam os “Tribunais Revolucionários” para “julgar” e “justiçar” indesejáveis. A esse poder supremo são creditadas as mortes de Rosalino Cruz Souza, militante desertor, e dos moradores locais Osmar, Pedro “Mineiro” e João “Mateiro”. A eliminação fria de inimigos foi tacitamente admitida no chamado Relatório de Ângelo Arroyo (Editora Anita Garibaldi – 1996), de autoria de um dos dirigentes da Comissão Militar, que assinalava como erro de “certa importância” para a derrota no Araguaia: Não se ter justiçado determinados inimigos. É o caso dos bate-paus como Pernambuco, Antônio e o irmão, e talvez os elementos que haviam chegado de fora, suspeitos de pertencerem ao Exército”. Tais “órgãos de justiça” eram motivo de intensa propaganda, objetivando desestimular delações e constituir elemento de pressão psicológica. Irracional e vítima da “racionalidade guerrilheira”, a cadelinha “Diana”, mascote do Destacamento “A”, foi justiçada a facadas, pelo militante Micheas Gomes de Almeida, o “Zezinho”, acusada de denunciar a posição do Destacamento, por deslocar-se, levada pelo instinto materno, do ponto onde se encontrassem os seus amigos homens até o lugar onde estavam os seus filhotes, para, simplesmente, dar-lhes de mamar.

Quase oito anos se passaram na tentativa do PC do B de formar um movimento guerrilheiro que viesse empolgar as massas para a Guerra Popular Prolongada. O Relatório Arroyo exagerou e muito no “sucesso” obtido junto à população, contabilizando o apoio de 90% dela. Admite-se que, no máximo, cerca de 180 (cento e oitenta) habitantes locais, direta ou indiretamente, tenham aderido como combatentes ou colaboradores.

Durante tempo considerável, as FOGUERA ficaram isoladas do restante do País e sujeitas à sobrevivência pelos meios próprios e pelo que pudessem amealhar na selva onde se embrenharam. A caça e a pesca, apesar de abundantes, eram as únicas fontes de alimentos disponíveis. Por essa razão, o prosaico jabuti tornou-se verdadeiro símbolo da sobrevivência, merecendo a folclórica promessa da CM de eternizá-lo em estátua, “quando viesse a vitória do movimento”. Essa desesperadora situação de 1973 e o total abandono a que foram relegadas pelo Partido mereceram a crítica de Pedro Pomar, integrante do Comitê Central, que em 1976 admitiu ter o Exército conseguido, na ofensiva final, em menos de três meses dispersar os destacamentos guerrilheiros e até mesmo atingir e desmantelar a Comissão Militar. Segundo ele, a direção do Partido nas cidades perdeu o contato com os camaradas do sul do Pará, e não sabia quantos deles sobreviveram ou se sobreviveram. Ainda segundo Pomar, por dois anos o Comitê Central e o Partido ficaram em compasso de espera, confiando que alguma coisa ou informação desfizesse as dúvidas sobre o destino dos camaradas que se encontravam no Araguaia e sobre o fim ou não da luta guerrilheira.

A autocrítica é ainda mais ácida no Relatório Arroyo que apontou, dentre os inúmeros erros da Comissão Militar, o pequeno número de ações provocadas de moto próprio em dois anos de luta, o que ele constatou pelo fato de que a imensa maioria das baixas decorreu do fator surpresa, em decorrência do Exército ter mantido sempre a iniciativa das ações.

O PC do B também não dedicou nenhuma atenção ao restante dos militantes de base, que até 1976 desconheciam o fracasso no Araguaia e durante todo o tempo mantiveram-se iludidos pela propaganda ufanista provinda da Rádio Tirana da Albânia.

O fanatismo, a cega devoção à causa, e o entorpecimento de valores éticos e morais transformaram alguns integrantes das FOGUERA em lendas vivas aos olhos de humildes moradores locais, que, crédulos, chegavam a considerá-los verdadeiros totens e senhores da imortalidade, como Osvaldo Orlando da Costa, o “Osvaldão”, e Dinalva Conceição Teixeira, a " Dina".

A “saga” dos combatentes das FOGUERA e os seus decantados “heróis” não foram suficientes para levar a aventura a nenhum resultado prático, sobretudo pela falta de efetivo apoio político externo, já que a China, fonte inspiradora inicial, já buscava estabelecer relações diplomáticas com a “ditadura fascista brasileira”. Curiosamente, hoje a esquerda brasileira, malgrado críticas do próprio PC do B, dá ares de vitória ao movimento, ao qual rotula de “guerrilheiro” e, por conseguinte, merecedor do amparo das leis da guerra, especialmente da Convenção de Genebra. Desmemoriada por interesse, não considera que a violência revolucionária era um princípio ilegal, de uma entidade clandestina, que não contemplava a Democracia como um fim e nem mesmo como etapa política, e que transgredia o ordenamento jurídico de uma Nação soberana e legalmente reconhecida no concerto das Nações. Tudo, em suma, denota simplesmente o esforço em sacralizar um bando fora-da-lei, banalizando o crime em nome de uma finada ideologia.

continua...